 Jefferson,  11 de fevereiro de 2021, lisarb Não, eu não estou falando de políticos. Aí já é pedir demais. Mas sabe aquelas reportagens onde o repórter mostra claramente, com testemunhas, que uma determinada coisa está ocorrendo e depois a emissora lê uma nota do gestor responsável dizendo, em resumo, que aquilo não acontece? Ou quando dois órgãos emitem notas dizendo que a responsabilidade é do outro? O risco de perder a boquinha faria pelo menos esses caras levantarem a bunda da cadeira para checar.
Problema semelhante é o das ruas sem asfalto que quando você vai reclamar na prefeitura ouve na maior cara dura “consta aqui que esta rua já é asfaltada” e fica por isso mesmo. Se todo funcionário público envolvido com o suposto serviço e o funcionário que deu essa resposta sem abrir imediatamente um processo interno para investigar fossem todos exonerados, isso nunca aconteceria.
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 Jefferson,  28 de maio de 2020, lisarb Até o meu penúltimo post sobre o assunto eu ainda via uma chance de Bolsonaro recuar e alguém colocar alguma medida de bom senso na cabeça dele. Mas com a escalada da insanidade do presidente e seus filhos somada às atitudes dos militares da reserva tenho que admitir que agora o Bolsonarismo é uma ameaça maior que o lulo-petismo. Se a eleição fosse hoje eu votaria até mesmo no Lula.
Mas não me arrependo de ter votado nele em 2018. Era a decisão mais acertada diante das circunstâncias da época. Bolsonaro já era uma pessoa detestável mas ainda havia a promessa de que ele fosse se cercar de gente competente e serena para ajudá-lo a governar. Que ele realmente não ia fazer alianças com a parte podre do parlamento. Fui enganado. Bolsonaro copiou até o estelionato eleitoral de Lula e pretende transformar o Brasil numa Venezuela da direita religiosa.
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 Jefferson,  16 de maio de 2020, COVID-19, lisarb Ceticismo é saudável. Se a maior parte da população tomasse uma pitada de ceticismo no café da manhã todos os dias, não teríamos o problema com fake news que temos hoje mas, pelo contrário, com o terraplanismo em pleno vigor nas mais altas esferas da administração pública a coisa só tende a piorar.
O cético
Pegaria um jato da FAB com sua comitiva e chegaria de surpresa em qualquer lugar do país em poucas horas para conferir de perto a situação nos hospitais. Conversaria com médicos e enfermeiros, mandaria gente de sua confiança a cartórios e cemitérios para conferir números e perguntar se a situação atual alarmante é a mesma de sempre ou se é um tipo “extra-especial” de alarmante como pinta a imprensa. Conversaria com representantes das “supostas” centenas de pessoas aguardando vaga na UTI. O povão mesmo, que ele diz representar.
Ora, o cara poderia até obter autorização especial para uma exumação coletiva e checar se os caixões estão mesmo sendo enterrados vazios como dizem seus apoiadores.
O olavista
Bota as mãos nos ouvidos e fica: lá-lá-lá-globolixo-lá-lá-lá-esses-pulhas-da-imprensa-lá-lá-lá-traidores-lá-lá-lá-comunistas-lá-lá-lá…
E depois vai passear de jet ski no Lago Paranoá.
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 Jefferson,  24 de abril de 2020, COVID-19, lisarb Eu deveria.
É simplesmente estarrecedor. Não importa o tamanho da mentira. Não importa o quão absurda e o quão fácil seja para uma pessoa razoavelmente informada saber que é mentira sem nem mesmo fazer uma pesquisa. Crie um texto que tenha pelo menos uma frase que seu público alvo quer ler/ouvir e o resto pode ser completamente insano.
E não importa quantas vezes você demonstre que a informação é falsa. É mais fácil a pessoa que acreditou parar de dar atenção a você do que parar de dar atenção aos mentirosos. Afinal, você insinuou que seu amigo é ignorante e o mentiroso está fazendo seu amigo acreditar que é um dos poucos que sabem “a verdade”.
Tudo isso acompanhado de uma campanha para minar a confiança na imprensa que vem dos dois extremos do espectro político.
Eu deveria me aproveitar disso, mas não consigo.
E infelizmente eu só vejo isso mudando com uma lei que reduza nossa liberdade de expressão e/ou nossa privacidade e todo mundo conhecer pelo menos uma pessoa respondendo a processo por divulgar notícias falsas. Porque isso é muito mais fácil do que educar o povo.
