Fanfiction: “To Shape and Change” infelizmente não foi o que eu esperava.

Vou começar com o sumário fornecido pelo autor:

Universo Alternativo, Viagem no Tempo. Snape volta no tempo com o conhecimento do que acontecerá se ele falhar. Não mais guardando rancor, ele busca moldar Harry no maior bruxo de todos os tempos, começando pelo dia em que Hagrid levou Harry para o Beco Diagonal.

Neste futuro alternativo Voldemort venceu a guerra. Um a um todos os soldados da luz morreram. Harry por volta dos seus 19 anos é um bruxo poderoso e grande amigo de Snape, mas isso aconteceu tarde demais para que Harry desenvolvesse todo o seu potencial. Quando só restavam os dois, Harry sacrifica sua vida em um ritual poderoso que envia a alma de Snape para seu corpo de uma década atrás (como em O Efeito Borboleta) com a missão de incentivar e proteger Harry desde o início.

A premissa é boa e foi conduzida muito bem nos primeiros capítulos mas depois o autor se perdeu, os personagens (principalmente do lado de Draco, Sonserina e as famílias “puro sangue”) começaram a ter atitudes que não faziam sentido, o autor inventou uma doideira misturando o curandeirismo bruxo com a medicina trouxa e mesmo sem ser médico dedicava looongos parágrafos a explicações sobre curas improváveis, etc.

Acabou terminando bem, mas foram 560 paginas cansativas. Apesar de ser uma das obras de fanfiction mais populares e ter ganho prêmios, não posso recomendar.

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Fanfiction: Gostei de Poison Pen

O tema de Poison Pen é interessante. O que aconteceria se Harry Potter não fosse um “donzelo indefeso” (eu sou fã, mas tenho que admitir isso) e decidisse partir para o ataque contra o Profeta Diário, Rita Skeeter, o Ministro Fudge e até mesmo as manipulações de Dumbledore? A estória ataca vários problemas do universo criado por J.K. Rowling e embora use um ponto de vista excessivamente “muggle” as críticas são interessantes. Vale a pena até mesmo porque não é uma estória muito longa, com o equivalente a 166 páginas.

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Fanfiction: The Naked Quidditch Match é hilária!

Os irmãos Fred e Jorge, capitães do time de quadribol da Grifnória, fazem uma aposta temerária em um jogo de “verdade ou desafio” mágico e perdem. Agora todo o time da Grifnória (pelo menos todos os maiores) precisa comparecer pelado ao próximo jogo com a Sonserina. Não há nada que a administração de Hogwarts possa fazer porque o jogo é um contrato mágico. Harry Potter  e as garotas do time não estão achando nada engraçado mas o resto da escola, principalmente as garotas, mal pode esperar pela partida. Dizem que Harry tem mais de uma varinha mágica. A estória é contada pelos mmails (magic mail) trocados entre os estudantes, com a participação ocasional dos professores e até de Voldemort!

A estória é curta e a diversão é garantida para fãs da obra de J. K. Rowling.

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Fanfiction: gostei de “Browncoat, Green Eyes”

Browncoat, Green Eyes é a segunda obra de fanfiction que leio. Nem chega perto da complexidade narrativa da obra de Less Wrong, mas ainda assim tem uma qualidade surpreendente.  O público alvo são os fãs de Firefly e Harry Potter que tenham a disposição para ler o equivalente a 660 páginas.

O autor imaginou Firefly como o universo de Harry Potter centenas de anos no futuro. Harry cresceu, se tornou um dos bruxos mais poderosos da Terra, derrotou mais uma meia dúzia de dark lords e… casou com Luna Lovegood. Somente essa “sacada” já valia a leitura porque você acaba acreditando que Luna era definitivamente um melhor par para Harry do que a insossa Gina.

