Nota: Eu estou ignorando as presepadas de Elon Musk. É injusto para os outros concorrentes colocá-lo nesse tipo de disputa.
A CNET este ano decidiu apagar milhares de artigos antigos de seu site, com a desculpa espetacularmente estúpida de que estava fazendo isso para mandar uma mensagem para o Google de que o conteúdo de seu site era “atual, relevante e digno de ser colocado à frente dos competidores no mecanismo de busca”.
Eu não entendo nada de SEO, mas…
Para qualquer um que faça regularmente pesquisa técnica (como eu) isso soa estúpido. Se o seu site não tem mais o artigo antigo que eu procuro, de que adianta você ter centenas de artigos sobre outras coisas mais atuais? O “hit” para o artigo antigo seria a minha porta de entrada para ler outros artigos. Mas vocês fecharam essa porta. Até parece que eu vou fazer uma pesquisa sobre “divx” e o Google vai deixar de oferecer um artigo antigo bastante referenciado e visitado sobre o assunto para me oferecer um novíssimo artigo seu com as últimas notícias sobre a Tesla, só porque seu site “é o phoda do pedaço”;
Para qualquer um que gera conteúdo (com eu) isso soa estúpido. Como apagar o que eu criei pode ajudar na minha visibilidade?
E é realmente estúpido. A pergunta que se faz é quem a CNET contratou que teve esse brilhante “insight” e como ninguém na linha de aprovação dessa decisão questionou isso.
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Ou eles simplesmente não entendem o que estão fazendo.
Todos os meses eu preciso pagar a conta do celular TIM de mamãe. A fatura está no app no celular dela, mas o aplicativo de internet banking está no meu celular. Desde que a TIM começou a aceitar Pix, muitos meses atrás, a única opção no app é exibir o código textual para copiar e colar. Aí eu tenho que copiar o código, enviar por whatsapp para mim e depois copiar e colar no app do nubank. Quando eu deveria poder simplesmente apontar a câmera do meu celular para o QR Code exibido pelo app da TIM.
Na fatura enviada por e-mail, que constantemente se perde na caixa de SPAM, aparece o QR Code.
A TIM não é a única culpada disso, mas me lembrei agora porque tive que pagar a conta.
Tive uma péssima experiência pagando uma conta de telefone da Claro por PIX, me deu dor de cabeça o suficiente pra não fazer mais isso. Pode dar o trabalho que for mas só pago pelo método tradicional do código de barras, lendo com a câmera do celular ou copiando a linha digitável.
Também são desconhecidos para o pessoal do marketing.
Quantas vezes eu já me deparei com um QR code longe e pequeno o suficiente para ser totalmente inútil porque a câmera do celular não é capaz de capturar.
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R$1300 pela antena (no site é R$2000, mas se você seguir anúncios tem desconto) e R$189 mensais por dados ilimitados.
Mais interessante: o serviço móvel custa R$280 mensais com o mesmo preço para a antena e dados ilimitados. Se você tem um veículo grande o bastante, como uma van, caminhão ou ônibus, está barato para ter internet em qualquer lugar para você, sua família e seus clientes (no caso de ônibus de viagem, por exemplo).
No Brasil, a antena vai precisar ter um mecanismo que a invalide caso seja roubada. Senão a maior preocupação de quem comprar o serviço móvel vai ser se vai sempre encontrar a antena no lugar ao voltar para o veículo.
Instalamos uma antena na fazenda, região de Porto Murtinho (MS) quase divisa com o Paraguai.
Funciona bem, dependendo do horário a velocidade chega até esses 200M, e o mínimo que constatei lá é de 50M. Coloquei uma câmera wi-fi e consigo acessar de casa, e acompanhar o que está acontecendo. Muito boa. Infinitamente melhor que a Hugsnet, que tínhamos antes.
Olha, não é comum eu ser enganado, mas você provavelmente tem razão. Eu notei imediatamente que o anúncio caia no site https://starlink-global.com/, mas achei normal. Porém o correto do ponto de vista da segurança é algo como https://starlink.com/global
Nota: O tom deste post é propositalmente agressivo. Eu ponderei enquanto escrevia se deveria usar um tom mais diplomático, porém dirigir é uma das poucas coisas que ainda consegue abalar minha tranquilidade, justamente por me colocar em contato com o que há de pior nas pessoas. Então achei melhor o tom do post refletir o que sinto.
