Reviews Diversos

Relé por controle remoto IR com learning QIDUO QD-207

Review publicado em 21/12/2008 e ainda não finalizado.

Resumo: O QD-207 é um receptor de controle remoto infravermelho (IR) universal de função única: comandar um relé para acionar um aparelho elétrico qualquer. O grande diferencial deste produto está na função learning, que o torna capaz de ser configurado para responder especificamente a um botão à sua escolha de qualquer controle remoto doméstico, dispensando a necessidade de mais um remoto na sua mesa. Assim você pode usar um botão que você dificilmente usa no controle remoto da sua TV para ligar e desligar a luz do recinto.

Este dispositivo custa menos de US$6 com frete incluso na Dealextreme e o modelo que analiso aqui é o para 220V, mas existe uma versão de 110V. Neste review eu vou explicar como funciona e mostrar vários modos de expandir sua funcionalidade com pequenas modificações no circuito.

Dentro do quadrado azul, o círculo preto é o botão de operação. O círculo vermelho é uma janela IR. Note que apesar da tomada frontal permitir o encaixe de plugs com pino terra, não há previsão para essa conexão no plug de entrada. Moldado na caixa está especificado 10A 250V, que seriam 2500W, mas a etiqueta plástica diz 220V e 500W.
Além da tomada frontal “universal” o QD-207 tem duas tomadas chatas laterais. As três são comandadas pelo mesmo relé. A tomada frontal fica muito folgada justamente por tentar servir a diversos padrões ao mesmo tempo. Em uma das minha aplicações a tomada precisou ser amarrada ao QD-207 para não ficar caindo.
Detalhes interessantes da especificação do relé:

Bobina de 12VDC, o que torna fácil encontrar um substituto.

Datasheet

20A 14VDC significa que se o relé estiver chaveando uma tensão contínua de 14V, pode conduzir uma corrente de 20A. Já se estiver chaveando uma tensão AC, esta deve ser de até 125V, para a mesma corrente

É meio difícil de acreditar que esse relézinho seja capaz de conduzir 20A impunemente

Operação

O botão preto tem duas funções: apertando rapidamente você liga/desliga a carga sem precisar do controle remoto. Se segurar o botão por alguns segundos, o LED começará a piscar indicando que a função de aprendizado (learning) foi ativada e está esperando por um comando de infravermelho. Você tem alguns segundos para apertar o botão de controle remoto que você deseja que o QD-207 aprenda, apontando para ele. Quando o QD-207 tiver entendido o comando, o LED vai parar de piscar.

O QD-207 lembra qual era o seu status antes de uma falta de energia. Assim quando a energia voltar a carga permanecerá desligada ou se ligará automaticamente.

OBS. Eu recebi um QD-207 que é diferente. Primeiro ele não lembra o estado em que estava e sempre volta desligado. Segundo, apertar o botão por alguns segundos não faz entrar no modo learning.

No segundo tipo, com o LED aceso, aperte e segure o botão. Ele vai apagar imediatamente e depois de alguns segundos irá acender de novo. Aí solte imediatamente que começará a piscar (modo learning);

10/03/2010: A DX agora está mandando de outro “fabricante”. É idêntico, mas está escrito “HENGMING HM-01K3”. O comportamento é o mesmo do QD-207 “segundo tipo”.

Alcance e ângulo de visão

Como o componente receptor fica encostado na janela de IR, o ângulo de recepção é muito bom. O Alcance também é ótimo e no meu quarto eu não preciso apontar em nenhuma direção específica para que funcione.

Como comandar a lâmpada do recinto

Isso é mais complicado do que parece. O primeiro e mais óbvio problema é que você vai precisar fazer algumas conexões por sua conta e o melhor modo de fazer isso é abrindo o aparelho e soldando alguns fios. O segundo problema é você querer poder comandar a lâmpada também pelo interruptor original.

Colocar o QD-207 simplesmente em série com o interruptor original só vai trazer aborrecimento.

Se o QD-207 estiver antes do original

  • QD207 ligado : Você pode ligar e desligar pelo original
  • QD207 desligado: original é inútil
  • Original desligado: QD-207 é inútil
  • Original ligado: Você pode ligar e desligar pelo QD 207

Se o QD-207 estiver depois do original os problemas são os mesmos, mas invertidos.

Para que a coisa funcione sem aborrecimento você tem três alternativas:

  • Excluir completamente o interruptor original e usar o botão do QD-207 em seu lugar – Incômodo, porque o botãozinho do QD-207 não brilha no escuro e não é tão rápido de achar no tato;
  • Trocar o interruptor original por um do tipo campainha e ligá-lo em paralelo com o botão do QD-207;
  • Trocar o interruptor original por um do tipo paralelo e fazer a conexão adequada com o QD-207
Eu esperava ter tempo para fazer uma explicação melhor, mas se você souber como se faz uma ligação de dois interruptores paralelos (cuidado: em eletrotécnica “interruptor paralelo” tem significado e função específicos) para acender uma lâmpada, vai poder usar o QD-207 como um dos interruptores facilmente. Perceba pela foto ao lado que o silk-screen já diz quem são os contatos NA e NF e eu sinalizei quem é o comum. Você vai precisar fazer um corte em uma trilha e soldar três fios.

Se houver real interesse eu posso entrar nos detalhes, com fotos.

Confiabilidade

Eu estou usando quatro desses na casa desde dezembro de 2008. Dois controlam ventiladores. Um controla lâmpada numa ligação paralela e o último controla um aparelho de ar-condicionado de 7500 BTUs. Tudo vem funcionando muito bem desde a instalação. Os dois que ficam no meu quarto nunca mudaram de estado à toa ou responderam ao comando errado, nem deixaram de responder ao comando certo. Quanto as dois que estão instalados no quarto de meus pais não sei, mas não me reclamaram nada ainda.


