Esta frase dita pela minha neurocirurgiã (Dra. Márcia) em 18/03/2021 enquanto examinava as imagens da última ressonância magnética da minha coluna cervical me deixaram em choque. Eu passei mal no consultório após ouvir isso. Eu sabia que meu caso era cirúrgico, mas a mesma médica havia me dito cinco anos antes que a gente poderia empurrar com a barriga indefinidamente desde que não se agravasse. Eu tenho três hérnias na coluna cervical (pescoço) e uma delas pressiona um nervo que me faz sentir desde simples dormência e formigamento até uma dor insuportável no braço esquerdo, que só pode ser contida com remédios controlados como a Pregabalina. As crises duram semanas mas depois eu volto a viver normalmente. Curiosamente, dor não é motivo para alarme nesse caso, pois o sintoma que requer cirurgia imediata é perda de força no braço ou mão. Entretanto o “conserto” além de poder me deixar tetraplégico vai me deixar três meses sem poder trabalhar e requer a instalação de próteses que vão limitar o movimento do meu pescoço. Eu nunca mais terei uma vida normal depois da operação.
Mas aí Dra. Márcia viu um possível comprometimento da minha medula surgir nos exames e a coisa ficou séria. Ela pediu um novo exame, chamado de “Potenciais Evocados Somato-Sensitivos” (não parece haver consenso sobre a forma correta de escrever o nome desse exame) que não pareceu confirmar as suspeitas dela ou, pelo menos, não apontava urgência para a cirurgia. Mas só não marcou mesmo a operação por causa da pandemia.
Me conformei e avisei a família e amigos que minha cirurgia era iminente, mas por motivos completamente distintos decidi fazer um esforço maior para sair do sedentarismo, começando com as caminhadas de pelo menos 12km por dia, que me fizeram perder 13kg. Em janeiro deste ano, dez meses após o choque, uma coisa aconteceu (contarei outro dia) e minha atitude em relação à vida mudou. Toda a minha personalidade começou a mudar, aparentemente para melhor. No mês seguinte eu entrei em uma nova fase e comecei a fazer musculação, mas semanas depois um novo problema surgiu: comecei a sentir os mesmos problemas que antes se limitavam ao braço esquerdo agora no braço direito. Você sabe que é a coluna quando a dor no braço depende da posição do seu pescoço.
Pensei: Desta vez a cirurgia sai mesmo com a pandemia. Marquei uma consulta de urgência com a cirurgiã no dia 12/03/22, quase um ano após ter recebido a notícia chocante que me fez sair do sedentarismo. Mas o que aconteceu nessa consulta foi uma das maiores surpresas de minha vida. No momento em que abriu a porta do consultório para mim Dra. Marcia, que sempre foi bastante séria, abriu um sorriso que não saiu do rosto dela enquanto eu detalhava as “complicações” que eu eu estava sentindo e continuou sorrindo enquanto me explicava que a mudança nos meus sintomas eram comuns e não eram nada de mais e que eu estava visivelmente diferente na aparência e no comportamento e não era mais candidato para cirurgia.
Isso vindo de quem vai ganhar dinheiro operando você e já havia convencido você a operar é digno do mais alto crédito.
A última vez que ela me vira fora sete meses antes, em agosto. Eu realmente devo ter mudado muito, principalmente nos três meses anteriores.
Eu fiquei espantado e obviamente ainda mais sorridente. Ela nem pediu que eu fizesse novos exames e me garantiu que só o que ela estava vendo em mim fazia a diferença. Sorrindo o tempo todo ela se despediu de mim depois de apenas recomendar que eu tomasse cuidado na academia para não fazer nada que machuque a cervical e continuasse a observar o sintoma que era realmente sério: a perda de força.
E a dor no braço direito sumiu sozinha semanas depois.
Jefferson, muitos dos seus relatos parecem boas séries ou livros, deixando a gente preso aguardando os próximos capítulos. Minha impaciência me previne de assistir muitas delas, e geralmente assisto a temporada toda de cada série de uma vez, ao invés de um capítulo de várias séries por mês.
Fico muito feliz pelo relato de não precisar mais de cirurgia, e mais ainda pela nova abordagem na vida, coisa que tento constantemente fazer e tenho observado que realmente gera frutos positivos.
Wagner, como cronista/escritor, técnico em eletrônica ou programador eu realmente me vejo abaixo da linha da mediocridade (de acordo com a correta definição de ¨medíocre¨). Não é falsa modéstia. Mas esses elogios me incentivam a continuar escrevendo. E apesar de ser algo que invade minha privacidade, falo sobre minha saúde porque tenho certeza de que vai ser útil para alguém. Se ajudar pelo menos uma pessoa já não terá sido perda de tempo eu ter parado para criar o texto.
Fico muito feliz pelo relato de não precisar mais de cirurgia, e mais ainda pela nova abordagem na vida, coisa que tento constantemente fazer e tenho observado que realmente gera frutos positivos.
Nunca é tarde demais para mudar. Nem para acreditar que alguém pode mudar. Esse tema sempre me faz lembrar do filme 16 quadras que apesar de ser um filme de ação, tem a frase ¨people change¨ como um tema central.
Jefferson,
Também tenho problemas de coluna que são um “mistério” pois não sofri trauma que pudesse ser a causa do problema. Só que no meu caso é coluna lombar e torácica.
O que tenho tentado fazer é exatamente o mesmo que você, mudar hábitos e praticar atividade física. No meu caso, optei por fisioterapia com profissional especializado (clínica e fisioterapeuta) e também estou vendo resultados positivos.
Mas enfim, vamos tentando melhorar a saúde e fugir da cirurgia.
Abraço.
Acho importante ressaltar aqui que a doutora nunca me ofereceu o caminho da saída do sedentarismo como escapatória para a cirurgia. Eu decidi fazer isso porque, se eu não conseguia imaginar algo que tivesse feito (ou deixado de fazer) para justificar um problema tão sério, que ia mudar minha vida para pior definitivamente, imagine quando a conta pelo meu desleixo e irresponsabilidade com meu corpo e minha saúde começasse a chegar. Os resultados ruins dos meus exames de sangue eram uma constante há muitos anos: colesterol ruim alto, colesterol bom baixo, excesso de triglicerídeos, glicose na porta do diabetes… Eu pensei: “só faltava eu ficar também diabético para arruinar minha alegria de viver!”.
Eu decidi fazer o que fiz (e continuo fazendo) para a situação não ficar a ainda pior. E fui surpreendido com o presente de manter a necessidade da cirurgia na cervical como apenas uma possibilidade. Já se passaram quase três anos desde o choque do “vamos ter que operar”.
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Alguns de vocês talvez se lembrem do meu post de dezembro de 2020, onde eu afirmei ter perdido oito quilos em apenas um mês. Na ocasião eu estava com 75kg, mas a alegria durou pouco porque eu não consegui sustentar aquilo. Meu organismo parecia estar reagindo e se negando a continuar abrindo mão de 2kg por semana. Juntou com o fato de que era dezembro, época de festas, e o trem descarrilou de vez. Em meados de 2021 eu já estava batendo nos 85kg.
Tentei de novo o regime de fome, da mesma forma. Não funcionou dessa vez. Meu organismo parecia mesmo estar reagindo a isso.
Em setembro decidi mudar a abordagem e voltei a caminhar, para ver se surtia algum efeito. Eu caminhava um mínimo de 6km e um máximo de 12km por noite, todas as noites, mas passados dois meses não estava surtindo efeito algum na balança. Até mesmo porque no final da caminhada eu chegava com uma fome que me fazia comer tudo o que eu poderia ter perdido em calorias.
O limite de 12km era devido ao tédio (eram quase duas horas caminhando pelo bairro) e a meus pés, porque eu descobrira mais de um ano antes que aos 13km eu tendia a ter algo que meu ortopedista atribuiu a fascite plantar. Mas como já fazia muito tempo que eu havia testado esse limite, comecei a testar de novo em dezembro e descobri que agora meu limite era 22km mas por causa de outras dores nos pés e não o fantasma da fascite.
Dei um jeito de esquecer o tédio prestando atenção à música nos headphones (e às garotas na rua) e minha rotina passou a ser de 12 a 22km diários a uma velocidade média de 6.5km/h com picos de 7.3km/h (a propósito, meu recorde é de 30km em 4h e 27min numa noite). Não posso correr, porque tenho condropatia patelar e meus pés chatos também não gostam da idéia.
Isso teve um efeito no meu organismo. Além de uma lenta (e saudável) redução no meu peso eu não passei a ter o dobro da fome ao terminar a caminhada. Pelo contrário, a fome parecia menor do que quando eu fazia entre 6 e 12km. Eu comecei assim no final de dezembro do ano passado, quando estava de novo com 83kg, e hoje estou orgulhoso de estar com 74.1kg sem ter precisado me engajar no regime de fome que eu tinha tentado antes.
Quando eu disse a meu clínico geral no mês passado o que eu estava fazendo ele teve um choque e me fez fazer uma bateria de exames porque provavelmente achou que na minha idade e tendo saído do sedentarismo recentemente nesse ritmo eu ia cair duro a qualquer momento. Ecocardiograma, teste ergométrico, ultrassom total do abdômen e um monte de exames de sangue. Tudo deu resultado surpreendentemente positivo. Nem a anemia e outras deficiências que apresentei em 2020 por causa do regime de fome eu tenho mais. O teste ergométrico foi o mais surpreendente. Quando eu pedi para parar o teste por exaustão após apenas 9 minutos e 39 segundos eu achei que tinha ido bem mal, mas aí saiu o resultado dizendo que tenho aptidão cardio-respiratória “excelente” e um valor de VO2 max de um homem 20 anos mais novo. Isso correspondia com o que eu sentia ao fazer minhas caminhadas de até 30km, porque eu nunca parava por cansaço mas por dores nos pés. Mas ainda assim me surpreendeu.
O clínico geral me liberou completamente para continuar com o que eu estava fazendo.
No mês passado eu voltei a fazer musculação após 20 anos. Eu estabeleci meu objetivo de perda de peso desta vez em 71kg (ou o desaparecimento do que resta da minha barriga), que é o limite do que é considerado saudável para a minha altura e “coincidentemente” é o valor proposto no resultado da avaliação física que fiz na academia, que leva em consideração minha massa muscular. Eu tive receio de que minha facilidade genética para adquirir “massa magra” pudesse influenciar o que eu via na balança, mas continuo perdendo peso lentamente apesar de já estar achando, no espelho da academia, que a musculação está fazendo efeito.
Resumindo:
11/2020: 83kg
12/2020: 75kg
12/2021: 83kg
03/2022: 74kg
Vamos ver até onde consigo ir. Torcendo para a sanfona não tornar a inflar de novo.
Parabéns pelo esforço, Jeff.
Sua iniciativa é um exemplo pra mim; estou trabalhando num horário mais complicado, só me resta caminhar à noite (o que não é muito seguro por aqui), e sem verba pra academia.
Mas vou buscar fazer algo.
Obrigado por compartilhar, sua ajuda vai além dos computadores.