Ao especificar “por comportamento” eu estou me referindo a multas como as de trânsito e excluindo as multas por atraso de pagamento, que tem outras razões.
Em todo vídeo mostrando um motoqueiro ignorando flagrantemente o CTB (não que somente eles ignorem) é praticamente certa a presença de pelo menos um indivíduo falando da tal “indústria da multa”. Ontem mesmo, em um vídeo que mostrava um motoqueiro invadindo uma faixa zebrada (R$518 de multa) e dando de cara com a viatura da PRF, li um cara insistindo que isso era armadilha, que os guardas deveriam orientar em vez de multar e blá-blá-bla…
Cara… orientação você teve na auto escola. E o CTB não é a bíblia, que cada um interpreta como quer. Conduzir maquinário pesado motorizado em via pública não é um direto seu, é um privilégio concedido a você sob a condição de que você siga um conjunto de regras de convivência. A entidade que te concede a licença (o governo) poderia muito bem extinguir essa licença na sua primeira infração, mas ficou decidido (em todos os países que conheço) que na maioria das vezes é melhor aplicar uma orientação extra na forma de uma multa.
Eu não duvido que uma mera orientação verbal ajude em alguns casos, mas alguém aqui acredita que o problema comportamental dos motoqueiros se resolve com uma iniciativa como a dos palhaços do trânsito? Aqui em Recife se diz que “motoqueiro faz raiva até em motoqueiro”.
Quem fala em “indústria da multa” certamente está levando muitas. E se multado você continua agindo errado, imagine se não leva a multa? Mas se descobriu faz tempo (não apenas pelos governos) que estupidez é uma fonte infinita de riquezas. Nesse caso, podemos até considerar a multa como uma indústria: a indústria da transformação de estupidez em recursos para os cofres públicos ou, para simplificar, a indústria da taxação da estupidez.
Sabia que na Finlândia a multa é proporcional à renda do multado e um executivo da Nokia foi multado em 103 mil dólares (mais de meio milhão de reais) por dirigir sua moto a 70km/h em uma via de 50 km/h? Ahhh… se fosse no Brasil… conheço gente endinheirada (não motoqueiro) que faz questão de estacionar em local proibido porque ainda que seja apanhado a multa é irrisória diante da sua renda e o estacionamento proibido acaba virando “estacionamento VIP”, porque vai ter sempre a vaga dele quando ele chegar. E transfere os pontos facilmente para terceiros.
Em outro vídeo, de um cara que foi tratado pela PM como bandido por ter sido flagrado no posto de gasolina com a placa coberta, não faltou quem dissesse, ahhh… mas é só para passar pelo radar…
Ainda que poder transitar à velocidade que quiser fosse uma transgressão moralmente aceitável, quem acha que um cara desses, ainda que não seja “bandido”, se provocar um acidente que envolva você e sua família vai parar para se entregar sabendo que está com a placa coberta, o rosto coberto e dirigindo uma moto (mais facilidade para sumir)?
Gente que anda com a placa coberta ou adulterada tem mesmo que ser tratado como bandido. Tem que conduzir para a delegacia, levantar antecedentes, fichar, multar e colocar em observação.
Esse post inteirou eu vou ter de salvar como explicação quando alguém encher o saco com essa história de indústria das multas. Vc relatou EXATAMENTE o que penso a respeito, concordo com cada palavra do seu texto! (e de quebra, achei muito legal essa noção de “taxação da estupidez”, hehehehe)
No Brasil acredito que existe sim uma indústria da multa, por exemplo na BR-040 próximo de Valparaíso/GO a rodovia tem limite de 80Km/h, mas em poucos km tem radar de 80, de 60, de 40, de 50, e isso aleatoriamente, cada hora você tem que estar numa velocidade.
Que fossem todos 40km/h então ficaria mais seguro, colisão na traseira é frequente de ver nesses locais pois ou o motorista fica assistindo o velocimetro ou presta atenção no transito.