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Reviews Diversos

Medidor de Consumo de Energia PMM2010

Review publicado em 08/12/2008, atualizado em 30/05/10 e ainda não finalizado.

Resumo importante:

Este aparelho mede energia praticamente da mesma forma que as concessionárias de energia brasileiras para consumidores residenciais e também serve como wattímetro (funcionalidade que não existe em nenhum medidor residencial que eu conheça). Este review mostra como funciona, como adaptá-lo para uso em tomadas brasileiras, como usá-lo para aferir o medidor oficial de sua residência e a teoria de funcionamento.

O PMM2010 pode ser adquirido na DealExtreme (sku 12718) por meros US$16 com frete incluso e rastreamento. Os 60% de imposto de importação dão mais uns US$9, por isso o aparelho sai no máximo por uns US$25 com tudo incluído. Vale cada centavo. [30/05/2010] Baixou para US$14.50, mas isso o tirou da faixa de rastreamento grátis. Inclua no pedido algo pequeno e leve de US$1 para manter o rastreamento.

Eu comprei vários desses aparelhos ao longo dos últimos três meses. Dois foram completamente desmontados (e ainda estão assim) para a análise deste review.

Embalado. O único manual é a folha de papelão em chinês da própria embalagem.

As tomadas dianteiras não passariam em nenhuma certificação de segurança. Os orifícios são muito abertos permitindo que uma grande variedade de plugs se encaixe sem dificuldade, mas em compensação não há firmeza. Não se engane com a aparência do plug acima. Eu pensei que fosse igual ao das tomadas de ar condicionado brasileiras, mas não chega nem perto. Para usar o medidor é preciso fazer adaptações.

A etiqueta de controle de qualidade esconde um orifício por onde pode ser passado um cabo.

Perceba também que a caixa não tem um perfil perfeitamente retangular. Você entenderá a relevância desse detalhe quando eu estiver discutindo a adaptação 3.

Detalhe da etiqueta: Projetado para operação em 220V (mas funciona também em 110V como explico adiante), máximo de 10A. Temperatura do local de instalação não deve ficar fora da faixa de 0 a 50 graus centigrados e a precisão é de 1%. Não, eu não entendo chinês, mas essas coisas seguem um padrão.

O número grande parece um serial mas é do tipo “chinês”. Ou seja: todos os aparelhos tem o mesmo número. 🙂

Adaptações do plug de entrada

O plug de entrada do PMM2010 é inútil no Brasil. Apesar de parecer com um plug de tomada de ar condicionado, não chega nem perto de encaixar. O modo mais simples de adaptar é soldar um cabo com outro plug direto nos pinos. O problema fica sendo o isolamento e o resultado fica no mínimo deselegante mas é o que está ao alcance da maioria. Eu tentei dessa forma no início mas acabei optando pela substituição total, como mostro adiante.

Remoção dos pinos

Os pinos originais do aparelho são extraordinariamente firmes por causa do modo como são moldados na caixa plástica. O melhor meio que encontrei para removê-los foi usando um alicate de bico como alavanca. Use um alicate pequeno e fino, pois alicates grandes só vão atrapalhar.

Antes de fazer isso, remova o capacitor e toda a solda do outro lado dos pinos.

A idéia é alavancar o pino para cima até aparecer o orifício de fixação. Nesse ponto você faz um movimento de torção de um lado para outro até quebrar o pino. Você também pode arrancar todo o pino, mas é melhor deixar um pedaço como explico adiante.

Este orifício (o da quebra) não é o mesmo onde o capacitor é preso. Ele fica mais abaixo e normalmente não é visível. Depois que estiver quebrado empurre de volta com a ponta de uma chave de fenda de forma que não fique saliente. Em seguida cole alguma coisa isolante no local só para garantir a proteção.

Empurre os pinos pelo lado do fora até que seja possível passar os terminais do capacitor de novo pelos orifícios. Na foto eles ainda não aparecem, mas dá para subir bem mais que isso. O capacitor (seu propósito é explicado aqui) já no lugar. À direita da caixa você pode ver por onde vai sair o cabo. [30/05/2010] As unidades vendidas agora pela DX, com a marca DEBUY, não tem mais esse capacitor.

Para soldagem/dessoldagem nos pinos um ferro comum de 26W é insuficiente. Use um de 35W, mas seja cuidadoso porque esse já é capaz de derreter tudo se você demorar mais que o necessário.

Adaptação 1

Na foto acima o terra está desconectado e no lugar dele sai um fio da saída de fase. Esta adaptação tem o objetivo de instalar o PMM2010 em um quadro de distribuição para medir uma seção inteira da casa, como mostrado a seguir:

O neutro é conectado ao neutro geral. O fio que saía do DR (dispositivo da esquerda) para o disjuntor é removido e o PMM2010 é intercalado no lugar.
Dessa forma eu posso usar o PMM2010 pendurado ou preso pela tampa do quadro. É importante salientar que essa é uma instalação que fiz para avaliação, para pelo menos ter certeza de que funcionava, antes de dispender meu tempo em um método de instalação mais “elegante”.

O resultado da instalação acima me permitiu avaliar a precisão do aparelho como medidor de energia.

Adaptação 2

Numa outra adaptação removendo os pinos inteiramente eu coloquei o capacitor dentro de um tubo isolante termoencolhível e usei um cabo comum de PC sem uma das extremidades: [30/05/2010] As unidades vendidas agora pela DX, com a marca DEBUY, não tem mais esse capacitor.

Eu não recomendo esse método de adaptação dentro do aparelho porque fica apertado e você não tem como saber exatamente como as coisas vão encostar ao fechar a caixa. E o capacitor pode ficar considerávelmente quente durante a operação normal do PMM2010, mesmo sem carga.

