Texto publicado em 12/12/2004 e revisado em 31/12/2011
Nota: Este texto foi publicado em 2004 mas continua válido hoje, 26/07/2024 (20 anos!). De lá para cá eu não corrigi nada. Apenas acrescentei algumas coisas.
Este é um assunto polêmico, porque áudio é uma das “religiões sem deus” mais populares, mas vou me arriscar a receber uns comentários desaforados no melhor interesse do esclarecimento e da economia popular 🙂
Tenha em mente que:
- Coaxial – conexão por fio. O sinal digital é transmitido eletricamente, como em qualquer outro sistema digital;
- Fibra óptica – O mesmo sinal elétrico que está (ou estaria) presente na conexão coaxial é convertido para luz no player (DVD player, Media Player, Bluray player) e reconvertido para sinal elétrico no seu Home Theater. Se um mesmo aparelho tem as duas conexões, o sinal presente em ambas é exatamente o mesmo (bit por bit são os mesmos dados). A única diferença é que o meio de transmissão de um deles é a luz.
Existem dois pontos a considerar quando se compara as duas conexões:
- Uma possível diferença na qualidade do áudio (resposta em freqüência, clareza, etc) e
- Uma possível diferença na qualidade da conexão.
Sobre a qualidade do áudio
Do ponto de vista da eletrônica (e das leis da física) não existe diferença na qualidade do áudio entre coaxial e óptico. Ambos transmitem “0”s e “1”s. Quando um sistema de transmissão de áudio digital é comprometido, o resultado são interrupções ou talvez estalos evidentes no som. Se você teve celular na época em que era analógico pode ter percebido a diferença: quando a conexão analógica é ruim, o som fica ruim (chiado, linha cruzada). Mas numa conexão celular digital ruim, o som simplesmente desaparece (fica “cortando”)!
Quando a qualidade de uma ligação celular digital cai, isso é proposital. A operadora, para poder suportar um maior número de ligações simultâneas, pode decidir reduzir o “espaço” reservado para cada uma em seus canais, reduzindo a qualidade. É a mesma escolha que você faz quando decide criar um MP3 e opta por 64, 128 ou 256Kbps.
Se alguém disser para você que um tipo de cabo digital tem um som mais “cristalino”, “vibrante” (ou qualquer outra bobagem desse naipe) que o outro tipo, ignore. Se for vendedor, é conversa fiada para arrancar seu dinheiro. Se for usuário, é um delírio comum entre aqueles que se denominam “audiófilos”. Às vezes o indivíduo quer apenas te convencer que tem um ouvido melhor que o da maioria. Outras vezes ele quer “se” convencer disso.
Se você recebe TV digital em casa (seja SKY ou TV aberta) deve ter percebido que os efeitos dos problemas nas transmissões digitais são claramente diferentes dos problemas nas transmissões analógicas. Não existem fantasmas nem chuviscos nas transmissões digitais, por exemplo. Já nas analógicas você não vê as falhas esquisitas que o vídeo digital dá. No áudio é a mesma coisa: os efeitos de uma conexão ruim são claramente diferentes dos de uma conexão analógica ruim. Dizer que o cabo digital A tem um som mais “cristalino”, “encorpado”, “tem mais graves” ou “tem mais agudos” (citando apenas alguns exemplos) que o cabo digital B é delirante porque simplesmente não faz sentido do ponto de vista da física. Apenas no domínio analógico essas diferenças podem surgir.
Sobre a qualidade da conexão
Aí existem diferenças, sim. O cabo coaxial pode captar interferência eletromagnética gerada por outros aparelhos, resultando em interrupções no som parecidas com a de uma conexão celular ruim. Além disso, como o cabo coaxial interliga os “terras” dos dois aparelhos, é possível que essa conexão provoque o ruído que é conhecido como “hum” em equipamentos que estejam suscetíveis a isso. É importante salientar que o “hum” não é gerado no sinal digital: ele surge na etapa analógica do equipamento. O cabo óptico é completamente imune a esses tipos de interferência.
