Jefferson, 20 de dezembro de 2021, PorDentro, reviews Você pode querer ler isto antes: Por que instalar seus próprios relés de subtensão pode ser importante.
Neste texto eu vou estar me referindo ao modelo TOVPD1-60-VA (que tem medição de corrente) exceto em caso de observação em contrário. As fotos externas são do modelo TOVPD1-60-EC, mas é idêntico ao TOVPD1-60-VA por fora.
Este aparelho não pode ser usado em regiões de 127V. A tensão mínima ajustável nos parâmetros é 140V. Sua tensão nominal é 220V com frequência de 50 ou 60Hz.
É feito para ser montado em um trilho DIN do tipo usado no Brasil e monitora subtensão, sobretensão e sobrecorrente. Existem dois modelos: 40A e 63A. Custa no máximo 10 dólares na Aliexpress.
Pode não ser fácil ver na foto, mas os terminais de entrada são devidamente marcados com N (neutro) e L (fase). Vai funcionar se for ligado invertido, mas não é uma boa prática, vai criar uma situação de perigo e você não vai poder fazer uso da dica que vou dar adiante. Respeite a polaridade.
Durante a operação normal os displays mostram a tensão e a corrente medidas pelo dispositivo. Como o indicador de corrente só tem uma casa decimal não consegue registrar nenhum consumo inferior a 0.1A, como o de uma lâmpada de 8W (0.045A em 220V). Então você precisa ficar atento, pois “00.0A” no display não significa “nada ligado”. Durante o ajuste, mostram os parâmetros que você está alterando em cima e o respectivo valor embaixo. Ao energizar, mostram a contagem regressiva para a ativação do relé. Ao contrário de um DR, onde fase e neutro precisam passar pelo dispositivo para que ele faça seu trabalho, em um relé de subtensão isso não é necessário e até contraproducente. Você vai ver a razão na próxima foto.
TOVPD1-40-V (sem medição de corrente). O relé usado é o JQX-15F(T90) de 40A.
- A – Condutor neutro
- B – Condutor fase
- C – Placa de potência
- D – Relé do tipo normalmente aberto (NA)
- E – Placa de controle e interface com o usuário
Como se pode ver, o condutor destinado ao neutro passa direto pelo dispositivo e apenas um fio fino é ligado dele para a placa de potência. Na verdade a única necessidade de conectar o neutro a esse dispositivo é poder alimentá-lo e dar uma referência para a medição de tensão. Então você pode ligar o dispositivo ao neutro da instalação por um fio igualmente fino, que pode ser conectado tanto em IN quanto em OUT. Já o fase precisa entrar por IN e sair por OUT do contrário o dispositivo nem vai ligar.
TOVPD1-40-V
A fonte é do tipo sem transformador.
A seguir, o modelo TOVPD1-60-VA por dentro.
TOVPD1-60-VA
Remontar esse relé requer uma grande dose de paciência, principalmente se você não tiver prestado muita atenção na hora da desmontagem. Você precisa observar como os contatos são assentados nas cavidades, o lado em que fica o condutor neutro e onde é entrada e saída tanto na placa quanto no fundo plástico.
As instruções abaixo são para o modelo que tem medição de corrente (TOVPD1-60-VA)
Para configurar, aperte e segure o botão SET. O display superior vai exibir “A1”. Aperte SET de novo para pular para o próximo parâmetro. Mude o valor exibido no display inferior apertando as teclas de seta para baixo e para cima. Eu tenho uma unidade aqui que parece estar com defeito e para entrar no modo de ajuste você precisa dar um breve toque em SET. Apertar e segurar nunca vai entrar no modo de ajuste.
- A1 – Retardo de religamento ao energizar, em segundos (1-500);
- A2 – Tensão de desligamento por sobretensão, em volts (230-300). Para desligar a função defina um valor maior que 300. O display exibirá “OFF”;
- A3 – Tensão de religamento por sobretensão, em volts (225-295);
- A4 – Retardo de religamento por sobretensão, em segundos (1-500);
- A5 – Retardo de desligamento por sobretensão, em segundos (0.1-30);
- A6 – Tensão de desligamento por subtensão, em volts (140-210). Para desligar a função defina um valor menor que 140. O display exibirá “OFF”;
- A7 – Tensão de religamento por subtensão, em volts (145-215);
- A8 – Retardo de religamento por subtensão, em segundos (1-500);
- A9 – Retardo de desligamento por subtensão, em segundos (0.1-30);
- A10 – Corrente de desligamento por sobrecorrente, em amperes (1-40/63). Não é possível desligar a função, mas você pode configurar para o valor máximo;
- A11 – Retardo de religamento por sobrecorrente, em segundos (1-500);
- A12 – Retardo de desligamento por sobrecorrente, em segundos (0.1-30);
- A13 – Calibração da medição de tensão. Se você achar que o aparelho não está medindo corretamente.
Para salvar, continue apertando SET até ser exibido “End” no display ou aperte e segure SET até sair do modo de ajuste.
Não existe calibração da corrente e eu não creio que esse aparelho meça a corrente corretamente.
A proteção contra sobrecorrente pode causar desligamentos inesperados. O relé mesmo ajustado para uma corrente bem superior à necessária estava desligando toda vez que eu ligava o disjuntor da minha oficina/escritório. Você pode ter que aumentar A12 e A11 até isso parar de ocorrer ou deixá-los no máximo se achar, como eu, que a proteção oferecida pelos disjuntores já existentes na casa é suficiente.
O funcionamento do relé na proteção contra subtensão foi confirmado usando um transformador variável (variac). Eu não tenho como testar sobretensão, porque o mínimo ajustável deste aparelho são 230V e para obter isso eu precisaria montar um elevador de tensão, o que eu não tenho disposição para fazer no momento.