Adaptação 3

Esta foi minha última experiência até agora e a que ficou com a aparência mais profissional.

Eu usei um cabo fixo de impressora Epson sucateada que consegui na oficina de um amigo.
Ao lado, a parte que não me interessava foi removida com um estilete. Não é difícil porque a borracha é mole e moldada em torno do cabo já pronto. Ou seja, você só corta o cabo se não souber mesmo ser cuidadoso.
Inicialmente eu ia usar cola Super Bonder, mas depois resolvi experimentar com esta cola, que embora mais cara me pareceu mais apropriada justamente por ser flexível e aguentar torções.
A idéia é colar apenas em uma das metades da caixa (a sem circuitos), para não atrapalhar a abertura. Para que o cabo pudesse passar na altura apropriada foi preciso transformar o furo já existente em um rasgo, como mostrado ao lado, já lambuzado com cola.

Acima, o cabo já está colado na caixa e todas as conexões necessárias foram feitas. Ao lado, o medidor pronto e fechado. Na foto nem dá para notar que só está colado na parte inferior da caixa, mas o assentamento do cabo não é realmente perfeito porque as duas partes da caixa formam um pequeno ângulo na junção (as faces da junção não são retas).

Uso em 110V

ATENÇÃO [30/05/2010]: As unidades vendidas agora pela DX, com a marca “DEBUY”, não funcionam mais em 110V.

O aparelho é especificado para operação em 220V, que é a tensão padrão aqui no Nordeste. Não há modelo 110V desse mesmo fabricante à venda na Dealextreme. Para fazê-lo operar em redes de 110V teoricamente deveria ser necessário fazer uma alteração em sua fonte, porque em 110V o tipo de fonte usado (transformerless) só consegue fornecer metade da corrente que fornece em 220V. Mas eu testei o aparelho em 110V usando a saída de um estabilizador e além do PMM2010 operar normalmente a medição é igual à realizada em 220V.

Fiz o teste com uma CPU de PC (gabinete com tudo dentro), ligando a fonte ora em 220V direto na tomada da casa, ora em 110V na saída do estabilizador (com o PMM2010 intercalado). Nas duas medições os resultados foram os mesmos.

Operação

É preciso tomar cuidado com as tomadas frontais. Elas não passariam em nenhuma certificação de segurança. Os orifícios são muito largos e o metal está muito próximo. Eu mesmo por duas vezes desarmei o disjuntor da casa porque enquanto estava manuseando o plug do aparelho que ia ser medido deixei o pino de terra encostar no conector de fase do PMM2010. Se alguém me dissesse que isso podia acontecer eu diria “precisa ser muito descuidado”, mas depois de acontecer duas vezes comigo…

Em minha defesa eu só posso dizer que estava trabalhando embaixo da bancada e estava apertado (o cabo era curto) e pouco iluminado.

Para evitar que isso aconteça, conecte primeiro o aparelho a ser medido no PMM2010 e depois conecte o PMM2010 na tomada.

O botão SET pressionado por 5 segundos limpa a memória do aparelho. O botão do meio chama-se CTRL e não consegui descobrir para que serve. O botão da direita chama-se DISP e alterna entre os sete modos de exibição do display.

As leituras (não existe backlight)

[30/05/2010] As unidades vendidas com a marca DEBUY tem um backlight de LED azul.

1 Primeira leitura exibida, sempre ao energizar o aparelho.

Total de energia consumida desde o último reset (43.75kWh).

Protegido por EEPROM.

2
Valor da potência requerida pela carga. Meus testes indicam que é uma média dos últimos 15s. Neste modo o PMM2010 opera como wattímetro. O display mostra 0.22kW (220W).
3 Valor de pico da potência requerida desde o último reset. O display mostra 0.31kW (310W).

[30/05/2010] As unidades vendidas agora pela DX, com a marca DEBUY, não fazem mais esta medição.

Um dos pontos fracos desse aparelho é que pela falta da última casa decimal, sua resolução é de 10W. Todas as leituras de potência tem um erro possível de até +-5W. Assim a leitura exibida de 0.22kW (220W) pode significar na verdade qualquer coisa entre 0.215 e 0.224kW (215 e 224W). Para muitos casos isso é irrelevante, mas se você estiver querendo por exemplo medir qual o desperdício de energia que ocorre ao se usar um estabilizador versus plugar o PC direto na tomada, você pode não enxergar diferença nenhuma se esta for menor que 10W. [30/05/2010] As unidades vendidas agora pela DX, com a marca DEBUY, tem resolução de 1W.
4
É o valor da energia consumida no útimo intervalo completo de uma hora energizada. Por exemplo, Se o indicador de tempo estiver mostrando 157:32, o valor exibido aqui foi o total consumido entre 156:00 e 157:00. Está marcando zero ao lado porque a carga passou mais de uma hora desligada.

Protegido por EEPROM.

5
(kWh/dia). É o valor da energia consumida no último intervalo completo de 24H energizado. Por exemplo, se tiverem se passado 52:00 de operação, o valor exibido no display é o consumido entre 24:01 e 48:00. O consumido entre 48:01 até 52:00 está sendo acumulado para a próxima virada de 24H.

Protegido por EEPROM.

6
(kWh/mês). A julgar pelo que determinei para kWh/h e kWh/dia, deve ser o do último intervalo completo de um mês energizado. E não dos últimos 30 dias. Está marcando zero ao lado porque este medidor não completou ainda um mês ligado desde o último reset.

Protegido por EEPROM.

7
Total de tempo em que o PMM2010 esteve energizado. Note que isso não tem nada a ver com o tempo de operação da carga e um medidor conectado 24H só vai parar de contar caso falte energia. O limite teórico é de 10000 horas (>416 dias). No display, 630 horas e 52 minutos.

