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Emuladores de Playstation 2

14/10/2006

A lista de compatibilidade do PCSx2 já inclui 381 títulos, incluindo Final Fantasy X, que são “jogáveis” (o site diz que FFX é “totalmente jogável”). Primeiro, certifique-se de que pode obter o BIOS (o único meio legal é extrair do seu próprio PS2), faça o download, verifique se sua máquina é compatível e se roda os seus games. Aqui tem um tutorial em Português de como fazer o bicho funcionar, mas não sei se o tutorial é bom, porque não testei ainda. O tutorial é para a versão 0.8. O tutorial em inglês está mais atualizado e é para a versão 0.9.1.

Pelo pouco que pude ver, mesmo para os jogos que rodam, ainda não é tão simples quanto usar os emuladores de PSONE;

21/07/2006

Faz tempo que não tenho mais o menor interesse neste assunto. A página permanece no ar por motivos históricos.

25/11/2005

  • Cinco anos e oito meses desde o lançamento do PS2 (04/03/2000)…
  • Três anos e sete meses desde a criação desta página…
  • Três anos e dois meses desde o primeiro e-mail de um “loser”…
  • Dois anos desde que o primeiro jogo de PS2 rodou em um PC…

…e, que eu saiba, ainda não existe um emulador de PS2 realmente útil, sendo o PCSx2 ainda a mais desenvolvida das “esperanças”.

E já estamos bem perto do lançamento do PS3.

10/01/2004

Finalmente é possível rodar um jogo (embora ruinzinho)!

Em 28/12/2003 saiu o anúncio de que o PCSx2 foi capaz de rodar o WTA Tour Tennis, tornando este o primeiro jogo 3D para PS2 que já rodou em um PC. Este é sem dúvida um avanço e torna o PCSx2 o primeiro “emulador de PS2 de verdade”, no meu conceito. Mas sem dúvida ainda há muito a fazer até que o PCSx2 seja capaz de rodar inteiramente um jogo como o FFX (Final Fantasy X) ou qualquer outro jogo mais complexo que um jogo de tênis 🙂

Esta página sempre falou que não existia nenhum emulador, porque nenhum jogo havia sido capz de rodar ainda. Esse anúncio muda quase tudo, tornando este meu texto de certa forma “obsoleto”, embora nenhum emulador de PS2 seja realmente útil ainda.

A partir deste ponto, segue a minha página inalterada, para que você possa ver o que escrevi antes de dezembro de 2003 sobre o assunto. É importante que você leia, principalmente por causa das minhas dicas para que você não rode um trojan ou vírus na sua máquina, mas esteja atento para o fato de que o anúncio de dezembro muda quase tudo!

———————Início da página ——————————–

Nota: No mundo dos Vídeo Games é comum abreviar Playstation 2 como “PS2”. Isso cria uma certa confusão quando se fala do vídeo game em um site voltado a computadores, porque aí PS2 é uma sigla para algo totalmente diferente. Apenas nesta página, considere que PS2 é a sigla de Playstation 2.

Nota (14/09/2002): Para minha surpresa, este meu texto provocou reações bem indignadas de alguns visitantes. Leia no fim da página a seção feedback!

Nota (10/08/2003): Para mim, para 99,99% do mundo e para 99,99999% das pessoas que acabam caindo nessa página, “emulador de PS2” é um programa onde se possa jogar os games do PS2 em um PC. Então, no que me diz respeito, qualquer coisa que ainda não seja capaz de rodar jogos não é um emulador: é apenas um projeto em andamento, que pode nem chegar a ser concluído. Uma “promessa”… e nada mais.

Nota (29/09/2003): Em algumas partes deste texto, você me verá usando o termo “otário” e outros adjetivos pouco agradáveis. Peço desculpas antecipadamente, pois meu texto original não tinha nada disto. Depois que tiver lido TODO o meu texto (incluindo a seção FEEDBACK), talvez você compreenda porque acabei adotando esses termos.

Foto do Playstation2

Se você quer rodar um jogo do PS2 no seu PC, esqueça a idéia. Isso ainda é impossível e vai ser impossível por muitos meses. Entretanto, você vai ouvir (ler) pessoas:

  • Dizendo que é possível sim! Até vão explicar o motivo! Estas dizem que não tem um emulador (motivos diversos), mas que é perfeitamente plausível que eles existam. É só procurar.
  • Dizendo que tem um emulador;
  • Dizendo que eu sou um idiota por achar que não é possível, , neste momento;
  • etc;

Vamos por partes:

Dizendo que eu sou um idiota por achar que não é possível, já, neste momento;

eu não acho. Eu sei!

Dizendo que tem um emulador;

Quem avisa amigo é, não rode nenhum “emulador de PS2” na sua máquina que você não tenha visto funcionando antes em outro computador (vai demorar bastante). Com “funcionando” eu quero dizer “rodando um jogo conhecido” e não “fingindo que funciona”.

Existem emuladores de PS2 circulando na internet que não passam de “pega-trouxas”. Um deles chega ao requinte de se chamar EKAF (que é falso em inglês -FAKE-, escrito de trás para frente). O autor deve rolar de rir ao ver as pessoas desesperadas tentando fazer um programa que é uma piada até no nome emular um poderosíssimo PS2. Tudo o que o programa faz é fingir que está carregando e apresentar uma mensagem de erro fazendo-o pensar que o problema está na sua máquina.

Outros programas não vão se limitar a ser uma piada. O autor, considerando que você é um trouxa mesmo e merece sofrer, pode acrescentar umas rotinas de apagamento para o seu HD. E isso é infinitamente mais fácil do que criar um emulador!

Para entender mais sobre essas “sacanagens”, leia meu texto sobre Cavalos de Tróia.

Nota (24/09/2003): Uma das mais recentes pragas da internet, o vírus SOBIG, ao perceber que o usuário que ele acabou de infectar usa o Kazaa ou outra rede de compartilhamento de arquivos, copia-se para o diretório compartilhado desse usuário renomeando-se com um dentre vários nomes de uma lista de nomes que seu criador sabe que despertam a cobiça dos incautos. Um desses nomes é justamente “PS2 emulator”. Você pega um “PS2 Emulator” no Kazaa e acaba infectado com o SOBIG.

Dizendo que é possível sim! Até vão explicar o motivo! Dizem que não tem um emulador (motivos diversos), mas que é perfeitamente plausível que eles existam. É só procurar!

O desenvolvimento de um emulador de vídeo-game é tarefa extremamente complexa.

Envolve entender como o vídeo game funciona nos seus mínimos detalhes e adaptar isso ao PC. As informações tem que ser obtidas por experimentação e engenharia reversa, porque a Sony não vai fornecê-las.

Envolve duplicar o funcionamento do BIOS do vídeo-game, preferencialmente sem copiá-lo. Embora “emular” um vídeo-game não seja necessáriamente ilegal, copiar o BIOS de um o é! Em muitas batalhas judiciais entre fabricante s de vídeo-games e desenvolvedores de emuladores, a briga acaba concentrada no “copiaram ou não o meu BIOS?”, porque é lá que está a “Propriedade Intelectual” do fabricante. O resto é “circuito” e os programadores dos emuladores não estão copiando os circuitos: estão emulando-os (isso não é ilegal e não deve vir a ser).

Por isso você não encontra uma imagem do BIOS de um vídeo-game em sites “sérios” de emulação e em muitos fóruns é proibido pedir ou dizer onde pode ser encontrada uma para download.

Nota Técnica: “Imagem do BIOS” não é uma foto dele. Nesse contexto, “Imagem” significa a cópia exata em arquivo do conteúdo de algo (poderia ser de um CD, de um disquete, etc).

Requer decriptografar DVDs feitos exclusivamente pela Sony.

Requer uma máquina poderosíssima, porque o vídeo-game não usa o mesmo tipo de processador que os PCs (nada de Intel ou AMD dentro da caixa) e traduzir a linguagem usada pelo processador do vídeo game para a linguagem entendida pelos processadores de PCs (x86) é algo que exige uma grande quantidade de processamento extra. Não se iluda com o poder de processamento de um Pentium4. Simplesmente ainda não é o suficiente.

O primeiro grupo que criou até agora (veja a data em que publiquei este texto!) algo “remotamente parecido” com um emulador de PS2, chamado de PCSx2, ainda está engatinhando no processo e não há como saber sequer se seu esforço é viável, já que eles ainda não colocaram jogo algum (confirmado em 12/08/2003) para funcionar. É importante salientar que Shadow (um dos programadores) “chuta” que será necessário ter uma máquina de 3GHz para a emulação funcionar satisfatoriamente do ponto de vista do usuário (o processador do PS2 é de meros 300Mhz);

Nota (24/09/2003): “Satisfatoriamente do Ponto de Vista do Usuário” significa um jogo “fluido”. Um usuário de planilha pode tolerar dar um clique no botão “Calcular” e ir tomar um cafezinho enquanto o computador faz as contas. Mas um usuário de jogos não quer apertar o botão de tiro e ver a bala sair um segundo depois, porque aí “Inês já Morreu”. Um programador tolera isso, porque seu objetivo primário é que funcione. Então um emulador pode funcionar satisfatóriamente “do ponto de vista do programador” e ainda assim não ser possível usá-lo para jogar de verdade.

Veja a entrevista completa com os programadores linuzappz e Shadow:

http://www.cenetworks.com/html/interviews/pcsx2_interview/

Nota (08/06/2003): Eu acabo de confirmar. Mais de um ano após eu ter escrito este texto, ainda NÃO EXISTE nenhum emulador (que rode jogos comerciais) para PS2. E ainda tem muito otário (aham… “ingênuo”) que passa horas desesperado tentando colocar os emuladores falsos para funcionar.

Nota (10/08/2003): Não adianta espernear, me xingar, prender a respiração e implorar pela mamadeira, pois isso não vai alterar a realidade: Nenhum “emulador de PS2” existente é capaz de rodar jogos ainda. Todos os downloads sérios estão lá só para que o público tenha uma idéia de como anda o projeto (valem como uma “prova” de que está havendo progresso). Os não-sérios provavelmente vão ferrar com a sua máquina, se você for otário (aham… “ingênuo”) o suficiente para rodá-los, mesmo depois de ter lido meus avisos.

Veja também (leia até o fim!):

http://www.unidev.com.br/forum/topic.asp?TOPIC_ID=1398

Trata-se de uma breve discussão, em português, entre ingênuos e não-ingênuos sobre emuladores inexistentes (incluindo o do Dreamcast, que também não existe ainda);

Nota (10/09/2004): Saiu o primeiro emulador de Dreamcast! chama-se Chankast ou simplesmente “Chanka”. E FUNCIONA!

Resumindo:

  • Não acredite em quem diz que tem um emulador de PS2 a não ser que você veja o emulador funcionando pessoalmente. É impressionante o número de pessoas (a maioria crianças, mas você não tem como distinguir uma criança de um adulto nos canais de IRC, principalmente quando o canal é sobre esse tipo de coisa) que você vai ouvir (ler) dizendo que tem um emulador de PS2;
  • Não teste um emulador que não tenha vindo de uma fonte extremamente confiável. Se foi o seu melhor amigo que te mandou, peça que ele jure que conseguiu jogar um programa comercial usando o emulador;
  • Não pegue um emulador de PS2 da máquina de alguém pelo Kazaa/emule/shareazza. Tem 99% de chances de ser uma armadilha (cavalo de tróia ou vírus);

FEEDBACK

The Ugly…

Para minha surpresa, este meu texto provocou a ira de alguns indivíduos. O engraçado é ver como eles só conseguem confirmar tudo o que eu disse até agora:


Mensagem recebida

De: “Luke Star” <*******@hotmail.com>
Assunto: !!!URGENTE!!!!
Data: sábado, 14 de setembro de 2002 14:22

o que você falou da emulação do playtation 2,
é a mesma babaquisse que falaram do playstation 1,
e hoje já tem muitos emuladores para playstation 1,
e para o 2 não vai demorar muito!
Lamento por seu conhecimento ser tão reprimido,
Ou vc é algum lamer ou trabalha para empresa fabricante
dos ps2, é um absurdo pagar mais de 300 reais num
video game….só compra quem quer gastar dinheiro atoa…


Comentário

HAHAHAHAHAHAHAHA!