Funcionamento básico – Subtensão
- Se o relé for energizado em uma condição de subtensão ele nem chega a começar a contagem regressiva para ligar e entra no ciclo de subtensão a seguir;
- Quando a tensão cai abaixo do valor definido em A6 pelo tempo definido em A9, os contatos são abertos e o display superior fica alternando entre “LU” e a tensão medida;
- Alcançada a tensão de religamento definida em A7, o display superior começa a exibir a contagem regressiva definida em A8 para ligar. Se a tensão voltar a baixar a contagem é cancelada e volta a alternar entre “LU” e a tensão medida;
- Se o relé for energizado em uma condição normal de operação o display superior exibe “PUP” e o inferior uma contagem regressiva para ligar definida em A1.
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Jefferson, 04 de dezembro de 2021, PorDentro
O alarme Pósitron Concept é um dos melhores investimentos em eletrônicos que já fiz. Está instalado há pelo menos 20 anos sem nunca ter antes me criado aborrecimento. Finalmente parou de funcionar recentemente e na tentativa de descobrir o que havia de errado levantei o esquema do danado. Após ter esse trabalho todo acabei concluindo que o problema deve ser nas baterias (dâaaaa…) e estou aguardando comprar CR2016 de boa qualidade para testar.
O que me colocou no caminho errado foi que eu testei com várias outras CR2016 (usadas) e até com CR2032 novas e nada funcionou. O transmissor pisca o LED indicando transmissão mas o receptor no carro ignora. Quando eu finalmente testei o transmissor usando meu receptor SDR, descobri que não estava transmitindo nada com as CR2016 usadas e com as CR2032 transmitia, mas com um desvio de frequência provavelmente provocado pelo contato com meu corpo, já que com elas o transmissor não fecha e tenho que ficar segurando as baterias no lugar.
O nome na placa, TX4Bv4, parece significar “Transmissor 4B versão 4”.
Notar a ausência de cristal oscilador. Modelos mais novos como o PX40 tem cristal, o que deve simplificar bastante o projeto da seção RF.
O HCS201 é um codificador de “código rolante” (nunca transmite o mesmo código duas vezes) da Microchip. O datasheet está aqui. O chip só suporta três botões diretamente e o método mostrado no esquema para adicionar um quarto botão (AUX) é o sugerido no datasheeet.
Notas sobre o meu esquema
- Eu não garanto que esteja certo. Para ter certeza seria preciso arrancar os componentes para poder ver as trilhas por baixo, o que não fiz;
- Para mim não há muita diferença entre RF e magia. Eu não faço idéia de como a seção RF do transmissor funciona. O que eu sei é que não é o HCS201 que determina a frequência então são os valores dos componentes, suas posições e até a espessura e posição das trilhas (além do ajuste em P1) que devem determinar a transmissão em 433.92MHz;
Estou apenas assumindo que P1 seja um resistor variável. Não tenho evidências disso; P1 é um trimmer (capacitor variável). Veja comentários;
- Estou assumindo que o componente marcado 4R7J que denominei de L1 seja um indutor porque é o que faz sentido para mim. Entretanto eu posso estar errado;
- Não consegui identificar Q1. Assumi que seja um transistor NPN comum baseado em medições;
- Inicialmente eu assumi que a grande trilha que denominei arbitrariamente de L3 fosse meramente uma trilha carregando o positivo da alimentação de um lado a outro do circuito, mas ao levantar o esquema isso deixou de fazer sentido. Representá-la simplesmente como um “curto” estava dando um nó no meu juízo. Ela tinha que ter um papel diferente e maior do que um simples condutor. Então eu procurei desenhá-la de forma a retratar o mais próximo possível a placa e então outras coisas começaram a se encaixar. O ponto em que L1 se conecta a L3 fica fisicamente na metade do comprimento de L3 e isso não parecia ser coincidência. Além disso, o comprimento da parte mais grossa de L3 é de cerca de 8cm e contando com as partes mais finas fica muito próximo de 8.5cm para ser total coincidência que esse valor seja metade dos 17cm que geralmente tem uma antena portátil de 433Mhz. Então eu medi o comprimento da trilha que forma L2 e constatei que também é de aproximadamente 8.5cm. Concluí que juntos, L2 e L3 são a antena do transmissor.
Notas sobre alimentação
- Alimentado com uma fonte chaveada de 6V funciona (testado com SDR, não com o carro), mas a frequência fica em torno de 433.400MHz. Usando baterias CR2032 fica bem perto de 433.9MHz;
- Usando duas baterias CR2032 Rayovac novas com uma tensão aberta de 6.49V, a tensão cai para cerca de 6.2V quando está transmitindo;
- Com duas baterias velhas que não transmitem, a tensão é de 5.7V aberta e cai para 5.1V quando apertamos o botão;
- Segundo o datasheet o HCS201 opera de 3.5 a 12V, então mesmo contando com a queda de tensão no LED o chip deveria transmitir. E o fato do LED piscar indica que está transmitindo mesmo. Mas nada é captado nem pelo carro nem pelo receptor SDR;
- Por causa da forma como o LED é ligado, o chaveiro provavelmente é imune à inversão da polaridade das baterias.
Possíveis substitutos
A Pósitron oferece uma tabela mostrando que 15 outros modelos são compatíveis e três deles ainda eram oficialmente comercializados em 2018:
Da tabela acima podemos ver que são compatíveis os modelos DB30, DP21, DP33, DP35, DP37, PX27, PX30, PX32, PX37, DP45, PX42, PX44, PX40, DP47 e PX80. Então tudo o que você precisa fazer é adquirir um desses e cadastrar no receptor do carro usando o procedimento descrito no manual.
Provavelmente não pode ser substituído por qualquer transmissor baseado em HCS201 que opere em 433.92MHz. Como se pode ver na página 3 do datasheet, a EEPROM interna do HCS201 é programável pelo fabricante do controle com número de série e chave de criptografia. O número de série é usado apenas para identificar se o remoto está na tabela de cadastrados no receptor
mas a chave de criptografia é o grande obstáculo.