Protegido por EEPROM.

Interpretando os símbolos no display

Provavelmente, “por dia”
Por mês.
Aparece para as leituras 1, 4, 5 e 6. O que essas quatro leituras tem em comum é que mostram “consumo de energia”.
Perceba que este par de símbolos só é exibido para as leituras 2 e 3, então eu suponho que signifique algo como “valor instantâneo” ou “potência da carga”.
Este par de símbolos só é exibido para a leitura 3, então eu suponho que signifique algo como “valor de pico” ou “máximo”. O símbolo de baixo significa algo como “cabeça”.

Precisão

Medir corretamente consumo de energia elétrica não é algo simples e eu já comprei meu primeiro PMM2010 com um pé atrás, antecipando que ia ter que fazer um monte de testes antes de poder confiar nele. Minha confiança em sua precisão cresceu quando o desmontei, identifiquei o CI de medição e li seu datasheet, que detalha o método usado para calcular a potência. O PMM2010 mede energia ativa (real, medida em Watts), o mesmo tipo que é medido pelos medidores kWh residenciais no Brasil. Ele não mede a chamada potência aparente (medida em VA), mas isso é irrelevante para qualquer consumidor residencial.

Segundo a resolução 456 da ANEEL, A medição do fator de potência (FP) para consumidores do tipo B (isso inclui residências) é facultativa. Não é que seja proibida. A concessionária nem precisa instalar um medidor permanente, desde que determine o FP medindo por sete dias consecutivos. Assim sendo, legalmente pode existir alguma eventual exceção de residência que precise pagar por potência aparente, mas o custo de se medir e cobrar isso do consumidor de baixa potência em geral não vale a pena para a concessionária e eu não conheço nenhum caso onde isso ocorra.

Eu conectei um PMM2010 no circuito principal do meu apartamento (no momento eu jamais tenho uma carga maior que 2200W) por três meses e o resultado foi esse:

Após 2185h 36m (91 dias) energizado:

Medidor oficial: 695.3kWh

PMM2010: 679.74kWh

A diferença, em torno de 2,2%, embora maior que a precisão anunciada do produto (1%), ainda é aceitável. Até mesmo porque o próprio medidor oficial (eletromecânico) pode ter um erro. E não podemos esquecer que o PMM2010 é muito barato.

Mesmo que a carga total em sua residência seja maior que a máxima do PMM2010 você ainda pode usá-lo para aferir seu medidor oficial. Basta que você instale o PMM2010 no ponto apropriado e passe pelo menos algumas horas sem ligar suas cargas de maior consumo (ar condicionado, chuveiro elétrico, etc) e comparar a medição do PMM2010 com a medição oficial nesse período. Se sua casa é dividida em vários circuitos você pode instalar um PMM2010 em cada um deles e somar as medições.

Análise do circuito

O Filtro de EMI

[30/05/2010] As unidades vendidas agora pela DX, com a marca DEBUY, não tem mais esse capacitor.

O objetivo do capacitor de 10nF (0.01uF) entre fase e neutro é filtrar ruído originado fora (e antes) do medidor. Tenha em mente que um capacitor tem uma resistência (o termo correto nesse caso é reatância) que diminui à medida que a frequência aumenta. O valor é escolhido de forma que para a frequência da rede elétrica (50 ou 60Hz) a resistência seja elevada, mas para ruídos de alta frequência o capacitor aja como um curto-circuito.

O capacitor é da classe X2, que é uma classe específica para uso entre fase e neutro onde não se espera transientes de mais que 1.2KV (para mais que isso a classe X1 é usada).

Devido à presença deste capacitor e do capacitor da fonte transformerless (adiante), é normal que o PMM2010 fique morno mesmo sem carga alguma.

Observe também que o capacitor é marcado como “apenas” 275V quando a regra geral que um hobbysta de eletrônica conhece é usar sempre um com o dobro da voltagem que a “normal” do circuito. Essa regra não vale para capacitores classe X e a tensão marcada já é a tensão de operação. É normal ver capacitores desse tipo de “apenas” 250V na entrada da fonte de aparelhos fabricados para operação em 110-220V.

Se estivesse instalado em um filtro de linha você veria um resistor em paralelo com o capacitor (bleed resistor) para descarregá-lo e assim evitar que o usuário leve um choque ao tocar nos pinos do plug desconectado. Mas o próprio circuito do PMM2010 se encarrega disso.

MPX significa que o dielétrico é de filme de polipropileno metalizado (esse capacitor tem uma característica de auto-regeneração) e DAIN é o fabricante.

Referências: 1 e 2

Placa de Fonte e Medição

Eu tenho dois modelos. Em um deles a placa é revisão 2B (28/12/2007) e no outro é revisão 2E (15/08/2008).

Nas duas placas abaixo eu destaquei os componentes da fonte transformerless de 5V. O restante do circuito é todo dedicado à medição. Metade dos resistores SMD que você vê estão ligados em série e fazem parte do redutor de tensão que mede a tensão da rede. Como a fonte não tem transformador, o circuito inteiro dá choque e pode matar, não importando qual seja a tensão DC presente. Atenção redobrada é requerida na hora de fazer qualquer “hack”.

Abaixo, a placa 2B. As setas apontam onde estão as gambiarras, que não ficam muito claras na foto.

Abaixo, a placa 2E. A placa é um pouco maior, nenhuma gambiarra é visível e existe previsão para um novo CI. Pela disposição dos pinos e ligações, trata-se de um optotriac. E um de seus pinos está ligado ao pino do conector que na placa B1 não está conectado a nada. Pela forma como os componentes ausentes estão interconectados eu presumo que trata-se da parte de força de um circuito de timer, que desliga a carga depois de um tempo programado.