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 Jefferson,  11 de março de 2020, lisarb Este ano o Detran de Pernambuco está cobrando R$18,62 para enviar o CRLV do veículo para a residência do proprietário pelo correio. Essa taxa começou a ser cobrada em 2016. Se você mora em um grande centro urbano ou muito longe de uma sede do Detran ou posto de atendimento, pode achar que isso é uma bagatela. Do seu ponto de vista a comodidade “vale” isso e de fato é o comprador que determina o “valor” de um produto. Mas se você for como eu vai achar que essa é apenas mais uma das várias taxas abusivas que são cobradas de quem tem um carro.
Vejam só: segundo a tabela dos correios o preço da carta registrada de até 20g é R$8,40. Já existe uma diferença de R$10,42 aí. No primeiro ano em que paguei esse valor eu consultei a tabela e concluí que era porque estava sendo pago o serviço de mão própria (o carteiro tem que entregar ao destinatário e ninguém mais) e o aviso de recebimento. Mas qual não foi a minha surpresa ao encontrar os documentos dos dois carros na caixa do correio! Isso quer dizer que nem como carta registrada estavam mandando e aí o preço do envio cai para meros R$2.
Mas tenham em mente que essa tabela é para nós, pobres mortais. É o preço se você se dirigir com uma carta ou um punhado delas a uma agência dos correios. Empresas que podem negociar contrato gozam de tarifas mais atraentes. E por falar em atraente, se você levar em conta que Pernambuco tem uma frota de 2.897.781 veículos e apenas 10% dos proprietários optarem por pagar a taxa de envio, essa cobrança do Detran totaliza (R$18,62 x 289778 =) 5.4 milhões de reais.
Com um valor desses em jogo, apenas o monopólio dos Correios impede uma dúzia de empresas de se esbofetearem em um leilão para conseguir esse contrato anual de entrega de documentos.
Mas eu duvido muito que apenas dez por cento paguem a taxa de entrega. Este ano eu decidi buscar meu CRLV pessoalmente, porque o Detran tem um posto que fica razoavelmente no meu trajeto de ônibus. A entrega tem que ser agendada e existem no máximo oito vagas por hora (2 vagas a cada 15 minutos). Isso dá 64 atendimentos por dia. No máximo (placas terminadas em 9) o CRLV é válido até julho, mas eu vou ser generoso e contar o ano inteiro, com 251 dias úteis. Esse posto pode atender então a 2008 pessoas por ano.
Somente a região metropolitadna de Recife tem 1 milhão de veículos. Eu deixo para o leitor o exercício de fazer as contas de quantos postos de atendimento o Detran precisaria ter para entregar todos esses documentos. Ainda assim eu consegui agendamento para uma semana depois de pagar as taxas.
E vale a pena acrescentar uma coisa: o agendamento é desnecessariamente (parece proposital) burocrático. Eu quase desisti de agendar e paguei a taxa de postagem porque:
- Eles exigem na entrega do documento um documento de identidade + cópia, que permita a identificação do portador, e entre os listados como válidos não está a carteira de motorista (tenho a impressão que é ilegal). Meu RG, que estava na lista de válidos, tem uma foto de 30 anos atrás;
- Eu precisava colocar no pedido de agendamento o número do Renavam do meu carro (para quê?!) e para isso eu tive que ir até a garagem olhar no CRLV. Eu moro em casa. Imagino quem mora em apartamento e ir até o carro “é um processo”. Nessa simples operação eu consegui a proeza (acho que até mereço uma medalha) de perder o documento do veículo e passei dois dias dirigindo sem ele.

No dia e hora agendados eu cheguei com 30 minutos de antecedência levando minha carteira de motorista (supostamente inválida para eles), o RG com foto de quando eu era um garoto, e as cópias pedidas. Já preparado para uma confusão burocrática. E no fim o atendente disse que bastava a carteira de motorista, que não precisava das cópias (ele me devolveu) e que bastava eu me identificar com a minha impressão digital (leitor biométrico).
Tem muita coisa errada aí, não? O que vocês acham?