Eu me considero bem prudente no transito mas ainda assim já levei 3 multas em radar de 50km/h em avenida que o limite é 60, mas nos cruzamentos que tem radar é 50… Então que mudassem o limite da via pra 50km/h, já que essa é a velocidade considerada segura.
Particularmente eu não gosto de usar internet banking do celular. Não gosto da tela pequena.
Eu prefiro digitar o código de barras no internet banking do navegador de um notebook ou desktop.
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O cidadão que se depara com uma irregularidade (p. ex., jet ski transitando a menos de 200 m da praia) pode filmar a ocorrência com o seu celular, tomando o nome e endereço de duas testemunhas. Isto feito, encaminhará o material para a Capitania dos Portos, com pedido de providências. A Autoridade Marítima, nos termos do art. 33 da Lei 9.537/97, instaurará inquérito que será julgado pelo Tribunal Marítimo, tramitando o processo na forma da Lei 2.180/54
Ahhh… se isso valesse no trânsito… rapidinho o brasileiro saberia citar o CTB melhor do que sabe citar a bíblia!
Essa é uma das coisas que eu espero que a tecnologia eventualmente resolva: quando TODO cruzamento e Km de rodovia tiverem câmeras e sensores para flagrar excesso de velocidade, passagem no vermelho, ultrapassagem em local proibido, etc. talvez as pessoas aprendam a respeitar as regras …
Tem um trecho da BR116 por aqui conhecido como “trecho da morte”, são meros 5Km, seguido morre alguém. Como? É um trecho não duplicado e com bastante trânsito; morrem por colisão frontal causada por ultrapassagem em faixa dupla.
Mas a indústria da multa, blah blah blah …
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Um de meus xingamentos preferidos é “corno” porque aqui no NE é algo que vem com uma carga de piada. Em segundo lugar vem “FDP”, mas esse não tem graça nenhuma. Ambos tem uma coisa em comum que há tempos vem me incomodando: você está xingando a pessoa denegrindo as mulheres da vida dessa pessoa.
Por que não existe o xingamento “filho de um imbecil”?
Isso não é machista?
Vocês devem estar carecas de saber a essa altura que não sou um esquerdopata e também não concordo com a maioria das queixas do feminismo moderno.
Mas não é justo, né? Todos nós temos uma mãe. Por que xingar um cara pelo comportamento dele chamando a mãedele de p*ta?
Acho melhor ter uma coleção de “xingamentos cômicos” para cada situação.
Vamos lá…
Pros bravos sem sentido e estressados “você estoura mais do que fogos de artifício”/”você estoura mais que pipoca”/”você estoura mais que escapamento de moto”.
Pros ofendidos “carregador de pedras”/”colecionador de lixo” (as pedras/lixo são as mágoas)
Acho que dá no mesmo, né? A não ser que a gente diga : “filho de UM… ”
PS: notei que estás meio estressado nessas últimas postagens… dias ruins?
Rapaz… enquanto eu estava escrevendo o texto sobre ligar a seta e pensando nos outros textos que acabara de escrever eu parei e pensei: “caramba… o povo vai acabar se perguntando se alguém roubou minha barbie ou botou o dedo no meu algodão doce” , mas decidi não reescrever o texto com uma abordagem mais diplomática, porque além de ser exatamente o meu estado de espírito quando alguém não liga a seta e joga o carro para cima de mim eu acho que esse problema requer mesmo que essas pessoas sejam ridicularizadas. Lembra do problema generalizado que tínhamos no trânsito, com as pessoas imediatamente apertando a buzina quando o sinal ficava verde? Bastou um quadro cômico no Fantástico sobre esse comportamento que da noite para o dia o brasileiro parou de fazer isso. Quando aquilo que o indivíduo está fazendo for alvo de um meme sobre você ser ou incompetente ou psicopata, o indivíduo vai achar um jeito de se consertar. Acho até mais fácil o homem médio aceitar ser chamado de psicopata do que aceitar ser chamado de incompetente na direção de um veículo. Mexe mais com o orgulho.