Desculpem , mas não posso levar muito a sério quem me escreve usando pseudônimo, usando uma conta de e-mail free, me chamando de babaca e demonstrando total desconhecimento do assunto que acredita dominar.

Vejam a minha resposta oficial para ele:


Resposta

Olá,

Você leu o meu texto?

Eu disse em algum lugar que a emulação é impossível?

Não!

Eu disse que *ainda* não existem emuladores para o playstation 2. E expliquei porque não é tão simples assim construir um. Afinal, muita gente acha que basta um video-game novo ser lançado na praça para na semana seguinte existir um emulador para ele!

Eu sou programador e técnico em eletrônica. Conheço o problema por dois ângulos diferentes. Me apresente suas credenciais a respeito. Me mostre o que você sabe da arquitetura interna do Playstation2, o que você entende de processamento de vídeo e áudio, o que você entende de criptografia, o que você entende sobre renderização em 3D e aí nós poderemos começar a conversar sobre o assunto.

Do meu ponto de vista, o lamer é você.

Que idade você tem? quinze?

Tsc, tsc…


Comentário

Aproveitando a mensagem dele, eu gostaria de dizer que não acho tão absurdo assim o preço do PS2. Eu até pensaria em pagar os R$ 1000,00 que ele custa (até mesmo porque, lembrem-se, o PS2 também é um DVD player) se os jogos originais custassem algo em torno do que custa um CD de música. O que me assusta em um vídeo-game é o preço do jogos!

O que você prefere: Um video-game cujo console custa R$ 300 e cada bom jogo custa R$ 300 ou um outro (que não existe) cujo console custa R$ 1000 mas os bons jogos (originais) podem ser adquiridos por R$ 10?


Comentário (29/09/2003)

Apesar de ser programador e eletrônico, não estou nem de longe capacitado para criar um emulador, ou para discutir com os criadores de um. Mas tenho conhecimento suficiente nas duas áreas para separar o que é possível do que é “conversa fiada”. O que quis dizer com minha resposta é que, se você não é nem programador, nem técnico em eletrônica, não espere entender a complexidade da emulação de um vídeo-game o suficiente para dizer que estou errado!


Atenção!
Linguagem de baixo calão adiante!

Mensagem recebida

From: “dorianyates” <xxxxxxxxxx@bol.com.br>
Sent: Saturday, August 09, 2003 10:42 AM

Ola, gostaria de ver no seu site esse link: www.ngemu.com Esse link mostra as ultimas novidades e oque esta sendo feito em respeito aos emuladores.

EMULADORES DE PLAYSTATION 2 EXISTEM SIM SEU PAU NO CU MAS NAO ESTAO FINALIZADOS…ELES TEM MUITOS BUGS AINDA

É mais facil colocar esse link doque ficar falando um monte de merda …pentium 4 nao vai rodar? quem disse que é só processador que manda? Pegue as configuracoes do ps1 e compare com o pc… agora pegue a do ps2 e calcule quanto deveria ser a do pc agora, é simples…Creio que meu P4 – 2.5Ghz oc … 1 giga de ram ddr333mhz e a placa geforce 2 mx400 vai rodar perfeitamente o PS2 e isso que eu tenho daqui a 1 ano vai estar custando preco de banana…alias essas memorias ja abaixaram e muito o preco. É bom voce atualizar o seu site diariamente pois quando eu pegar (se eu tiver vontade e tempo) o emulador do ps2 e rodar algum jogo vou esfregar na sua cara…a nao ser que seu site esteja atualizado Nao esqueca de colocar o link…com certeza vai ser melhor doque voce ficar atualizando. www.ngemu.com
www.ngemu.com


Comentário

BEM… Eu não respondi esse e-mail, mas achei importante publicá-lo na íntegra para chamar a atenção de vocês para algumas coisas:

1)Percebem o tipo de gente com que tenho que lidar? Meu site é de Utilidade Pública. Está no ar para ajudar pessoas. Não cobro nada por isso e não ganho nada (financeiramente) com isso. Eu adoraria abrir minha caixa postal pela manhã e encontrar mensagens bem mais “positivas” que esta, mas…

2)Percebem a “determinação” com que o indivíduo defende a existência do que não existe? Você vai se deparar com indivíduos assim por toda a parte na Internet (na vida “comum” também!). Falam com tanta convicção que você realmente acredita em suas palavras. E, quando são confrontados com a verdade, debatem-se furiosamente como crianças mimadas que estão sendo contrariadas em algo.

Estas pessoas não são necessáriamente crianças (na idade). Já tive o desprazer de enfrentar indivíduos dessa extirpe que eram dez anos mais velhos que eu!

Vamos analisar agora o texto do indivíduo:

quote:
Ola, gostaria de ver no seu site esse link: www.ngemu.com Esse link mostra as ultimas novidades e oque esta sendo feito em respeito aos emuladores.

Até aí, nada de mais. Mensagem civilizada e informativa.

quote:
EMULADORES DE PLAYSTATION 2 EXISTEM SIM SEU PAU NO CU

Ouch!… Levei um susto quando me deparei com isto, embora eu já devesse estar acostumado (com o texto, espertinho! 🙂 ).

quote:
MAS NAO ESTAO FINALIZADOS…ELES TEM MUITOS BUGS AINDA

Essa frase mostra um conceito completamente equivocado de “bug”. Bug é o nome que se dá à falha do software que ocorre mediante uma situação que não foi prevista pelo programador, quer seja porque o usuário tem uma combinação de hardware e software inesperada ou porque o usuário fez algo que o programador não antecipou. Mas isso quer dizer que o software funciona pelo menos no computador de quem o criou!

Um Editor de textos que não edita textos em computador nenhum, não tem “bugs”: Ele simplesmente não é um editor de textos. Ele será, quando for capaz de editar um texto. Este é um conceito simples de entender.

No caso dos “emuladores de PS2”, o problema deles não é que funcionem mal, pois ainda falta muita coisa a fazer para que sequer eles funcionem mal! Dizer que um dos atuais “emuladores de PS2” tem bugs é o mesmo que dizer que um carro sem rodas e sem motor não anda porque tem muitos “defeitos” ainda.

quote:
É mais facil colocar esse link doque ficar falando um monte de merda

De novo…

quote:
…pentium 4 nao vai rodar?

Eu falei em algum lugar que não? Não misturem o que digo que é verdade HOJE com o que será verdade AMANHÃ.

quote:
quem disse que é só processador que manda?

Também não disse isso.

quote:
Pegue as configuracoes do ps1 e compare com o pc…

E daí? As necessidades do PS1 eram as necessidades do PS1.

quote:
agora pegue a do ps2 e calcule quanto deveria ser a do pc agora, é simples…Creio que meu P4 – 2.5Ghz oc … 1 giga de ram ddr333mhz e a placa geforce 2 mx400 vai rodar perfeitamente o PS2

Aham… típico exibicionismo infantil. Tem uma máquina poderosa e acha que é “o tampa” por isso. Mas acho que não custa lembrar você, que está me lendo agora, que foi o próprio Shadow, da equipe do PCsX2 (veja a entrevista), que chutou a necessidade de um processador de 3GHz. Talvez nosso amigo queira ser mais sabido que um dos programadores do PCsX2, não é?

quote:
e isso que eu tenho daqui a 1 ano vai estar custando preco de banana…alias essas memorias ja abaixaram e muito o preco.

E daí? Daqui a um ano o pessoal já vai estar desesperado querendo o emulador do PS3 (ou qualquer que seja o nome do novo projeto da Sony)

quote:
É bom voce atualizar o seu site diariamente pois quando eu pegar (se eu tiver vontade e tempo) o emulador do ps2 e rodar algum jogo

Tenha santa paciência… QUANDO ele pegar? Então ele me manda uma mensagem malcriada destas e ainda não tem um emulador funcionando em casa?

quote:
vou esfregar na sua cara…a nao ser que seu site esteja atualizado

O que é que ele ganha com isso? O que ele quer provar? Que eu VOU ESTAR ERRADO daqui a alguns meses? Isso é ridículo.

quote:
Nao esqueca de colocar o link…com certeza vai ser melhor doque voce ficar atualizando.

www.ngemu.com
www.ngemu.com

Em toda a mensagem, só o que se salva é o primeiro parágrafo e o último. A propósito, NGEMU.COM não é o melhor site sobre emuladores que existe, está em inglês (a maioria das pessoas que cai aqui no meu site não deve estar interessada em sites da língua inglesa) e não deixa claro, como eu estou fazendo, que os emuladores não funcionam. Pelo contrário, ngemu.com é bastante hostil com o usuário que ainda não foi apresentado à chamada “emulation scene”.

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Cavalos de Tróia (Trojan Horses)

Nota (01/09/2004):Remover um Cavalo de Tróia é tarefa difícil. Muitas vezes o anti-virus até consegue identificá-lo, mas é incapaz de removê-lo. Não me peça ajuda para remover o Cavalo de Tróia que está no seu micro, porque o procedimento de identificação e remoção pode ser tediosamente demorado e complexo até quando se está na frente da máquina e fica muito mais difícil quando você está orientando uma pessoa por e-mail ou telefone. Eu removo Cavalos de Tróia com frequencia das máquinas de meus amigos e de meus clientes, mas eu tenho que ter acesso à máquina para fazer isso. É preciso fazer buscas no HD, procurando por padrões de comportamento. É preciso prestar atenção às reações do parasita às suas tentativas de removê-lo, etc.

Existem ferramentas especializadas na identificação e remoção de Cavalos de Tróia que você pode tentar, como o Adaware, o Spybot – Search and Destroy e o Trojan Defense Suite. Eu não uso nenhum deles, porque nos testes que fiz achei os dois primeiros exageradamente paranóicos e o terceiro “fresco” demais, mas você pode tentar…

Nota (08/06/2003): Estamos em 2003. Muita coisa se modernizou na Informática e os autores de vírus estão cada vez mais espertos, mas os programas anti-virus continuam tão burros como sempre foram. Todos os anti-virus populares ainda são incapazes de perceber a atividade de um vírus que eles ainda não conhecem.

Nota (10/07/2003): Se você já recebeu em seu e-mail uma das seguintes mensagens:

  • do Banco do Brasil ou do Itaú, afirmando que você precisava baixar um programa de cadastro para atualizar seus dados cadastrais no banco;
  • da Rede Globo, dizendo que você foi escolhido para o Big Brother Brasil, mas que precisa instalar um formulário no seu micro para preencher e enviar para emissora;
  • Cartão Virtual de alguém que você desconhece, que precisa ser baixado e rodado no seu computador;
  • Do Serasa, dizendo que você está em débito e que precisa baixar um “relatório” da sua dívida;

Você recebeu um convite para instalar um Cavalo de Tróia em sua máquina. Se você baixou e rodou um desses programas confiando que seu anti-virus o avisaria se fosse malicioso, lamento, mas você se enganou.


