Na semana passada eu estive pela primeira vez no Procon. Escolhi o Expresso Cidadão no Parque de Exposição de Animais, porque achava que lá seria mais "tranquilo". A fila era pequena quando cheguei: só haviam duas pessoas na minha frente e duas sendo atendidas, mas como a organização lá era "à brasileira" não pude deixar de me estressar mesmo assim.
O problema é que não há uma "fila" propriamente dita. Quem vai chegando vai sentando nas cadeiras disponíveis. E não há bilheteria, como nas agências dos Correios que trabalham dessa forma. Assim, com meras duas pessoas na minha frente eu consegui ficar estressado, porque tive que ficar vigiando o tempo todo a chegada de outras pessoas e saída dos que estavam sendo atendidos para ter certeza de que não ia perder meu lugar. E ainda corria o risco de entrar num bate-boca completamente desnecessário com um folgado (ou até com uma pessoa realmente distraída) porque o serviço público não faz sua obrigação.
Eu não me estresso com espera, desde que eu possa abrir um livro ou revista tranquilmente (ou até brincar com o celular) e "esquecer" que estou esperando. Mas a noção que o serviço público brasileiro tem de "organização" é angustiante.
Em 1931, Charles de Gaule, presidente francês esteve no Brasil e disse sem pestenejar:
"O Brasil não é um país sério"
80 anos depois, alguém ainda duvida ?
Estive no Procon recentemente (Niterói) e o atendimento é tranqüilo, existe uma triagem onde é feita a fila "virtual" e depois é só esperar ser chamado pelo nome.
Em toda rede SAC (Serviço de Atendimento ao Cidadão, do Governo do Estado) daqui da Bahia é rápido e eficiente. Para o Procon existem duas triagens: uma na entrada, que te direciona para a sala correta e outra já na sala, que pega teus dados e cria uma fila onde você só precisa sentar e esperar pois as atendentes chamam teu nome. Em dias cheios com 10, 15 pessoas na sua frente, a espera é de + ou – 30 min.
Corrigindo, a frase "O Brasil não é um pais sério" é de 1963 e, na verdade, a frase não é do Charles de Gaulle:
http://pt.wikiquote.org/wiki/Carlos_Alves_de_Souza_Filho
Só em ler o post já me desanima, pois terei que ir hoje ou no máximo amanhã no procom – RS, por causa do meu celular (Wave GT- S8500 ), que está há 43 dias desaparecido na assistência técnica da Samsung…
Se for para seguir o CDC ao pé da letra, 45 dias lhe dão direito a um celular novo ou o dinheiro de volta, à sua escolha.
Insista em um celular novo! inclusive vc pode pedir um modelo mais recente se não tiver mais a disponibilidade do antigo. Pegar o valor eu acho fria pois vc acaba perdendo com a valorização do produto.
Parte relevante do CDC:
SEÇÃO III
Da Responsabilidade por Vício do Produto e do Serviço
ART. 18 ? Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com as indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.
§ 1º ? Não sendo o vício sanado no prazo máximo de 30 dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
I ? a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso;
II ? a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de
eventuais perdas e danos;
III ? o abatimento proporcional do preço.
Notar que o CDC não especifica que o substituto seja novo.
Quando se solicita o dinheiro de volta é feita uma pequena atualização monetária. Pedi de volta o valor em dinheiro de um celular que comprei por R$ 699,98 e recebi R$ 756,00.