Procurando por HCS201 na Aliexpress você encontra poucas opções mas procurando por “Positron” (sem acento mesmo) você encontra um monte. Você pode comprar o clone do CP04 por 4 dólares cada, em pacotes de 5 unidades.
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Jefferson, 17 de dezembro de 2020, PorDentro
O carregador não tem um modelo específico, mas sua fonte tem:
A fonte JDA-14 Tipo 3 é do tipo linear (com transformador) de 14Vcc x 200mA. Não há nada de particularmente especial nisso. E o resto é muito simples:
O transistor T monitora a diferença de potencial sobre D1 para saber se a bateria ainda está consumindo corrente e assim acender ou não o LED vermelho. Não existe nenhum controle sobre o processo de carga. Se você simplesmente conectar a fonte de 14V diretamente aos terminais da bateria e esperar até 7h como está escrito no fundo do carregador, a bateria carregará do mesmo jeito. O fusível rearmável de 650mA protege a fonte e o carregador contra um curto na bateria e D1 também protege contra o uso de uma fonte com polaridade invertida.
Eu só não sei explicar se existe algum motivo específico para o fabricante ter adotado uma fonte linear e não uma fonte chaveada, que certamente seria mais leve e mais barata.
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Jefferson, 20 de novembro de 2020, PorDentro, produtos, reviews Esta é uma análise em andamento. Estou publicando o que já apurei na esperança de que seja útil.
Todos os extensores que analisei até agora neste blog tinham em comum o fato de exigirem um par de cabos CAT5 ou CAT6. A adaptação nesse caso é mais simples, porque a quantidade de fios em um cabo HDMI (19) é quase a mesma de dois cabos de rede (16). Transportar todos os sinais HDMI com apenas 8 fios (um cabo) é consideravelmente mais complicado e por isso esses extensores costumam ser bem mais caros. Por isso fiquei surpreso ao encontrar um extensor desse tipo custando o equivalente a apenas R$20 na aliexpress.
Sim, R$20 pelo par, TX e RX. Eu comprei dois pares, de vendedores diferentes, para me certificar de que um possível defeito não comprometesse minha análise.
Eu estou fazendo testes usando este splitter HDMI ligado ao TX e um monitor de 18″ ligado ao RX. A resolução é de no máximo 1360×768 por enquanto.
- Com um cabo CAT5e de 7m Furukawa Multilan o funcionamento é errático. Hora funciona na primeira tentativa, hora não. E um dos TX apresenta diferença de comportamento com relação ao outro. No meu primeiro teste essa diferença era apenas o aparecimento de “ruído” na forma de pontos coloridos piscando na imagem. Em outro teste dias depois o segundo TX sequer deu imagem com esse cabo;
- Com um cabo CAT6 de 16m Furukawa Gigalan tudo parece funcionar direito. Os dois TX funcionam, sem ruído.
Nenhum dos cabos testados tem blindagem. Uma coisa que descobri ao crimpar um dos cabos errado é que se você inverter o par azul a imagem fica verde.
Neste ponto é preciso observar que só funcionar com CAT6 já complica bastante a relação custo-benefício. Um cabo HDMI de 15m custava aqui em Recife (admito que antes da pandemia e de procedência duvidosa) R$50. Aparentemente o metro de cabo CAT6 de boa procedência está custando R$2 se você comprar a caixa de 305m. Isso dá R$30 só de cabo. Somando conectores e mais R$20 do extensor, já passamos dos R$50. Usar CAT5/CAT6 é vantajoso por você poder passar cabo por lugares onde o danado do plug HDMI não passaria e poder cortar o cabo exatamente no tamanho desejado, sem ter que comprar um cabo até cinco metros maior e depois não saber onde esconder a sobra. Mas nem sempre isso é o mais importante.
Eu emprestei os dois pares e os dois cabos para o meu amigo José Carneiro testar. Ele não conseguiu imagem de jeito nenhum, com um PS3 ligado ao TX e uma TV fullHD ao RX.
Eu ainda pretendo fazer mais testes, com distâncias maiores que 16m e resoluções até o FullHD. O veredito até agora é: “funciona, mas com ressalvas” .
Por dentro
Ao desmontar o extensor fica claro porque é tão “barato”. O que não fica claro é como é possível que funcione!.
O único componente ativo é um mero regulador de tensão, marcado 662K. Provavelmente um LM6206N3 ou equivalente. As placas são identificadas como KY-16TX e KY-16RX.
Eu levantei um diagrama parcial do TX e cheguei à conclusão de que esse extensor talvez só funcione se estiver ligado a um splitter onde pelo menos uma das portas esteja ligada diretamente a um monitor (sem esse extensor). Isso porque o extensor pode ser incapaz de passar as informações de resolução da TV/monitor do RX para o TX.
E faz sentido que eu não tenha notado isso no meus testes, porque é justamente assim que está minha configuração. Eu tenho dois monitores ligados a um splitter, sendo um bem ao lado do receptor de TV, ligado por um cabo HDMI normal, e estou testando o extensor no monitor que fica mais longe. Para comprovar isso eu experimentei desconectar o monitor mais próximo e de fato o monitor remoto não exibiu mais imagem, estando ligado sozinho ao splitter via extensor.
Note que os pares que transportam os sinais DATA1 e DATA2 foram encarregados também de transportar os sinais SCL e SDA que são responsáveis por comunicar ao dispositivo “source” as características do monitor/tv/projetor. Isso parece engenhoso. Os pares funcionariam como SCL/SDA no momento da conexão e depois passariam imediatamente ao papel de DATA1/DATA2. Mas não estou certo de que isso realmente esteja funcionando.
O extensor nem tenta transportar o sinal CEC. O pino 13 não está ligado a nada.