Acima, a placa 2B. Os dois capacitores SMD que você (quase não) vê no canto superior esquerdo (outra gambiarra) são C12 e C13 na placa 2E.
Não existe método direto de se medir potência elétrica. Sempre é necessário medir tensão e corrente (que também se mede indiretamente) e multiplicar esses valores. A medição de tensão no PMM2010 é feita por um looongo redutor de tensão com resistores SMD e a medição de corrente é feita no circuito destacado ao lado, que converte a corrente que passa pelo shunt em uma tensão proporcional.

A grande barra metálica é o shunt. É interessante notar que esse shunt é capaz de conduzir bem mais que 10A. O limite estabelecido para o PMM2010 pode ser devido ao resto das conexões, como as tomadas frontais folgadas. Talvez com um mínimo de modificações seja possível medir bem mais que 2200W com o aparelho, mas primeiro é preciso verificar se a 2200W o shunt já não entrega o máximo de tensão permitido pelo chip de medição. A calibração do medidor depende imensamente da integridade deste shunt.

A medição é baseada no chip ADE7755 (datasheet).

O ADE7755 permite diferentes configurações, mas da forma como está instalado no PMM2010 está sendo usada a máxima escala e a potência é transformada em um sinal de frequência de até 5.5kHz que está presente no pino CF do ADE7755. Eu não esbarrei ainda na parte do datasheet que explica a relação potência/frequência, mas supondo que seja de 1W para cada Hz, a máxima potência mensurável pelo PMM2010 seria de 5500W.

O sinal CF do chip está disponível em um dos pinos do conector P1. É possível usar um acoplador óptico para disponibilizar esse sinal fora do aparelho e fazer uma conexão com o computador. O datasheet não diz isso diretamente, mas dá uma dica de com fazer a interface na pagina 8, como mostra a figura ao lado.

É importante frisar que o uso do optoacoplador é essencial, pois do contrário a interface dará choque.

Conectar o PMM2010 a um computador traz os seguintes benefícios:

  • Não estar mais limitado à resolução de +-5W, que deve existir em função apenas do display;
  • Elaborar gráficos de consumo (para saber, por exemplo, em que horas ou dias se consome mais);
  • Implementar alarmes.

Tudo depende de se conseguir implementar um frequencímetro confiável no PC. Eu estou avaliando opções e o mais simples e desejável circuito usa a entrada LINE IN da placa de som (qualquer uma) e o resto depende de software. O problema é que não faço a menor idéia de como medir a frequência de um sinal na LINE IN usando delphi. Outras opções simples usam a porta paralela do PC, mas por usarem interrupções (IRQ) podem provocar uma carga excessiva (CPU constantemente a 100%) mesmo em PCs modernos.

Placa CPU

Por baixo da placa de medição/fonte, temos a placa CPU. Existem duas revisões: 1B (28/12/2007) e 1D (08/06/2008).

Acima, fotos da placa CPU 1B. Note que aparentemente o projetista da placa esqueceu que o circuito precisava de uma EEPROM, porque tiveram que fazer uma gambiarra para soldar o chip.

Abaixo, a CPU 1D. Não há mais gambiarras.

Através do cabo de 4 fios vem alimentação de 5V e a potência instantânea consumida codificada em frequência. A CPU se encarrega de manter o registro de quantas horas o aparelho permaneceu ligado, exibir os dados no display e armazenar na memória. A “CPU” propriamente dita (um microcontrolador) está debaixo da bolha de epoxi.

O chip visível é um ATMLH806 na placa 1B e ATMLH826 na placa 1D, que praticamente não existem para o google. Pela disposição e uso dos pinos dá para deduzir que seja uma memória eeprom I2C fisicamente compatível com a série AT24C da Atmel.

O propósito de J2 ainda é desconhecido, mas como na placa 1D ele claramente joga +5V para o microcontrolador através de R27 eu suponho que isso ative alguma função (o timer, talvez) ou mude algum parâmetro do medidor.

Cuidado para a estranha escolha de cores dos fios não confundir você:

  • Preto : +5V (1B) ou CF (1D);
  • Vermelho : CF (1B) ou +5V (1D);
  • Branco : 0V;
  • Amarelo : NC

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Philips CINEOS 29PT8422

Texto publicado em 14/08/2006 e atualizado em 10/03/2007

A imagem ao lado é mesma foto promocional da Philips que você vai encontrar na maioria dos sites de venda, exceto o Magazine Luiza (que costuma ter suas próprias fotos). Você não vai encontrar muitas fotos próprias do produto neste meu review porque a TV é pesada e sem pontos de apoio para uma pessoa sozinha carregar (a minha LG de 29″ eu carrego sozinho), por isso fica difícil colocar o produto em um local com iluminação favorável.

O produto à venda é ligeiramente diferente, com a palavra CINEOS do lado esquerdo e os logos HDTV e Virtual Dolby Surround do lado direito.

Clique na foto para ver em alta resolução (2196×1728)

Este review ainda é apenas um rascunho, mas mesmo na versão final não espere muita coisa pois existe pouca a coisa a dizer além do que já existe no manual. Uma TV costuma ser um produto muito menos complexo que um DivX player.

Esta TV também é conhecida no Brasil como 29PT8422/78. O designador “/78” em qualquer produto Philips apenas identifica que o aparelho é destinado à região que abrange o Brasil. Provavelmente a única diferença para qualquer outra 29PT8422 é a linguagem em que está impresso o manual e a existência de menus em Português. Esse esquema de diferenciação de aparelhos da Philips facilita muito a vida de quem procura informações sobre um determinado modelo na Internet.

E caso você não tenha notado ainda, o número 29 no início do código de modelo representa o tamanho da TV. Todas as TVs Philips seguem esse padrão.

Documentação Oficial

Minha primeira surpresa ocorreu logo ao desembalar o aparelho: Para que serve o conector branco, abaixo do conector da antena?