Vou discutir aqui um risco que é real, como o risco que você corre de ser assaltado voltando para casa à noite. Mas não significa que você VAI ser assaltado SEMPRE que voltar para casa à noite. Não é nenhuma calamidade, nem há uma epidemia de programadores maliciosos à espreita. Use seu bom senso para discernir.

Meses antes do lançamento do Windows 95. Correu um boato de que a Microsoft havia programado a nova versão do Windows para enviar informações sobre o computador onde estava instalada, via Internet. A gritaria foi geral e a Microsoft acabou confirmando ser verdade. Até onde sei, a empresa removeu essa “característica” do Windows 95.

Algum tempo depois , a Blizzard entertainment, produtora de sucessos como Diablo e Warcraft, foi processada por coletar furtivamente informações em computadores de usuários conectados ao seu serviço on-line “battle.net”.

Vírus X Cavalo-de-Tróia – Qual você mais teme?

A maioria das pessoas envolvidas de uma forma ou outra com informática já se deparou com o conceito de vírus de computador, mas é difícil encontrar alguém que saiba o que é um cavalo-de-tróia e o que ele representa para a segurança de seu sistema.

O conceito de Virus

Vírus de computador (daqui em diante chamarei apenas de vírus) tem esse nome porque à semelhança de seu xará orgânico ele tem a capacidade de se multiplicar em um organismo hospedeiro e infectar outros organismos semelhantes. Ao contrário do seu xará que ataca humanos e animais, ele tem um objetivo que foi definido pela mente obscura de quem o criou.

Apesar de potencialmente perigosos, os vírus podem ser detectados com certa facilidade justamente devido à sua característica mais marcante: ele precisa se espalhar para fazer o que foi programado para fazer. O vírus toma o controle do computador onde se instalou e para fazer isso sem ser percebido pelo usuário ele usa padrões de comportamento e trechos de código que são do conhecimento dos programas anti-vírus. O programa anti-vírus procura por esse padrões e achando-os pode ter uma razoável certeza de que existe um vírus no sistema.

Após saber que há um vírus, o anti-vírus analisa seu código e o compara a um banco de dados com informações sobre vírus conhecidos. Quando o padrão de um vírus confere com o código encontrado no computador o anti-vírus sabe com que vírus está lidando e (geralmente) como removê-lo.

O que isto tudo tem a ver com estória sobre a Microsoft? Paciência, eu vou esclarecer.

Assim como o seu xará, o vírus de computador pode ser evitado quando o usuário toma certas precauções, como usar sempre software original (não pirateado), evitar grupos de risco (outros usuários que não tomam precauções) e sempre testar (vacinar) toda a mídia que vem de fora de seu ambiente (disquetes, CDs, Zip Disks, etc).

Nada disso funciona contra um Cavalo de Tróia.

É hora de exercitar sua paranóia

Os gregos conseguiram invadir a cidadela troiana presenteando seus incautos inimigos com um enorme cavalo de madeira (cheinho de soldados gregos). O Cavalo de Tróia da Informática é um programa que foi programado para fazer coisas que você desconhece e geralmente não deseja, sem a sua permissão ou o seu conhecimento.

Veja o exemplo da Microsoft. Se essa característica permanecesse fora do conhecimento do grande público, seria o maior exemplo de cavalo troiano do mundo. Quem era contrário à idéia da Microsoft alegava entre outras coisas que seria muito fácil para o Windows95 descobrir que estava instalado em um computador usado para desenvolvimento de aplicações, por exemplo, e enviar sorrateiramente os códigos-fonte para a Microsoft, que poderia então “apossar-se” das idéias de outros desenvolvedores rapidamente.

Está respirando aliviado pela Microsoft ter voltado atrás? Continue lendo…

Cavalos troianos como o da Microsoft são quase indetectáveis. Se você já se acostumou com o fato de que de vez em quando o seu winchester começa a trabalhar feito louco e você não faz a menor idéia do que ele esta fazendo e acaba ignorando como sendo mais uma “esquisitice” do sistema, você (como eu) é a vítima perfeita para um cavalo de Tróia.

Vejamos mais exemplos:

Caso 1

Um certo programa destinado à extração digital de áudio (uma técnica para copiar digitalmente um CD de música para o HD) foi distribuído como shareware na Internet. Um grupo de piratas criou um “crack” para o programa que removia certas limitações que a versão shareware tinha. Não levou muito tempo para usuários começarem a mandar e-mail para o autor do programa reclamando que sempre que faziam uma extração, surgiam “clicks” esporádicos na música extraída que a estragavam. O autor revelou então que seu programa foi protegido contra tentativas de pirataria dessa forma. Quando o programa detectava que seu código tinha sido alterado, continuava funcionando, mas incluía os “clicks” sorrateiros em todo trabalho realizado. O autor completou sua explanação com: “eu tive a minha vingança!”.

Curiosidade (31/07/2003): Texto exibido pelo programa Wolfenstein 3D (cuja popularidade abriu caminhos para os megasucessos DOOM e QUAKE), ao encerrar:

Obrigado por Jogar
Wolfenstein 3-D
By ID Software

Esperamos que esta seja sua cópia registrada de Wolfenstein 3-D.

Se não é, então temos um problema. Nós precisamos que você chame a Apogee e se registre. Senão, bem, é engraçado como discos rígidos podem ser –sabe como é– apagados e coisas assim.

Eu seria registrado, se fosse você.

___________________________________________Os caras da ID

Caso 2

Uma versão pirata do 3D Studio MAX (um caríssimo programa para criação em três dimensões) tinha a curiosa característica de ao detectar que a máquina onde foi instalado tem o acesso dial-up do windows 95 instalado, tentar efetuar uma conexão sorrateira à Internet. A conexão falhava e a rede dial-up avisava o usuário, denunciando as intenções do programa. Uma manobra tola porque bastaria ele aguardar que o usuário efetuasse uma conexão espontânea à Internet para permanecer indetectado. O que o 3DS MAX queria conectando-se à Internet? Eu deixo para a sua imaginação.

Caso 3

Recentemente, fazendo uma pesquisa pelo Altavista, eu me deparei com a peculiar descrição:

132. NT FAQ ……..
[Illegal Copy of Namo WebEditor]
URL: myhome.netsgo.com/deangel/faq4.html
Last modified 20-Jul-98 – page size 81K – in Korean (KSC)

Eu carreguei a página e havia o seguinte no código fonte:

<head>
<title>NT FAQ ÀÎÅͳÝÆí</title>
<meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1">
<meta name="Template" content="D:\Microsoft Office\Office\html.dot">
<meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=EUC-KR">
<meta name="author" content="¿À¼º¹Î">
<meta name="description" content="[Illegal Copy of Namo WebEditor] ">
<meta name="GENERATOR" content="Namo WebEditor v2.00">
</head>

Para os não-familiarizados com código HTML, o meta-campo “description” é normalmente usado para dizer aos sistemas de busca como o AltaVista do que a página trata. O Namo Webeditor aproveitou essa característica para “denunciar” a utilização ilegal de cópias do software. Tudo o que o desenvolvedor precisa fazer é dar uma busca no Altavista para encontrar vários (obviamente não é possivel pegar todos) usuários ilegais do seu programa.

Não é tarefa fácil, eu fiz uma busca específica para “Illegal Copy of Namo WebEditor” e o Altavista me informou que haviam 33890 ocorrências. Mas não é necessário ir atrás de todas. O desenvolvedor vai procurar os sites que pareçam mais “rentáveis” para processar (sites muito visitados e/ou patrocinados). Imagine o problema para a empresa cujo site está sendo produzido por vários funcionários, sem um controle centralizado do que eles estão fazendo.

Nos dois primeiros casos, vale ressaltar que os programas foram alterados para burlar a proteção anti-cópia. Fazer uma cópia integral do CD ou disquete do software com o objetivo de proteger seu investimento não o torna um alvo desse tipo de “vingança” do desenvolvedor. Além do mais, a maioria dos desenvolvedores avisa que alterações em seu produto são expressamente proibidas. No terceiro caso, é bem provável que o Namo WebEditor seja um programa shareware e esteja sendo usado além do prazo máximo do desenvolvedor para “pagar ou deixar de usar”.

Ainda não cheguei aonde eu queria. Quando você altera um software ou o adquire alterado você está procurando por problemas. Minha legítima descrição de um Cavalo de Tróia vem aí.

Os casos mais conhecidos de Cavalo de Tróia envolvem o Back Orifice e o Netbus. Que embora perigosos e muito bem bolados, são fáceis de detectar. Apenas a ponta do Iceberg no cenário de Trojan Horses

Upa, upa, cavalinho…

Sempre foi possível, sem recorrer à pirataria, conseguir software grátis para uso em seu computador. Dezenas de milhares de programadores em todo o mundo escrevem pequenos e grandes programas de todos os tipos e finalidades e os distribuem on-line. Alguns desses programadores pedem que se você gostar do programa pague por ele, mas alguns simplesmente os dão de graça, quer seja por que querem tornar-se conhecidos ou por que escreveram um programa interessante para uso particular e não veêm motivo para não compartilha-lo com o mundo. Muitos desses programadores já tem uma fonte de renda, por isso não preocupam-se em cobrar.

Você mesmo deve ter nesse momento um programa desse tipo em seu computador.

Imagine então os diversos cenários possíveis:

Você está usando um programa shareware e passou do prazo estipulado pelo programa para “pagar ou deixar de usar”. O programa sabe contar os dias e muitos deles param de funcionar depois do prazo. Mas e os que não param? Lembra dos “cliques” e da “vingança”?

Você está usando um programa que tem acesso às suas senhas. Um programa de FTP, Telnet, etc. Até mesmo um programa gerenciador de senhas, como o distribuído pela Ziff Davis. Esse programa tem logins e senhas seus que você forneceu espontaneamente. E se a intenção do programador ao distribuir o programa foi justamente obter senhas de acesso? Programas de uso local em estações que ficam eletronicamente isoladas do resto do mundo não oferecem perigo. Mas e os programas que você usa justamente para acesso ao mundo como FTP e Telnet? O que os impede de mandar cópias de suas senhas para outros destinos enquanto você os está usando?

Nota: Quando escrevi este texto, eu não conhecia nenhum programa que efetivamente abusasse de sua confiança dessa forma, mas em março de 1999 foi descoberto que o programa Promail, distribuído em diversos sites de shareware na Internet, sorrateiramente envia suas senhas de acesso às suas contas para uma conta de e-mail (naggamanteh@usa.net). Promail é um programa gratuito escrito em Delphi, com o objetivo de ajudar um usuário com múltiplas contas de e-mail a gerenciar todas elas. O programa realmente faz tudo o que se propõe a fazer, por isso não levanta suspeitas, mas envia todas as suas senhas para alguém, sem seu conhecimento.
Nota (07/04/2002): Um firewall pode ser mais eficiente para livrá-lo de cavalos de tróia do que um anti-virus. Estou usando um firewall chamado atguard (talvez você não consiga encontrá-lo porque ele deixou de ser produzido em 99 e comprado pela Symantec que conseguiu torná-lo inseguro) e, todas as vezes que ele detecta uma aplicação externa tentando se comunicar com o meu computador, ou uma aplicação no meu computador tentando se comunicar com o mundo exterior, me avisa, dizendo o nome da aplicação, com que endereço ele está tentando se comunicar e através de que serviço. De posse das informações eu decido se autorizo ou não a comunicação. Um cavalo de tróia pode ser detectado desta maneira e eu mesmo já “cortei a boquinha” de algumas aplicações em meu sistema.

