FIC Conectado (AMD PIC)

[Jefferson]

Windows 2000 SP4 no FIC.

A instalação do Windows 2000 SP4 via CDROM IDE levou 31 minutos, do primeiro ao último boot.

No final, havia reconhecido todo o hardware exceto o áudio, o vídeo e o modem. Na página de drivers da AMD uma surpresa: Não há drivers  para o áudio e o modem para o processador GX (só para GX1). Eu testei o driver GX1 e o Windows 2000 não o reconhece.

O modem não me faz falta, mas sem áudio metade das aplicações possíveis para o FIC somem. Mas deu para contornar isso com um adaptador de áudio USB, desses que você encontra no ML por R$28. Ironicamente, o Windows 2000 nem precisou de drivers para o adaptador externo. Não é a solução ideal, claro, porque custa dinheiro, ocupa uma preciosa porta USB e não acrescenta funcionalidade alguma.

Uma surpresa: O mesmo filme DivX do meu teste com o XP ocupou 100% da CPU durante toda a execução. É completamente inviável assistir nessas condições. Como isso era muito estranho (não boto fé no XP ser mais eficiente que o 2000 nisso), removi o adaptador de áudio USB e refiz o teste sem som. Aí o filme rodou bem melhor do que rodou no XP, ocupando uma média de 50% da CPU (acho que até menos). Mas sem áudio não dá.

Quando eu tiver o XP instalado novamente no FIC vou fazer o teste com esse adaptador e com o áudio interno desativado.

O boot com Windows 2000 leva cerca de 45 segundos.

[Jefferson]

A velocidade do HDD

Eu coloquei um arquivo de 2.4GB no HDD do FIC e fiz meu teste de velocidade tradicional com Treediff.

No meu Sempron 2300+, XP, com 1.5GB de RAM: 28.6MB/s
No FIC com Win2K e 128MB de RAM: 11.9MB/s (média de 90% da CPU)

O cabo IDE original do FIC tem apenas 40 vias. Eu testei com um de 80 vias e a velocidade até aumentou, mas foi desprezível. Dá para notar uma resposta ligeiramente mais rápida no início do teste, que terminou com uma média de 12MB/s. Com uma diferença dessas eu prefiro usar o cabo de 40 vias, que é mais barato e bem mais robusto.

O teste indica que ainda que o FIC tivesse uma interface USB 2.0 ou Ethernet 100/Mbps, a velocidade de transferência dos dados não passaria de uns 8MB/s na melhor das hipóteses. Se só a interface IDE já consome 90% da CPU, ao adicionar o overhead da interface de saída, a CPU vai "saturar" e o desempenho vai cair.

Ainda seria 8X o que temos hoje, claro.

[Jefferson]

Clonagem do HDD original

Eu abri outro FIC (foi mais fácil e rápido desta vez) e clonei o HDD original com o Norton Ghost. Primeiro eu clonei de disco para disco e testei o disco destino no FIC ainda travado. Funcionou normalmente.

Então eu fiz uma imagem para guardar. O arquivo .GHO ficou com meros 194MB.

A cópia levou apenas 40 segundos.

O HDD original tem três partições:

• A de sistema, primária, ativa, FAT32, com 512MB
• A de dados, primária, FAT32, com 8GB
• Uma partição desconhecida, com 512MB

A partição desconhecida deve ser uma cópia da de sistema, usada no System Restore.

[Intruder_A6]

Uma de minhas experiências danificou o Windows de tal forma que não valia a pena tentar reparar, por isso parti para uma nova instalação, desta vez usando CDROM IDE.

Colocar um drive de CDROM no FIC é uma decisão difícil, que requer bastante ponderação. O drive funcional de menor consumo que encontrei foi meu Pioneer DVR-111D, que tem o seguinte consumo nominal:

12V - 1A
5V - 1.6A

Total: 2.6A

Consumo nominal de todo o FIC conectado: 2.5A
A fonte do FIC fornece supostamente: 3.3A

O HDD Seagate usado no FIC deve ter sido escolhido a dedo, porque o consumo dele impressiona:

12V - 0.22A
5V - 0.57A

Ou seja, sozinho o drive Pioneer consome até três vezes o que é consumido pelo HDD. E olha que o drive Pioneer é um exemplo de baixo consumo. Um drive LG consome mais que a capacidade da fonte!