O Manual de Serviço esclarece que se trata de um porta de comunicação denominada ComPair para conexão da TV com um computador com o objetivo de diagnóstico e atualização do firmware.

Ao ligar a TV, fiquei preocupado. Além da baixa qualidade na imagem da TV aberta de que muitas pessoas reclamam na Internet (que parece ser um mal de todas as TVs HDTV CRT), me deparei com um evidente distorção de geometria no lado esquerdo, que provavelmente vai requerer um ajuste (acho que não vou conseguir capturar a distorção em fotos, porque o próprio posicionamento da câmera cria uma distorção).

Mas uma rápida pesquisa no Google (antes mesmo de obter o Manual de Serviço) me levou até à seqüencia para entrar no Modo de Serviço:

Com a TV ligada, digite [0][6][2][5][9][6][OSD]

A seguinte imagem aparecerá na tela:

É claro que o reflexo da minha câmera montada no tripé não vai aparecer na sua TV 😉

Eu ainda não sei mexer no SAM, mas estou aliviado por saber que não vou ter que transportar o monstrinho até uma Assistência Técnica para corrigir o problema. Falarei mais sobre o SAM da CINEOS em outra oportunidade, depois que tiver lido com atenção o Manual de Serviço.

Se você mexeu nos parâmetros e não sabe mais quais eram os valores corretos, este tópico do HTFORUM pode ajudar.

Neste outro tópico, temos a explicação do que significa cada valor na tela.

As conexões laterais:

HDTV

Embora a TV “aceite” um sinal 720P, ela faz a conversão automática para 1080I e sempre exibe a mensagem “1080I” na tela. Ou seja: se você alterna no DVD player entre 720P e 1080I, vai ver duas vezes a mensagem “1080I” na tela.

Outras impressões:

  • Do momento que você aperta o botão Power até o momento que aparece a imagem, passam-se cerca de 10 segundos. Dá impaciência;
  • A troca de canais (e entradas de vídeo) demora muito. Entre um e dois segundos. Isso é incômodo, principalmente quando se tem uma SONY WEGA para comparar que faz uma mudança quase instantânea;
  • Apesar do remoto ter uma tecla AV específica para alternar entre entradas de vídeo, quando você chega ao útimo (ou ao primeiro) canal os botões CH fazem com que você alterne também as entradas de vídeo. Isso é irritante, porque geralmente quando você chega ao último canal espera voltar ao primeiro (e vice versa). Esse problema somado à demora da troca de canais fica ainda pior;
  • A TV pisca de forma um tanto incômoda entre as seleções de canal ou de entradas de vídeo. Nunca vira outra TV fazer isto;
  • Você já teve uma placa de TV barata em seu computador e achou a imagem feia ou estranha quando em tela cheia? A imagem da CINEOS para TV aberta é semelhante;
  • O Progressive Scan faz uma diferença bem visível, mas eu ainda não sei o quão visível é para alguém que não está procurando por uma diferença. Porém, com o Progressive Scan desligado a TV parece pior que uma TV sem progresssive Scan. Os serrilhados nas bordas dos objetos ficam mais evidentes;
  • O controle remoto segue o mesmo padrão Philips usado nos DVD players da empresa. A única diferença para melhor é que neste os botões de volume e canal brilham no escuro;
Reviews Diversos

Sistemas de Controle Remoto AppSystem

Texto publicado em 17/03/2002Escrito originalmente para meu empregador.

Os sistemas de controle Remoto AppSystem são modernos, fáceis de configurar e instalar, equipados com microcontroladores (para controlar as funções dos receptores) e quase totalmente construídos com componentes SMD. Seu custo é bastante atraente e eles funcionam muito bem. Este texto tem o objetivo de familiarizá-lo com os modelos disponíveis, dando pequenas sugestões de utilização que podem servir de base para outras idéias. A maioria das informações contidas aqui foram obtidas nas minhas experiências, não estando contidas nos folhetos que acompanham o produto.

Transmissores

Só existe um modelo de transmissor, que funciona com qualquer um dos modelos de receptor. É alimentado por uma mini-bateria de 12V e não requer nenhum tipo de configuração para operar.

Para programar um receptor para que reconheça o sinal de um transmissor, basta colocar o receptor em modo de programação e apertar qualquer dos três botões do transmissor. O receptor “captura” o código enviado pelo transmissor, aprendendo a responder aos seus comandos. Você pode programar um receptor para responder a até 30 transmissores diferentes e ter um receptor do lado que ignore esses 30, mas responda a outros 30;

Existem três botões no transmissor que são utilizados de acordo com uma configuração feita no receptor, através de dois jumpers plásticos. O efeito da configuração é diferente em cada um dos três receptores

Receptores

APP48AU

  • Alimentação versátil – Tem seu próprio regulador de tensão, requerendo apenas um transformador de 24V para alimentá-lo, mas pode ser ligado diretamente a uma fonte CC de 12V. É o único da série com essa versatilidade;
  • Dotado de apenas um relé, que dá um pulso de curta duração quando o sinal do transmissor é recebido. O contato é NA, mas pode ser configurado para NF trocando um jumper de solda;
  • Se você mantiver o botão pressionado, o relé permanece fechado até você soltá-lo. Isso torna o APP48AU o mais adequado desta série para abertura variável de portões ou qualquer outra finalidade que solicite intervalos controlados de acionamento. O APP48AL pode ser usado para essa finalidade, mas você precisa comandar explicitamente o desligamento;
  • É o mais apropriado para comandar uma fechadura eletromagnética, pois estas fechaduras são projetadas para receber apenas um pulso de tensão na abertura. A aplicação prolongada de tensão pode queimar a bobina. Porém se você quiser comandar duas fechaduras, pode avaliar o APP48AP;

