Como modificar um leitor de cartões de memória para que seja “somente leitura”

Eu mencionei isso em 09/07/2010 no Buzz, mas como faltavam detalhes e ninguém comentou lá, estou transcrevendo e ampliando aqui.

Para que? Proteção contra atos maliciosos (malware).

A idéia é a seguinte: O mais próximo que temos hoje disponível de uma mídia livremente regravável que você sempre que quiser pode tornar “somente leitura” (vou abreviar como SL daqui em diante)  é o cartão de memória. Mas existe um pequeno problema: aquela chave que existe no cartão que define que ele seja protegido contra escrita atua sobre o leitor e não sobre o cartão.

sdcard_streamline_2_400_rot_ryan.com.br

A chave é um pedacinho de plástico que não encosta em nada dentro do cartão:

sdcard_streamline_1_400_rot_ryan.com.br

A posição do contato que “vê” a chave no slot SD:

cardreader_sku.10767_IMG_0397_700_RWswitch_ryan.com.br

Como a diferença entre “protegido” e “desprotegido” é um obstáculo de menos de 1mm e o default é “desprotegido” basta que o leitor seja um pouco mais folgado ou o cartão um pouco menor para que o leitor ignore completamente a posição da chave.

O segredo do sucesso aqui é modificar um leitor de cartões que respeite a posição da chave (alguns ignoram) para que sempre veja a chave na posição “lock”. No momento eu só vou dar um exemplo, de uma modificação que fiz em 2013 no leitor sku.19767 da DX.

No caso eu olhei no datasheet do chip GL827L qual o pino responsável pela chave (14) e o desliguei. A dica serve para qualquer leitor que use o mesmo chip.

cardreader_sku.10767_IMG_1369_700_ryan.com.br

Note que o pino 14, o mais à direita, está levantado.

cardreader_sku.10767_IMG_1374_ryan.com.br

Fazer isso bloqueia também a escrita em cartões MicroSD, que nunca tiveram chave. Mas eu sempre evitei os MicroSD por causa da dificuldade de identificar o conteúdo e a facilidade de perder o cartão. Mas se você usar um leitor por cartão isso pode não ser um problema.

Eu andava com o leitor modificado na bolsa e só plugava meus cartões nas máquinas dos clientes usando-o. Faz anos que eu não uso mais isso porque tenho preferido carregar meus kits de instalação em arquivos ISO em HDDs externos, mas estou tendo uma necessidade crescente de usar pendrives “Live USB” que precisam ser protegidos também, por isso estou pensando em voltar a essa prática. À medida que eu encontrar minhas anotações sobre os testes que fiz na época eu vou acrescentar a este post.

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