Porém, para quem está acostumado com a facilidade de uso de um anti-virus, (você geralmente não precisa configurar nada) um firewall é um pé no saco. Você tem que estar disposto(a) a responder todas as suas perguntas e terá que tomar várias decisões baseadas em “chute” (eu tomei muitas), principalmente se você também estiver conectado a uma rede local. O firewall que não pergunta nada a você geralmente não merece confiança.

O trabalho adicional, entretanto, vale a pena.

Um programa conhecido pode ser adulterado propositalmente e espalhado pela Internet. Imagine o Quake 2, por exemplo. Um jogo aguardado por muitos meses. Alguém poderia pegar uma cópia do demo quando fosse lançada, alterá-la para fazer algo malicioso e passá-la à frente. Você nunca iria saber o que o atingiu. Isso já aconteceu com programas como o ARJ, o ARC e inúmeros outros programas populares distribuídos pela Internet.

Nota (07/04/2002): Hoje em dia é muito, mas muito fácil mesmo “anexar” a um programa um outro programa malicioso. De posse de ferramentas simples alguém pode pegar um aplicativo, driver, jogo, emulador, etc, anexar um programa que ele mesmo criou ou de terceiros e atingir muita gente com ele. Quando você clicar no programa, os dois serão executados (o que você queria e o embutido). O conhecimento necessário para fazer essa fusão não é trivial, mas como hoje existem ferramentas hacker que fazem isso por você, qualquer idiota pode criar um cavalo de tróia. Eu testei isso e o resultado é surpreendente.

Um anti-virus atualizado talvez possa detectar o uso da técnica, se ele conhecer a ferramenta que fez o trabalho. A ferramenta que estou testando hoje para embasar minhas conclusões não é detectada pelo meu anti-virus (e olha que ela foi criada em 05/2000. Muito velha!).

A única recomendação que posso dar nesse caso é que se você puder escolher entre baixar o programa de um site conhecido ou pegá-lo de terceiros (amigos ou não), escolha a primeira alternativa.

Algum tempo atrás, quando eu ainda tinha tempo para leituras não-técnicas, eu li um livro de Stephen King (o mestre do horror) chamado “A hora do vampiro” (tradução oportunista do título original: Salem’s Lot). Na estória, os vampiros não podem entrar em sua casa sem que você os convide. Mas eles podem hipnotizar você para conseguir a permissão. O que isso tem a ver? Continue lendo…

Não é fácil escrever um vírus. Quem os cria detém um invejável conhecimento do funcionamento de um computador e usa linguagens de programação que são grego puro para os demais mortais.

Nota (10/04/2002): Isto era verdade quando escrevi este texto, mas os novos vírus baseados em Windows que se aproveitam de vulnerabilidades/burradas da Microsoft podem ser escritos facilmente em linguagens de alto nível. O Sircam, por exemplo, é um vírus bem eficiente que foi escrito em Delphi. Se você estiver usando um sistema não tão vulnerável como o DOS ou o Linux, minha afirmação continuará valendo.

Mas os cavalos de tróia podem ser escritos por *qualquer* mente maliciosa que conheça *qualquer* linguagem de programação. Cavalos de Tróia podem ser produzidos em Clipper, Delphi, Visual Basic, Cobol… Qualquer linguagem!

Nota (10/04/2002): E para *qualquer* sistema operacional.

É claro que dá trabalho escrever uma aplicação útil para esconder um código malicioso, então alguns tomam um atalho. Escrevem um código que não tem mais nada além de um formatador de HD, por exemplo, e colocam à disposição na Internet em um site muito visitado afirmando ser um super-hiper-ultra programa que faz alguma coisa mirabolantemente fantástica. Acredite, muita gente ainda não desconfia do que “é muito bom para ser verdade” e se deixa “hipnotizar” (entendeu agora?). Trazem esse programa para seus computadores e o executam. ZAPT. Até que se descubra a verdadeira intenção do programa e alguém o retire “do ar”, muito estrago foi feito.

Não estou conjeturando, isso já aconteceu!

Nota (31/07/2003): Com a popularização de ferramentas de compartilhamento anônimo de arquivos como o KAZAA, usuários desavisados estão realmente à mercê de maliciosos e bandidos. Se você já baixou um filme ou MP3 pelo Kazaa pensando que era um e na verdade era outro, pode imaginar: por que não estariam fazendo o mesmo com executáveis?

Com certeza estão!

Não pegue programas no Kazaa. Como você não tem como rastrear o usuário que forneceu o arquivo, ele se vale do anonimato para aprontar o que quiser. Você pode acabar pegando um programa que roube suas senhas bancárias, exponha seus arquivos sigilosos ou formate seu HD.

Lembre-se: Anti-Virus NÃO DETECTA cavalos-de-tróia, a não ser que eles sejam CONHECIDOS!

Tenha em mente que ter seu HD formatado não é a pior coisa que um Cavalo de Tróia pode fazer. Ele pode também localizar suas planilhas (como as do Excel) e trocar aleatoriamente um único número em um único campo. Se essa planilha for a folha de pagamento da sua empresa e dependendo dos procedimentos de conferência que você adota, você pode estar mais ou menos encrencado. E, com o mundo todo conectado à Internet, você pode acabar instalando um programa que monitora seu acesso ao site do seu banco e roube suas senhas!

Uma variação interessante dessa “ingenuidade” eu ouvi com freqüência. Tinha gente que jurava de pés juntos para mim que estva usando o “Windows 97”. Eu já discuti muito isso mas cansei e agora me limito a balançar a cabeça em concordância e sorrir. Qualquer pessoa que se informe sabe que o Windows 97 nunca existiu. A pessoa que “cai numa dessas”, engole qualquer Cavalo de Tróia.

Conheço uma atualização para o “Windows 96” (outra coisa que nunca existiu) que circulou pela Internet anos atrás. Fui conferir se não era o Service Pack 1 (uma atualização legítima do Windows 95) e não era. O programa tinha até um arquivo com extensão .CAB típica de produtos Microsoft, mas era falso e não foi reconhecido pelo utilitário cabview da Microsoft. Era um arquivo qualquer renomeado para dar maior credibilidade à “atualização”. Nunca fiquei sabendo o que o programa fazia. Poderia ser uma inofensiva mudança nas telas de abertura, mas eu é que não me arrisco.

Não faz muito tempo, circulou pela Internet um programa que supostamente fazia com que um Pentium não-MMX pudesse manipular instruções MMX. Isso é tecnicamente possível, embora talvez inviável. O laboratório da Ziff Davis fez engenharia reversa no programa e descobriu que este nem fazia o que se propunha a fazer e nem era um Cavalo de Tróia (mas poderia ser). Ele era simplesmente uma piada inócua de seu criador.

Notas (07/10/2003): Bem mais recentemente, lançaram na Internet um programa Emulador de Playstation 2 chamado EKAF. Em qualquer máquina que você o execute, ele vai acusar um erro levando o usuário a acreditar que há algo de errado com seu hardware, mas o programa nunca foi emulador de coisa nenhuma (até esta data, não existe nenhum emulador de Playstation2), sendo só uma piada do seu criador. O nome do programa, em inglês e de trás para frente, significa “FALSO”.

NÃO, não contrate um exorcista (ainda)!

Como eu estou tentando mostrar desde que comecei, é quase impossível detectar um Cavalo de Tróia. Programas anti-virus recentes dizem detectá-los. Mas não se iluda. Eles são capazes de detectar apenas os conhecidos.

Da mesma forma que nenhum programa avisa você de que FDISK e FORMAT são duas ameaças potenciais residindo em seu computador, qualquer programa que faça o que eles fazem será ignorado. Mas você pode tomar algumas precauções para minimizar o risco. Esses conselhos podem ser menos ou mais importantes dependendo do que você faz com o seu computador.

Se o seu uso é doméstico e começar tudo “do zero” representa apenas um aborrecimento passageiro, o remédio que eu receito pode ser pior do que a possível doença. Você pode até querer ignorar esse artigo inteiro. Mas se você depende de seus computadores em seu ramo de atividade, o seu nível de paranóia deve ser proporcional à sua dependência.

Não seja ingênuo – Se o programa oferece algo bom demais para ser verdade, não acredite. Se ele for realmente fantástico, você irá tomar conhecimento disso por outras fontes.

Não seja o primeiro – Mesmo que não seja tão fantástico, espere até que esteja disponível há algum tempo. Deixe que os apressados testem por você.

Use sempre software original – Como eu disse antes, não é o fato de “ser uma cópia” que é problemático. Se a cópia estiver adulterada é que você está correndo riscos. Porém, grandes desenvolvedores de programas populares não usam manobras desse tipo, imagino que porque sabem que a grande disseminação de cópias malcomportadas pode prejudicar a imagem do programa perante o público sejam elas ilegais ou não. De qualquer forma, usar software original deve estar em seus planos.

Feche todos os programas dispensáveis quando on-line – Se o programa não estiver na memória, não poderá mandar informações suas pela Internet (ou será bem mais difícil)

Quando usar programas que requerem senhas suas, desconfie – Use apenas programas Telnet e FTP de boa reputação. Sempre analise com cuidado qualquer traço de que algo está diferente em seu site e troque as senhas regularmente.

Nota (20/09/2004): Lembre-se: Não importa o que digam a você, um Cavalo de Tróia pode ser indetectável por programas anti-virus, mesmo atualizadíssimos. Eu posso provar isso, mas você não gostaria do resultado 🙂
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Netiqueta em Listas de Discussão

Colaborou com a revisão do texto: Edson Brusque [PICLISTBR – 2003]

Nota 1: “Lista de Discussão” é o nome original do que hoje muitos chamam de “grupo” (um exemplo notório é o Yahoo) ou “fórum”, ou mesmo “fórum de debate“. Essencialmente são a mesma coisa.

Nota 2: Em meados de 2003, esta página tornou-se o documento oficial de Netiqueta da lista PICLISTBR, cujo owner é o amigo Wagner Teixeira.

IMPORTANTE!

Em alguns pontos deste documento eu pareço me referir à você, leitor, como se você fosse uma pessoa de comportamento rude. Esse é apenas o meu jeito de tentar deixar a coisa clara. É óbvio que se você se dá ao trabalho de ler esse documento, está pelo menos tentando não ser rude, o que é digno de elogio e não de ofensa. Mas se alguém achar que eu devo alterar a abordagem, por favor me mande um e-mail (civilizado) informando o(s) trecho(s) que achou pessoal/agressivo(s) demais.

blá-blá-blá introdutório 🙂

Criei este texto por estar cansado de enfrentar pessoas propositalmente rudes nas listas de discussão e ainda ter que lidar com as pessoas que geram aborrecimento apenas por não saber que estão agindo de forma rude.

Este texto ainda está longe de estar completo. A versão final deverá ser substancialmente maior pois ainda faltam vários esclarecimentos.

Esta é minha contribuição para tentar reduzir o número de pessoas que se comportam de maneira pouco civilizada apenas por não saber qual é a “forma civilizada”. Ela serve também como auxílio às pessoas que se deparam com comportamento inadequado, que podem enviar uma mensagem para a pessoa explicando porque ela está errada e/ou incluir um link para este documento. Fica mais fácil convencer alguém quando não se é o único a defender a idéia.

Mas não pense, por favor, que escrevi este texto por me achar um exemplo de civilidade e educação. Eu ainda tenho muitos defeitos a corrigir. Entre eles está o fato de que não consigo conter o meu sarcasmo e minha ironia (eu SEI ser chato) com pessoas que esquecem que seus direitos terminam quando começam os dos outros. Digamos que eu “não consigo oferecer a outra face”.