Mas voltando à sua pergunta, pelo contrário, há anos eu não me sinto tão tranquilo. Essa série de textos recentes, um atrás do outro, onde adoto um tom nada diplomático foi mais uma coincidência do que qualquer outra coisa.
Nota: O tom deste post é propositalmente agressivo. Eu ponderei enquanto escrevia se deveria usar um tom mais diplomático, porém dirigir é uma das poucas coisas que ainda consegue abalar minha tranquilidade, justamente por me colocar em contato com o que há de pior nas pessoas. Então achei melhor o tom do post refletir o que sinto.
Como motorista e como pedestre, um dos comportamentos alheios que mais contribui para arruinar o meu humor é a aparente recusa que os motoristas no Brasil tem de sinalizar suas intenções com a seta. Como pedestre, eu sinto como se o motorista estivesse de propósito jogando o carro para cima de mim e eu já perdi a conta das vezes que isso ocorreu. Como motorista, eu sinto como se o cretino achasse que está sozinho na rua ou que esta é só dele.
As pessoas tem que botar uma coisa na cabeça:
A sinalização não é para quem você está vendo. É para quem está vendo você! Vai manobrar em uma estrada de barro no meio do mato? Sinalize. É muito mais fácil fazer isso automaticamente do que ficar ponderando se precisa ou não.
Complementando o ponto anterior: a regra não tem “mas”, “porém”, “contudo” ou “todavia”. Vai fazer uma manobra, tem que ligar a seta.
A sinalização é para indicar intenção e não ação. Se fosse para indicar ação a chave de seta seria acionada pelo movimento do volante, como a luz de freio é acionada pelo pedal de freio. Aliás, ainda bem que as luzes de freio e de ré são acionadas automaticamente, porque se dependesse da boa vontade dos motoristas…
Só vejo duas possíveis razões para não se usar a seta ou fazer a sinalização de braço:
Você é um motorista ruim, incapaz de associar sua intenção de fazer a manobra com a necessidade de fazer a sinalização;
Você é um grosso que só se importa com você mesmo e que se danem os que estão ao seu redor.
Sinalizar equivale a um “com licença”. Demonstra consideração pelos outros, que você sabe que não está sozinho na rua. É no mínimo uma gentileza que não custa nada. Não sinalizar equivale a sair empurrando todo mundo. Deixa no mínimo as pessoas pensando: “mas que po**a é essa?!” quando você passa por elas. Se é essa a impressão que você quer dar, problema seu e das autoridades quando você for finalmente apanhado, mas não fique posando de educado e bom motorista. Pelo menos assuma que é ou incompetente para dirigir ou um psicopata!
E que tal os carros (e principalmente motos) que ESQUECEM A SETA LIGADA depois de uma conversão? Carros é mais raro por causa do retorno automático quando a direção fica reta, mas motos são campeãs…
Motorista brasileiro parece que gosta de ser FDP, pode parecer complexo de vira-latas mas percebi isso ano passado quando visitei o Peru.
Aqui o cidadão não da seta pra sinalizar, tranca a via da direita esquerda e se você der luz alta ou buzinar pro cidadão abrir caminho ou qualquer outra coisa ai que o cara não sai mesmo, lá no Peru é buzina toda hora e o pessoal entende que você não está atacando a honra dele por ter buzinado, a pessoa chega da uma buzinada o da frente imediatamente sai do caminho e deixa o outro passar, aqui a maioria parece que leva é pelo lado pessoal.
Eu dirijo a 20 anos e venho percebendo um agravamento nesse tipo de comportamento, o ser humano esta ficando cada vez mais egoísta.
O cliente, dono de um supermercado, está tendo problemas com o desenvolvedor do sistema comercial desde que este foi implantado. Eu vou citar dois do problemas mais bizarros para vocês terem uma idéia da situação:
1 – Eles fizeram uma modificação no sistema que deixou todas as consultas lentas em todos os caixas, porque o sistema agora para cada item passado no leitor fazia uma consulta online para um servidor externo que estava atrasando tudo. E o cliente me liga dizendo que eles pediram para “dar uma olhada na rede”.
A internet do cliente é de 100Mbps e os switches são gigabit. Nenhuma outra operação estava sendo afetada.