Porém nesse futuro Harry está sozinho pois após a morte de Luna ele aplicou a si mesmo um feitiço de animação suspensa com instruções para ser acordado quando fosse necessário novamente (um Rei Arthur bruxo) e aparentemente acharam que a destruição da Terra e a debandada e o espalhamento de todo o mundo bruxo pelo universo não era motivo bom o bastante. Harry foi acordado quase que por acaso, centenas de anos depois de todo mundo que ele conhecia estar morto e graças a uma interessante afinidade com River Tam se une à tripulação de Serenity para tentar descobrir se realmente é o último bruxo do universo.  E o autor inclui uma explicação realmente surpreendente para o que aconteceu em Miranda.

A estória é bem “light”. Harry praticamente o tempo todo tem o controle da situação. Não existem traições nem problemas que Harry não possa resolver, muitas vezes de forma engraçada. Sua relação com a tripulação e principalmente com River Tam é hilária.

Só não gostei do conflito final. O autor exagerou no drama e achei bem forçado.


 

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Harry Potter and The Methods of Rationality (HPMOR) é extraordinário.

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Somente lendo o livro você entende por quê essa mão numa posição de estalar os dedos foi escolhida para simbolizar a estória.

Não, não é o título de um novo livro de J.K. Rowling. HPMOR é uma obra de fanfiction (escrito por um fã), gratuita (todo fanfiction por natureza tem que ser) que infelizmente ainda não tem tradução completa em português (você pode conferir a tradução dos primeiros 11 capítulos aqui). Mas é algo que em muitos aspectos supera o original. O livro é uma obra em andamento que segundo o autor será concluída no início de 2015. Você pode ler em HTML direto no site ou baixar a versão em PDF que até agora tem 1633 páginas. Se isso em vez de intimidar te empolgou, eu acho que estou falando para a pessoa certa :)

Se você é fã de Harry Potter (os livros), leia HPMOR.

Se você não é fã, mas gosta de “papo cabeça”, leia HPMOR.

Eu descobri a existência desse livro por puro acaso, quando esbarrei em um comentário do hacker Eric Steven Raymond, cuja opinião eu respeito, sem poupar elogios. Eu tinha que conferir.

HPMOR conta a estória de um Harry Potter em uma realidade alternativa, onde Petúnia em vez de casar com o palerma do Dudley, casou-se com um professor de bioquímica da universidade de Oxford e Harry cresceu sendo amado, cercado de livros e intelectualmente super dotado (como Voldemort). Em HPMOR Harry não é o garoto apalermado que vence o mal basicamente por “dumb luck” (como diz McGonagall após a derrota do troll no primeiro filme). Ele é uma força a ser temida. HPMOR mostra como seria Harry como um garoto de 12 anos que acaba de descobrir que pode fazer magia, com uma mentalidade de adulto (possivelmente fruto do fragmento de alma do Voldemort residindo dentro dele), super dotado e acima de tudo, racional.

Aliás, esse é o objetivo do livro. A estória de Harry Potter serve como pano de fundo para que o autor, o gênio Eliezer Yudkowsky (sob o pseudônimo LessWrong), dê uma incrível aula sobre racionalidade. Conceitos que eu simplesmente teria pouca ou nenhuma paciência de tentar entender em um livro didático são explicados com exemplos práticos, fáceis de entender e muitas vezes hilários.

A estória de HPMOR mostra o primeiro ano de Harry em Hogwarts e o cenário geral é bem parecido com o da estória oficial, mas com algumas diferenças conceituais e outras de enredo. A mais importante das diferenças conceituais e algo que me incomoda na estória original é que no universo de HPMOR a magia cansa.  Isto é: não basta você saber o feitiço para poder ficar uma hora balançando a varinha em um duelo como na obra oficial. Feitiços mais poderosos exigem mais energia física e você tem que decidir durante o combate o que pode fazer sem desmaiar de exaustão. Somente essa diferença já muda muita coisa, mas não é a única.