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Jefferson, 26 de setembro de 2020, PorDentro
Eu comprei esse kit por R$52 na Aliexpress com frete incluso. Por causa da variação do dólar está mais caro agora, mas ainda assim uma pechincha se comparado com o preço do Maxxi Gold. Esse modelo opera por RF e não IR.
Não existem componentes do outro lado da placa.
Não veio com manual. Os três primeiros botões são o óbvio: subir, descer e parar. O quarto botão provavelmente serve para parear um novo controle. O terminal marcado como “Aiddle” deve ser ligado ao “comum” da tela. Ele é conectado internamente ao terminal “220v” esquerdo e o terminal direito é chaveado pelos relés para os terminais “Rise” e “Drop”. O componente marcado BLX-A é um porta fusíveis de 30mm. Os três CIs são uma eeprom AT24C02, o microcontrolador (sem identificação) e um receptor RF SYN470R.
Note que como a fonte é sem transformador, esse dispositivo não vai funcionar em 110V.
Eu não liguei a uma tela ainda, mas testei na bancada e não vejo razão para que não funcione bem.
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Jefferson, 24 de setembro de 2020, PorDentro AVISO: Abrir o pinpad vai bloqueá-lo e o desbloqueio custa uma pequena fortuna. Só faça isso com pinpads que você iria descartar de qualquer forma.
Nota: fotos tiradas no modo macro do Samsung Galaxy A11. No tamanho original dá para ler todos os CIs;
O circuito é divido em duas placas de dupla face.
Estas são as duas faces da placa inferior:
Aqui temos:
- chip leitor de tarja magnética VIKINTEK BS300E;
- um slot de cartão SIM.
Aqui temos:
- leitor de tarja magnética;
- buzzer;
- bateria CR2032;
- microcontrolador ATMEL/Microchip AT83C26
E estas são as duas faces da superior:
Note que embora o display tenha Test Points facilmente acessíveis, o mesmo não ocorre com o teclado. Com um multímetro eu constatei que dos 17 botões, 16 são ligados numa matriz de 4×4. O único botão que fica de fora é o verde (ENTRA) e que não parece ser excepcionalmente difícil soldar 10 fios do lado dos contatos dos botões. Na imagem abaixo os pontos azuis indicam os pontos sugeridos para soldar os quatro fios correspondentes às linhas e os pontos vermelhos, as colunas da matriz:
Mas não há garantia que dê certo sem remover os componentes do outro lado da placa que possam interferir. Para referência, os botões são ligados da seguinte forma:
lin1 |
lin2 |
lin3 |
lin4 |
|
col1 |
col2 |
col3 |
col4 |
1 |
2 |
3 |
4 |
|
1 |
6 |
10 |
14 |
6 |
7 |
8 |
9 |
|
2 |
7 |
11 |
15 |
10 |
11 |
12 |
13 |
|
3 |
8 |
12 |
16 |
14 |
15 |
16 |
17 |
|
4 |
9 |
13 |
17 |
Aqui temos:
- Um slot de smart card;
- Um chip de interface smart card NCN6001;
- Microcontrolador BGA “seguro” IC0400C. O acesso aos terminais do teclado deve estar debaixo dele mas não creio que eu tenha a a habilidade para fazer essa solda.
- Um chip de flash BGA spansion AL015J70BF102 – Provavelmente do tipo “seguro” também;
- Um chip de RAM BGA desconhecido com as inscrições 037 55LF EM680FU16A 0190040;
- Um chip lógico comum 74LV004A;
E aqui está o display, sobre o qual não encontrei nada:
Apesar de na ponta o flat cable ter 30 pinos, os primeiros quatro e o últimos quatro não estão conectados. O display tem apenas 22 conexões.
Alguém tem alguma sugestão de como aproveitar essas peças?
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Jefferson, 14 de agosto de 2020, PorDentro Na verdade eu vou mostrar dois splitters muito similares aqui. Um que comprei por R$65 (com fonte) numa loja chinesa de Recife e outro por R$42 (sem fonte) com frete incluso na Aliexpress.
Eu prefiro comprar sem fonte se tiver escolha porque a qualidade das fontes que vem “de brinde” nessas coisas é altamente questionável.
Segundo os Product Briefs, ambos suportam 4K/2K.
Vou começar pelo que comprei em Recife.
A foto mostra duas unidades, uma sobre a outra, para mostrar os dois lados.
O LED vermelho, contra intuitivamente (você imagina que seja o Power), é o LED correspondente à entrada HDMI. Existe previsão para um LED Power no circuito (canto inferior direito da foto acima), mas este não foi instalado pelo fabricante. Entretanto é possível soldar um (canto inferior direito da foto) e fazer um pequeno furo na frente do aparelho. Até o resistor já está no lugar.
Componentes mais relevantes:
- Nuvoton N76E003AT20 – Microcontrolador (uC)
- Lontium LT86104NX – HDMI/DVI/DisplayPort 1:4 Splitter (daqui em diante chamado de SoC)
Como o fabricante do chip principal é o mesmo, o projeto parece ser o mesmo que o do splitter de 2 saídas mas com um modelo de chip que suporta o dobro de saídas.
Como se pode ver do lado esquerdo do detalhe abaixo, existe previsão para a instalação de um botão interno e três conectores: J2, J3 e J9. Veremos o propósito deles ao analisar o esquema.
O esquema
Neste aparelho o splitter nem tenta tirar sua alimentação da porta HDMI de entrada, mas há uma previsão para isso no circuito que poderá ser vista no diagrama do microcontrolador (procure por D4 no pino 5). Também há previsão para um LED POWER na linha de 5V. J10 é no projeto o lugar para se colocar um conector para uma chave liga-desliga, mas foi soldado um resistor de 0R no lugar.
- O propósito de J9 ainda é incerto. Parece ser um canal de comunicação entre o SoC e o uC que você pode usar para debug.