O desenvolvedor está muito, muito mais capacitado a descobrir porque a aplicação dele está lenta do que o pessoal de infraestrutura! Eu não sei para que IP ele está fazendo solicitações, qual o payload enviado e quais as respostas esperadas! Se eu soubesse faria a minha própria aplicação para testar isso. Eu disse ao cliente que para analisar esse problema eu precisava que eles me enviassem uma aplicação de teste que fazia a consulta que estava demorando, para que eu pudesse testar o tempo de resposta na minha máquina em casa, no cliente, com outros provedores de acesso, etc. Eu posso até achar o problema fazendo engenharia reversa na aplicação, usando o wireshark para analisar pacotes na rede, por exemplo. E eu disse isso ao cliente, lembrando que ele ia ter que me pagar por hora para procurar pêlo em ovo. Eu aproveitei para frisar que era por isso que eu preferia receber por hora e não por contrato: se eu recebesse por contrato o cliente poderia achar que era má vontade minha.
Obviamente, o desenvolvedor não me enviou nenhuma aplicação de teste e acabou resolvendo o problema sem minha intervenção.
2 – O sistema de um caixa de uma hora para outra ficou mais lento que os outros caixas. Máquina rodando Windows 8.1 de 32 bits em um Core i3 com 4GB de RAM. O suporte do desenvolvedor fez o acesso remoto e disse que era para colocar o Windows 10 de 64 bits na máquina.
Todos os outros 16 caixas também rodam Windows 8.1 de 32 bits. Somente esse caixa estava lento.
Apontei o absurdo para o cliente e ele concordou, mas o impasse persistiu. É importante notar que esse cliente só usa Windows original e a “solução” do desenvolvedor tem um custo de uns R$720 por máquina [1]. Fora o transtorno que o Windows 10 gera numa operação de frente de loja com suas atualizações automáticas.
Desculpem, não achei versão legendada, mas se você usar a opção “auto translate” das legenddas do youtube e configurar para o português a tradução é razoável.
E não era a primeira vez que o desenvolvedor insistia que o problema era o SO e que o cliente tinha que fazer o upgrade porque o Windows 8.1 “ia ficar sem suporte”. Mas na hora de vender o sistema, nada disso é problema.
Resolvi o problema reinstalando o Windows 8.1 de 32bits na máquina. Se eles tivessem dito “olha, a gente não consegue consertar, formatem a máquina” eu faria menos objeções.
Aí o cliente me pede para ir a uma reunião com o pessoal do sistema para discutir esses “problemas de infraestrutura”.
Que problemas de infraestrutura?
Eu precisei declinar, dizendo ao cliente:
“Olha, se o desenvolvedor falar na minha cara na reunião uma bobagem dessas que eles costumam dizer para vocês isso vai me tirar do sério, eu vou reagir mal e vou acabar perdendo a razão. Eu tenho já uma idéia tão negativa dos caras que eles podem até fazer uma demanda razoável na reunião e eu não enxergar isso na hora. Peça a eles que informem as demandas deles por escrito, oficialmente, que eu responderei por escrito também, com cópia para vocês. Assim terei tempo para elaborar uma resposta cordial e adequada e vai ficar tudo documentado”
Até hoje estou esperando que me mandem algo por escrito.
Acho que vale a pena contar que esse desenvolvedor se recusa a escrever um passo a passo de como o sistema é instalado, que eu pedi para poder já entregar ao cliente a máquina nova ou consertada pronta para uso. É de se esperar que um prestador de serviços adore a idéia de ter que atender a menos chamadas de suporte dentro de um contrato, né? Mas esses desenvolvedores de sistemas comerciais operam dentro de uma lógica diferente.
[1] Sim, eu sei que você pode “comprar” licenças do Windows 10 bem mais barato até no Magazine Luiza. São todas ilegais. Francamente, você acha que uma empresa chamada Robertur Viagens e Turismo inspira confiança ao ofertar licenças legais do Windows? Os fiscais da ABES não vão segurar o riso ao ver esse nome na nota fiscal.