Você pode ler do inicio ao fim ou usar o indice abaixo:

O que é Netiqueta?

Netiqueta é a forma aportuguesada do termo inglês “netiquette”, que significa “etiqueta (bons modos) na Internet”. A Netiqueta é um conjunto de regras não-oficiais, passadas de boca em boca e site em site que tenta estabelecer um padrão de comportamento considerável “desejável” pelos internautas e para os internautas. O mais próximo de “oficial” sobre a Netiqueta está na RFC1855. As regras da netiqueta não visam prejudicar ninguém e são simplesmente baseadas no bom-senso. Todas elas visam tornar a Internet um lugar menos caótico e mais sadio, ensinando as pessoas que certas atitudes aparentemente inofensivas podem aborrecer, atrapalhar ou agredir outros usuários, devendo ser evitadas. O usuário que desrespeita a netiqueta, propositalmente ou não, prejudica também a si mesmo, porque é “deixado de lado” pelos outros internautas.

Como funciona (geralmente) uma lista de discussão

Imagine que você gosta de histórias em quadrinhos e gostaria de discutir o assunto com diversas outras pessoas, por e-mail. Você já sabe com que pessoas quer discutir e tem o e-mail de todas elas, provavelmente cedidos a você em uma convenção sobre o assunto. Por onde começar?

Você escreve uma mensagem sobre o tópico e envia cópias para todas as pessoas de sua lista. Essas pessoas, caso achem interessante, responderão a você. Mas você poderá achar que muitas das respostas que você recebeu poderiam interessar aos outros participantes, não é? É aí que as coisas começam a se complicar…

Digamos que sua lista tenha 20 pessoas (é uma lista muito pequena, para o universo sem fronteiras da Internet). Se 8 delas mandarem respostas interessantes, você precisará re-enviar cada uma das 8 respostas para cada uma das outras 18 pessoas. Você exclui apenas a si mesmo e ao remtente de cada uma.

A alternativa seria que todas as pessoas envolvidas tivessem uma lista igual à sua, e se encarregassem elas mesmas de enviar suas respostas para todos os outros envolvidos.

Mas como gerenciar a entrada de novos participantes e a saída de outros que não quisessem mais participar?

Em pouco tempo você descobrirá que tentar organizar algo dessa forma é um pesadelo. É bem possível até que você tenha ficado cansado, só por ter lido a explicação 🙂

Não existe nada que impeça você de criar um sistema desses, mas existem processos automatizados que poupam os usuários das tarefas administrativas e operacionais.

Uma lista de discussão, como conhecemos hoje, resume-se a um endereço de e-mail que é controlado por um programa de computador, rodando em um servidor qualquer que esteja conectado 24h por dia à Internet. Quando uma mensagem chega a esse endereço, o programa consulta a “lista de assinantes” e envia uma cópia da mensagem para cada um deles.

Muitas vezes, por causa de seu nome, as pessoas enviam mensagens a Majordomo pensando ser ele um humano “com um cargo ou nickname de nome militar”.

Na maioria das listas de discussão isso é tudo o que o programa precisa fazer, mas sua sofisticação vai além disso, podendo ser programado para (por exemplo) bloquear uma mensagem que tenha palavras “questionáveis”, aguardando a decisão de um operador humano para distribuí-la. Os mais conhecidos desses programas são o Majordomo e o Listserv.

O owner

Uma lista de discussão inicia-se quando alguém a cria. Essa pessoa geralmente recebe o título de owner (dono) da lista. O owner decide se a lista de discussão é aberta (qualquer um pode participar), requer autorização (você precisa pedir permissão ao owner para se inscrever) ou se é restrita (já foi criada com todos os inscritos em mente).

O owner também decide sobre o tópico da lista e sua abrangência. Ele tem que decidir, por exemplo, se a lista vai tratar de histórias em quadrinhos em geral (e isso inclui Disney e Turma da Mônica) ou se será restrita a quadrinhos de super-heróis, ou ainda se falará apenas sobre um certo grupo de heróis ou ainda se falará apenas de um herói específico. Isso é decisão do owner.

Quando a lista não é restrita, o owner começa um trabalho de divulgação, convocando novos assinantes para ela. Com o crescimento do número de assinantes e do número de mensagens na lista, o owner pode decidir se a lista será moderada ou não, e como.

A moderação

Uma lista rapidamente se transforma em uma espécie de comunidade. E como em toda comunidade, mesmo quando todos tem os mesmos interesses, expressam isso com comportamentos diferentes. Alguns desses comportamentos podem ser prejudiciais à comunidade e torna-se necessário manter os usuários “na linha”. Esse é o papel do moderador. Você verá uma boa quantidade de exemplos desses comportamentos prejudiciais no decorrer deste texto.

Algumas pessoas consideram o papel do moderador “tirânico”, preferindo que o julgamento seja feito por todos os usuários da lista e não por uma única pessoa. Entretanto o julgamento deve ser centralizado porque do contrário perde-se muito tempo em discussões inúteis sobre o comportamento de um determinado usuário.

Você toleraria, por exemplo, ser convocado a toda hora para resolver conflitos de trânsito, acusações de roubo e outros crimes em sua cidade? As “autoridades” entram em cena para resolver os problemas por você e quer você goste ou não disso, este é o método mundialmente aceito. E o fato delas estarem mais aptas que você a julgar não é um “mero detalhe”.

O moderador pode ser o próprio owner, ou alguém escolhido por ele. Quando o moderador não é o owner, não tem o direito ou o poder de expulsar ninguém da lista, mas geralmente sua solicitação de expulsão é respeitada pelo owner.

Isso é menos preocupante do que parece. Nas médias e grandes listas, muita discussão rola entre o moderador e o usuário, antes que o moderador considere que o usuário infrator é “um caso perdido”.

Em listas muito movimentadas, o moderador geralmente é (deveria ser) escolhido tendo como base qualidades como paciência, tolerância, educação, conhecimentos sobre o funcionamento da Internet e experiência como usuário de listas. Em listas menores não dá para se esperar, infelizmente, que sequer o owner tenha essas qualidades.

Há algo também que se deve ter em mente: Só existe “democracia” em uma lista de discussão se o owner quiser. Esqueça a sua opinião sobre “sou contra todo e qualquer tipo de censura!”, pois isso é absolutamente irrelevante diante das decisões do owner.

Curiosidade

Você sabia que, segundo a lei americana, “censura” é um conceito que só pode ser aplicado ao governo? Ou seja: nos EUA, nenhum cidadão ou empresa pode ser condenado por fazer “censura” (em inglês: “censorship”).

Ele tem o direito, como “dono da bola” a assumir uma posição autocrática. Essa, entretanto, é uma posícão que costuma ser evitada pelos owners, mas o owner pode, deve e VAI usar seus poderes absolutos sobre a lista, quando achar que é necessário. O poder do owner sobre a lista é tal que se ele desejar que a lista seja uma festa de insultos ou uma grande demonstração de comportamento sociopata, ela o será. Quem não gosta TEM que “se mudar”.

Antigamente, ser owner de uma lista de discussão não era para qualquer um. Mas hoje é muito fácil. Com isso, mais e mais pessoas que sequer sabem se comunicar estão recebendo o título de “owner” de uma lista, tornando comum ver-se o próprio owner comportar-se de forma imprópria.

Se você ainda não se convenceu, pense na lista como sendo propriedade do owner (owner=dono), como uma casa, por exemplo. Assim como eu posso expulsá-lo de minha casa por não gostar do que você diz, também posso expulsá-lo de minha lista. E a Constituição Federal nada tem a ver com isso.

Para saber mais sobre o que você pode ou não fazer em sua casa e muitas outras coisas, leia o “Guia dos Seus Direitos” de Josué Rios. É leitura indispensável para qualquer cidadão.

Podemos estender ainda mais a analogia. Na verdade, a lei brasileira não lhe permite fazer o que você bem entender na sua propriedade. Se você estiver ouvindo som muito alto ou decidiu fazer do seu quintal um depósito de lixo (para citar apenas dois exemplos), as autoridades poderão intervir, para o bem dos seus vizinhos. Como em uma lista de discussão não há como incomodar vizinhos, podemos dizer que o list owner manda em sua lista mais do que em sua própria casa 🙂

O trecho a seguir foi traduzido do guia de comportamento de uma lista de discussão patrocinada pela Microsoft:

12- Finalmente, por favor note que você não tem o DIREITO de postar o que quer que seja para esta lista. Um PRIVILÉGIO foi estendido a você – não abuse dele. A Primeira Emenda da Constituição Americana não se aplica aqui. Esta lista é operada em um servidor privado e para um propósito específico. O list owner reserva-se o direito de restringir o envio de mensagens de pessoas que repetidmente violarem os pontos definidos acima.

A “primeira emenda” garante a liberdade de expressão. Mas, como o próprio texto deixa claro, a aplicabilidade da Constituição tem seus limites.

A exceção à regra: muitas listas são mantidas por empresas, e os participantes são consumidores destas. Neste caso é bem possível que a empresa substitua o owner e/ou o moderador (porque nesse caso o todo-poderoso owner tem que responder a alguém), caso considere pertinentes as queixas quanto ao comportamento destes.

A moderação pode ser prévia ou posterior. Na prévia, todas as mensagens passam pelo moderador antes de serem enviadas para os outros usuários. O moderador fica com o trabalho de filtrar o lixo (propaganda, correntes, perguntas óbvias ou fora do tópico etc) e as pessoas ocupadas e os pais podem achar esse o melhor tipo de moderação. O incoveniente é que as mensagens enviadas podem demorar para serem liberadas pelo moderador.

Na moderação posterior, o moderador lê as mensagens ao mesmo tempo, ou depois, dos outros usuários. É o tipo de moderação mais comum, mas tem o incoveniente de que coisas escabrosas podem passar para os usuários e não é o tipo de lista que pode ser freqüentado por crianças.

Como exemplos extremos, posso citar:

Noticias-l : noticias-l@elogica.com.br – Não tem moderador, nem owner (um caso raro). Usuários podem se xingar à vontade e desrespeitar cada regra de civilidade existente sob o sol porque nada os impede. A lista alterna períodos de calmaria e tempestade e os assinantes sérios da lista tem que aguardar pacientemente que as tempestades passem.

NOTAS

No início de 1999, após um incidente particularmente desagradável na lista ,a diretoria da Elógica criou algum juízo e nomeou um owner para esta, que também fez o papel de moderador. Os usuários incorrigíveis finalmente eram expulsos da lista, para o bem de todos.

Noticias-l morreu definitivamente e sem nenhum motivo oficial por volta de agosto de 2001, para alívio de certos funcionários graduados da Elógica. Pois a lista era constantemente usada pelos usuários Elógica para denunciar a flagrante incompetência da empresa, que era “carinhosamente” chamada de “SemLogica” por uns e de “ECAlógica” por outros.

Sub-nota que não tem nada a ver com o assunto netiqueta. Pule, se não estiver interessado.

Você poderia se perguntar “se a empresa é tão incompetente, porque os usuários simplesmente não se mudam para serviços melhores, em vez de ficar reclamando o tempo todo como se gostassem disso?”

Se você comprar um carro Ford e ester tiver problemas e na sua cidade só existir UMA assistência Ford e esta lhe atender repetidamente mal, o que lhe resta fazer? Levar o carro a outra cidade ou EXIGIR ser atendido bem?