- J3 eu não faço idéia do que seja, principalmente porque tem conexão com o pino 14 da entrada HDMI, que não é usado exceto em cabos que tenham ethernet e ainda assim tem um papel limitado.
- Também não faço idéia do propósito de S1;
- Notamos que o uC toma conhecimento da conexão do dispositivo HDMI de entrada pelo pino 5 e responde no pino 13;
- Não encontrei suporte a CEC (nenhuma conexão para os pinos 13).
Uma coisa que ainda não consegui entender foi a parte DDC do circuito. DDC é um canal de comunicação onde o dispositivo de saída (o monitor) diz ao dispositivo de entrada que resoluções suporta, para evitar que você tenha que ficar trocando manualmente resoluções no dispositivo de entrada até aparecer a imagem. Isso já é desagradável quando você só tem um monitor ligado ao dispositivo de entrada, mas imagine ter quatro monitores diferentes, com capacidades diferentes, e ter que escolher manualmente a resolução certa que vai dar imagem nos quatro. Em teoria o splitter se encarrega de fazer isso, mas eu não estou conseguindo enxergar na eletrônica como é feito.
A entrada faz sentido (figura abaixo, à esquerda), porque é ligada diretamente ao SoC, que se encarrega de dizer para o dispositivo na entrada que resoluções estão disponíveis. Mas como o SoC sabe quais são? Pelo que eu levantei das saídas (figura abaixo, à direita), estas não são ligadas ao SoC. Apenas os resistores de pull-up estão presentes. Então como o splitter consegue decidir que resolução aplicar aos monitores. Pode ser que exista uma conexão que não consegui achar, mas eu procurei nas quatro saídas.
Mas vemos aqui que o propósito de J2 parece ser debugar a comunicação DDC.
O OUTRO SPLITTER
O splitter que comprei na Aliexpress parece ser uma versão mais compacta do mesmo design. A única diferença funcional que notei foi que este tem um LED Power. Até o descaso do design visual com o poder das fontes de texto com contorno é o mesmo.
Entretanto, pela contagem de componentes dá para se ter a impressão de que o splitter maior tem também um circuito um pouco mais “caprichado”. Eu não chequei, mas imagino que vários capacitores SMD estão ausentes neste.
O chip principal deste é o LT86104SX. Ainda não sei a diferença entre os sufixos SX e NX.
Os dois splitters funcionaram igualmente bem na minha aplicação, não tendo o problema com cabos longos que encontrei no splitter de duas portas.
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Jefferson, 12 de agosto de 2020, Consertos, PorDentro Meu soprador térmico pifou e como eu sequer consigo desmontá-lo estou tentando contornar o problema com secador de cabelos até eu achar um soprador decente com um preço razoável. Não é qualquer secador de cabelos que pode fazer o trabalho de um soprador mas eu testei um desses em algumas tarefas com tubos termoencolhíveis e vi que ele podia dar conta do serviço apesar de ser muito mais barulhento e aparentemente consumir muito mais. Tenho que checar a potência do meu soprador mas eu nunca desarmei um disjuntor com ele e esse secador é de 2100W o que me fez desarmar disjuntores em uns três lugares da casa onde tentei usá-lo. Eu sou bem conservador ao escolher a capacidade dos disjuntores da casa.
Nota: É um aparelho caro. Eu não compraria um novo para usar como soprador térmico.
Minha tarefa era consertar uma unidade do mesmo modelo que estava esquentando, mas como o motor da turbina não funcionava saia fumaça segundos após ligado.
Desmontagem
Abrir esse aparelho já foi difícil, mas desmontá-lo e remontá-lo depois exigiu muita paciência. Não existe espaço o bastante dentro dele para organizar as peças e fios de uma maneira que facilite a manutenção. Houve um momento em que eu achei que ia ter que aplicar cola quente para manter os danados dos fios no lugar para poder fechar.
Nota: Isso não é usual, mas eu não tenho fotos do interior do aparelho agora. Eu decidi escrever sobre ele apenas depois de terminar o conserto e vocês vão ter que se contentar com uma descrição e com o esquema que levantei até eu ter disposição para desmontar de novo.
O aparelho tem três parafusos visíveis e duas borrachas laterais que quando removidas mostram mais dois parafusos. Isso me me fez pensar que era preciso remover esses parafusos ocultos para poder abrir o aparelho, o que depois se mostrou falso. Eu só consegui deixar o motor solto dentro do secador. Remova os três parafusos visíveis, as duas borrachas e com a ajuda de um cartão de crédito ou algo do tipo desencaixe as duas partes do corpo. Existem quatro travas plásticas no perímetro da parte circular.
Diagrama e funcionamento
As chaves S1 e S3 são especiais. Na primeira posição estão desligadas. Na segunda posição são conectados os pontos 1 e 2 e na terceira posição são conectados 1, 2 e 3.
Ao avançar S1 para a primeira posição o motor liga através do diodo, em velocidade reduzida. Na próxima posição o motor é ligado na velocidade máxima. Para ter aquecimento é preciso ficar pressionando a chave s2 e a temperatura depende da posição da chave S3. Você pode ter nada (chave S3 em “off”) apenas R1 ou R1 e R2 ligadas.
Observe que quando o ventilador está em velocidade reduzida a temperatura máxima das resistências é cortada pela metade através do mesmo diodo. Então podemos dizer que o aparelho tem quatro temperaturas.
Eu não estou certo do que seja “F” no circuito. Sua posição indica que se trata de uma chave térmica mas não consegui determinar se é um termostato (desliga em caso de superaquecimento mas religa quando esfriar) ou se é um fusível térmico (inutiliza o aparelho).
O gerador de ions é algo que eu nunca tinha visto antes e não sei qual o benefício em um secador de cabelos. o fio branco que sai dele fica estendido dentro do conjunto de resistências como se fosse uma antena.