Quando a gente é jovem não dá a devida importância, mas depois que você sai dos “-inta” e entra nos “-enta”, à medida que o tempo passa você vai mais e mais acreditando no que dizia o personagem Paulo Cintura:
“Saúde é o que interessa. O resto não tem pressa”.
Para minha sorte, eu acho meu bairro perfeitamente seguro, apesar de ser um bairro de classe média baixa (ou talvez por isso). A criminalidade é rara por aqui, talvez pelo fato de que o bairro inteiro vira frequentemente dormitório de alunos da PM por meses. Todas as casas desocupadas são alugadas por eles de tempos em tempos. E viaturas da PM rondam por aqui à noite com uma frequência que às vezes me espanta. Mas mesmo fora da época em que os alunos estão aqui o bairro é tranquilo. Saio para caminhar todas as noites com o celular e dinheiro no bolso e não tenho absolutamente qualquer medo de ser roubado. Aqui é muito mais provável ser atropelado por um dos motoqueiros irresponsáveis que fazem entrega.
Coincidência, pré pandemia eu pesava 70 kg e agora estou com 75kg, como eu jogava bola agora que fiquei velho eu tenho fascite plantar (estou rolando uma garrafa de gelo no pé agora) e lesão na condromalácia, mas também não tenho 3 ligamentos do tornozelo e bursite no quadril, caminhar para mim é tortura. Achei a natação, não sinto dor, mas é um saco ficar indo e voltando na piscina, ainda não perdi peso mas o corpo e a disposição já mudaram. Pré pandemia eu madava 3 km em 40 minutos, agora não consigo nem 1,5 km. Um hora eu chego lá
Essa questão de peso é complicada pros dois lados, eu já tenho muuita dificuldade para engordar, até o final de 2020 com 35a eu tinha o mesmo peso desde os 15a (~53Kg), com meus 1.69Mt não chegava a parecer um anoréxico mas sempre fui considerado magrelo.
Depois de passar por um quadro de depressão consegui ganhar quase 10Kg por conta de medicamentos (bônus, no meu caso!), e a uns meses parei de tomar e comecei a fazer musculação que faz bem tanto para perder quanto para ganhar massa, cheguei a bater nos 65Kg mas acabei recuando ~63Kg.
A disciplina é um fator que complica demais pois ter ânimo para fazer algo que não gosta é complicado, no automático agente acaba escorando em qualquer situação como desculpa, depois de natal e revellion acabei desanimando total e fiquei 2 meses sem ir pra academia, a +- 2 semanas voltei e já percebo alguma diferença estética, nos +- 4 meses que fiz de academia acabei perdendo tudo nos 2 que parei.
Temos que ter essa rotina em mente como uma obrigação como trabalhar e etc pra não desanimar, e mesmo depois de chegar no peso/físico desejado é importante não parar com a rotina de exercícios senão perde tudo que ganhou.
Boa sorte Jefferson que continue focado no seu objetivo.
Essa questão de peso é complicada pros dois lados, eu já tenho muuita dificuldade para engordar, até o final de 2020 com 35a eu tinha o mesmo peso desde os 15a (~53Kg), com meus 1.69Mt não chegava a parecer um anoréxico mas sempre fui considerado magrelo.
Tenho a mesma altura e até os 24 anos meu peso ficou estável em 63kg não importando o que ou quanto eu comesse. Depois disso, só subiu.
Temos que ter essa rotina em mente como uma obrigação como trabalhar e etc pra não desanimar, e mesmo depois de chegar no peso/físico desejado é importante não parar com a rotina de exercícios senão perde tudo que ganhou.
Sim, uma obrigação. Tenho três objetivos e para alcançar o objetivo final eu já concluí que vou ter que continuar me exercitando diariamente até o fim da minha (espero que saudável) vida. É claro que depois de alcançar o primeiro objetivo eu já vou poder dedicar menos horas diárias a isso e após alcançar o segundo, menos ainda. O terceiro só vai exigir uma rotina de “manutenção”.
Boa sorte Jefferson que continue focado no seu objetivo.
Passei praticamente todo o mês de março sem perder peso. Pelo contrário, a balança insistia em ir no sentido contrário. Eu atribuí isso aos efeitos da musculação, tanto no aumento de massa magra quanto no apetite.
Aí hoje, após ter batido meu recorde de caminhada (36km em 5h15min ontem à noite), a balança me recebeu com 71.7Kg
Ontem eu pesava 73.7Kg.
Estou dividido entre “caminhar realmente emagrece” e “mas que ***ra é essa?!”
O mais interessante é que já consigo vislumbrar uma leve sombra, quase uma miragem, de marcas de tanquinho na minha barriga. Quando a encolho, claro.
Nota1: Eu sempre faço minha pesagem ao acordar de manhã, apenas de cuecas e após urinar. Nota2: O que limita definitivamente meu recorde de caminhada é o danado do sapato. Estou usando atualmente um Asics Gel Pulse 13, que apesar de não ser realmente confortável é melhor que os anteriores. Eu até poderia ter feito mais que 36km ontem, se já não tivesse passado da meia noite e da hora de voltar para casa.
Meu peso tem oscilado em torno dos 72kg (mais para cima que para baixo) e minha fome parece ter aumentado na última semana. O “problema” é que minha massa muscular está evidentemente aumentando o que implica em ganho de peso.
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Aviso: este post ainda é uma análise em andamento. Estou publicando assim porque pode ser útil do jeito que está.
Comprar uma bicicleta ou esteira ergométrica é uma tarefa difícil. Os modelos mais baratos já custam caro demais pelo que oferecem e comprando os mais baratos você corre o risco de perder ainda mais dinheiro por causa da qualidade deficiente. Eu até poderia dar R$3000 em uma esteira, mas eu precisaria ter certeza de estar fazendo um bom negócio. Na falta dessa certeza e como temos duas bicicletas “de verdade” aqui em casa eu decidi experimentar o chamado “rolo de treino estático” para transformar minha bicicleta em uma “ergométrica de pobre”.
A idéia não é nova. Uma década atrás eu já pensava na possibilidade de suspender a roda traseira da minha bicicleta para poder usá-la de forma estacionária. O rolo de treino faz exatamente isso, mas não é uma mera suspensão da roda traseira. Esta fica apoiada em um rolo, para simular a resistência do solo. Existem rolos de treino caríssimos, alguns deles com ajuste da pressão e outros até feitos para substituir a roda traseira da sua bicicleta, mas por motivos óbvios eu decidi começar pelo mais barato, sem esses “prá-que-isso”.
Eu comprei dois modelos de fabricantes diferentes, o Go-Bike! por R$182+ R$31 e o Exer Cicle por R$199 + R$30. Uma diferença de apenas R$17. A foto abaixo dá uma visão geral da diferença física entre eles, mas já adianto: não demorou mais que um minuto de teste para eu perceber que o Exer Cicle é superior.
Eu não percebi essa diferença de tamanho nas respectivas propagandas. E achei que o rolo do Go Bike! podia ter uma vantagem por ser metálico, mas descobri que qualquer vantagem que isso dê é anulada pelas outras diferenças do rolo Exer Cicle.
Eu testei inicialmente com uma bicicleta comum, sem marchas (não é o recomendável). Com ela o rolo da Go Bike! é muito difícil de usar. Requer muito esforço, o pedalar não é uniforme, ocorrendo aos trancos e o equilíbrio fica prejudicado. A mesma bicicleta no rolo Exer Cicle é usável (não chega a ser confortável), sem trancos, sem os problemas de equilíbrio, mais leve e parece até mais silencioso. Eu suponho que isso se deva à diferença de circunferência entre os rolos (20cm contra 35cm). Para uma mesma velocidade de pedaladas, o menor gira mais rápido e isso requer mais força. Mas também pode ser pelo menor ser mais pesado e/ou mais “amarrado”. Meus conhecimentos em Física não são grande coisa
Usando uma bicicleta com marchas e escolhendo uma marcha adequada o exercício fica menos cansativo e a diferença entre os rolos fica menos óbvia, mas ainda incomoda.
Quanto ao ruído, mesmo na Exer Cicle este ainda é significativo, mas pelo que apurei isso é culpa do pneu. Pneus “normais” com cravos são barulhentos e teoricamente você teria uma experiência melhor usando um pneu “slick” (sem cravos). Isso é algo que eu pretendo testar, mas para isso ainda preciso comprar um pneu desses.
O manual fornecido pela GoBike! é muito ruim, mal redigido, impresso numa impressora jato de tinta de baixa resolução e em papel comum. Em duas das seis imagens eu não consegui determinar o que o fabricante está mostrando. Para ver no tamanho real e conferir que mesmo assim o manual os detalhes não são visíveis, clique com o botão direito sobre a imagem e escolha “exibir imagem em outra aba” ou o equivalente em seu navegador. Você também pode baixar a imagem e ver no seu visualizador favorito.
O manual da Exer Cicle também é bastante limitado. Por exemplo, falta explicar qual o ângulo recomendado em que devo colocar os suportes do eixo da roda (que o manual chama de “tubos de centragem”), embora isso possa ser deduzido pela figura 3, se você estiver procurando por esse detalhe. Ainda assim consegue ser mais claro (entre outras coisas por ter sido impresso a laser) e mais informativo que o da Go Bike!.
Essa imagem eu não deixei no tamanho original porque não houve perda de nenhum detalhe com a redução para os 700px de largura deste blog..
Por exemplo, eu só percebi que havia montado a bicicleta ao contrário sobre o rolo da Go Bike! quando li o manual da Exer Cicle, que também poderia ser melhor se incluísse o texto “note que o rolo deve ficar voltado para a frente da bicicleta” ou ter uma seta destacando o rolo, para evitar que o usuário tenha que olhar de uma imagem para outra, mesmo que brevemente, como se estivesse participando do “jogo dos sete erros”.
Mas minhas críticas para a Exer Cicle não são apenas para o manual. Mandaram uma peça com defeito grosseiro de fabricação.
Um dos parafusos não foi totalmente inserido no manipulador plástico e você precisa fazer força para conseguir segurar no lugar o respectivo “tubo de centragem”. Empurrar com os dedos não surte efeito.
O rolo Go Bike! eu vou devolver (usando a “proteção” do Mercado Livre) e ainda pretendo falar mais sobre o Exer Cicle.
Duas coisas de uma pessoa que já fez bike indoor (eu levava a bike para a academia, montava num rolo e treinava 1 hora duríssisma com um instrutor que já foi competidos de ciclismo de estrada!) e depois usou por um tempo um rolo dele emprestado na garagem de casa:
– Se prepare, pois dependendo de como é o seu pneu (se for “liso” tudo bem mas se for “cravudo” como o pneu da minha MTB é) o ruído será altíssimo! Eu mesmo quando trainava na academia (numa sala com mais 2 ou até 3!) e depois na minha garagem usava aqueles “protetores auriculares portáteis);
– Independente de como é a sua “sudorese” você vai suar MUITO! Recomendo fortemente usar uma regata bem leve (ou até nada em cima mesmo!), ter uma toalha sempre á mão, uma garrafinha de água e, se possível, um ventilador direto pra você…
Você está lendo o blog via feed? Aparentemente, apesar de ter comentado agora pela manhã, você leu uma versão preliminar do post de ontem à noite. Seu leitor de feeds não deve estar atualizando corretamente. Eu escrevi sobre a relação entre pneus e ruído.