No caso de provedores de acesso, o problema é semelhante: Depois que você se filia a um provedor e todos as pessoas que você conhece (e/ou seus clientes) passam a conhecer o e-mail que você tem naquele provedor, você se torna quase um refém deste, porque tem que tolerá-lo para poder manter o e-mail. Se você troca de provedor perde o e-mail. Isso é pior para um profissional do que trocar de telefone e perder a agenda.

Linux-br : linux-br@bazar.conectiva.com.br – Com mais de 1600 assinantes ,tem 16 moderadores (um pesadelo para os que tem aversão à autoridade) que fazem moderação posterior. Os moderadores tem uma lista de discussão exclusiva onde discutem e votam as atitudes disciplinares a serem tomadas. As discussões inflamadas são raras. Os desentendimentos ocorrem, mas não duram muito.

Para finalizar esta parte de meu texto que fala de owners e moderadores, é preciso deixar claro: Owner e moderador não são tiranos que você deve temer. Seus papéis, amizades e decisões influenciam diretamente o sucesso ou o fracasso de uma lista de discussão.

O comportamento

Se você não se preocupa com o fato do seu comportamento aborrecer outras pessoas, nem deveria estar lendo esse documento. Mas se você sempre se esforça para não ser mal-educado e deseja continuar assim na Internet, alguns conselhos podem ajudar bastante. A lista a seguir foi compilada através de experiência pessoal e com a ajuda de diversos outros documentos sobre netiqueta espalhados pela rede.

Familiarize-se com os emoticons e com os acrônimos;

Não repasse correntes e boatos (por favor, resista à tentação do “recebi e repasso”). Acredite em mim: 99,9% do que circula pela internet sendo repassado por e-mail é MENTIRA. Praticamente todas as mensagens que incluem um “repasse para todo mundo que você conhece” tem conteúdo falso ou malicioso, mesmo quando cita as fontes!

Por exemplo: Veja a verdade sobre o famigerado “roubo da amazônia”. Estória onde supostamente as crianças norte-americanas estariam aprendendo nas escolas que a Amazônia é uma “àrea de controle internacional”. Mas que não passa de um exemplo de delírio anti-americano.


Você não tem que responder a todas as mensagens que são postadas na lista. Use o bom senso e evite querer participar de todas as conversas.Se a lista tiver um owner ou moderador, não critique o comportamento de outro usuário dentro da lista. Envie uma mensagem para o owner/moderador explicando o seu ponto de vista e ele tomará uma providência. Geralmente nem é preciso fazer qualquer queixa, porque o owner intervém imediatamente e em silêncio, criticando em particular o usuário ofensor.

Se a lista tiver um owner ou moderador, ele deve ser respeitado como autoridade na lista. O owner tem o direito e o poder de expulsar quem ele bem entender. O moderador geralmente não expulsa ninguém, mas recomenda a expulsão ao owner. Não critique o moderador e o owner. Se não gosta da política deles, crie sua própria lista e convoque os assinantes que concordam com você para seguí-lo. Você pode criar sua própria lista de discussão, gratuitamente, usando um dos serviços:

Quando você for owner de uma lista, talvez descubra o significado de “pimenta nos olhos dos outros é refresco”. 🙂

Não confunda “direito” com “privilégio”

Quando uma lista de discussão é chamada de “pública”, quer dizer que ela não é restrita a um determinado grupo e qualquer pessoa pode se candidatar a ser assinante. Em nenhum momento pense que você tem o “direito” de participar de uma lista de discussão ou de enviar o que quer que seja para ela. Um “privilégio” foi estendido a você. O mesmo privilégio que foi estendido a todos os outros assinantes. Se todos os cidadãos tivessem em mente que não tem “direito”, mas sim o “privilégio compartilhado” de usar os bens públicos, como as praças, as estradas, as praias etc; viveriamos em um mundo bem melhor.

Tenha em mente também que muitas listas de discussão são operadas por pessoas como você e eu e controladas por computadores de empresas privadas. Não adianta tentar aplicar o seu conceito possessivo/mesquinho de “público” em algo privado.

“Sinta o terreno” primeiro

É prudente que ao se inscrever em uma lista de discussão, você passe de um a vários meses apenas lendo mensagens, sem se manifestar. Você pode achar absurdo, mas isso é muito comum. Apenas lendo as mensagens, você aprenderá quem são os maiores colaboradores da lista, quem são os chatos, qual é a postura do moderador, quem é amigo de quem, etc. Sem ter escutado antes, você corre o risco (por exemplo) de se embrenhar em uma briga com o maior colaborador da lista (e ganhar a antipatia de muita gente), por não ter entendido o senso de humor dele.

Além disso, muitas das recomendações que você irá ler a seguir são importantíssimas em certas listas e completamente irrelevantes em outras. Se você seguir as recomendações, evitará aborrecimento em qualquer lista, mas se você pretende usar apenas o mínimo necessário, é melhor que você sinta o terreno primeiro!

Identifique-se apropriadamente

Não há nenhum problema em você usar um apelido (“nickname” ou apenas “nick”) em uma lista de discussão, mas se você for acusado de estar se comportando mal, o fato de você não estar usando seu nome pesará contra você. Além disso, existem apelidos que transmitem claramente a idéia de que o usuário é um metido-a-cyber-sabe-tudo. Em certas listas, onde todos usam apelidos, não há problema. Mas não use esse tipo de apelido em uma lista “séria” se você quiser ser levado a sério.

Se já existir uma pessoa com seu nome preferido na lista, mude-o. Acrescente sobrenome, assine diferente, etc. Mas não confunda os outros usuários apresentando-se da mesma forma que outro usuário mais antigo.

Se você está usando a conta de e-mail de outra pessoa para enviar mensagens, corrija o campo que identifica você no e-mail. É muito esquisito receber uma mensagem de “Elisângela Teles” assinada por “Roberto Soares”. No mínimo, você vai ser classificado como preguiçoso pelos outros usuários.

Não use expressões chulas (palavrões) na lista

Mesmo que você esteja acostumado a usá-las até na frente de sua mãe ou de seus filhos.

Nem todo mundo acha “bonitinho” ou é obrigado a tolerar sua falta de educação. Algumas pessoas alegam que é hipocrisia não usar palavrões na lista quando se usa na vida real, mas não é preciso pensar muito para se entender que esta não é uma justificativa aceitável. Se você realmente acreditar que escrever um palavrão vai ajudar as pessoas a entenderem como você se sente a respeito do tema, use asteriscos para encobrir parte da palavra. Por exemplo:

Não consigo fazer esta po**a funcionar!

Desculpem. Não acredito que disse uma me**a destas!

As pessoas que conhecem palavrões vão entender o que você quer dizer. O uso de asteriscos para isso é um hábito comum na Internet, mas a posição e o número deles fica por conta da pessoa que está escrevendo.

Outro método de se representar palavrões é o utilizado em histórias em quadrinhos:

Não consigo fazer esta %$#&*@# funcionar!

É preciso que você entenda que, por alguma razão psicológica que não tenho o conhecimento necessário para esclarecer, ler um palavrão semi-oculto por asteriscos tem um impacto mental muito diferente do provocado por encontrá-lo ali, de sopetão e completamente nu, no meio do texto. Você não deve ocultar seus palavrões apenas porque “poupa as criancinhas”, mas porque com isso vai reduzir suas chances de ferir a sensibilidade (sem frescuras) da maioria dos adultos.

Não xingue ninguém

Xingamentos não se enquadram no item anterior porque imbecil, idiota e estúpido não são palavrões. Mas não é modo aceitável de se tratar seu adversário no debate. Mesmo que seu interlocutor seja realmente um imbecil, evite usar estes termos contra ele. Pessoas que tem a mesma opinião que você sobre o tema discutido poderão ficar contra você por não quererem dar apoio a um “grosso”.

Ainda está me acompanhando? BOM! Tome um bom gole de café porque ainda há mais…

Não envolva Deus em bobagens

Não sou uma pessoa religiosa. Na verdade eu nem tenho uma religião definida, embora seja cristão. Entretanto, mensagens cujo assunto é:

Pelo amor de Deus!!!! Preciso capturar telas no Linux…

são reprováveis. Pessoas realmente religiosas podem ficar BEM aborrecidas com você por isso. Aprenda a usar o nome de Deus apenas em questões de ajuda humanitária (alguém está morrendo, passando fome etc) e não envolva o Santo Nome em bobagens do cotidiano.

Aproveitando que estamos falando de religião, tenha em mente que mesmo que você seja uma pessoa MUITO religiosa, não desrespeite o tópico da lista enviando Salmos, Orações etc para uma lista que nada tem a ver com religião ou ajuda espiritual. As pessoas tem o direito de não se envolver com questões espirituais, se não o quiserem. E bombardear a lista com orações só não é tão impopular quanto fazer pregação em voz alta dentro de ônibus.

Escrever em maiúsculas significa GRITAR!

Algumas pessoas tem o estranho hábito de escrever tudo no computador com letras maiúsculas. Talvez isso se deva a uma dificuldade de enxergar o texto em minúsculas (é melhor procurar um oculista), ou por achar que isso melhora a legibilidade (estudos comprovam que textos em maiúsculas são mais difíceis de ler). A comunidade internauta não vê esse hábito com bons olhos porque se convencionou que frases em maiúsculas representam que a pessoa está berrando. Algumas pessoas enviam uma mensagem educada avisando para você usar minúsculas, mas outras podem FICAR TERRIVELMENTE ABUSADAS PORQUE VOCÊ ESTÁ GRITANDO COM ELAS! Não redija usando apenas maiúsculas.

Redija na língua “oficial” da lista (não seja pedante)

Se todo mundo na lista conversa em português mas você encontrou outro usuário que fala inglês como você e quer conversar nessa língua com ele, faça isso em particular e não na lista. É extremamente pedante, até aos olhos de outros que sabem inglês, uma discussão em inglês (ou qualquer outra língua) numa lista onde se fala português. Não existe problema, entretanto, em se usar termos ou frases em outra língua na sua mensagem se o contexto pedir e você tiver motivos para achar que vai ser entendido.

Não use gíria

Gíria dificulta a compreensão do texto para quem não está adaptado a ela. E tenha em mente que gíria é algo “tribal” e/ou regional, ou seja, pessoas pertencentes a outras “tribos” e regiões, mesmo que estejam acostumadas com gíria, podem não entender a sua. Se uma pessoa tiver dificuldade para entender seu primeiro parágrafo por causa de sua gíria, vai ignorar o restante.

Cuidado com a redação

Não, escrever corretamente não é “frescura”. As regras da língua (embora honestamente eu ache muitas delas “dispensáveis”) foram criadas para permitir uma comunicação clara e inequívoca. Se sua ortografia não é boa, redija a mensagem em um programa que tenha corretor ortográfico. É melhor que você tenha o trabalho de deixar sua mensagem clara do que obrigar todos os destinatários a decifrá-la. Eu desisto de ler uma mensagem se ler uma frase duas vezes e não conseguir entendê-la por conta dos erros. Muitos não vão nem se dar ao trabalho de ler duas vezes. É claro que essa recomendação (e muitas outras que faço aqui) pode ser completamente irrelevante em certas listas de discussão. Sinta o terreno e primeiro e use o bom senso.

Acentuação

Não, esta parte não vai dizer à você que é educado acentuar corretamente. Na verdade em certos casos você vai ser mais simpático se não usar acento algum!

Muitas pessoas usam clientes de e-mail que não entendem acentos e quando uma msg acentuada chega, as letras acentuadas são substituídas por outros caracteres ou expressões que complicam a leitura. Por isso em algumas listas de discussão você poderá encontrar recomendações para não usá-los. Mas se não existir recomendação nesse sentido, USE os acentos.