Entretanto, o cabo óptico também é muito fresco. Você não pode dobrá-lo e fica difícil construir um em casa porque ele precisa ser bem preso em ambas as extremidades (nos equipamentos) para que não ocorram as mesmas interrupções que ele deveria evitar. O “corte ” da fibra precisa ser bem rente e a fibra deve encostar perfeitamente no LED em cada lado da conexão. Um amigo improvisou um cabo óptico com um pedaço de fibra óptica que ia para o lixo, simplesmente fazendo um furinho em cada tampinha das conexões ópticas e enfiando o cabo dentro, na pressão. Está funcionando até hoje, mas seus resultados podem ser diferentes.
Na maioria dos casos, você não precisa se preocupar com a interferência no cabo coaxial, porque a distância entre os aparelhos é muito pequena. Mas caso ela ocorra, você perceberá imediatamente. Nesse caso poderá ser negócio investir em um cabo óptico.
E por último mas não menos importante:
Questão 17 do Dolby Digital FAQ – 02/02/2012: A Dolby moveu o FAQ para um PDF, e a questão agora é 18.
17. My DVD player has two digital outputs, one optical and one coaxial, and my Dolby Digital decoder has both kinds of inputs. Which should I use?
Under most conditions, optical and coaxial digital connections work equally well. Under some rare circumstances, however, coaxial cables, particularly very long ones, can pick up radio frequency (RF) interference generated by household appliances, or nearby high-tension power lines or broadcast towers.
If cost is a consideration, (how much is the cost difference? If it’s relatively small, we should just recommend optical first. This is a question Dolby Consumer staff can answer.), start with coaxial, which is less expensive. If you then hear RF interference, you can try relocating the cables, moving your components closer together so you can use shorter cables, or, if all else fails, changing to costlier optical cable. If cost is no object, using high-quality optical cables from the outset is probably your best long-term choice.
Note: some DVD players and Dolby Digital decoders have either a coaxial or an optical connector. Be sure that the units you purchase both use the same type.
Como o pessoal da Dolby entende “um tiquinho” de som digital e não vende cabos (nem equipamentos), acho que dá para acreditar neles, se você não quiser acreditar em mim 😉
Francamente, se você não acreditar no pessoal da Dolby, é um caso perdido.
Resumo: Não existindo o problema de conexão, não existe diferença entre cabo óptico e cabo coaxial.
Existe diferença entre marcas e modelos?
Em geral, não. A indústria de acessórios para áudio faz o que pode para tentar convencer você de que há uma diferença na qualidade do cabo e que um cabo rotulado como “digital” é melhor que um cabo que não tem esse rótulo. Isso é tudo conversa fiada de vendedor.
Aliás, o que essa turma inventa para tirar dinheiro de otários endinheirados não é brincadeira. Vai desde cabos de força criogenicamente tratados custando oitocentos dólares o metro a cabos de alto-falante com moléculas orientadas, passando por cabos de rede de 1,5m por 10 mil dólares. A lista de invenções dessa turma simplesmente não tem fim.
Na prática, se você pegar o mesmo cabinho RCA que você já usa para ligar o seu DVD à entrada de vídeo composto de sua TV para interligar o DVD com o Home Theather, vai ter a mesma qualidade de som que teria com um cabo “digital” 10 ou 100 vezes mais caro. O mesmo vale para os cabos ópticos. Um cabo óptico de R$5 (sim, dá para comprar um por esse preço) não é pior que um cabo de R$500, desde que a conexão seja feita e ele seja deixado em paz.
Explicando de outra forma: Faça a conexão com qualquer cabo que você encontrar que encaixe nos respectivos conectores. Saiu som? Não tem estalos nem interrupções? Então se você comprar um cabo 2x, 10x ou 100x mais caro não vai notar diferença alguma na qualidade do som.
É claro que comparar um cabo enferrujado e sem blindagem com um cabo bem feito com contatos limpinhos é covardia.
Mas você não estaria se referindo apenas a equipamento doméstico? E em um equipamento de alta qualidade?
Não importa se seu equipamento é um doméstico de R$300 ou um “profissional” de R$30 mil. Conexão digital é conexão digital. Bits não ficam diferentes à medida que o preço do equipamento aumenta. E a velocidade e o protocolo de comunicação são os mesmos.