Mas obrigado por confirmar!
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Para a minha altura e idade o peso “ideal” é 63kg e era esse o peso que eu tinha até os 24 anos não importando o que comesse e em que quantidade. O peso considerado saudável é uma faixa com o peso ideal no centro, que no meu caso tem o limite superior por volta de 71kg. A partir dos 24 anos, coincidindo com o consumo exagerado de refrigerantes (praticamente não tomava água) comecei a engordar. Eu não tenho um registro preciso dessa época mas sei que por volta dos 29 anos, quando frequentei academia pela primeira e última vez na vida (fiz aeróbica, dança e musculação na época – coisa de nerd apaixonado) meu peso ficou estável em 72kg. Nunca tive uma barriga “tanquinho” (abdominais são dolorosos demais para o meu gosto) mas mesmo este peso já estando dentro da faixa do que é considerado “sobrepeso” para a minha altura, dificilmente você olharia para mim nessa época e me consideraria “gordo”.
Eu com 72kg em 2001. Se o peso não deixa isso óbvio para você, sou o indivíduo da esquerda.
Depois dessa época é que parei mesmo de monitorar isso, mas voltei a prestar atenção quando soube que ia ter que viajar para a Europa em 2018. Estava com 84kg em julho e fiz esse passeio pesando 82kg em agosto. Em 2019, por causa da socialização forçada provocada pela faculdade eu comecei a tentar reduzir meu peso novamente e a finalmente sair do sedentarismo através de caminhadas, mas não dedicava atenção demais a isso. Em fevereiro de 2020 eu estava pesando 79kg. É uma redução pequena pelo tempo que levou, mas qualquer redução é muito melhor do que um aumento.
Mas aí veio a pandemia e nem o pouco de exercício (longas caminhadas) que eu estava fazendo pude fazer mais. Coincidindo com o fato de que achei que todas as balanças da casa estavam quebradas e não conseguia decidir que outra comprar, meu desleixo me levou a estar pesando 87kg em setembro (eu estava comendo demais). Além disso me colocar já dentro do que é considerado obesidade grau 1, meu peso afeta diretamente (e notavelmente) minha qualidade de vida, pois 18 anos atrás meus pés planos finalmente deixaram claro por que não é saudável tê-los e para completar, em 2019 fui diagnosticado com condropatia patelar nos joelhos após uma tentativa fracassada (e dolorosa) de voltar a usar corrida como meu exercício favorito. Quando você está em movimento, 5 kg a mais (seja o peso do seu corpo ou algo que você está carregando) geram um esforço de 15 a 20kg sobre a articulação de cada joelho. E fica muito pior ao subir e descer escadas ou correr.
Em resumo: quanto mais leve eu for, menos dores eu vou sentir diariamente.
Então decidi radicalizar. Passei a fazer um regime de fome no qual eu só comia uma salada de 160g por volta das 16h e minha primeira refeição de verdade, com apenas 350g, só ocorria por volta das 18h. Contando as calorias de tudo o que eu comia, eram apenas 740 (o “normal” é ingerir cerca de 2000). Meu objetivo primário era voltar aos 79kg que tinha antes da pandemia. O secundário era (e ainda é) alcançar 71kg.
O resultado veio rapidamente, com a balança registrando perdas diárias que somavam 2kg por semana, totalizando 8kg ao fim do primeiro mês. Eu tinha alcançado o meu primeiro objetivo em apenas 30 dias e o segundo parecia bem próximo. Fiz uma pesquisa e constatei que essa taxa de emagrecimento não é saudável apesar de encher você de entusiasmo. Nesse meio tempo eu fui pela primeira vez a um endocrinologista (por motivos apenas levemente relacionados ao meu peso) e ele pediu uma bateria de exames de sangue. Quando recebi o resultado e fiz minha própria análise, constatei uma leve anemia e falta de proteínas. Decidi “maneirar” com o regime, aumentando a quantidade de calorias diárias, com reforço na proteína e no ferro, com a ajuda do meu diploma Google em nutrição. A velocidade da minha perda de peso caiu consideravelmente mas eu já havia percebido uma desaceleração depois do primeiro mês.
Eu continuava comendo bem menos do que uma pessoa saudável deveria comer. Nas primeiras semanas de jejum a fome é um problema constante, mas depois disso o seu organismo se acostuma. Hoje, se eu não estiver em casa, passando pela geladeira nem sentindo cheiro de comida, eu consigo facilmente chegar às 18h sem ter comido nada durante o dia. Facilmente do ponto de vista psicológico, mas não do físico. Houve um dia, cerca de dois meses depois de começar esse meu regime maluco, em que eu passei perto de perder os sentidos na rua. Passei o dia trabalhando, sem sentir nada de anormal e estava voltando para casa quando decidi parar em uma loja. Estava caminhando pelos corredores normalmente quando repentinamente minha visão começou a escurecer e tive que me segurar em uma gôndola por alguns segundos, até tudo voltar ao normal. Foi só então que me dei conta de que já eram 16h e ainda não havia comido nada. Hoje eu finalmente consigo entender como é possível alguém fazer uma greve de fome (dica: é muito mais golpe publicitário do que “sacrifício”, quando você não precisa ir trabalhar e tem acompanhamento médico).
Dias depois eu finalmente consultei uma nutricionista (já estava marcado ha semanas) que me passou uma dieta que comecei ontem. Tem muito mais calorias do que eu estava comendo e me obriga a parar com meu jejum, comendo a cada 3h. Pelo menos agora eu me sinto seguro para fazer exercícios (e estes foram recomendados pela nutricionista) sem correr o risco de ter um mal súbito. Eu até comprei um rolo de treino para poder usar a bicicleta como máquina de exercícios aqui em casa.
Eu estou ciente de que voltar a fazer exercícios vai aumentar minha massa muscular (eu tenho pré disposição genética a ser musculoso) e isso além de atrapalhar a conferência da balança interfere com o meu objetivo, que é perder peso e não necessariamente gordura. Mas não posso usar isso como desculpa para continuar sedentário, que também é algo ruim. Melhor ter “X”kg e só ver músculos no espelho do que ter “X-5″kg com uma barriga visivelmente saliente. Não é apenas estética: os músculos tem um objetivo funcional importante, ao contrário do acúmulo de gordura em uma sociedade moderna. Eu encomendei um adipômetro para poder fazer um real acompanhamento do meu progresso.
Acordei hoje com 75kg. 12kg a menos do que tinha quando comecei, três meses atrás. E a apenas 4kg do meu objetivo final. Vamos ver quanto tempo isso leva.
Tive a mesma experiência que você por causa do sedentarismo, nos últimos anos eu engordei consideravelmente, possuo 1,72 m e estava com 80 kg quando eu sempre fiquei na faixa de 68~70 kg, sempre fui bem magro, engordar fez a barriga e pescoço aumentar consideravelmente mesmo mantendo o resto do corpo magro.
Fiz uma dieta contando calorias, limitando 1500cal por dia (740cal por dia é bem hardcore, com menos de 1000cal por dia eu já tinha umas tonturas) e caminhando 8 km (1 hora) pela manhã todos os dias.
A fome no começo é bem difícil, mais depois de umas 2 semanas ela começa a passar e já não incomodava tanto e tomava 2 ou mais litros de água por dia pra enganar a fone, com o MyfitnessPal e uma balancinha de cozinha eu até “economizava” algumas calorias pra pode comer alguma outra coisa fora das refeições, sendo o único problema os alimentos caseiros preparados (bolos, pães, doces, torta salgada, etc.) que não dá pra saber ao certo quantas calorias tinham, dai eu evitava e comia mais saladas (que é o Free For All da dieta hahaha), ovos e carne branca. O único problema que eu tive mesmo durante a dieta foram as unhas que começaram a ondular, como e estivessem enfraquecendo.
Em pouco mais de um mês já estava pesando 72 kg, o que já era uma diferença bastante notável, tanto na aparência quando no bem-estar, mais um pouco tempo depois fui desenvolvendo uma depressão “leve” e não fui mais caminhar, e abandonei a dieta que resultou em chegar a pesar 85 kg no começo do ano. Uma crise depressiva em agosto levou 12 kg em 30 dias sem fazer esforço :/
Hoje estou mantendo 70~71 kg com uma alimentação normal, mais ainda preciso criar coragem e voltar a caminhar.
Além de ter uma correta alimentação é importante exercícios regulares, e não precisa ser em academia: caminhadas (eu com a “Patroa”, corrida (tentei anos atrás mas o joelho incomodou), ciclismo (meu esporte favorito – Mountain Bike) são boas pedidas! E podem sim ser feitas mesmo com a pandemia, pois são esportes “individuais” e não “coletivos”… mas mesmo assim poderias conseguir (até usadas) uma esteira e/ou uma bicicleta ergométricas…
O problema é que eu não saio para a rua de jeito nenhum sem máscara. Eu já não gosto de fazer exercícios e fazer de máscara é ainda mais desagradável. Hoje eu decidi dar uma volta com minha bicicleta pela primeira vez em 10 anos. Foram só quinze minutos e nem deu tempo para a máscara me incomodar porque o que estava tomando toda a minha atenção era a dor na b**da!
Agora não sei se o defeito está em mim ou na bicicleta.
Eu algum momento do dia 6 para cá este post foi corrompido. Metade do meu texto desapareceu e ficou impossível fazer comentários. Eu consertei isso criando outro post com o mesmo nome, movendo os comentários existentes e apagando o antigo.
E no texto tem uma parte que diz, "sou o indivíduo da esquerda." Imagino que era pra ter uma foto ali, e deve ter sido perdida no que você disse ai por ultimo.
Sobre perder peso, eu sou outro que está precisando fazer isso… esse pandemônio de "fique em casa" tá ferrando com tudo, até com meu peso. Vou acabar consertando ao bike e voltar a andar. E claro, sem a maldita mascara. Não quero morrer de asfixia.
Como a bicicleta é um esporte dito "individual" (ao contrário de futebol, vôlei, basquete, etc.) é uma das coisas mais seguras nessas épocas. Mesmo se andar em grupo basta manter uma distância segura e levar uma máscara junto para colocar quando param para se agrupar, ir em algum "boteco" comprar água/suprimentos, etc. Claro que isso é melhor no meu caso que pedalo na área rural da minha região (felizmente sou abençoado nesse sentido)! Em áreas urbanas/muito populosas com certeza é mais complicado, mas creio que ainda assim se consegue…
E no texto tem uma parte que diz, “sou o indivíduo da esquerda.” Imagino que era pra ter uma foto ali, e deve ter sido perdida no que você disse ai por ultimo.
Corrigido. Obrigado. O plugin “Move Comments” estava apagando a imagem toda vez que eu salvava o post.
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Editado: eu escrevi este texto quando a imprensa ainda incentivava o público em geral a não usar máscara. Poucos dias depois, seguindo recomendação da OMS, isso mudou.