Geralmente, se voce nao usar acento algum, a mensagem nao ficara difícil de ler. Este paragrafo serve como exemplo (nao ha nenhum acento nele).

Existem dois modos aceitáveis e comumente usados de susbtituir os acentos agudos quando necessário. Um deles consiste em colocar uma aspa simples após a letra que deveria ser acentuada, como nos exemplos seguintes:

  • ficará = ficara’
  • é = e’

O segundo método consiste em colocar um “h” após a letra que deveria se acentuada:

  • ficará = ficarah
  • é = eh

Existe um método incompreensivelmente popular (vindo dos canais de IRC brasileiros) que tenta representar o “til”, mas que na minha opinião é esteticamente horrível, difícil de entender e completamente desnecessário:

  • não = naum
  • são = saum
  • vão = vaum

Afinal, qual é o problema para se entender o seguinte texto:

Eles sao menores de idade, por isso nao sao enviados para o presídio.

Compare com:

Eles saum menores de idade, por isso naum saum enviados para o presídio.

Não sei quanto a você, mas a segunda forma agride minha mente.

Evite Redigir Mensagens Telegráficas

Nos canais de IRC e nos programas de mensagens instantãneas como o ICQ e o MSN Messenger, onde as pessoas conversam “em tempo real” criou-se o costume de abreviar ao máximo as palavras para acelerar a digitação. Algumas dessas abreviaturas são:

  • pq = porque;
  • tb = também;
  • qq = qualquer;
  • vc= você;

Mas abreviaturas aceleram a escrita e atrapalham a leitura, por isso cuidado ao usar essas abreviaturas em listas de discussão. Não exagere com elas e, sobretudo, não as misture com erros de português e de digitação. A conversa em listas não é em tempo real, então você teoricamente tem tempo para elaborar um texto corretamente. Algumas pessoas que vão ler sua mensagem podem achar que você é um preguiçoso e/ou um ignorante. Podem também desistir de ler sua mensagem por estar difícil “decodificá-la”. Por isso não faça isso se o respeito dos demais integrantes da lista for importante para você.

Leia TODAS as mensagens sobre o assunto antes de mandar a sua

Se você não está 24h por dia respondendo os e-mails da lista, é bem possível que um assunto comece e/ou progrida sem que você tome conhecimento durante horas, dias ou semanas (dependendo do tempo que você leva para pegar os seus e-mails e respondê-los). Se você responder as mensagens à medida que as lê, sem verificar antes o conteúdo das demais, corre o risco de:

  1. Perguntar algo que já foi respondido;
  2. Dar uma resposta que já foi dada;
  3. Pôr mais lenha numa discussão que já acabou ou em um mal-entendido que já foi esclarecido.
  4. Etc..

Ordene as mensagens por assunto e leia TODAS antes de se meter nele. Isso evitará entulhar a lista com mensagens redundantes e/ou poupará aborrecimentos para você e para os outros participantes.

E se você pega as mensagens para ler offline e só envia as respostas horas (ou até dias) depois, é bastante recomendável (embora eu admita que nem sempre seja prático) que você se dê ao trabalho de, ao conectar-se novamente para enviar as respostas, baixar primeiro as novas mensagens sobre o assunto e lê-las antes, para ver se ainda vale a pena mandar as suas.

Antes de perguntar, LEIA o que já foi explicado

Se você quer fazer uma pergunta sobre algum assunto em andamento ou sobre algo que alguém escreveu, certifique-se de que leu com cuidado o que foi escrito. Não brinque de “leitura dinâmica” em um texto que você está questionando. Algumas pessoas lêem a primeira e a última frase de um texto e já disparam uma pergunta que está claramente respondida no meio ou fazem qualquer outra coisa que não deveriam ter feito e não fariam se tivessem prestado atenção. Isso quase que certamente irá incomodar (ou mesmo irritar) quem teve o trabalho de escrever o texto.

Não exagere na assinatura

Ninguém precisa receber, a cada e-mail seu, seus telefones, endereços, ocupação, e-mail, URL, nome do seu gato e suas crenças políticas/religiosas. Assinaturas exageradas chegam ao cúmulo de serem maiores que o tamanho médio de suas mensagens. E NÃO tenha a cara-de-pau de fazer propaganda na assinatura.

Você vai encontrar muitas recomendações para que mantenha sua assinatura em no máximo 3 ou 4 linhas, mas eu acho que uma assinatura de 2 linhas é mais do que suficiente em listas de discussão.

Muitas pessoas enviam com suas assinaturas frases engraçadas, geralmente de uma linha apenas. São as chamadas taglines. São tão populares que existem até programas que se encarregam de manter uma lista de frases e mudar a frase a cada mensagem enviada por você ou a cada dia. Eu, pessoalmente, gosto das taglines, porque ajudam a manter o humor em alta. Mas não exagere!

Não envie arquivos atachados (anexados)

Listas de discussão devem ser usadas exclusivamente para troca de palavras. Não mande imagens para ela. Se alguém pedir um programa na lista, mande em PVT. Se você tem um arquivo não-texto e acha que todos na lista iriam adorar receber VOCÊ ESTÁ REDONDAMENTE ENGANADO(A).

A maioria das pessoas usa acesso discado para conectar-se à Internet e tem que pagar pelo tempo que está on-line, quer seja ao provedor ou à concessionária telefônica (se você é rico e já nasceu conectado em banda larga pode não acreditar nisso, mas é verdade). Mandar cartõezinhos, enfeites, imagens “legais” ou slideshows do Powerpoint para uma lista de discussão geralmente não é uma boa idéia. É ruim para a maioria dos usuários e para o servidor da lista. Lembre-se que se a lista tiver 200 usuários o servidor vai ter que remeter 200 cópias de sua mensagem. Isso leva tempo e consome recursos que poderiam estar sendo usados para outras coisas.

Antigamente, mandar um arquivo atachado requeria que você soubesse estar fazendo isso (você tinha que anexar voluntariamente o arquivo). Mas programas modernos criam anexos sem que você perceba. O mais comum desses anexos é o HTML.

Quando você usa um programa moderno para definir cores e tamanhos de letra diferentes, você está formatando o seu e-mail em HTML sem notar . O programa cria então uma mensagem que começa com o seu texto sem a formatação e anexa uma cópia formatada.

A figura abaixo representa uma mensagem simples de e-mail enviada pelo Outlook Express, usando o template “hera”:

Outra pessoa que use o o Outllook Express recebe a mensagem exatamente assim. Mas veja como um usuário do Eudora Pro 2.12 a recebe:

From: “Jefferson Ryan”<xxxx@hotlink.com.br>
To: <mailhtml@webrecife.com>
Date: Thu, 22 Apr 1999 01:25:03 -0300
X-MSMail-Priority: Normal
X-MimeOLE: Produced By Microsoft MimeOLE V5.00.0810.800

Caros Amigos…

Alguém poderia me explicar porque vocês são contra
o e-mail em HTML?

Grato.

<!DOCTYPE HTML PUBLIC “-//W3C//DTD W3 HTML//EN”>
<HTML><HEAD>
<META content=text/html;charset=iso-8859-1 http-equiv=Content-Type><BASE
href=file://C:\ARQUIV~1\ARQUIV~1\MICROS~1\PAPELD~1\>
<STYLE>BODY {
COLOR: #427d64; FONT-FAMILY: Arial; FONT-SIZE: 12pt; MARGIN-LEFT: 4em
}
</STYLE>

<META content='”MSHTML 5.00.0910.1309″‘ name=GENERATOR></HEAD>
<BODY background=cid:014f01be8c78$179a39a0$1b89f9c8@pentium233 bgColor=#ffffff>
<DIV>Caros Amigos…</DIV>
<DIV> </DIV>
<DIV>Alguém poderia me explicar porque vocês são contra </DIV>
<DIV>o e-mail em HTML?</DIV>
<DIV> </DIV>
<DIV>Grato.</DIV> </body></HTML>
Content-Type: image/gif

Content-ID: <014f01be8c78$179a39a0$1b89f9c8@pentium233>

Attachment Converted: C:\WINDOWS\DESKTOP\EU212PRO\Untitle1
Confuso, não? A última linha da mensagem avisa que um anexo foi salvo no arquivo untitle1, dentro do diretório do Eudora. Isso já é incômodo, mas como o anexo é salvo sem extensão, você tem que dar uma olhada na linha Content-Type (mais acima) para saber que é uma imagem GIF e renomear o arquivo de acordo. Depois de renomear o arquivo, você o abre e descobre que era um mero papel de parede.

Não use auto-resposta (autoreply)

A auto-resposta é um serviço oferecido por alguns servidores que lhe permite, na chegada de uma mensagem na sua caixa postal, enviar automaticamente uma mensagem ao remetente, geralmente para avisar que a mensagem dele foi recebida. Esse tipo de coisa é útil em certos tipos de relacionamento pessoal ou comercial, mas positivamente irritante em uma lista de discussão.

Imagine, por exemplo, que numa lista de discussão qualquer 10 pessoas resolvessem usar auto-respostas. Qualquer pessoa que enviasse uma mensagem para essa lista receberia automaticamente 10 mensagens estúpidas do tipo “recebi seu e-mail e responderei assim que puder”. Estas respostas são absolutamente inúteis.

Contribua com a sua opinião

Os usuários da lista esperam que suas mensagens contenham sua opinião e/ou seu ponto de vista. Não copie texto de terceiros para a lista, se não for comentá-lo. Isso não se aplica, claro, quando sua mensagem é uma resposta à solicitação de alguém. A cópia de textos de terceiros também pode ser vista como um subterfúgio seu para não se responsabilizar pelo texto (muito usado por quem gosta de disseminar boatos), por isso deve ser utilizada com MUITA cautela.

Existe ainda o problema da sobrecarga. Imagine que eu decidisse mandar o meu site inteiro para você por e-mail. São mais de 180 páginas (1MB, sem contar as figuras), mas depois eu pararia, por não haver mais o que enviar. Mas e se eu não estivesse limitado ao que eu mesmo criei e decidisse mandar para você tudo o que eu achasse interessante na vastidão da Internet? Usando Windows isso é muito fácil: copiar-colar-click-click e lá se foi mais um e-mail com 3000 linhas. Por mais que você compartilhe os mesmos interesses que eu, pode ter a certeza de que esse é um cenário de pesadelo.

Como você poderia discutir o texto com seu autor, se este não participa da lista?

Quando as pessoas não se auto-impõem como limite sua própria capacidade de pensar e digitar (lembre-se disso: pensar & digitar), virtualmente deixa de existir um limite e em um passe de mágica uma lista de discussão estará sobrecarregada a ponto de se tornar impossível continuar inscrito nela.

Da última vez em que uma pessoa meteu-se a mandar “recortes” para uma lista em que eu estava inscrito, disse que estava fazendo isso para estimular discussões interessantes. (!?!?) O que há de errado em estimular discussões interessantes usando a sua opinião?

  • Se o recorte inicia uma discussão interessante: Fui eu que mandei! 🙂
  • Se o recorte inicia uma tremenda confusão: Não sou o autor e não posso ser responsabilizado pelo conteúdo!!

Me senti como uma cobaia de laboratório e que a pessoa que mandava os recortes era o cientista silencioso que me “estimulava” para observar minhas reações. Não é uma sensação agradável.