É um delírio comum entre lunáticos com mais dinheiro que discernimento, que provoca crise de risos em qualquer profissional de eletrônica, afirmar que o preço do cabo tem que ser compatível com o preço do equipamento. No domínio analógico isso já é altamente questionável, porque um equipamento “melhor” deveria ser capaz de se virar com condições piores, mas existem alguns detalhes que precisam ser observados. Já no domínio digital o delírio dessas pessoas fica evidente. Apenas “trouxas” compram equipamentos caros que requerem um cabo digital “especial” para funcionar.
Dizer que um equipamento de áudio mais caro requer um cabo digital “melhor” é como dizer que ao comprar uma placa-mãe mais cara você vai precisar trocar seu cabo de rede por um mais caro senão a conexão à internet vai se deteriorar. Ou que ao comprar uma placa-mãe de R$800 você precisa trocar seus cabos SATA de R$5 por cabos de R$100 senão os dados nos seus HDDs serão corrompidos.
Você acha admissível que um leitor bluray de R$1000 tenha dificuldade para ler os mesmos discos que um leitor paraguaio de R$200 lê sem qualquer dificuldade e o fabricante ainda bote a culpa nos discos? Afinal, são apenas “0”s e “1”s. A idéia aqui é a mesma: o produto mais caro tem a obrigação (garantida pela suposta superioridade de sua eletrônica) de fazer mais com menos.
Como mais uma evidência disso, James Randi já ofereceu um milhão de dólares para quem pudesse provar a superioridade de um conjunto caríssimo de cabos de alto-falantes e ninguém sequer tentou! No domínio digital é que ninguém vai conseguir provar mesmo.
Se cabos fossem assim tão importantes, o melhor equipamento do mundo seria o 3-em-1
Pense bem. Se tanta coisa de ruim assim pudesse acontecer com o precioso áudio por causa de um cabo, não seria o caso de se criar equipamentos sem cabos? Um equipamento único com funções de amplificador, receiver, dvd e blu-ray player seria o máximo em conveniência ao mesmo tempo que o máximo em qualidade, não é mesmo? Afinal, o sinal de uma etapa entraria direto na próxima. A distância percorrida seria medida em milímetros. E toda a conversa mole sobre jitter automaticamente deixaria de fazer sentido.
Quantos produtos high-end desse tipo você conhece? Pelo contrário: os chamados “sistemas integrados” não costumam ser associados a amadorismo e uso doméstico?

Se cabos fossem tão importantes, esta seria a aparência geral dos melhores equipamentos hi-fi do mundo.
Mais sobre a qualidade do áudio
Além do que eu já disse, a tecnologia digital ainda incorpora a correção de erros (algo inexistente no domínio analógico). O receptor tem a capacidade de se certificar de que o que ele recebeu foi exatamente o que o transmissor enviou e até corrigir pequenas discrepâncias. O cabo simplesmente não pode (nem que você queira) criar ou absorver uma interferência que não possa ser notada pelo receptor e corrigida ou sinalizada com um erro. Se você colocar um cabo que deteriore de alguma forma o sinal, o receptor pode simplesmente ficar mudo esperando que você coloque um cabo que funcione.
A explicação mais freqüente dada pelos audiófilos para justificar que existe uma diferença na qualidade é a ocorrência de um fenômeno denominado “jitter”. Embora jitter seja de fato um problema em circuitos digitais (ocorre também em cabos de rede), é um problema que tem solução fácil justamente porque os sistemas são digitais e implementam correção de erro. Em sistemas corretamente projetados, os efeitos do jitter jamais poderiam ser perceptíveis.
Você precisa entender que:
O que o player entrega ao amplificador através da conexão digital não é áudio: ele entrega dados que serão interpretados e convertidos em áudio. O que um disco de DVD ou bluray carrega não é áudio. Ele carrega dados que serão convertidos em áudio lá no final da cadeia de transmissão (o amplificador).
O computador que você está usando para ler esta página transfere dados de um lado para outro centenas de vezes mais rápido que a conexão entre o DVD Player e o HT e mesmo assim não perde nada! Um único bit que conseguir passar errado pelo sistema digital de correção de erros pode travar a máquina ou inutilizar um download. Com que freqüência sua máquina trava? Dez vezes por segundo? Sim, porque teria que haver uma freqüência de erros (não corrigidos) dessa magnitude na comunicação entre o player e o amplificador para que seu ouvido pudesse perceber!