Certamente não são uma barreira inexpugnável mas na minha opinião ajudam em mais de um sentido.
Aqui no Brasil as pessoas tem a noção, na minha opnião incorreta e perigosa, de que você só usa uma máscara de proteção em público se estiver com medo de se infectar com algo. É um sinal de “medo”, de “fraqueza”. No Japão (que para todos os efeitos praticos é outro planeta) é o contrário: você usa máscara quando acha que pode estar doente, para evitar transmitir sua doença para outros. É um sinal de disciplina e respeito.
Aí a mídia, em vez de aproveitar essa crise para ensinar ao brasileiro que não deve olhar para quem usa máscara como se fosse um esquisito, se concentra no fato de que a máscara não é uma solução e que se todo mundo comprar vai faltar para os profisisonais de saúde. É verdade, mas não é toda a verdade.
Eu tenho saído de máscara por várias razões:
Eu sou alérgico a mais coisas do que consigo lembrar e mais outras que nem os médicos devem saber. Há duas semanas eu estou com sintomas de resfriado e meus espirros são repentinos e espalhafatosos. É tão rápido que não consigo decidir o que fazer e ainda não desenvolvi o hábito de espirrar na dobra do cotovelo. Quero evitar assustar as pessoas quando espirro e é melhor que seja dentro da máscara;
Para evitar projetar saliva nas pessoas quando estou falando (eu notei isso acontecer duas vezes na última semana) ;
Quando minha alergia ataca, coçar o nariz e os olhos é automático e frequente. Se na nossa cultura isso não fizesse de mim um esquisito eu além da máscara estaria usando óculos de proteção, para que quando eu levasse as mãos ao rosto lembrasse automaticamente de que deveria lavá-las antes.
Então eu acho, sim, que as máscaras oferecem proteção. Mas não apenas pelos motivos que os repórteres obtusos conhecem.
Alguns infectologistas dizem que máscara *só* deve ser usada por quem está doente. Isso pra mim não tem sentido, porque da mesma forma que ela protege o ar do adoentado(a máscara tem um filtro) e evita que ele contamine o ambiente, tem que proteger também o ar daquele que está bem. Então eu que – até onde sei – sou saudável, estou usando por medo desse vírus chinês.
Acho que ele não é esse monstro falado pela imprensa, mas em todo caso, é melhor prevenir.
Sobre essa questão de usar somente quando doente, tinha lido algo um pouco diferente, mas a fonte me escapa agora: na Asia em geral, mas mais fortemente no Japão, o uso de máscara é bastante disseminado de forma geral, e não somente por quem está doente. Dessa forma, usar máscara é visto como algo normal, sem estigma, de forma que muitas pessoas – sãs e doentes, sem distinção – usam, com o resultado de dificultar a contaminação por lá.
Aqui ainda é visto como algo esquisito, se bem que está mudando um pouco – ao menos com relação à máscara; o óculos de proteção para não tocar os olhos é uma ótima ideia, mas realmente vai levantar olhares esquisitos aqui. Talvez fosse interessante ter um “óculos” de grau neutro (na rua um óculos de sol cumpre essa função, mas não em ambientes internos).
A experiência que tive durante toda a minha vida com essa palavra deixou a impressão que se tratava de algo não muito pior que um resfriado. Você ouve em toda parte, incluindo comerciais de TV para remédios que não exigem receita médica. Nada associado a algo que requeira atenção imediata.
Eu estava há meses sem nenhum problema de saúde. Nem mesmo um resfriado. Na quarta feira passada, à noite, o lado esquerdo do meu rosto começou a ficar levemente dolorido (apenas se pressionado) e inchado. Tive uma noite normal de sono e acordei com o rosto ainda mais inchado, desta vez chegando ao olho. Já havia uma pequena região que eu não podia ver com o olho esquerdo por causa do inchaço e meu sorriso estava deformado como fica após a anestesia de um dentista. Mas eu não sentia nada. Tirando o obstáculo se formando na minha visão o problema era puramente estético.
Eu não estava nem de longe parecendo o quasímodo ainda, mas não queria ir para a faculdade daquele jeito. Então às 17h11 eu dei entrada no Hospital da Unimed para ver o que danado era aquilo e ser medicado. Cinco tediosas horas depois (ainda bem que eu estava com notebook e celular carregados), após exame de sangue e tomografia, o diagnóstico me pegou de surpresa: eu tinha que ser internado por 48 a 72h para o tratamento de uma infecção no seio nasal esquerdo (uma “sinusite”). Fui internado na madrugada da sexta.
E eu continuava sem sentir absolutamente nada.
No fim das contas fiquei internado por 108h (quatro dias e meio) tomando remédios por via intravenosa (antibióticos e analgésicos, apesar de não sentir nenhuma dor) e tive que fazer um procedimento com anestesia geral (o primeiro da minha vida) para desobstruir meu seio nasal e remover a secreção acumulada. Pelo que eu entendi, se a ligação entre meu seio nasal e o nariz não estivesse obstruída a secreção poderia ter saído naturalmente pelo meu nariz e talvez o internamento pudesse ter sido evitado. Mas do jeito que estava e sem tratamento a infecção poderia ter afetado minha visão e em seguida meu cérebro.
Acho que dei muita sorte que aconteceu durante a semana. Se tivesse acontecido no fim de semana, sem sentir dor e sem sentir “pressão social” por ter que ir à faculdade com o rosto inchado, eu provavelmente teria esperado mais em casa para ver se o problema desapareceria sozinho.
O pós operatório também não foi nada de mais. O entubamento me deixou com um incômodo leve na garganta por algumas horas. O procedimento foi feito através do meu nariz com auxílio de câmera e, como o cirurgião havia me dito, não me causou nenhuma dor depois (mas é verdade que eu fui “dopado” com Tramal e Dramin depois da cirurgia). Porém alguma coisa chegou ao meu olho durante o procedimento (o seio nasal conecta tudo) e passei 24h com uma desagradável sensação de corpo estranho no olho que, por insistência minha em me livrar dela (eu esfreguei o olho) acabou me rendendo uma hora bem dolorosa. Mas foi só isso mesmo e o médico disse que era normal acontecer.
Mas ainda não acabou. Estou de atestado médico até a sexta, em casa mas ainda tomando um antibiótico relativamente caro (R$120 por duas caixas) com retenção de receita (não sei se hoje em dia todos exigem isso).
Parabéns pela primeira sinusite, haha!
Quando eu tive, ele começou de um resfriado mal curado. Semanas de nariz entupido, sensação de peso no rosto, um desconforto, nada alarmante. Eu realmente comecei a me preocupar quando senti cheiro de podre vindo das profundezas.
Se não tivesse aparecido esse “cheiro” provavelmente chegaria no seu extremo. Em todo caso, gastei um dinheiro inesperado e tomei duas caixas de amoxicilina com clavulanato composto (hoje em dia todos eles são receita retida, sem exceção). Em todo caso sarei e nunca mais tive (tem gente que fica com isso de modo crônico e cada inverno ele aparece).
quando senti cheiro de podre vindo das profundezas.
Isso me deixou pensando aqui.
No dia em que tudo começou eu tive um outro problema incomum, mas que até agora eu não havia relacionado à sinusite.
Pela manhã eu saí para trabalhar com uma calça jeans nova, que nem tinha sido lavada ainda. Ao sentar no escritório do cliente senti um mau cheiro que não posso mais descrever agora mas que na ocasião eu registrei como um cheiro forte de chulé misturado ao cheiro do jeans novo. Eu não conseguia determinar exatamente o que estava cheirando daquele jeito.
O mau cheiro continuou me incomodando esporadicamente ao longo do dia até que eu voltei da faculdade exclusivamente para trocar de calça. Afinal, se estava me incomodando ainda depois de horas apesar do fenômeno da habituação, era possível que eu estivesse insuportável para quem chegasse perto de mim.
Após a troca da calça eu não senti mais o cheiro ruim. Curiosamente, minha mãe “testou” o cheiro da calça e não reagiu como se estivesse fedendo.
Não mais que duas horas depois eu comecei a sentir o rosto dolorido e inchado.
Agora eu fico pensando se os eventos não estão relacionados.
Eu tive uma crise de sinusite anos atrás, mas daí saia tanta secreção misturada com sangue do nariz que por fim tomei antibióticos e daí curou. Mas tenho conhecidos que fizeram cirurgia para isso. Mas casos como o seu foi a primeira vez que li… melhoras!
Apenas para fins de registro, apesar de no geral eu achar que fui bem atendido pela Unimed, meu diagnóstico não precisava ter levado cinco horas.
A hora aproximada de chegada ao hospital foi 17h11. Na triagem não tinham certeza de que especialidade deveria cuidar do meu caso, mas por causa da aparente paralisia no rosto escolheram o neurologista. Recebi pulseira amarela de urgência.
O neurologista estava ocupado em outro lugar do hospital por isso só fui atendido no consultório entre as 18h30 e as 19h, quando então ele pediu a tomografia e o exame de sangue.
O resultado do exame de sangue só saia 2h30 depois. Esperei pacientemente até às 21h, quando então eu perguntei a um dos “humanizadores” se já aparecia no sistema. Mas pelo que eu vi depois, o resultado da tomografia, que saiu muito antes, já podia ser suficiente para dar andamento no meu caso.
Novamente o neurologista, que já era outro, não estava no consultório. Levou pelo menos mais meia hora para aparecer. Contando com o tempo que levei para obter cópia da tomografia (apesar de estar no sistema do hospital, insistiram que eu levasse uma cópia impressa) somente às 21h50 eu estava a caminho do outro hospital da Unimed (são 10 minutos a pé) para consultar um otorrino. Fui atendido por volta das 22h40 e por volta das 23h fiquei sabendo que precisaria ser internado.
Eita Jefferson, se cuida hein, e obrigado pelo alerta; que Deus te dê cura completa.
Sobre o relato, parece relato de Sus, onde os procedimentos poderiam ser rápidos, mas a burrocracia (aliada ao recebimento por serviços e produtos desnecessariamente) faz com que o doente atravesse um percalço desgastante e desnecessário.
Minha experiência em geral com o hospital da Unimed é melhor que isso. Além de ser praticamente regra fazerem logo uma tomografia computadorizada (nas três vezes que eu estive lá com algum problema na região da cabeça fizeram uma) os funcionários chamados de “humanizadores” parecem ficar “de olho” em quem dá entrada sem acompanhante.
Na vez anterior, quando dei entrada com suspeita de cachumba. Antes do prazo para sair o exame de sangue a médica plantonista já tinha visto o resultado e colocou uma enfermeira à minha procura.
Eu posso ter tido sorte nos atendimentos anteriores mas quero crer que desta vez o plantão neurológico estava ocupado com algo realmente urgente e os médicos desta vez não tiveram tempo de parar para prestar atenção no meu atendimento pendente. E como minha aparência não inspirava preocupação os humanizadores também não me deram atenção apesar da pulseira amarela no meu pulso.
E, claro, eu não estava sentindo nenhum mal estar. Podia esperar pacientemente pela minha vez.