Modos de resposta aos botões do transmissor (a tecla “A” é a maior):

Modo 0:
Modo 1:
Modo 2:
Modo 3:
Tecla A – Sem função Tecla A – Relé Tecla A – Sem função Tecla A – Relé
Tecla B – Sem função Tecla B – Sem função Tecla B – Relé Tecla B – Relé
Tecla C – Relé Tecla C – Sem função Tecla C – Sem função Tecla C – Relé

APP48AL

  • Dotado de dois relés. O primeiro fecha seu contato ao receber um sinal de controle, só abrindo ao receber o sinal novamente. O segundo dá um pulso longo quando o primeiro relé fecha e três pulsos curtos quando este abre. A finalidade do primeiro relé é ligar e desligar um sistema de alarme, enquanto o segundo tem duas funções: ligado a uma sirene, dá um feedback ao usuário da ativação ou desativação do sistema e, se o usuário mantiver pressionado o botão “emergência/pânico” do trasmissor por mais de dois segundos vai ativar a sirene continuamente até que o botão seja pressionado novamente, ou após decorridos 1m20s;
  • Esse é o único modelo com relé que opera com retenção (mantém-se fechado até que se comande o desligamento.

Modos de resposta aos botões do transmissor (a tecla “A” é a maior):

Modo 0:
Modo 1:
Modo 2:
Modo 3:
Tecla A – Liga e Desliga Tecla A – Sem função Tecla A – Sem função Tecla A – Liga e desliga + Emergência*
Tecla B – Liga e Desliga Tecla B – Sem função Tecla B – Liga e desliga + Emergência* Tecla B – Sem função
Tecla C – Emergência* Tecla C – Liga e desliga + Emergência* Tecla C – Sem função Tecla C – Sem função

*A função Emergência requer que se mantenha a tecla pressionada por dois segundos;

No manual, os modos 1 e 3 são idênticos, mas a descrição do modo 1 foi impressa errado

APP48AP

  • Dotado de dois relés que podem ser controlados de forma independente ou simultaneamente. O primeiro relé dá um pulso de 2 segundos, enquanto o segundo dá um pulso mais breve. Esse tipo de operação é apropriado para uso em certas centrais de alarme, mas o receptor poderia ser aproveitado como uma forma econômica de comandar duas fechaduras eletromagnéticas. Note, porém, que você não tem como configurar um transmissor para operar apenas uma das fechaduras. Qualquer usuário de transmissor habilitado para esse receptor comanda ambas. Se precisar que seja de outra forma, precisará usar dois receptores APP48AU.
  • Não adianta manter o botão do transmissor pressionado. A temporização prevalece.
  • O relé principal vem configurado como NA e o auxiliar como NF, mas ambos podem ser reprogramados com jumpers de solda. É possível usar o contato reversível completo (NA e NF) em ambos os relés, mas isso exige uma “gambiarra”.

Modos de resposta aos botões do transmissor (a tecla “A” é a maior):

Modo 0:
Modo 1:
Modo 2:
Modo 3:
Tecla A – Sem função Tecla A – Relé Principal Tecla A – Relé Principal Tecla A – Relé Principal
Tecla B – Relé Principal Tecla B – Relé auxiliar Tecla B – Relé auxiliar Tecla B – Relé auxiliar
Tecla C – Relé auxiliar Tecla C – Sem função Tecla C – Ambos ao mesmo tempo Tecla C – Ambos ao mesmo tempo

Note que o modo 2 e o modo 3 são idênticos

Quando ambos os relés são acionados ao mesmo tempo, a diferença de temporização é anulada e ambos permanecem fechados por 2 segundos.

Por que alguns modos deixam até duas teclas sem função? Não é um desperdício?

Isso é feito para que você possa reservar teclas para ativar outro(s) receptor(es).

Por exemplo, digamos que você tenha um receptor APP48AP programado no modo um, deixando a tecla C sem função. Você pode instalar um receptor APP48AU dentro da mesma faixa de alcance do APP48AP e programá-lo no modo zero para que responda apenas à tecla C do mesmo transmissor. Com isso usando o mesmo transmissor você controla dois receptores e, no exemplo, três circuitos.

Nada impede, claro, que você use um único transmissor para comandar até três unidades APP48AL ou APP48AU, aproveitando o máximo da funcionalidade de cada uma delas.

E tenha em mente que se você tiver outros receptores fora do alcance dos primeiros, poderá comandá-los de forma independente também. Você pode, por exemplo, ter alarme e portão automático em casa e o mesmo transmissor pode comandar alarme e fechadura no seu escritório. as possibilidades são muitas.

Configuração de Modo de Operação do Receptor

Para fazer a configuração do modo em cada um dos receptores, pense em binário: o jumper da esquerda vale 1 e o da direita vale 2. Assim, sem jumpers o modo é zero e com os dois jumpers é três;

Custo do Sistema, conforme cotação em 21/09/2001 na Betatronic

Receptor APP48AU= R$ 29,00

Transmissor= R$10,00

Reviews Diversos

Câmera Digital TCE CD100


OBS:

Este texto é antigo e, como todos os meus outros textos antigos, só é mantido no ar porque pode ser útil para quem está avaliando material usado.

[Home page do fabricante][Download do driver]

[15/11/2004] Da última vez que olhei, os links da TCE para drivers não estavam funcionando mais.

