Arquivo para junho de 2006

Também acho…

“Nós jamais vamos conseguir sediar uma copa do mundo com o basicão que a gente faz por aí, né?”.

Frase do Paulo Bonfá, que está na Alemanha, depois de listar algumas coisas “surpreendentes” (em comparação com o Brasil) na organização alemã.

Aliás, nós vamos ter uma boa idéia da nossa competência durante os Panamericanos do Rio de Janeiro.

4×1 para o Brasil

Parece que a aparente letargia da seleção brasileira é uma tática do tipo “se fazendo de morto para comer o ** do técnico adversário” 😀

“Você vai entender quando tiver um”

O comercial do novo Vectra, onde a mulher pergunta “Você precisa mesmo fazer tudo isso sempre que a gente sai de carro?” é muito legal! :-)

Linha 2007? Já?

Pois é. Ainda estamos no início de Junho e a Ford já anuncia na TV o lançamento da sua linha 2007. Eu não tenho certeza, mas estou com a impressão que todos os anos as montadoras estão adiantando um pouquinho seus lançamentos. Se eu estiver correto e nessa marcha, em Janeiro de 2010 um automóvel 2010 já vai ser veículo usado.

Sou o único a achar isso ridículo?

Desventuras em série

Por outro lado, eu gostei mesmo de Desventuras em Série (A Series of Unfortunate Events – 2004). Uma estória absurda, é verdade, que só fica mesmo aceitável com Jimmy Carrey no papel de vilão. Creio que se o ator fosso outro o espectador não conseguiria ser “distraído” do surrealismo do filme.

Expresso do Tédio Polar

Eu esperava mais de O Expresso Polar (The Polar Express – 2004). Aos 23 minutos eu já estava considerando desistir de ir até o fim, porque até então tudo o que o filme tinha conseguido mostrar foi animação computadorizada. Não pude deixar de compará-lo o tempo todo a Final Fantasy, que pelo menos tem uma estória empolgante.

A estória foi contada de um jeito “bobo” demais para o meu gosto, salvando-se apenas as cenas com o “espírito” no trem. OK… trata-se de um filme para crianças e para crianças ele tem seu mérito.

Crash!

Crash – No Limite (Crash – 2004) é um drama interessante sobre (principalmente) racismo (em vários níveis), intolerância e relações pessoais.

A questão do racismo é a mais revoltante, tanto pela atitude dos brancos quanto pela atitude dos negros. Temos um chefe de polícia negro que fecha os olhos para as atitudes racistas de um policial branco (talvez até de vários outros) porque “não chegaria onde está” se assim não se comportasse. Eu vejo essa questão por dois ângulos distintos

1) com sua atitude ele dá suporte à idéia para quem olha de fora que a polícia de Los Angeles não é racista. Afinal, espera-se (pelo menos EU espero) que um chefe de polícia negro seja rigoroso com qualquer atitude de racismo de seus subordinados e se vemos um negro naquela posição somos levados a acreditar que esse tipo de problema tem chance de ser julgado de uma forma imparcial.

2) Por outro lado, ele pode fechar os olhos para o racismo dos brancos de modo a poder continuar no cargo e assim ajudar outros policiais negros. Entretanto, não é isso que o personagem deixa transparecer no filme, quando faz seu discurso para o policial branco que foi denunciar seu colega racista.

Mais tarde, vemos que o policial racista não veio de uma família racista (ou assim ele diz) e somos levados a suspeitar que seu “racismo” surgiu como resultado das circunstâncias. Se ignorarmos a “cor” dos personagens, podemos ver que sua raiva é resultado de sua revolta com o fato de que “ações afirmativas” levaram seu pai à falência e com a crescente colocação de pessoas “menos adequadas” em certos cargos apenas pela necessidade de mostrar que o racismo não existe.

Longe de mim tentar defender a atitude do policial. Sua conduta na revista foi inaceitável mas, tirando esse incidente e novamente esquecendo a cor de todos que se relacionam com ele durante o filme, podemos enxergar sua atitude de um modo bastante diferente.

Temos também o diretor negro que se submete a aceitar as ordens de cima para que seus atores negros se comportem de acordo com o estereótipo de um negro (uma pessoa sem cultura).

Cão de Briga

Pela sua atuação em Cão de Briga (Danny, The Dog – 2005) Jet Li pode não ter se candidatado ao Oscar, mas eu o achei bem convincente em algumas passagens. O filme conta ainda com uma dose razoávelmente equilibrada de drama e ação.