Outra coisa que vale a pena mencionar é que existe uma chance não nula de que a demora no atendimento tenha sido benéfica para mim.
O meu plano me dá direito apenas a enfermaria mas no momento da internação a enfermaria masculina estava lotada e me colocaram em um apartamento sem custo adicional. Eu poderia ter sido transferido posteriormente mas não fui. Passei quatro dias e meio em um apartamento que se eu tivesse que pagar por fora eu teria que desembolsar R$700 a cada três dias.
Ficar quatro dias e meio isolado é uma experiência muito mais agradável para mim do que ter que tolerar as idiossincrasias aleatórias de estranhos pelo mesmo período. Basta a pessoa ao lado não ter a consideração de usar fone de ouvido no celular para começar a “me dar nos nervos”.
A minha primeira sinusite foi em novembro de 2004, numa viagem para o extremo sul chileno, foi consequência de ter pego 3ºC no nariz com vento forte, depois de ficar com o nariz escorrendo durante todo o passeio (respirar ar bem frio pelo nariz me provoca este efeito), comecei progressivamente sentido um pouco de dor de cabeça e ficou meio dolorido em cima da sobrancelha direita (sempre é assim). E durante a minha viagem que terminou em Buenos Aires (mais de uma semana depois), depois de ter passado pela Região dos Lagos e Bariloche, foi ficando cada vez pior (mas estava perfeitamente tolerável até Buenos Aires), tanto que ao chegar lá toda manhã eu tinha uma bastante incomoda dor de cabeça (que me desanimava para bater perna por lá pela manhã), só aliviava pela tarde. Depois dessa nunca mais eu vacilei com frio, respirando ar gelado pelo nariz (e nunca mais tive sinusite iniciada por tomar ar frio), sempre cubro o nariz e não sou mais atacado nesta situação. Mas em quase toda gripe ela desanda para sinusite e me chateia mais algumas semanas (2 ou 3) do que seria esperado para uma gripe.
A minha sinusite atualmente é quase crônica, costuma aparecer iniciada por uma gripe (quase sempre vem depois de uma), me chateia por uns tempos e vai embora normalmente depois de algumas semanas, não chega nem perto da gravidade do que te atingiu, ainda bem, mesmo assim o desconforto é bastante intenso, mas não vai além disso!
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Um comentário de Ygor Almeida em outro post me fez achar interessante contar isto.
Por volta dos 30 anos eu comecei a sentir dores nas pernas e nas plantas dos pés. Minha primeira consulta foi com um ortopedista, que depois de tirar uma radiografia dos meus pés e não ver nada de errado me mandou consultar um neurologista. Esse neurologista me mandou para um segundo neurologista para fazer uma eletroneuromiografia. Até então, mesmo tendo trabalhado a vida toda com eletricidade eu nunca tinha tomado tanto choque na vida. Ô exame desagradável!
Esse segundo neurologista não encontrou nada de errado comigo e me mandou consultar um angiologista. Este, assim que olhou meus pés deu o diagnóstico:
“Você tem pés chatos.”
E eu respondi:
“Eu sei, mas isso nunca foi problema, doutor.”
Ao que ele retrucou:
“Você está ficando mais velho. Não está ficando mais novo.”
Eu gostaria de ter visto a minha cara. Ele tinha razão e eu não tinha elementos para discutir. O angiologista me mandou de volta para o ortopedista. Desta vez fui atendido por um outro médico, que provavelmente era professor porque estava com dois alunos no consultório. Eu expliquei meu problema sem comentar nada sobre o diagnóstico do angiologista, mas ele me colocou de pé sobre um pedestal de vidro transparente e imediatamente deu o mesmo diagnóstico: meu problema era provocado pela falta de curvatura nos meus pés. E enquanto explicava para mim explicava também aos alunos. Mas eu só me convenci mesmo quando ele começou a contar a estória da minha vida:
“Você se cansa com facilidade ao correr. Só joga bola se for o dono. Cai com facilidade…”
Novamente, eu gostaria de ter visto a minha cara. Eu nunca tinha visto o homem e ele parecia me conhecer melhor que meus pais. Notar que o primeiro ortopedista nem com uma radiografia foi capaz de enxergar o que até o angiologista pôde ver a olho nu.
Ele explicou também que isso é operável, mas é uma operação complicada, com uma recuperação muito sofrida e me recomendou conviver com o problema, que é o que tenho feito há 16 anos.
Mas a frase do angiologista eu nunca vou esquecer. Os efeitos da idade são inescapáveis e você pode até retardar vários deles mas com um esforço pessoal progressivamente maior. Notem que um problema de nascença, que eu passei 30 anos achando que era um “não-problema”, sempre foi um problema sem que eu percebesse até repentinamente adicionar dor. Imaginem os problemas “ocultos” com os quais a gente nasce.
A propósito: o problema das minhas pernas não tinha nada a ver com os pés. Eu achei que tinha porque começou na mesma época. Eu sempre tive coxas grossas (herança genética) e na época eu tinha uma cintura manequim 38 e passava no mínimo dez horas diárias de calças jeans, várias das quais sentado. Toda calça que ficava certa na minha cintura ficava apertada nas coxas e era essa pressão que estava provocando a dor, provavelmente por atrapalhar a circulação. Hoje, como estou gordo com uma cintura 42, escolher calças não é mais problemático.
Hmmmmmm… usar um Vibram Five Fingers então pra você deve ser complicado né? E olha a coincidência, acabei de entrar a uns minutos atrás no “momento banana” no mercado livre e comprei mais um par, pois o que eu comprei a dois anos atrás já estão desgastado, com a sola quase sumindo.
Como eu conheci o Vibram? Com o fisioterapeuta que eu fiz o tratamento quando quebrei o tornozelo, ele me recomendou andar bastante descalço, pra recuperar os movimentos, mas como eu não gosto de andar descalço, nem me lembro como eu fui descobrir o vibram five fingers…
Se não sabe o que é… então vai lá… é esse diacho aqui:
Gostei tanto e me adaptei bem que já estou no terceiro par.
Passei dos 40 a 2 anos, heheeh, e sedentário e bla bla bla…
Descobri algo que mudou minha vida, ovo, isso mesmo, ovo, como em média 4 ao dia, o médico que me indicou come 8, mas ele já esta na casa dos 70, hehehhe.
Ganhei massa muscular sem entrar na academia, minhas dores nas costas sumiram, o sono durante o dia acabou, a disposição é outra, experimenta que vale a pena.
Eu como mais o cozido, de manhã e no almoço, mas também faço muito omelete…
Abraço!
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A “ação” ocorre aos 3min33s. A altura era de aproximadamente 3,20m. O impacto foi praticamente todo no pulso direito e nas nádegas, mas mãos, pés e cotovelos também sentiram. Dezesseis radiografias depois chegaram à conclusão no hospital de que eu não tinha quebrado nenhum osso, mas nos dias seguintes eu tinha dificuldade para andar e não podia dirigir, passei mais alguns dias sem poder usar uma chave de fenda, semanas com dificuldade para dirigir, meses com o pulso sequer capaz de suportar meu peso e passado um ano ainda não estou 100% recuperado, mas tenho certeza de que eu e minha mãe, cuja mão poderia ter sido decepada, tivemos muita sorte.
A única explicação que consigo imaginar para o acidente é que as travas do segundo lance da escada não devem ter abraçado o degrau adjacente do primeiro lance, como deveriam. Eu pensara em usar a escada em algo muito, muito mais perigoso que isso e desisti por outra preocupação de segurança. Nem me passou pela cabeça que a escada poderia simplesmente descer sozinha, o que teria provocado um acidente espetacular se eu não tivesse desistido.
O vídeo original é muito mais amplo e de melhor qualidade, mas cortei o que não era essencial para preservar um mínimo de privacidade.
No começo de agosto eu escorreguei em uma rampa de um pier e caí sobre a minha mão esquerda. Fratura total do rádio terminal, o tratamento conservador (redução e gesso) não resolveu e tive que me submeter a uma cirurgia com a colocação de dois fios de kirschner. Hoje ainda estou com os movimentos limitados e fazendo fisioterapia, e não tenho a garantia de recuperar 100% dos movimentos. Isso com um tombo besta, mas eu já havia caído há alguns anos atrás sobre a mesma mão, sem fratura, fiquei 15 dias com gesso, mas tenho certeza que esse primeiro episódio enfraqueceu de alguma forma o rádio.
Acidentes como o seu são similares ao meu em um ponto: é difícil prever.
O meu acidente supostamente ocorreu porque eu não sabia que havia a possibilidade do mecanismo de trava de uma escada profissional ficar em um estado “nem para cá, nem para lá”. Eu não sabia que apesar de ter ouvido o ruído da trava, tinha que conferir. Agora eu sei disso, mas a quantidade de coisas que eu não sei vai continuar sendo muito superior a quantidade de coisas que sei. Se eu tivesse subido com o cinto paraquedista (e eu tenho um) o acidente poderia ter sido pior.
A descrição do seu acidente sugere uma daquelas quedas que acontecem “do nada” ou de uma falha de julgamento de um segundo. Eu já levei umas quatro quedas desse tipo sendo a mais recente uma semana depois que caí da escada. A casa estava em reforma e tínhamos acabado de trocar o piso do banheiro. Eu estava lavando o chão do mesmo e consegui algo duplamente inédito para mim: dar uma rasteira em mim mesmo e cair no banheiro. Conforme determina Murphy a única mão que eu podia usar para deter a queda era justamente a mão que eu machucara uma semana antes. Fiquei estendido no chão do banheiro, segurando meu pulso e pensando em muitas coisas menos na “graça” da situação. A minha falha de julgamento foi ficar de um pé só no piso molhado enquanto usava o outro como rodo, amplificada pelo piso novo, bonito, que não tolera esse tipo de erro. Notar que essa parte do banheiro normalmente não fica molhada e só estava cheia de água porque eu estava removendo a sujeira deixada pelo pedreiro.
Outra queda, mais parecida com a sua, ocorreu quando o amigo !3runo (aquele dos firmwares do DVP642) que é da Paraíba me pediu um favor que envolvia ir à sede da Sudene aqui em Recife. O prédio, mal conservado, estava com áreas escorregadias no pátio. Por sorte o “preço” foi só uma bunda dolorida por algum tempo.
Já li em algum lugar que os acidentes domésticos mais frequentes acontecem no banheiro. E é uma situação de extremo risco, uma vez que todo mundo preserva a privacidade nesse cômodo. O socorro pode demorar para chegar. E quedas bobas como essa vão se tornando mais perigosas com a idade e alguma condições físicas (sobrepeso, diabetes, dieta inadequada, etc).
Meu sogro, que tem 78 anos e saúde debilitada, quebrou o pé em uma queda no banheiro do hospital, quando estava internado para tratamento cardíaco. Quando ele estava quase recuperado, sofreu outra queda em casa, e quebrou os dedos do pé.