Em HPMOR, o professor Quirrel também se torna professor de Defesa Contra as Artes das Trevas em Hogwarts. Mas a semelhança praticamente acaba aí. O Quirrel de HPMOR é um mago de incrível poder que pode ou não ser Voldemort (existe muitra controvérsia na lista de discussão, por causa do seu comportamento ambivalente) e que se torna mentor e “amigo” (ele mesmo não aprecia a idéia) de Harry. Quando os dois se juntam para discutir a racionalidade do que acontece em Hogwarts, eu acho que posso ser flagrado de boca aberta babando na frete do tablet. E Quirrel não se contenta em ensinar uns feitiços chinfrins para seus alunos. Ele institui em Hogwarts eventos de Battle Magic onde os alunos de Hogwarts são divididos em exércitos sem separação por casas (você vê a Sonserina lutando ao lado da Grifinória e isso funciona) sob o comando de três “generais” escolhidos por ele: Potter, Malfoy e… (eu não vou contar quem é o terceiro. A surpresa é deliciosa :)

A descrição das batalhas é fantástica. E o suspense geralmente fica por conta do que o general Potter vai inventar (uma combinação de ciência e magia) para tentar vencê-las (ele nem sempre consegue, por causa das regras que muitas vezes são criadas por Quirrel justamente para dar uma chance aos outros generais) .

E não há falta de motivos para dar grandes risadas com o livro. Uma cena memorável é a em que Hermione dá um um beijo em Harry. Em outra Dumbledore e Snape se sentam para discutir um paradoxo temporal (sim, HPMOR também tem um dispositivo de viagem no tempo, sob o controle de Harry). É hilário!

E por falar em Snape, sua presença em HPMOR começa idêntica à da série original. Mas se você leu os livros ou assistiu aos filmes deve ter se perguntado como Dumbledore e McGonagall permitiam que um professor fizesse bullying em todos os alunos exceto os da sua casa tão descaradamente. Pois o Harry racional também se perguntou isso logo na primeira aula de Poções. O resultado é que o Snape de HPMOR é proibido de tratar mal seus alunos, graças a uma impressionante (embora não muito sábia) intervenção de Potter. E centenas de páginas adiante você descobre que isso não foi nada. Em HPMOR, Harry aprende a meter medo até nos dementadores. E tudo é explicado racionalmente.

SPOILER ALERT

SPOILER ALERT

SPOILER ALERT

SPOILER ALERT

SPOILER ALERT: O que vou contar adiante é importante para que você entenda realmente o livro, mas você não vai gostar de saber com antecedência.

Se você não percebeu até agora, um aviso: HPMOR não é estória para crianças. Os temas são adultos e o ápice dessa diferença surge como um soco no estômago do leitor no encontro de Hermione com o troll: Hermione morre, devorada da cintura para baixo. E Harry passa o resto do livro arquitetando seu caminho até a omnipotência (para desespero de todo o corpo docente de Hogwarts e todo mundo que tem juízo) para poder ressuscitá-la. O corpo de Hermione inclusive desaparece um dia depois. Todo mundo sabe que só pode estar com Harry (dos personagens aos leitores), mas ele nega e ninguém entende como ele pode ter escondido. Há quem ache que Hermione foi morta justamente para colocar Harry no caminho “do lado negro da força”, justamente porque Herminone era a única âncora que ele tinha. A única coisa que o segurava no caminho do bem.

Mas a estória, assim como esta sinopse, ainda não terminou :)

1 comentário
  • Jefferson - 6.465 Comentários

    Finalmente (e infelizmente) a estória chegou ao fim ontem, com o último capítulo sendo publicado no dia e hora “do Pi”. Agradeço a Eliezer Yudkowsky pela oportunidade de ter lido algo tão extraordinário e de graça, mas eu teria pago com prazer.

    Deixando de lado a aula sobre racionalidade, a precisão com que EY amarra a estória é impressionante. Logo na primeira página ele já sabia como a estória iria terminar e mesmo os eventos mais absurdos (geralmente obra de Dumbledore, que de insano não tinha nada)são explicados no final. Só por causa dos pequenos detalhes que passaram despercebidos o livro já merece ser relido. HPMOR é algo que eu vou lembrar e comentar por muitos anos ainda.

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