Eu decidi arriscar pelo seguinte:

• Já foi feito antes;
• Eu presumo que esse consumo nominal do drive ocorra durante a gravação (um dia desse eu vou medir isso);
• O drive vai ser usado por um curto período de tempo.
• Se a fonte ou o FIC tiverem proteção contra sobrecarga, na pior das hipóteses vou ter um reset ou o aparelho vai desligar sozinho durante o processo.

E deu tudo certo. A instalação ocorreu sem problemas.

Mas já tirei o drive 

Tenho algumas perguntas:

1. Você trocou o cabo original por um para 2 periféricos IDE para instalar por um CDRom IDE ?

2. Você não pensou na hipótese de ligar este leitor de DVD/CD numa fonte externa ?

3. Este seu calculo de consumo parece que está incorreto, existem muitas fontes abaixadoras que reduzem via conversor chaveado ( e deve ser o caso dessa ), e ai a linha de 5V não drenaria 1,6A da fonte de 12V e sim uns 0,83A ( 5V / 12V x 1,6A / 0,8 de eficiência => 0,83A )


Não gosto muito dessa estória de ter que abrir para instalar o SO na máquina, será que não tem outro jeito ? ( sem leitor USB, porque com 1.1 é florida ).

[Jefferson]

1. Você trocou o cabo original por um para 2 periféricos IDE para instalar por um CDRom IDE ?

Sim. E mais um "cabo Y" para alimentação.

2. Você não pensou na hipótese de ligar este leitor de DVD/CD numa fonte externa ?

Passou rapidamente pela minha cabeça, mas por algum motivo  eu não me lembrei que poderia até mesmo colocar uma fonte normal de PC só para alimentar o drive de CDROM 

3. Este seu calculo de consumo parece que está incorreto, existem muitas fontes abaixadoras que reduzem via conversor chaveado ( e deve ser o caso dessa ), e ai a linha de 5V não drenaria 1,6A da fonte de 12V e sim uns 0,83A ( 5V / 12V x 1,6A / 0,8 de eficiência => 0,83A )

Tem razão!
Para uma mesma potência em Watts, caindo a tensão sobe a corrente. Eu derrapei no básico! 

Outra forma de fazer o cálculo corretamente é a seguinte:

Potência nominal da fonte: 12 x 3.3 = 39.6W.
Consumo nominal geral do FIC = 12 x 2.5 = 30W
Consumo nominal do drive = (12 x 1) + (5 x 1.6 / 0.8 ) = 12 + 10 = 22W

Sempre lembrando que um drive LG consome cerca de 12W a mais que o Pioneer.

Não gosto muito dessa estória de ter que abrir para instalar o SO na máquina, será que não tem outro jeito ? ( sem leitor USB, porque com 1.1 é florida ).

Aí eu acho que só se for telepaticamente 

[Jefferson]

256MB de RAM no FIC

Um amigo me emprestou um módulo de 256MB PC2700 (DDR 333MHz) para testar no FIC e ocorreu o mesmo problema que com a memória PC2100. Antes de entrar no Windows (desta vez o 2000), reseta.

Como eu não tinha nada a perder e realmente quero aproveitar os dois módulos de 256MB que tenho aqui, decidi fuçar em outros parâmetros do setup. Desta vez o primeiro parâmetro que mudei resolveu o problema 

Para 256MB: DIMM 0 Module Banks: 2 banks.
Para 128MB: DIMM 0 Module Banks: 1 bank.

Atenção: Se quiser colocar de volta um módulo de 128MB, você precisa mudar a configuração ainda com o módulo de 256MB no lugar. Configurado para 2 banks, o FIC nem sequer liga com um módulo de 128MB.

A verificar: Eu rodei o Goldmemory para testar a memória no FIC e tanto a memória PC2100 quanto a PC2700 deram o mesmo resultado no benchmark: 241MB/s. Ou o subsistema de memória do FIC não se beneficia de uma memória PC2700 ou é preciso fazer alguma configuração no setup para tirar o máximo proveito de um módulo PC2700.

[Jefferson]

É difícil notar isso com o FIC montado, mas com ele aberto eu percebi que o HDD não desliga nunca. Tentei com todas as opções de gerenciamento de energia ligadas e desligadas, mas nada mudou. Nesta página existe uma referência a isso como se fosse um problema na instalação do Linux, mas não depende do SO. Possivelmente é mais um efeito colateral (junto com o floppy fantasma) do uso do BIOS de demonstração.