É claro que são imprevistos, mas a gente tem que tentar cada vez mais eliminar os fatores de risco para evitar esse tipo de coisa. No meu caso, uma queda anterior deve ter enfraquecido o rádio, e eu fui muito imprudente ao andar naquela rampa, o limo era visível no chão. Meu peso de 105kg e meus quase 50 anos devem ter contribuído também.
Bem… você deve se lembrar que a uns 6 anos eu fiquei de molho em casa, com o pé engessado por um acidente bem similar. No eu caso foi uma grade de madeira que fechava a entrada para o acesso ao forro (lage), a porcaria ao ser encaixada no suporte, escapou e caiu, eu no reflexo natural de desviar, dei um giro em cima da escada. Resultado? cerca de 80 quilos caindo de 2 metros de altura em pé, com o peso todo sobre o pé esquerdo. No cair torci o pé e quebrei a pontinha (uma fratura de uns 2cm) da tíbia.. esqueci o nome daquele ponto, mas é uma pontinha minúscula. E como doeu… nem gosto de lembrar. Então, com escadas, todo cuidado é muito pouco.
Quando fiz a elétrica e o telhado da oficina, fui um tal de duplo e triplo check de escada que não teve tamanho. Mas pelo menos correu tudo bem.
Sempre tive pra mim que os idosos eram os maiores na questão risco e consequências. Já descobri que não.
Em junho desse ano uma queda no banheiro ( sai do banho e escorreguei no tapete) abri um espacate o que rendeu o rompimento da musculatura da coxa esquerda.
Segundo médico rasguei o músculo internamente, numa escala de 1 a 5 (sendo 5 o pior) o meu foi 5. Isso rendeu uma bela infecção consequência de uma diabetes que desconhecia. 1 semana internado gastos enormes não previstos. Fiquei sem andar em consequência do estrago. Fiz uma micro cirurgia no local pra retirar o hematoma enorme que se formou na musculatura abaixo do glúteo.
Isso fez com que ficasse de cama de maio até setembro com movimento restrito. Berrava de dor. Agora fiz fisioterapia pra recuperar estou bem melhor. Mas ainda tenho dores e várias outras coisas.
Ainda tem a questão da diabetes que descobri… Tratamento em andamento. E lógico pra quem está parado a quase 2 anos sem a carteira assinada… Na semana que me ferrei perdi o emprego que tanto aguardava o rh até tentou me ajudar mas não existia a menor possibilidade de fazer exame médico pra entrar estava de cama completamente.
Esse ano que já quase acabou… Acabou comigo. Agora são 2 anos desempregado. Com baixo índice de trabalhos e muitas contas. Afinal pagar fisioterapia ultrassom e outras coisas. Foram 67 dias de antibiótico de 6 em 6 horas. 2 tipos…
Conselho não tenho mais tapete. Não tomo banho com banheiro trancado e agora tenho faixas anti-derrapantes uma barra no banheiro pra ajudar a apoiar.
E só 33 anos… Acho que se eu fosse mais velho ia ser bem pior.
Lamento pelo seu acidente, foi bem feio mesmo. Como eu disse, a maior parte dos acidentes domésticos graves acontece no banheiro. Se você tivesse mais idade, provavelmente estaria de cama até agora.
Boa recuperação e não desanime, logo encontra um trabalho.
Provavelmente. Principalmente para os sedentários.
A mãe idosa de uma cliente minha caiu no banheiro. Era uma senhora ativa, que usava um computador para fazer traduções para ganhar um dinheiro extra. Passou uns dez anos na cama, dependendo de enfermeira 24h, até morrer. Além de ter perdido o resto de vida que ainda tinha, virou a vida das filhas do avesso por uma década.
Esqueci de atualizar este post. Um ano depois do acidente eu ainda sentia seus efeitos, mas hoje, cinco anos depois, estou completamente recuperado. Eu não sei quando ocorreu, mas creio que no terceiro ano eu já estava 100%.
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E com um efeito inesperado: os sintomas da minha intolerância a lactose foram bastante reduzidos.
Um mês atrás eu fui parar no hospital depois de seis horas tendo vertigem. A suspeita era de que eu tivesse labirintite. Como eu tomava muito café (entre um litro e um litro e meio por dia, quando em casa), todos os dedos foram apontados para isso e eu decidi parar até fazer os exames. No primeiro dia eu senti mais falta, mas substituindo por chá isso não chegou a ser um incômodo. O único sintoma que tive de uma possível abstinência foi uma dorzinha leve no topo da minha cabeça dia sim, dia não, que só incomodava quando eu me movia, por uma semana.
Vendo como foi simples me livrar da vontade de tomar café, decidi tentar com outras coisas. Estou há 15 dias sem tomar refrigerantes e comer doces. Eu passo pela caixa de paçoca, pelos biscoitos recheados e panettone na cozinha e nem dou atenção. Também está sendo mais fácil do que me parecia. Eu não sinto como se estivesse me privando de algo pois é mais como se eu estivesse deixando de desejar algo de que meu cérebro não precisa realmente para se satisfazer. Eu li em algum lugar que “açucar vicia” e que se você conseguir se livrar dele por tempo suficiente você pára de desejar doces. Aparentemente é verdade.
Outra coisa que aproveitei para mudar foi meu horário de dormir. Compelido pela necessidade de fazer exames que precisam ser feitos pela manhã, há 15 dias eu estou dormindo no período das 23h às 7 da manhã. Um recorde que não conseguia há anos.
Meu próximo passo é reduzir a quantidade de adoçante que tomo, porque aparentemente isso também vicia (ou, no mínimo, “dessensibiliza” o paladar). Meu objetivo é conseguir tomar chá sem nada adicionado (nem mel) e achar “bom”.
Quanto à intolerância à lactose, pode ser coincidência ou outro fator e eu não possa dar certeza ainda de nada. Só o tempo dirá. 30 dias é muito pouco.
O resultado do meu exame otoneurológico saiu hoje. Não tenho labirintite. Um dos vários indicadores disso é que minha audição está normal. Mas não vai ser por isso que vou voltar a tomar café. A médica me disse que, como sempre, a culpa pode ser do meu sedentarismo. Andar, correr, dançar, nadar, faz bem para o labirinto. Mais um motivo para que eu continue a evitar os refrigerantes e doces, porque se eu perder peso (devo ter algo entre 80 e 90 quilos) e voltar ao meu perfil “musculoso” de 73 quilos, todo exercício fica mais fácil.
O sucesso ocorre quando se atinge o poder de moderar.
Penso que uma xícara de café por dia não deva deixar ninguém doente.
O mesmo ocorre com o refrigerante mas em maior tempo, tipo uma vez por mês.
Vinho, chocolate, bolacha, sorvete, etc.
Tudo bem moderado deixa a gente mais feliz e não faz mal.
O extremo oposto, ou seja, beber água demais, também pode fazer mal á saúde. Em pessoas saudáveis, o rim filtra em média 800 a 1000 ml de água em uma hora. “Não há risco de passar mal com quantidades de água que não excedam esses valores”, afirma a nutróloga Andrea Pereira, do Hospital Israelita Albert Einstein. “Já quantidades superiores a 3 ou 4 litros de água por hora podem aumentar o risco de hiponatremia, que é a queda do nível de sódio sanguíneo, podendo causar torpor, confusão e até convulsões”.
Esse texto ai acima lembra de outra coisa que é necessário, mas tem que ter cuidado. O sódio.
Eu sou hipertenso, tenho que tomar vasodilatador, mas pode se ver que se de alguma forma você banir o sódio e ingerir menos que o recomendado, terás problema justamente com a… água!
Mas vamos ao café… nunca gostei de tomar café, mas recentemente ganhei uma cafeteira expresso, dessas que usam cápsula, quebrada de uma amiga, ela ia jogar fora e eu falei, eu quero. Consertei a dita cuja e digamos que passei a tomar um expresso curto a cada dois ou três dias. Não me afetou em nada negativo, mas percebi que quando você esta em uma tarefa entediante ou que é fácil perder a atenção, o café ajuda um pouco.
E o açúcar… a menos que a pessoa seja um diabético, um pouco de açúcar na dieta é necessário, pois afinal é dele que retiramos energia. Basta lembrar que vários outro alimentos são convertidos em açúcar durante o processo digestivo. A exemplo o amido que no final do processo digestivo, vira glicose.
Então vem a conclusão, a menos que você tenha alguma alergia ou restrição muito grave de alguma coisa, corta-la completamente do cardápio sem saber fazer a reposição por algo equivalente, pode fazer mais mal do que bem a longo prazo.
Eu estou a uns 15 dias sem café mas por problemas de gastrite.
Não considerava que era tanto a causa mas o café era um veneno pra mim, já fiz endoscopia em 2015 e eu estomago estava bem ferido por dentro, na época diminuí o café tomei os remédios indicados e tal e resolveu.
De uns meses pra cá voltou a toda doendo quase 24h/dia, comprei os mesmos remédios e nada resolveu, então resolvi cortar o café (logo pela manhã eu tomava café com estomago vazio), em uma semana já quase não sentia mais dor.
Não sarou 100% mas 90%, e eu não estava tomando tanto café quanto tomava antes, então no meu caso preferi cortar mesmo o café totalmente.
Irei voltar a tomar um café depois do almoço e tal, mas já me entupir de café logo pela manhã como eu fazia, não faço mais.
Eu não tenho certeza de quanto eu bebia. Eu me baseio pela quantidade de vezes que eu enchia a garrafa. Não era menos de um litro porque eu fazia café todo dia e não eram mais que dois porque mesmo nas ocasiões em que eu tinha que fazer café duas vezes, era sempre no final do dia, sobrando muito para o dia seguinte.
O mesmo está acontecendo com o chá. Estou tomando mais de um litro por dia.
Que eu tenha notado, não. Mas eu não esperava mesmo emagrecer só com essas medidas. Estou é de olho nas minhas taxas. Meu exame de sangue em outubro deu 98mg/dl de glicose e o “normal” é de 60 a 99. Em 2013 estava em 88. Gostaria de ver isso abaixo de 80.
Já começou a fazer exercícios?
Ainda não. Uma coisa de cada vez. Algumas pessoas não conseguem administrar várias mudanças simultâneas e no final nenhuma delas dá certo, causando frustração. Eu sou uma delas.
Compra uma MTB ou uma SPEED e sai para pedalar “cabra da pexte”… rsrsrs
Já tenho bicicleta. Parei de usar quando tive minha primeira crise na coluna lombar. Mas ela é minha segunda opção de exercício. A primeira é usar a piscina, mas para isso eu preciso tornar o exercício menos desconfortável e a primeira experiência é comprar uma roupa de neoprene. Minha piscina não é aquecida e é difícil se concentrar no exercício quando você está batendo os dentes de frio nos primeiros minutos.
Um ano sem tomar café. Não consegui ainda me livrar do adoçante.
Voltei a comer doces, refrigerante e pão desde a viagem para a Europa em agosto, porque manter um regime durante as férias ia ser um complicador a mais. Ainda preciso voltar ao regime.
Mas curiosamente voltei da viagem pesando um quilo a menos (a atividade constante deve ter compensado o descontrole alimentar) e perdi mais um quilo nos últimos 20 dias. Estou com 80.5 agora e meu objetivo é reduzir pelo menos até 73, que é o quanto eu pesava há 15 anos, durante o período que frequentava academia.