O motor é um modelo comum do tipo AC universal (com escovas). Baseado no desenho fica claro que se o motor não liga em nenhuma posição de S1 mas o aparelho aquece, o problema deve estar no motor, que realmente estava aberto. Com o multímetro foi fácil isolar o problema a uma das bobinas e após desmontar parcialmente o motor foi possível achar o fio esmaltado quebrado exatamente na solda. Raspei a ponta, soldei de novo e isolei. Problema resolvido. Mas ainda perdi mais de uma hora para remontar porque eu não consegui recolocar as peças nas posições originais de jeito nenhum. Tive que dessoldar todos os fios das chaves, cabo de força e gerador de íons, colocar as peças no lugar, acomodar os fios e só então soldar de novo.
Para desmontar o motor eu tive girar os parafusos com um alicate de bico. A turbina impede o uso de uma chave de fenda convencional e eu não estava certo de que conseguiria removê-la puxando sem quebrá-la.
Se você ligar o motor fora do aparelho pode ter a impressão de que está girando ao contrário porque ventila na direção errada. Dentro do aparelho o sentido da movimentação de ar se corrige.
Nota para mim mesmo no futuro: numa próxima necessidade que eu tiver de consertar o mesmo defeito, abrir o aparelho e providenciar a remoção do motor sem mexer no resto da fiação, nem que requeira cortar os dois fios, pode me poupar de muita frustração.
Consertar esse defeito é muito fácil se você tiver alguém que desmonte e remonte o danado do secador por você.
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Jefferson, 09 de agosto de 2020, Consertos, PorDentro Esse dispositivo é usado para automatizar a subida e descida de telas de projeção motorizadas. O princípio de funcionamento desses receptores é decepcionantemente simples para o preço que se cobra por eles nas empresas “especializadas”.
Princípio de funcionamento das telas motorizadas
A tela de projeção pode ter três ou quatro fios. Os primeiros três costumam ter as seguintes funções:
O quarto, quando existe, é o terra.
Tudo o que você precisa fazer é ligar o neutro da alimentação ao comum e o fase a um dos outros dois fios dependendo de que movimento você deseja. O modo mais simples de fazer isso com segurança é usar dois interruptores de campainha, mas aí você vai precisar ficar segurando o interruptor até chegar na posição desejada. Para evitar isso você pode usar um interruptor de duas posições com “off” central. Uma “chave gangorra” de R$5 como esta serve.
Isso funciona porque, pelo menos em todas as telas que chequei, existem “chaves de fim de curso” embutidas que desligam a respectiva alimentação do motor quando a tela está completamente recolhida ou estendida. Então não faz mal algum colocar a chave numa certa posição e dar as costas. O motor vai parar automaticamente quando chegar ao fim do curso. A posição central serve como comando “STOP” caso você queira parar o movimento no meio do caminho. Alguns fabricantes de telas inclusive oferecem como acessórios interruptores específicos para isso com marcações “up” e “down” que provavelmente custam mais do que merecem.
O Controle Maxxigold
Se você quiser fazer esse controle da tela sem precisar ir até o interruptor, pode usar um receptor de controle remoto por infravermelho ou RF. Mas agora que eu expliquei como o acionamento da tela funciona, tente justificar como o controle IR pode valer quase R$600 (não vou colocar links diretos). Isso vai ficar ainda mais difícil quando eu mostrar como é por dentro.
Nota: O controle descrito a seguir foi adquirido há mais de 7 anos. Possivelmente mais de 10. O vendido atualmente pode ser completamente diferente por dentro apesar de ser idêntico por fora. Mas eu não apostaria nisso.
Marcações no placa: DC160/DC87, DESIGN: WCX, V1.2
Considerando a complexidade do circuito não é nenhuma surpresa que você possa comprar algo similar por R$52 (sim, menos que um décimo do preço) na Aliexpress.
Nota: nesse ponto eu acho importante frisar que sou contra expressões do tipo “isso é um roubo!”. Eu considero que quem oferece o produto ou serviço deve ter total liberdade de fazer seu preço enquanto você mantiver a sua liberdade de comprar se quiser e meu blog existe entre outras coisas para mostrar que opções você tem. Os restantes R$550 podem ser atribuídos até ao “amor e carinho” que o fabricante dedica a cada peça que para mim não importa. Eu só vejo realmente problemas quando começam as afirmações falsas sobre uma suposta superioridade técnica do produto, que até onde sei esse fabricante nunca fez.
Um cliente teve um problema com o dele que se manifestou da seguinte maneira: Ao apertar o botão “down” a tela descia apenas alguns centímetros e podia-se ouvir claramente que o relé estava desligando sozinho. Para continuar descendo era preciso apertar “stop” e “down” repetidamente até a tela desenrolar completamente. O comando de subir funcionava normalmente.
Como na ocasião eu não sabia o que sei agora sobre a motorização das telas, não queria arriscar a tela caríssima com palpites e o cliente não tinha tempo para esperar o diagnóstico e os R$600 para pagar por uma reposição não representam nenhum incômodo para ele, compramos um kit novo, mas eu fiquei com o antigo para estudar. A primeira coisa que decepciona é que sequer a fonte tem um transformador. Para o usuário nunca levar um choque na ponta do jack de 3.5mm, que fica saliente, é preciso que a polaridade da instalação elétrica seja respeitada. Com a ligação na entrada invertida o voltímetro mede 220V entre a ponta do jack e o terra.
O jack existe porque o receptor de IR fica na ponta de um cabo, para você poder posicionar onde for mais conveniente. O receptor tem três botões que permitem o controle da tela sem precisar do controle remoto, o que se mostrou muito útil quando o remoto pifou sete anos atrás. Quem precisar de uma reposição para ele só precisa desembolsar a bagatela de R$230 (por um controle de apenas três botões).