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 Jefferson,  05 de junho de 2018, lisarb, WTF Logo de cara preciso deixar claro uma coisa: eu não sou contra o pagamento de direitos autorais a músicos. Eu sou contra o modelo de arrecadação do ECAD (uma entidade privada). Você sabe que uma festa de casamento com música nacional ou estrangeira tem que pagar uma taxa ao ECAD? Até aí tudo estaria certo se o dinheiro da taxa fosse revertido para os detentores de direitos das músicas que de fato tocaram no casamento, mas até onde sei não é o que acontece. Se você for fã de Enya e só tocar Celtic/New Age no seu casamento, o dinheiro da taxa do ECAD, se algum artista de fato botar a mão nele, pode muito bem ir para o bolso de Wesley Safadão. O que é praticamente certo é que Enya não vai ver um centavo sequer. Você não acha que o justo seria você combinar isso com o agente do seu artista preferido? Comprar um CD que já incluísse especificamente o direito de execução pública para X pessoas por um período Y? Você não pode, porque isso fomentaria a concorrência e o modelo do ECAD se parece mais com um cartel. Até o intérprete que tenha cantado música de sua própria autoria tem que pagar ao ECAD se não pediu permissão (é mole?) com cinco dias de antecedência.
Pois agora o ECAD conseguiu uma liminar na justiça proibindo a prefeitura de Campina Grande de tocar qualquer música na festa de São João enquanto o ECAD não receber o equivalente a 10% do valor do contrato de 2017. E não são 10% do valor pago aos cantores a ser pago aos compositores (seria justo os intérpretes se encarregarem desse pagamento, não?). São 10% do valor total da organização da festa. Não importa se todo intérprete que participou da festa obviamente recebeu seu pagamento pois o ECAD ainda assim quer a parte dele.
Lembrando que o ECAD também queria cobrar de qualquer pessoa que incorporasse em seu blog qualquer vídeo que tivesse música. Mesmo de um blog sem fins lucrativos. Se dependesse apenas do ECAD eu teria que pagar uma taxa de R$352 por mês (valor de 6 anos atrás) pelos trailers de filmes e videoclipes que eu mostro aqui. A entidade também processou o Youtube, mas perdeu pois a justiça entendeu que o justo é pagar diretamente aos detentores dos direitos (dãaaa…) e não ao ECAD.
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 Jefferson,  23 de maio de 2018, lisarb, manutenção
- Um de meus clientes teve que comprar 17 impressoras não-fiscais (quase 10 mil reais) porque, vejam só, acabou a obrigatoriedade de se usar impressoras fiscais mas como nenhuma mudança vindo do fisco pode ser boa para o contribuinte, aparentemente não é mais permitido usar as impressoras fiscais! Será que é porque as impressoras fiscais não podem imprimir Qr-Code? De qualquer forma eu ainda não pude confirmar essa informação;
- A impressora comprada, uma Elgin i9 tem o que me parece ser um preocupante erro de projeto. A impressora tem um conector USB-B e um RJ11 muito próximos e a não ser que eu esteja muito enganado plugar o cabo USB no RJ11 por engano coloca a impressora em curto. Até faísca sai. Mas retirar o cabo faz a impressora voltar a funcionar. Eu não testei se houve dano à conexão rj11.
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 Jefferson,  23 de maio de 2018, lisarb Por um lado, os preços dos combustíveis parecem mesmo abusivos, principalmente diante das alegações de que o país é supostamente auto-suficiente e é um absurdo que o país ainda tenha que importar petróleo leve. Por outro lado, é também evidente que o descaso dos governos estaduais e federais nas últimas décadas com a malha ferroviária é o que permite que os caminhoneiros possam seqüestrar o país com essa rapidez;
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 Jefferson,  20 de janeiro de 2012, lisarb Desde a adolescência eu ouço piadas sobre cursos onde é tão fácil passar que se você souber assinar seu nome na prova já está aprovado. Pois o MEC no atual governo fez a realidade superar a comédia com o conceito de “nota mínima”. De fato, basta assinar seu nome para se ter uma nota.
E a justificativa do Inep(to) é de um coitadismo incompatível com um país que deseja ser grande, mas bem típico do pensamento de um grupo que quer ver o povo grunhindo e mugindo:
“uma pessoa que erra todas as questões recebe o valor mínimo do teste, e não uma nota zero, pois não pode-se afirmar a partir do teste que ela possui zero conhecimento”.