3 anos sem tomar café! Eu queria isso também Jeferson. Me conta como foi sua primeira semana e primeiro mês e o que sente agora por evitar isso? Eu tentei uma vez parar de tomar café, em um< mês, mas quebrei o desafio quando voltei a trabalhar. Quero tentar parar de novo. 48h já.
30 dias sem tomar qualquer substituto (chá, chocolate, etc).
Ainda não consegui me livrar do adoçante, mas só de ter parado com os substitutos do café minha quantidade de adoçante ingerida durante o dia caiu significativamente.
Tive que fazer novas alterações porque há meses eu tinha deixado de lado o chá e passado a tomar chocolate quente como substituto do café (nada saudável, eu sei). Com o confinamento da pandemia meu peso voltou a bater nos 87Kg. E atribuí isso em parte à falta de movimentação (parei de andar de ônibus) e ao acréscimo de calorias do chocolate.
Iniciei um novo regime de fome, mais severo que o de 2018, e perdi 8kg no primeiro mês. Estou com 78kg agora (menos do que pesava no final daquele ano) e minha próxima meta é chegar aos 73Kg.
Tive que fazer ajustes no regime, porque um exame de sangue que fiz por outra razão mostrou uma leve anemia e deficiência de proteínas. Estou comendo um pouco mais, mas só alimentos que reforçam o teor de ferro e proteína (carne vermelha, ovos, coentro, etc). Não espero mais perder 8kg por mês, mas ainda estou perdendo peso.
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Todas esperam que você abrace seus “produtos” baseado apenas em “fé”.
Nota: O que estou chamado de “óptica” aqui é o que quase todo mundo no Brasil chamaria de “ótica”.
Esta estória começa no meu post anterior. Saí do consultório com uma receita de multifocal hi-tech e mais blá-blá-blá de oculista, apesar de ter sido bem específico quanto a querer mais conforto para perto. Minhas primeiras palavras para o oculista foram “eu leio muito”.
A lente recomendada pelo oculista foi a multifocal Hoyalux Wide Pro com tratamento Blue Control. Na “ótica” onde consegui isso mais barato o par de lentes custa R$1400 à vista. Esta é a receita, com nomes editados para a proteção dos culpados:
Traduzindo a receita, para longe eu tenho meio grau de astigmatismo nos dois olhos e 0.25 de miopia no esquerdo. Para perto adicionar 2.25 graus às medidas para longe.
Eu indaguei o oculista sobre que benefício essa lente “blá-blá-blá-pro-blá-control” me daria comparada com uma prescrição somente para perto e a explicação dada não faz o menor sentido para alguém como eu, que nunca usou sequer bifocais. Até pareceu que com o simples movimentos dos olhos, automagicamente, a lente refocaliza para as mais variadas distâncias.
Então eu fui pesquisar na Internet, incluindo me sujeitar a muita conversa fiada no youtube. Tirando o “Blue Control” que tem muitas explicações e demonstrações de como funciona, para minha surpresa nem a Hoya se dá ao trabalho de explicar visualmente a “mágica” de operação de suas lentes multifocais. blá-blá-blá “regiões”, blá-blá-blá “clareza”, blá-blá-blá “tecnologia”, blá-blá-blá “conforto”… e nada de sequer uma simulação por slides de como a coisa funciona e, principalmente, qual a vantagem de uma lente dessas para alguém que só quer corrigir a visão para perto. Tanta tecnologia e eles não podem fazer um filme de demonstração? Esse obscurantismo para mim é sinal (sempre é) de que uma explicação minuciosa deixaria mais gente alarmada do que entusiasmada com essas lentes.
O que, raios, uma imagem como esta explica? Como você se adapta a isso? A imagem dá a entender que o tablet poderia estar em qualquer posição acima ou abaixo para ser lido com a mesma clareza e certamente só funciona assim se for por mágica.
Aparentemente essa regiões laterais são para quando você move os olhos lateralmente, sem mover a cabeça. Mas isso nem bate com o resto da imagem e a existência dessas regiões gera mais dúvidas.
Exemplos das minhas dúvidas:
Hoje eu tenho quatro monitores na minha mesa*, três dos quais eu posso ver claramente apenas movendo os olhos. Para mim parece óbvio que eu vou perder essa capacidade com a lente exibida na imagem acima e vou ter que ficar movendo a cabeça até para focalizar os dois monitores mais próximos. Pior que isso: como meu monitor principal tem 22″ será que até para ler uma linha de texto se estendendo de um lado a outro da tela (no momento em que escrevo isso cada linha tem 34cm) eu vou ter que ficar movendo a cabeça lateralmente?
Hoje eu consigo ler em um tablet, celular ou computador com mais ou menos a mesma clareza em distâncias de 40cm a 1 metro. Neste momento eu estou digitando com um teclado no meu colo a 40cm e com o monitor mais elevado a 70cm do meu rosto. Com um simples movimento dos olhos, sem mover a cabeça, eu alterno entre o teclado (sou “dedógrafo”) e o monitor. Acho evidente que usando uma multifocal eu vou perder essa habilidade.
Hoje se eu estiver apenas lendo e inclinar a cabeça, continuo lendo com exatamente a mesma clareza; mas se eu usar multifocais não vou ser obrigado a manter a cabeça reta para que as linhas não cruzem as zonas de visão? Qual a altura dessa zonas?
Hoje o topo do meu monitor principal está exatamente na altura dos meus olhos quando minha coluna está ereta. Mas isso não está na região “para longe” dos óculos? Para ler o que está escrito no meu monitor, que hoje eu posso varrer de alto a baixo sem mover a cabeça, eu vou ter que inclinar a minha cabeça para trás em um movimento antinatural ou ter que redesenhar toda a minha mesa? Se eu tiver que refazer minha mesa vai ser para poder ver também o quarto monitor sem mover a cabeça, posicionando-o acima do monitor central. E não para acomodar as pseudo-vantagens de uma lente cheia de frescuras.
A explicação mais técnica que encontrei está na Wikipedia que pelo menos lista os problemas, convenientemente ignorados pelo marketing, que você pode ter com multifocais.
Na falta de explicações convincentes a favor das multifocais estou inclinado a teimar em comprar um óculos de foco fixo (ou até dois) só para ler e trabalhar com eletrônica mesmo. Minha prescrição “só perto” sai por R$390 com lente “Premium Trivex Blue Control”. Para mim o inconveniente de ficar trocando de óculos parece ser de longe muito mais conveniente que as limitações das multifocais. Já marquei consulta com outro oculista para ver no que dá.
Algum de vocês tem algo a dizer sobre isso? Estou especialmente interessado na experiência de alguém que usa multifocais.
* No centro, meu monitor principal FullHD de 22″. À direita, meu monitor auxiliar de 17″. À esquerda o monitor de 17″ onde acompanho boa parte da casa pelo NVR. À esquerda deste, fora do meu campo de visão imediato, o monitor de 19″ com a imagem da TV por assinatura.
Minha mãe, quando se cansou de usar 3 óculos com cordõezinhos no pescoço (sim, ela não se habituou com o bifocal, nem com multifocal), decidiu usar lentes gelatinosas (para hipermetropia, que fique claro). Ainda assim, depois de usar lentes combinadas com óculos, passou para outro nível. Passou um tempo usando um recurso que eu até hoje me pergunto como funciona: uma lente de cada olho voltada para cada ocasião. Assim, ela enxergava melhor de longe com o olho esquerdo, e melhor de perto com o olho direito. E o cérebro compensava as diferenças e se acostuma, segundo ela…
Faz um tempo que não converso com ela sobre isso, então não sei se parou. De qualquer forma, serve pra te lançar mais caraminholas
Isso é a técnica da “monovisão”. Meus olhos foram operados com essa técnica mas não surtiu o efeito desejado. O primeiro cirurgião disse que eu me adaptaria e estou há cinco anos esperando por essa adaptação. Este segundo com quem falei agora explicou o motivo: a operação não alcançou a monovisão. Para isso eu precisaria de mais “x grau” em um dos olhos (não lembro agora).
Eu poderia alcançar a monovisão com lentes de contato? Talvez. Mas também poderia com óculos.
Eu acabo de testar duas multifocais de minha mãe. A experiência é instantaneamente desagradável. Basta mover a cabeça lateralmente para o mundo inteiro se deformar. E minha mãe certamente não comprou a mais barata.
Isso parece ser o que estou procurando. É chamado de “óculos intermediário” ou “ocupacional”. Um exemplo são as lentes Hoya Desktop, que tem modelo para 4m e 2m.
Jefferson, a uns 8 anos atrás eu tive esta mesma dificuldade que está tendo agora.
Na época optei por um modelo de foco fixo para perto já que era mesmo para usar no trabalho com computador.
Depois de uns 2 anos voltei para uma nova avaliação pois o óculos já não estava ajudando muito e como o grau tinha alterado e eu precisaria fazer novas lentes, resolvi investir no multifocal.
Mas os problemas realmente são estes que você levantou. O foco só é perfeito no centro da lente (na horizontal) em toda a sua extensão de baixo até em cima. Um pouco para os lados já detona geral a imagem. Conclusão, vai ter mesmo que ficar virando a cabeça de um lado para o outro para poder focar corretamente.
Se bem que em alguns casos mesmo com o desfoque, hoje, eu já consigo trabalhar sem mexer a cabeça pois tem várias coisas que posso “conferir” sem focalizar então eu só movo os olhos e verifico o que preciso. Quando tenho mesmo que ler, aí não tem jeito. Tem que virar a cabeça.
O movimento lateral ainda é aceitável mas o ruim mesmo é o pra baixo e pra cima.
Eu também gosto de trabalhar com a posição do monitor mais abaixo, quase igual a sua com o nível dos olhos em torno dos 85% a 90% da parte superior da tela. Mas ficar levantando a cabeça para poder focalizar a parte superior é realmente bem ruim.
Neste caso esta versão “para trabalho” do multifocal (a Zeiss tem versão para 1, 2 e 4 metros) coloca a parte superior da lente nesta distância ajudando um pouco com este problema de movimentação na vertical. Só que com isto não dá pra andar com ele na rua que vai ser bem ruim.
Como minha visão pra longe ainda é aceitável, quando saio na rua eu retiro o óculos.
O problema mesmo é dirigir. Dentro do carro não dá pra ver o painel sem o óculos e com eles não fica bom pra ver a rua/estrada. Ainda bem que eu quase não dirijo.
Bem esta é a minha “visão” sobre isto. Não resisti ao trocadilho…
Depois da operação eu não tenho problemas para dirigir em nenhuma situação. Vejo mais que o suficiente de longe e até mesmo o hodômetro é perfeitamente legível. Usar uma multifocal no carro iria me criar problemas onde hoje eles não existem.
Eu realmente não pretendo usar esses óculos para nada que não seja ler e analisar/reparar circuitos.
Aparentemente essa sua lente é semelhante à Hoyalux Wide Pro. Mas estou apenas comparando blá-blá-blá. Evidência, que faz falta, nada.