O footprint para chave S4 (ausente, entre o capacitor amarelo e os relês) fica exatamente sob um furo que existe na parte de trás da caixa. Esta chave poderia ser acionada com um palito de dentes sem abrir o aparelho. Qual o propósito que tinha essa chave em outra versão do projeto eu não sei, mas geralmente é um reset.
Não é possível ver isso na foto (está debaixo do grande capacitor amarelo), mas como se pode conferir pelo diagrama que levantei pelo menos tomaram o cuidado de incluir um “bleed resistor” (R2 e R3) para descarregar Cx1 após ser desligada a alimentação, evitando assim um choque ao tocar nos fios 1 e 2. O motivo de serem usados usualmente dois ou mais resistores em série nessa função em vez de um resistor com o valor total é dividir a tensão entre eles. Um único resistor SMD pode não suportar as centenas de volts acumuladas no capacitor.
A causa do defeito no aparelho não foi nenhuma surpresa para mim apesar do sintoma ter me feito suspeitar de algo mais complicado. Medindo a tensão sobre os relês descobri que após o primeiro acionamento esta caia de 12V para 5V. Apenas o bastante para o microcontrolador continuar funcionando, mas colocar os dois relês de 12V operando numa região de incerteza. Ambos poderiam ter falhado igualmente. A causa estava no suspeito usual: o capacitor de entrada da fonte, que de 680nF nominais estava medindo apenas 170nF. Alguns de vocês talvez lembrem que esse é o defeito usual dos medidores de energia PMM2010. Com a substituição do capacitor o aparelho voltou a funcionar normalmente.
Material de consulta
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Jefferson, 08 de agosto de 2020, PorDentro, reviews Este aparelho custa R$22 nas lojas chinesas aqui de Recife. A minha aplicação para ele é usar em conjunto com um receptor ISDB-T ou de satélite e um conversor HDMI-VGA para aproveitar como TVs os muitos monitores que tenho. Pode não estar tão fácil hoje por causa da pandemia, mas eu costumava comprar com certa facilidade monitores de 15″ por R$50 e de 19″ por R$80 na OLX. Monitores com som são mais práticos mas ainda não encontrei um que não tivesse um áudio péssimo e o dessa caixinha rivaliza com o de muitas TVs
O que diz o marketing ou pode se supor olhando para o aparelho:
- Suporte a bluetooth com reprodução de mídia e atendimento de chamadas;
- Rádio FM;
- Porta USB para pendrives;
- Conector microSD;
- Entrada auxiliar P2 (3.5mm) – imprescindível na minha aplicação;
- A embalagem faz uma referência a “autodyne”, mas esse termo se refere a um tipo de circuito de amplificação de rádio que até onde sei é obsoleto.
Por default opera no modo bluetooth. Um ou dois segundos após ligar dá a mensagem “the bluetooth device is ready to pair” em um inglês com forte sotaque chinês. Se houver um plug inserido (ou se este for inserido depois) o modo muda automaticamente e a mensagem é “AUX input mode”.
Funciona também enquanto está carregando, mas só se a bateria não estiver completamente descarregada. Testado na função AUX.
Na minha aplicação eu não consigo usar no volume máximo. O aparelho produz um ronco alto que desaparece quando dou cinco toques no botão de baixar o volume. Aparentemente o aparelho lembra a última configuração de volume pois eu só preciso fazer isso uma vez. Mesmo sem estar no volume máximo o resultado ainda impressiona.
Qualidade e volume
Nos dois quesitos a caixinha se sai muito bem. O volume é o suficiente para minha mãe no quarto ao lado fazer comentários sobre eu estar assistindo TV “muito alto” à noite. Eu possivelmente não acharia a qualidade aceitável se o objetivo fosse ouvir música mas para assistir TV é melhor que muitas TVs pequenas.
Como rádio FM
Para fazer a sintonia automática de estações FM, ao entrar no modo FM dê um toque no botão PLAY. O aparelho vai fazer a varredura e depois parar em uma estação. Mas eu encontrei um problema nesse modo que pode ser defeito da unidade que comprei: não consigo alterar o volume enquanto no modo rádio. Sempre avanço ou retrocedo nas estações. Esse problema não ocorre no modo bluetooth, entretanto. E o aparelho tem um som tão alto que esse problema pode inviabilizar o uso do rádio.
Eu constatei olhando na internet que em alguns lotes dessa caixa não há alça de pulso e o fio da antena FM é o único fio saindo da caixa, em outros ele sai junto com a alça de pulso e no meu caso a antena corre por dentro da alça e você só percebe que ela existe se procurar.
A bateria
A duração da bateria assistindo a TV é impressionante na minha aplicação. Fiquei dias usando com uma carga.
Em teoria você deveria ficar sabendo que a bateria está carregada pelo apagamento do LED vermelho, mas aparentemente um erro de projeto impede isso. Mas parece ser possível checar a carga da bateria no modo bluetooth com a app BatON. Testei no meu Samsung A5 que não tem bluetooth 4.0 e parece funcionar.
Na minha aplicação a bateria não ajuda em nada e me cria um pequeno inconveniente. Quando eu vou dormir ou saio de casa eu desligo os disjuntores do escritório, mas quando o receptor de TV é desenergizado a caixinha solta um ronco alto que requer que eu vá até ela desligar na chave. O que implica que sempre que eu volto preciso ir lá ligar novamente se quiser assistir TV.
Eu tentei resolver isso desconectando a bateria, mas o aparelho não funciona sem ela. O primeiro sintoma de que a bateria está desconectada ou com defeito é a mensagem de voz sair fortemente entrecortada. Não dá nem para distinguir que é uma voz. Tentei substituir a bateria por até 300uF em capacitores, mas a qualidade do resultado dependia da fonte usada.
Uma alternativa de qualidade similar e ainda mais barata que não sofre desse problema é usar a caixa EXBOM CS-39, mas isso requer que o adaptador VGA HDMI tenha uma saída de áudio funcional (muitos não tem) ou que você adapte o plug da caixa para a saída do receptor de TV.