O sistema usa uma interface web, podendo em teoria ser acessado por qualquer navegador. O cliente tinha apenas um terminal (um desktop rodando Windows 8.1) rodando na lanchonete e quando instalamos um segundo para aliviar a carga o usuário reclamou que a segunda aplicação periodicamente travava e eles tinham que fazer login novamente para resolver.
Eu desconfiei imediatamente do tempo de sessão e pedi que eles passassem a usar apenas o segundo terminal e deixar o primeiro como reserva para ver se o problema se manifestava nele. E foi o que aconteceu.
Expliquei o problema para o cliente, que repassou para o desenvolvedor. E este respondeu que o problema era no Chrome.
Como eu não tenho paciência para lidar com esse povo, instalei uma extensão no Chrome que após 5 minutos dá refresh automaticamente na página do sistema. E o problema desapareceu. Mas isso é uma gambiarra.
Que eu saiba, só existem duas maneiras de resolver isso sem fazer gambiarra. E ambas são responsabilidade do desenvolvedor e fora do alcance do pessoal de infraestrutura (eu):
Configurar o servidor www usado pela aplicação com um tempo de sessão mais alto ou até infinito. No apache isso é feito em httpd.conf e no asp.net em web.config.
Se você não pode ou não quer mudar no servidor www, no código html acrescente uma diretiva META HTTP REFRESH para evitar o timeout.
A idéia de que o navegador possa/queira fazer o logoff automático de uma aplicação é bizarra para mim.
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Esta semana eu estava na academia e mais uma vez o sistema deles estava se comportando mal. Uma demora absurda para ler a impressão digital do aluno, lento para imprimir, travando, etc. Aí o professor que estava comigo fez o comentário usual que o leigo faz sobre isso: “tem muitos alunos e o sistema fica sobrecarregado”. E não duvido nada de que essa tenha sido a desculpa dada pelo desenvolvedor também.
Não me interpretem mal: o tamanho do banco de dados influencia, sim, na velocidade de uma consulta. Mas quantos alunos cadastrados uma unidade de academia que não opera em rede com outras unidades (o aluno de uma unidade só pode frequentar aquela unidade) tem? Alguns milhares, se muito? Eu posso garantir a você que um supermercado de periferia tem muito mais itens cadastrados do que uma academia no mesmo bairro pode sonhar em ter em número de alunos; e você não vê uma consulta de preço no caixa levar vários segundos para cada item. Seria um desastre e nenhum desenvolvedor conseguiria convencer o cliente de que é “normal”.
Na pior das hipóteses, se essa academia estivesse operando há décadas e tivesse no banco de dados desde o primeiro aluno que entrou quando o sistema ainda era em DOS/clipper e por alguma razão você estivesse obrigado a instalar o banco de dados em um servidor limitado como um raspberry pi (sim, é sarcasmo) bastaria mover todo registro de aluno que não tivesse registrado nenhum pagamento de mensalidade há pelo menos, digamos, um ano, para um banco de dados de inativos. Se esse aluno voltasse a primeira consulta para ele levaria mais tempo. O tempo de fazer a consulta nos dois bancos de dados e mover o registro de volta para o banco de ativos. Isso se simplesmente marcar esses registros como inativos no banco já não resolver o problema.
Então, não há desculpa.
E esse povo ainda vai querer vender a idéia de que mover o sistema “para a nuvem” é a solução para o problema.
Tenho um cliente que caiu nessa de mover o sistema para a nuvem contrário a minha opinião. Ele já passou por todas as operadoras de internet do bairro e o problema de lentidão permanece mesmo com uma conexão de 500mbps.
O desenvolvedor está sempre falando que o problema é da rede. Me explica que problema pode ter uma rede com três computadores e uma impressora ligados a um switch gigabit de 5 portas sendo uma delas ligada diretamente ao modem, todos com cabo cat 5e?
Esse problema de lentidão não tinha quando o sistema estava em um Core i5 de terceira geração, 8Gb de memória e com Windows 2008 R2.
Ai ai.
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Também são desconhecidos para o pessoal do marketing.
Quantas vezes eu já me deparei com um QR code longe e pequeno o suficiente para ser totalmente inútil porque a câmera do celular não é capaz de capturar.