Mano, não trago muita informação. Apenas experiência.
Uso óculos desde os 7 anos, então uso óculos a quase 30 anos, :p
Sou míope com astigmatismo. E a melhor lente que já usei na vida era hoya.
O engraçado é que ela é barata. Comprei na última vez de outra marca mais cara e recomendada pela ótica… e a lente é horrível. Ela não é tão clara quanto a minha antiga, é mais pesada e um saco para limpar. Minha antiga hoya com papel higiênico ela ficava linda… já caiu em asfalto e não arranhou. Essa nova preciso lavar com detergente e secar sem realizar movimentos para a lente não manchar.
Tenho um tio oftalmologista e ele sempre recomenda essas lentes “mais simples” sem muita invenção. É corrigir o foco da luz e só. abraços!
Eu tenho miopia, uso óculos há muito tempo e também nunca entendo o que querem dizer os nomes das lentes (não sei, porque as balconistas das óticas também não sabem). As minhas Crizal Trivex eu achava que eram da marca Crizal, modelo Trivex.
Tentando entender o que é esse Blue Control das suas lentes, cheguei no blog desse cara, que tem um trabalho ultra relevante de traduzir para os não inciados as informações sobre as lentes de óculos:
Como eu disse no meu comentário do outro post, operei há 25 anos, ainda com bisturi (ceratotomia radial). Eu tinha 7 graus de miopia e fiquei com 0.50 de miopia em um olho e 0.75 de astigmatismo em outro. Eu tinha 24 anos quando da cirurgia. Fiz com o pioneiro da cirurgia no Brasil, Dr. Molinari (o plano do Banespa cobria), muita gente zerou, mas eu não tive essa sorte.
Eu tirei a minha habilitação após a cirurgia, sem a necessidade de lentes corretivas. Minha visão para distância é boa, mas tenho problemas a noite, a famigerada visão estrelada ao olhar para a iluminação artificial.
Eu trabalho com design gráfico e passo muito tempo na frente dos monitores. Hoje uso dois de 29 ultra wide. É uma área bem grande para se acompanhar com os olhos, 1.40m de um extremo ao outro.
Cinco anos atrás, aos 44 anos, comecei a sentir dificuldades para ler, trabalhar e muita dor de cabeça. Fui ao oftalmologista e ele me receitou uma multifocal. Fiz uma lente Zeiss que realmente nem me lembro qual era na época, mas era a segunda abaixo do portfólio da empresa. Foi cara, muito cara para a época, algo em torno de 1.900,00 reais. Hoje eu uso estes óculos apenas para ver TV.
Conversando com um dono de ótica aqui perto de casa, ele me deu a dica que resolveu o problema, e pode resolver o seu. Ele me recomendou fazer uma lente para perto (presbiopia) com 0.50 grau, a mais do que o receitado, com anti reflexo, e usa-la só para trabalhar. É o que uso até hoje e funciona muito bem. Minha receita era de 1 grau, fiz óculos de 1.5. Eles já estão fracos e estou precisando fazer uma nova receita, dizem que após os 45 ou 50 a presbiopia sobe .50 a cada cinco anos.
Como não sinto falta de óculos para longas e médias distâncias, não vou fazer mais multifocal, vai ser um óculos para longe, apenas para ver tv e ir ao cinema, um para leitura e outro para trabalhar.
A única coisa que estou achando estranho no seu caso é essa prescrição de 2.25 para perto. É muita coisa! Você é muito novo para isso! Com a progressão natural do enfraquecimento do músculo, você não vai conseguir enxergar mais nada aos 60 anos!
Eu trabalho com design gráfico e passo muito tempo na frente dos monitores. Hoje uso dois de 29 ultra wide. É uma área bem grande para se acompanhar com os olhos, 1.40m de um extremo ao outro.
Minha situação é bem parecida com a sua. Meus três monitores principais ocupam uma área de 1,30m.
Foi cara, muito cara para a época, algo em torno de 1.900,00 reais. Hoje eu uso estes óculos apenas para ver TV.
Você ainda deu “sorte” de pelo menos ter encontrado uma utilidade. Não que isso anime, considerando o preço.
Conversando com um dono de ótica aqui perto de casa, ele me deu a dica que resolveu o problema, e pode resolver o seu. Ele me recomendou fazer uma lente para perto (presbiopia) com 0.50 grau, a mais do que o receitado, com anti reflexo, e usa-la só para trabalhar. É o que uso até hoje e funciona muito bem. Minha receita era de 1 grau, fiz óculos de 1.5.
Eu estava matutando sobre algo assim ainda ontem. Seu relato me convenceu a botar dinheiro nessa idéia.
Como não sinto falta de óculos para longas e médias distâncias, não vou fazer mais multifocal, vai ser um óculos para longe, apenas para ver tv e ir ao cinema, um para leitura e outro para trabalhar.
É engraçado que os oculistas achem que com isso a gente não se acostuma.
A única coisa que estou achando estranho no seu caso é essa prescrição de 2.25 para perto. É muita coisa! Você é muito novo para isso! Com a progressão natural do enfraquecimento do músculo, você não vai conseguir enxergar mais nada aos 60 anos!
Eu também estava desconfiado desses números. Veja a receita que recebi ontem, do cirurgião que me operou:
e a receita da semana passada:
Elas só concordam no eixo!
Minha idéia, no momento, é fazer ambas com uma lente barata e ver a que fica melhor.
Este oculista não fez qualquer recomendação de lentes. Mas insistiu que eu vou ficar mais confortável com multifocais. Ainda assim ele frisou que isso quem decide sou eu.
Minha idéia, no momento, é fazer ambas com uma lente barata e ver a que fica melhor.
Ou ir a um terceiro oculista munido das duas receitas (sem os nomes de quem emitiu) com o explicito requerimento dele me testar com ambas para ver qual está certa. Certamente mais rápido e mais barato.
Vai ver que esse segundo médico já colocou 2.25 considerando o meio grau a mais para trabalho com monitores, mas mesmo assim, continua muito diferente. Acho que uma terceira opinião é válida sim. Isso se o seu plano de saúde não encrencar contigo.
Eu falei com o SAC hoje e me disseram que não há qualquer problema. Ainda bem, porque pagar R$540 por mês para só ir ao médico a cada x anos e ainda ficar esbarrando em restrições é dose.
Gostaria de ter dinheiro para pagar consulta particular de R$350 sem pestanejar. Mas não tenho.
Fui ao terceiro oculista. Abri o jogo com ele, mostrei as receitas que eu tinha e expliquei o meu problema.
Eu disse a ele que esperava que ele me dissesse qual da receitas estava certa ou até me desse uma receita inteiramente diferente. Quando ele me examinou ele me disse, rindo, que eu ia acabar mesmo com uma terceira receita. E uma quarta, porque ele foi o que melhor compreendeu meu problema e receitou dois óculos para perto. Um para ler no computador e outro para trabalhar com eletrônica (mais perto).
Perto:
+2,75, -0,50, 20
+2,00, -0,75, 160
Intermediário:
+2,00, -0,50, 20
+1,25, -0,75, 160
No exame ele me entregou um tablet já preparado para isso exibindo letras de diversos tamanhos e me pediu para segurar o tablet a duas distâncias diferentes do rosto enquanto escolhia as lentes.
Ele também questionou um dos médicos ter recomendado uma lente multifocal. Ele me disse que eu não me adaptaria a uma lente dessas.
Peguei minhas multifocais ontem (400,00 – nem de longe essas premiuns q vcs pagaram) + 400 de armação nova (lentes grandes). Achei um horror!!!! Tô pensando em voltar na ótica hoje. Antes uma armação estreita p longe (tenho miopia) e verificar a distância de perto por baixo do óculos, como sempre foi. Senti-me limitada c as multifocais, e achei inútil a região intermediária. As laterais são prejudicadas, a região p longe é limitada, p perto é estreita e a movimentação de cabeça q se exige p ver as coisas… aff, trabalheira!! Cheguei em casa não enxergando meus gatos aos meus pés, tinha q encostar o queixo no pescoço p vê-los. Detestei a experiência. Acho q não estou disposta ao período de adaptação. E outra, o oftalmologista me passou 1,25 p perto, sendo q tenho visão perfeita p perto. Ele disse q todo mundo depois dos 40 precisa usar óculos p perto. (Bom, não eu, ainda.) Minha visão p perto ficou pior. Obrigada pelo artigo e comentários de vcs.
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Jefferson, muitos dos seus relatos parecem boas séries ou livros, deixando a gente preso aguardando os próximos capítulos. Minha impaciência me previne de assistir muitas delas, e geralmente assisto a temporada toda de cada série de uma vez, ao invés de um capítulo de várias séries por mês.
Fico muito feliz pelo relato de não precisar mais de cirurgia, e mais ainda pela nova abordagem na vida, coisa que tento constantemente fazer e tenho observado que realmente gera frutos positivos.
Wagner, como cronista/escritor, técnico em eletrônica ou programador eu realmente me vejo abaixo da linha da mediocridade (de acordo com a correta definição de ¨medíocre¨). Não é falsa modéstia. Mas esses elogios me incentivam a continuar escrevendo. E apesar de ser algo que invade minha privacidade, falo sobre minha saúde porque tenho certeza de que vai ser útil para alguém. Se ajudar pelo menos uma pessoa já não terá sido perda de tempo eu ter parado para criar o texto.
Nunca é tarde demais para mudar. Nem para acreditar que alguém pode mudar. Esse tema sempre me faz lembrar do filme 16 quadras que apesar de ser um filme de ação, tem a frase ¨people change¨ como um tema central.
Jefferson,
Também tenho problemas de coluna que são um “mistério” pois não sofri trauma que pudesse ser a causa do problema. Só que no meu caso é coluna lombar e torácica.
O que tenho tentado fazer é exatamente o mesmo que você, mudar hábitos e praticar atividade física. No meu caso, optei por fisioterapia com profissional especializado (clínica e fisioterapeuta) e também estou vendo resultados positivos.
Mas enfim, vamos tentando melhorar a saúde e fugir da cirurgia.
Abraço.
Acho importante ressaltar aqui que a doutora nunca me ofereceu o caminho da saída do sedentarismo como escapatória para a cirurgia. Eu decidi fazer isso porque, se eu não conseguia imaginar algo que tivesse feito (ou deixado de fazer) para justificar um problema tão sério, que ia mudar minha vida para pior definitivamente, imagine quando a conta pelo meu desleixo e irresponsabilidade com meu corpo e minha saúde começasse a chegar. Os resultados ruins dos meus exames de sangue eram uma constante há muitos anos: colesterol ruim alto, colesterol bom baixo, excesso de triglicerídeos, glicose na porta do diabetes… Eu pensei: “só faltava eu ficar também diabético para arruinar minha alegria de viver!”.
Eu decidi fazer o que fiz (e continuo fazendo) para a situação não ficar a ainda pior. E fui surpreendido com o presente de manter a necessidade da cirurgia na cervical como apenas uma possibilidade. Já se passaram quase três anos desde o choque do “vamos ter que operar”.