Por dentro
Para abrir você solta três parafusos que estão ocultos sob a base emborrachada. No meu caso eu acabei arrancando pedaços da base procurando, mas com paciência deslizando um objeto pontudo você pode encontrar os orifícios dos parafusos e desparafusar sem causar danos. Passe o mouse sobre a imagem para ver a descrição das partes principais.
O chip principal é um AS19BP00237-28B4 fabricado pela JetLi. Infelizmente há praticamente zero informações sobre os produtos dessa empresa na internet.
O amplificador é um HAA2018 cujo fabricante também não ajuda. Os dois canais de entrada de áudio são interligados (em curto) já no conector de 3.5mm. Apesar de isso soar como algo ruim é comum em aparelhos desse tipo, que recebem um sinal estéreo mas produzem uma saída mono. Porém eu não arriscaria ligar nele um aparelho com saída amplificada, destinada a fones de ouvido, principalmente se for caro como um celular. Na minha aplicação com receptores de TV essas saídas são mais resilientes.
Eu acho que o “segredo” da caixa está no alto-falante, que pesa 94g. Mais da metade dos 165g do produto.
No diagrama da alimentação é possível ver que o propósito do LED vermelho deveria ser mostrar quando a bateria está carregada, apagando. Mas provavelmente calcularam errado os componentes.
Esta parte do diagrama mostra que o fabricante do CI principal usa um método baseado em capacitância para poder ler todos os botões usando apenas uma entrada.
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Muito bom, não conhecia! A única coisa que me deixa com uma “pulga atrás da orelha” é esse relé pequeno, a corrente toda precisa passar por ele. Por mero $1 de diferença eu recomendaria comprar sempre a versão de 63A, mesmo que seja para usar em um circuito individual de 15A por exemplo.
Cargas indutivas, especialmente as “burras” como geladeira não-inverter tendem a causar um pico de corrente razoável quando o motor é acionado, então quanto mais super-dimensionado o relé, melhor. Alias, imagino que esse possa ter sido o motivo dos disparos acidentais quando estavas testando a limitação de corrente.
Eu concordo e ponderei muito a respeito na hora de fazer minha compra. O problema dessas coisas chinesas é: a versão de 63A realmente suporta 50% a mais de corrente ou usa o mesmo relé de (supostos) 40A remarcado para 63A? Ó dúvida cruel…
Uma dúvida: na foto não fica muito claro, mas me parece que o condutor de fase B está preso aos bornes IN/OUT apenas por pressão entre o condutor e a capa. É isso mesmo? Não consegui ver indícios de solda ou crimpagem
É soldado.
Olá, estou usando um aparelho desses.. porém no meu caso ele está ligado FASE+FASE… ele vai servir? Outra pergunta, você teria uma relação com os erros apresentados? No meu apareceu HU e deu falha (led vermelho) depois de desligar e ligar novamente, ele voltou a funcionar… quero acreditar que (HU quer dizer High Voltage)….só queria confirmar…
Não vejo razão para não funcionar.
Isso mesmo.
Olá!
Excelentes artigos, muito obrigado por compartilhar!
Minha região é alimentada por 127V. Por acaso você conhece algum dispositivo desse para esta classe de tensão?
Muito obrigado!
Ao desmontar e remontar o TOMZN é preciso de um cuidado extra: a base encaixa em qualquer posição e se você encaixar invertida, a marcação de quem é fase e neutro na face vai estar errada, comprometendo o funcionamento.
Como eu estava ligando o neutro apenas embaixo, o sintoma era de que o TOMZN nem acendia. Se eu estivesse ligando o neutro em cima o TOMZN provavelmente ia acender, mas qualquer operação que abrisse o relé ia desligar o TOMZN, fazendo o relé fechar de novo, o que ia ligar o TOMZN e assim ficar em um loop infinito.
Antes de desmontar, marque com uma caneta na base que é o F e o N, para evitar isso. Você também pode se certificar na hora de fechar que debaixo de onde está marcado N tem que estar passando a grande malha do neutro e não a placa.
Boa tarde
Tenho uma dúvida aqui eu preciso de um para pegar a tensão de fase fase 220v aqui a tensão da 250volts eu consigo tá usando ele
Eu acredito que sim. O máximo que pode ser ajustado nele para desligamento por sobretensão é 300V então supostamente ele pode operar até bem perto dessa tensão.
Achou alguma versao 127V? Aqui tenho um sistema Trifasico 127V + 127V + 200V + Neutro. Comprei um Tomzn TRI mas nao me atentei a ser somente 220.
Na China energia é 220 Fase + Neutro (2 fios) diferente do nosso 127+127 = 220.
Minha intencao somente proteger a rede pois a Enel esta entregando 239V e meus nobreaks tem o limite de 240V (APC), estudando a troca por outros IBM que vao ate 265V.
Qual a quantidade de erros esse rele registra?
Sei que os tipos são Hu,Hi e Lu., mas quantidade de erros não consegui saber.
Sabe informar?
Os equipamentos testados não fazem registro de ocorrências.
Pelo que vi no manual do relé TOVPD1-60-EC, ele registra a falha mais recente precionando a tecla de ajuste para cima por 6 segundos.
Não é isso?
Boa tarde. Depois de muito cosultar verifiquei que um chinês fez um teste bem completo sobre esse relé e o mesmo dentre outras diversas falhas menos graves, identificou ao menos uma grave. Essa falha é o tempo em ms que o relé desliga a carga após uma sobretenção, que chegou a até 700ms. Ou seja, muitos equipamentos sensíveis ligados a esse relé poderão não resistir a esse tempo, que deveria estar na faixa de 70 a 80ms.
Entendo que um relé tão barato, hoje por volta de 20 reais na China, realmente não poderia fazer milagre. Isso corrobora com o teste do chinês.