Para realmente desligar o HDD é preciso desconectar a fonte. Melhor ainda: desligar a fonte da tomada.

Mandar desligar a partir do Windows 2000 desliga o HDD também. 

[Jefferson]

FDISK funcionando (mais ou menos) no FIC

MhagnumDw explicou no blog que é possível rodar o FDISK no FIC com o comando FDISK /X. Eu testei e realmente funciona, mas encontrei problemas.

• FDISK /X desliga o suporte a LBA, por isso só enxerga até 8GB. Quase 2GB do HDD original ficam de fora;
  
• FDISK só consegue ativar uma partição na primeira unidade. Como a primeira unidade é o pendrive, não dá para ativar a partição no HDD e conseqüentemente não dá para dar boot por ele

Por algum motivo desconhecido, por duas vezes o pendrive de 32MB apareceu com 8GB para o FDISK e o Ranish Partition Magic e não muito tempo depois toda a partição do pendrive sumiu (duas vezes). Eu ainda não sei se isso tem algo a ver com a execução do FDISK, se é um problema do FIC Conectado ou defeito no pendrive vagabundo do FIC (que é o que estou usando agora).

[evb62]

Jefferson, obrigado pelas informações.
Embora alguns comentários do blog do Vicente tivessem informado sucesso na instalação via USB, tinha certeza que as suas informações seriam muito mais completas e precisas.

Recebi o meu FIC Conectado hoje. Veio numa caixa enorme, cheia de sacos de ar. Deve ser por isso que o frete é caro.

Apenas liguei para ver se estava funcionando. Fiquei bem impressionado com a rapidez do Windows CE para o boot e para iniciar os programas pré-instalados. Gostei de ver que são 4 portas USB. Eu esperava que fossem apenas duas. Como não pretendo usar mouse nem teclado, no futuro as 4 portas ficarão disponíveis no meu FIC (uma será usada na rede).

Não entendi por que eles se deram ao trabalho de mandar o pendrive. A utilidade dele é próxima de nula.

Liguei um MP3 player, que foi reconhecido como dispositivo de armazenamento USB. O FIC não tocou um arquivo MP3 de 320 k, mas tocou os arquivos de um audio book gravados a 70 kbps, VBR. O som é sofrível (escuto chiados da máquina pelo fone de ouvido).

Resumindo, fiquei contente. Ele oferece um bom custo/benefício. Daqui a alguns dias vou retirar o Windows CE e instalar algum Linux. Provavelmente vou experimentar o Damn Small Linux, o Xubuntu e, finalmente, o Ubuntu Server Edition. Depois pretendo recompilar o kernel para incluir apenas o que for necessário a este hardware específico.

[Jefferson]

Se o seu pendrive de boot tiver uma chave de proteção contra gravação, eu recomendo que você sempre proteja-o contra gravação antes de qualquer operação de FDISK, Format, SYS, etc., no FIC. Por algum motivo (possívelmente um bug no BIOS de demonstração) o conteúdo do pendrive está sendo corrompido de diversos modos diferentes.

Por exemplo, nas duas tentativas de usar FORMAT D: /s que fiz, o conteúdo do pendrive foi danificado de um jeito que travou até o Windows Explorer em dois PCs diferentes quando inseri o pendrive para ver o que aconteceu. Não deu para usar o HP Format Tool nessa situação. Ocorreu com dois pendrives, por isso desconfio de bug no DOS ou (mais provável) no BIOS de demonstração que estamos usando.

Eu só consegui recuperar os pendrives usando o Gparted. Iniciado o Gparted, insira o pendrive com problemas e tecle CTRL+R para refrescar a lista. Selecione o pendrive, apague a a partição que existir e crie outra. O curioso é que fiz isso com os dois pendrives de 32MB e um foi reconhecido apenas com tendo 24MB. Depois disso tanto o Gparted quanto o Windows continuaram achando que o disco tinha 24MB, não adiantando remover partição e criar outra. Mas o HP Format Tool resolveu o problema: ele enxerga a real capacidade do pendrive e conserta a bagunça definitivamente.

Esta não foi a única ocorrência. O conteúdo dos pendrives já foi corrompido diversas vezes durante os meus testes mas eu estava achando que era defeito nos pendrives vagabundos de 32MB da FIC que estou usando, porque parecia aleatório. Mas o exemplo acima reproduz o problema facilmente, por isso conclui que existe um bug.