Características principais:

  • Resolução: 480×360 pixels;
  • Armazena 64 fotos;
  • Possui temporizador de 10 segundos;
  • Flash embutido com disparo automático ou manual;
  • Possui um display colorido que serve como mira que permite saber exatamente o que vai sair na foto e observar as fotos que estão na memória. Mas não tem mira óptica e está sujeita aos problemas citados aqui
  • É possível apagar fotos que não se queira mais, na própria câmera;
  • Possui rosca para tripé;
  • Conecta-se ao computador através de qualquer porta serial disponível;
  • Foco fixo com posição macro (permite fotografar objetos a centímetros da máquina sem perder o foco);
  • Sensibilidade: ISO 200;
  • Alimentação: 4 pilhas alcalinas comuns tamanho AA (incluídas);
  • Tem saída de vídeo que permite ver as imagens em uma televisão ou gravar em vídeo cassete (NTSC).
  • Manual em português

O que vem na caixa:

  • Câmera CD 100
  • Bolsa para transporte no cinto;
  • Alça de transporte;
  • Adaptador serial DB9/DB25;
  • 4 pilhas alcalinas;
  • Fonte de alimentação externa automática (100 – 240V);
  • Cabo de ligação serial;
  • Cabo de vídeo;
  • CD com o software da câmera;
  • Manual em português

Necessidades mínimas

  • Windows 95;
  • 486DX ou superior;
  • 8MB de RAM.
  • Drive de CD ROM;
  • Monitor e placa de vídeo VGA;
  • Mouse ou outro dispositivo apontador;
  • Porta serial disponível.

Como se compara a outras câmeras (resumo):

PhotoPC 550

DC 20

CD 100

Capacidade máxima 24 fotos 16 fotos 64 fotos
Flash Não Não Sim
Fonte de alimentação Não (mas aceita) Não Sim
Aceita cartões de memória Sim Não Não
Interface twain Sim Sim Não/Sim *
Conexão de vídeo Não Não Sim
Adaptador e bolsa Não Não Sim
Tipo de bateria Comum alcalina AA Especial de 3V Comum alcalina AA
Tipo de mira Ótica Ótica Display LCD
Resolução 640×480 493×373 480×360

* As primeiras câmeras desse modelo comercializadas não tinham interface twain, obrigando o usuário a extrair as fotos usando o software da câmera, mas os lotes mais recentes vem com interface twain no CD.

Minha opinião

Eu gostei dessa câmera. Nem chega perto da Epson PhotoPC 700 em qualidade, mas sua relação custo/benefício (ela é BEM mais barata) me pareceu satisfatória. Leve em conta os problemas causados pela ausência de mira óptica.

[15/10/2004] Tenha em mente que este texto foi produzido em 2000! Hoje term muita câmera vagabunda no mercado que pode ser melhor que esta.

Atenção:

Eu não vendo ou represento esse produto; apenas dou minha opinião. Não desperdice o seu tempo e o meu me escrevendo para perguntar o preço ou onde posso encontrar isso ou aquilo. Este é um aviso desagradável mas necessário em vista da quantidade de e-mails descabidos que recebo. Agradeço a sua compreensão.

Reviews Diversos

Aterramento Eletrônico Protec Plus

[15/11/2004] Atenção: Embora este produto funcione, existem produtos similares e até mesmo outros modelos da Protec que são arapucas perigosas! Um exemplo é o Protec STD, que não dispõe dos recursos de segurança citados nessa minha análise.

Esse produto enquadra-se na categoria de “Terra Eletrônico”. Esse aparelho (e todos os outros de sua categoria) não substitui em 100% o aterramento convencional com haste. Deve ser usado apenas nas circunstâncias em que o aterramento convencional é muito difícil ou impraticável.

O que o produto tecnicamente faz é conectar o terminal de Terra do computador ao neutro (de uma forma segura, leia adiante) da alimentação. Essa é uma forma tecnicamente aceitável de aterramento mas que deve ser sempre a segunda opção comparada ao aterramento convencional em que uma haste de cobre é fincada no solo.

Um dos motivos pelos quais o aterramento pelo neutro não é aconselhado é porque se por algum motivo o neutro e o fase da alimentação da residência forem invertidos (acidente, eletricista incompetente, etc) todos os equipamentos aterrados dessa maneira passarão a estar conectados ao polo vivo (o fase) com consequências desastrosas (leia-se: mortais).

O Protec Plus, entretanto, usa um método engenhoso para se assegurar que tal inversão não afete o aparelho conectado a ele. Quando você conecta o Protec à tomada, precisa tocar um sensor que só permite a ativação se este estiver corretamente polarizado. Assim, se você ligá-lo invertido ou se alguém inverter fase com neutro ele não vai deixar passar alimentação para o aparelho conectado a ele até que você inverta também a posição do Protec.

Para os técnicos/hobbystas de eletrônica:

O circuito do Protec é selado, não permitindo o levantamento do diagrama, mas a idéia é simples de copiar e pode ser implementada até mesmo dentro de um estabilizador. O circuito transistorizado deve se basear na diferença de potencial entre o sensor e o solo (quando você toca nele) para saber se o Protec está corretamente polarizado. Se estiver, um relé é fechado conectando o Terra ao Neutro. Devem existir diversas maneiras (seguras e inseguras) de se implementar isso. Escolha a sua preferida 🙂

Uma vantagem adicional do uso do sensor é que caso falte energia, você precisa tocar o sensor para que o computador conectado ao Protec volte a receber alimentação. Isso é muito útil para proteger seu computador daquele “vai-e-vem” de energia elétrica que costuma acontecer de vez em quando. Logo quando a energia cair pela primeira vez, o Protec desliga e não liga enquanto você não toca no sensor. Nada de sair correndo pela casa para desligar o computador quando falta energia. Essa “vantagem” entretanto, pode ser um inconveniente para algumas pessoas e algumas aplicações.

O Protec pode ser usado com qualquer equipamento, além de computadores, que esteja dentro de sua faixa de potência (como fax, scanner, etc). Existem modelos para 220 e 110V e a potência máxima é de 2200W.

Conclusão: Não é dinheiro jogado fora, mas também não é nenhum milagre tecnológico. Use-o com cautela.