Mantenha-se no tópico da lista

Se a lista é sobre Aviação, não envie mensagens pedindo ajuda para resolver um problema no seu computador. Existem listas sobre isso na Internet (existem listas sobre qualquer coisa, incluindo criação de baratas). Se você realmente precisar mandar uma mensagem fora do tópico para a lista, é educado acrescentar ao início do subject (assunto): [OT] ou [Off Topic], como nos exemplos abaixo:

Assunto: [OT] indignado com o governo!
Assunto: [Off Topic] indignado com o governo!

Esta pequena providência ajudará as pessoas que não admitem receber mensagens off topic (é um direito delas) a ‘saltar’ as mensagens facilmente ou excluí-las automaticamente usando os filtros do programa de e-mail.

Lembre-se: você faz parte de uma comunidade e essa comunidade tem um objetivo. Ao desrespeitar o objetivo você está errado(a)! Mesmo tomando a providência acima você poderá receber reclamações do moderador e/ou de pessoas que discordam de mensagens off topic na lista. Esteja preparado(a) para aceitar educadamente as queixas. Não responda com um “não viu o [OT] na linha de assunto, seu mané?” porque isso não é bem aceito por todos.

Outras sinalizações que você pode encontrar na linha de assunto são:

[ADM] – É uma mensagem administrativa, expedida pelo owner ou por um moderador. É importante que TODOS leiam, por isso se você puder especifique um filtro no seu programa de e-mail para destacar essa mensagem quando ela chegar. deixar de lê-la pode lhe acarretar mancadas futuras.

[PVT] – É uma mensagem privada (de PRIVATE), que não está sendo mandada para a lista, mas apenas para você ou um pequeno grupo. É importante, se você responder uma mensagem em particular com um conteúdo que não seria apropriado exibir a todos, que você sinalize-a assim logo na linha de assunto ou avise que é uma mensagem privada logo nas primeiras linhas da mensagem. Isso evitará que seu destinatário fique indignado com você, por exemplo, por achar que você o está repreendendo publicamente (se for uma repreensão) ou que ele mande uma resposta para a lista quando de alguma forma isso seria embaraçoso para você. Se for necessário, crie um filtro no seu programa de e-mail que evite que uma mensagem assim se misture com as outras da lista. Use sempre o [PVT] em mensagens privadas para permitir que elas sejam processadas pelos filtros de seus destinatários (ou sejam visualmente identificadas por estes).

Não faça marketing agressivo

Não divulgue produtos na lista, a não ser que esteja dentro do contexto da discussão. O medo da invasão dos marketeiros faz com que os internautas reajam de maneira bem agressiva a mensagens comerciais em uma lista que não tem esse objetivo.

Se o objetivo da lista é anunciar produtos, não anuncie toda hora e todos os dias. Uma lista de discussão não é como televisão, onde a pessoa precisa estar na frente para ver seu anúncio. O anúncio enviado pela lista VAI ser visto pelos assinantes. Se você envia vários anúncios iguais em sucessão, os outros assinantes vão ler vários anúncios iguais em sucessão e isso pode irritar muitas pessoas. Um anúncio por semana é adequado, mas eu recomendo que seja feito apenas um por quinzena ou por mês a não ser é claro que suas ofertas estejam mudando de forma significativa. Nesse caso você pode e deve anunciar todos os dias se necessário.

Respeite os direitos autorais

Ao usar o texto de alguém ou de alguma entidade, cite a fonte.

Não acredite cegamente no que os outros dizem

Embora essa não seja propriamente uma regra de netiqueta, seguí-la pode evitar que você se meta em confusões e mal-entendidos depois. Muitas pessoas (muitas MESMO) usam listas de discussão como meio de disseminação de boatos, seja para obter ganhos pessoais/políticos ou por mera diversão. A informação dada pode ser uma completa ou parcial mentira cabeluda. Cabe a você usar seu discernimento para analisar o que está sendo dito e comparar com outras informações que teve em outras fontes.

Aprenda a consultar o histórico e o FAQ

Algumas listas mantém um histórico (também chamado de archive) de todas as mensagens já enviadas para ela, normalmente acessível através de uma página na web e dotado de uma ferramenta de busca que lhe permite procurar por um certo termo. Outras listas mantém um documento chamado FAQ, que lista as perguntas mais freqüentes feitas para a lista e suas respostas. Tanto o histórico como o FAQ tem o objetivo de reduzir o tráfego de mensagens e tornar a lista menos repetitiva (cansativa). Ao entrar para uma lista pergunte se existe um histórico e/ou um FAQ e acostume-se a consultá-lo sempre que tiver uma dúvida.

Resista à tentação de tomar o “caminho fácil” e perguntar por algo que já foi respondido. Muitas pessoas respondem de forma desagradável à sua preguiça.

Não force a barra

Nenhuma lista de discussão é o seu serviço particular de consultoria, mesmo quando é uma lista de ajuda. Se fizer uma pergunta e ninguém responder, não haja com insistência. Existem os seguintes motivos para ninguém responder uma solicitação sua:

  • Você não foi suficientemente claro ao expor a questão;
  • Sua pergunta é tão comum que todos estão cansados de respondê-la;
  • Você está desrespeitando uma ou mais regras de etiqueta em suas mensagens; e as pessoas que poderiam lhe ajudar não querem fazê-lo;
  • Ninguém sabe a resposta;
  • Você não deu tempo para as pessoas responderem. Muita gente passa dias sem checar o e-mail;
  • Quem sabe, não está a fim de responder (é direito de qualquer um);
  • etc.

Por exemplo, enviar uma mensagem com o assunto:

Pela terceira vez!!! – ESTOU COM PROBLEMAS NA CONFIGURACAO DO SAMBA

Vai irritar um bocado de gente. E não é surpresa que esse usuário tenha que perguntar uma terceira vez. Note como ele desrespeita a netiqueta, gritando com os outros usuários já na linha de assunto.

Nota: “SAMBA” é o nome de um conjunto de programas para Linux. Nada tem a ver com o ritmo musical.

Aprenda a “contar até dez”

Acredite, já deixei de dar muita resposta desaforada por ter sido capaz de conter meu ímpeto de responder na hora. Eu geralmente escrevo o que me vem à cabeça na hora, mas salvo a mensagem para enviar apenas no dia seguinte. É muito comum que no dia seguinte eu edite a mensagem para um tom bem mais brando, ou que a apague e esqueça o assunto. Se você acha que isso não funciona com você, pelo menos tente… eu também acreditava que “contar até dez” jamais mudaria meu ponto de vista, mas muda!

Links para outros documentos sobre Netiqueta
Todos os links foram testados em 08/04/1999 e estavam OKNota [07/07/2003] A maioria dos links, hoje, não está mais funcionando. Assim que possível colocarei os novos links.

Em português:netiqueta em Fóruns de discussão e Mailing-lists (Unicamp) http://www.ifi.unicamp.br/ccjdr/netiqueta/dis.htmll

Etiqueta na Internet (NETIQUETA) (Rede Pegasus) http://www.pegasus.com.br/recursos/etiqueta.html

Introdução à Netiqueta (USP)
http://www.icmsc.sc.usp.br/manuals/BigDummy/netiqueta.htmll

Outros
http://www.netvale.com.br/NetVale/faq/netiqueta.htmll

Em espanhol

http://www.geocities.com/RainForest/9279/netiquet.html

Em inglês

RFC1855 – A netiqueta “oficial” [link checado em 08/07/2003]

Guia do usuário de Listas de Discussão da Microsoft
http://msdn.microsoft.com/workshop/essentials/mailfaq.asp

http://ealdormere.sca.org/internet/e_list.htmll

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Interfaces

Muito se fala em interface no mundo da informática. É Interface com o usuário para cá, Interface Gráfica para lá… Neste documento tentarei explicar o que é uma Interface, mas meu principal objetivo é fazê-lo entender a importância de interfaces padronizadas.

OBS.: Este texto ainda não está completo, mas creio que já há o suficiente para que você entenda a mensagem.

A importância da padronização

Mesmo que você dirija automóveis há muito tempo, provavelmente não percebeu que o veículo lhe proporciona uma interface que você utiliza para dirigi-lo. Não importa a complexidade do motor e sua posição no carro, você sempre muda as marchas quase da mesma maneira. Não importa o sistema de suspensão, o tipo de roda, freios, etc… você sempre tem um volante que girado para a esquerda faz o carro ir para a esquerda. Não importa o quão complexo é o sistema elétrico, você sempre liga o carro virando uma chave. Você sempre vê o que ocorre à volta e atrás do carro olhando para retrovisores que estão posicionados sempre no mesmo lugar.

Agora vamos pensar um pouco nas diferenças e não nas semelhanças.

É comum você se atrapalhar com um carro, porque as marchas não engatam nas mesmas posições em que você se habituou. A marcha a ré é provavelmente a que dá mais trabalho, porque não há uma padronização entre diferentes fabricantes. Em alguns carros ela engata no canto inferior direito, enquanto em outros é no canto superior direito. Dá um trabalho danado.

E o que dizer do acionamento das luzes, limpador de pára brisas, buzina ,etc?

A buzina:

  • No Escort 86, você aciona empurrando um botão que fica na alavanca de acionamento das setas, do lado esquerdo do volante;
  • No Fiat Uno 97, você aciona empurrando o centro do volante;
  • No Del Rey, você aciona com o pé esquerdo, porque ela está do lado da embreagem, na mesma posição em fica o esguicho do limpador de pára brisas do chevette 76!

Existe necessidade para tanta confusão?

Por sorte, a quantidade de elementos da interface de um carro é pequena. Você senta e vai apertando e girando tudo o que encontra que acaba se familiarizando. Você aprende a se comunicar com a interface rapidamente. Ë claro que nem sempre é uma experiência boa: eu mesmo já quebrei o acionador do retrovisor elétrico de um amigo porque não sabia em que sentido ele girava e pensei que ele servia para abrir a porta!

O Windows é um sistema operacional, mas nós vemos apenas a interface com o usuário (vou chamar de UI daqui em diante) e é com ela que interagimos. Estamos acostumados a reconhecer o WIndows pela sua Interface, que é a sua “cara”, e não pelo Sistema Operacional em si.

São as regras de interface do Windows que fazem com que na maioria dos programas que você utiliza, os comando básicos estejam no mesmo lugar nos menus. Que haja um botãozinho com um “X” no canto superior direito que serve para fechar a janela e que teclar ALT+F4 sempre fecha a janela ativa

Continua…

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Criando uma Marca dágua

O que é uma “marca dágua”?

Imagem Original Marca Dágua

Para que eu precisaria criar uma?

A marca dágua é usada quando você deseja colocar uma imagem por trás de um texto e manter a legibilidade, como mostra o exemplo abaixo. Alguns programas, como o Word97 e o FrontPage 98, transformam uma imagem em marca dágua bastando clicar em um botão. Mas se você precisa da marca dágua em outros programas, vai precisar saber criar uma manualmente.

Teste de Contraste Teste de Contraste

Como se faz uma?

Curto e grosso: Basta aumentar o brilho e reduzir o contraste da imagem. Use um programa gráfico à sua escolha

Como fazer isso usando o Ulead PhotoImpact:

Com a imagem que você quer transformar em marca dágua já aberta, tecle CTRL+B para abrir a janela de manipulação de brilho & contraste (também acessível através dos menus):

Mova o controle Brightness para a direita e o controle Contrast para a esquerda até o resultado ser satisfatório. Você também pode entrar com os valores exatos nas respectivas caixas. No caso do exemplo dessa página, a marca dágua foi obtida com um brilho de 60 e um contraste de -60.

Você também pode mexer no controle de Gamma para adicionar um certo efeito final à imagem, mas isso não é necessário.