Eu estaria dando risada, se morasse no Canadá, Nova Zelândia…
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 Jefferson,  07 de janeiro de 2012, lisarb, news Lembram de quando eu falei do navio que Lula veio aqui em Recife “inaugurar” quando ainda era presidente e que não saiu ainda do estaleiro? A Revista Época desta semana traz uma nota de esclarecimento de página inteira do Estaleiro Atlântico Sul que afirma que uma nova matéria de Veja sobre o problema (dezembro) é mentira, mas curiosamente confirma que o navio que já deveria estar no mar há muito tempo ainda está em “fase final de acabamento”.
Eu só acredito nessa conversa mole quando o navio estiver no mar, cheio de petróleo.
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Meu sentimento infelizmente é o mesmo Ryan. =/
Mas eu não sei se votaria no Lula. Acho que pela 1a vez iria votar em branco.
Meus receios atuais são com uma possibilidade distante de guerra civil e não tão distante como ditadura estilo Venezuelana.
Se os dois fossem igualmente ruins eu votaria nulo/branco para demonstrar minha insatisfação. Mas com um sendo claramente uma ameaça maior eu prefiro ajudar a escolher o menor dos males. Assim como eu fiz quando votei no Bolsonaro.
Durante a eleição de 2018 Bolsonaro repetiu várias vezes que não confiava no resultado das urnas eletrônicas e continua dizendo que houve fraude. Se esse indivíduo chegar até o pleito de 2022 ele não vai aceitar a derrota de jeito nenhum.
Estou torcendo também para que Trump perca no final deste ano.
Eu continuo convicto que ter anulado meu voto no segundo turno foi o mais acertado. Eu confesso que quase caí na lábia do Bolsonaro, mas como eu não estava inserido em nenhuma “bolha” consegui me abster. PT eu só votei uma vez e com certeza não verá meu voto tão cedo de novo!
Estamos muito ruim de representantes, difícil a nossa vida!
Eu poderia ter votado nulo/branco se a lei brasileira considerasse vencedor quem obteve a maioria dos votos. Como a lei diz que ganha quem tem a maioria dos votos válidos votar nulo/branco não exerce qualquer influência sobre o resultado. E como eu queria que o PT perdesse a única ação válida era votar no outro candidato.
No quesito voto nulo/branco eu sou muito radical. NO MEU PONTO DE VISTA se o cara votou nulo/branco ele não tem o direito de reclamar de quem ganhou e de quem votou em A ou B. Já que ele se absteve de escolher se abstenha de opiniar. NOVAMENTE NO MEU PONTO DE VISTA!
Do jeito que a conta é feita, votar nulo/branco na verdade até aumenta as chances de quem estiver na frente. Falei besteira?
Eu não diria que “aumenta as chances”. Costuma-se dizer por aí que ao votar branco/nulo você está indiretamente votando no candidato que estiver na frente, o que muitas pessoas interpretam como se o voto delas fosse somado aos do candidato que está na frente.
Não é isso.
Do meu ponto de vista, votar branco/nulo no nosso sistema que só considera votos válidos é mais ou menos como dizer “quem ganhar para mim está bom” ou “decidam aí que eu não quero me envolver”.
Como eu disse antes, eu só faria isso se considerasse os dois candidatos igualmente ruins. Mas isso tem um efeito colateral: o candidato que ganhou seu voto de repúdio ao outro ficar se vangloriando de que teve “x milhões de votos” como os bolsonaristas estão fazendo agora. Entretanto no caso dessas seitas não faz diferença, porque Bolsonaro não cansa de dizer que a eleição foi fraudada e ele ganhou no primeiro turno. Ele não consegue aceitar a hipótese de que pelo menos uma parcela dos votos que ele ganhou não foram para ele e sim foram de repúdio ao PT.
Até o narcisismo de Trump ele parece querer copiar.
Seguindo o seu raciocínio, se você for a um restaurante e esse lhe ofereça uma bruschetta grátis de entrada e vier com uma barata em cima, você não vai poder reclamar, já que não está pagando por ela.
Faz parte do jogo democrático votar nulo/branco, tanto que tem as opções na urna eletrônica, o fato do voto ser obrigatório não nos força a escolher um candidato. Meu ponto de vista!
A bem da verdade o voto não deveria ser obrigatório. Essa obrigatoriedade nos empurra para o maldito “voto útil”…
Por um lado, eu concordo. Por outro lado, a não obrigatoriedade criaria outros problemas que aparentemente são maiores.