Você consegue trazer para você um arquivo pela Internet que pode estar a dezenas de milhares de quilômetros de sua casa. A maior parte do percurso é feita por fibra óptica e esse arquivo tem, no mínimo, que enfrentar centenas de metros de fio comum de telefone até chegar ao seu computador. E mesmo assim chega perfeito. Que raios de sistema digital mal projetado seria esse incapaz de fazer uma transmissão perfeita numa distância de um metro?
Mas o cara jura que testou e percebeu uma diferença!
“É muito difícil não ouvir o que você espera ouvir” – Frase atribuída ao engenheiro especialista em alto-falantes Siegfried Linkwitz
Do ponto de vista da ciência, experiências em áudio onde você mesmo muda de um cabo para outro e avalia as diferenças não tem validade. Para ser válido, o teste tem que ser preferivelmente do tipo double-blinded (duplamente cego), onde você fica apenas ouvindo o som enquanto outra pessoa (que também não deve saber a diferença entre os cabos) muda as conexões aleatoriamente. E o teste deve ser repetido por um número estatisticamente suficiente de vezes. Se você acertar todas as vezes, então existe uma diferença no seu equipamento. Se você errar uma única vez que seja, a diferença já foi pro espaço. Também não adianta comparar a diferença de um equipamento usando coaxial com outro usando fibra óptica (ou comparar diferentes “marcas” de cabo digital usando equipamentos diferentes), pois isso invalida a comparação. Se você quer testar cabos, só o que pode ser diferente entre os testes são os cabos.
É preciso levar em conta a força da auto-sugestão. Já vi vários relatos informais, espantosos, que provam que Siegfried Linkwitz está certo. Coisas como alguém pedir a você para “pôr mais agudos”, você fingir que está ajustando o controle e mesmo assim a pessoa ouvir o som ficar mais agudo.
Eu sei que áudio é um campo onde impera a subjetividade. É difícil para uma pessoa sem ouvido treinado entender o que quer dizer “o som está mais cristalino”, “encorpado”, etc., Mas mesmo as afirmações subjetivas mais complexas podem ser cientificamente comprovadas ou descartadas com o teste double-blinded. Não é possível que a diferença exista e o cara que supostamente a ouve não seja capaz de apontar com exatidão, 100% das vezes, qual dos cabos é o ruim, mesmo completamente “cego”.
Você é capaz de encontrar algum relato confiável de teste double blinded que demonstre que existe uma diferença entre coaxial e óptico ou que a marca do cabo faz diferença? Eu não consigo. Mesmo com todo o blá-blá-blá sobre jitter não há um só teste cientificamente conduzido que prove a diferença. E olha que qualquer grupo de pessoas consegue organizar um teste desses pois não é necessário nenhum equipamento caro ou específico. O teste não é um procedimento científico complicado que gera resultados que somente cientistas entendem. Pelo contrário: é tão simples quanto um jogo. Mesmo assim as provas não existem. E como não conseguem provar, eles tentam desacreditar os testes.
Se alguém vier teimar com você que a diferença existe, desafie-o para um teste double-blinded. Muito provavelmente ele vai dizer que testes double-blinded não são confiáveis (pergunte então se ele acredita mais em Alvo Dumbledore que em Albert Einstein) ou arrumar um compromisso urgente com o dentista no último minuto.
Eu encontrei comparações divertidas que ilustram a bobagem que é acreditar nas diferenças, como esta:
“Dizer que um sinal digital que carrega informação sonora tem maior qualidade com cabos caros é tão estúpido quanto dizer que as imagens que você baixa da internet parecem melhores se você usar cabos caros para esse propósito”
Nesta discussão em português, onde existe uma presença maior de audiófilos, você verá argumentação claramente contra a minha opinião e umas poucas vozes a favor (não de mim, mas do conceito que estou defendendo).
Nesta outra, em inglês, onde existem mais engenheiros, você verá que a tendência é achar que a existência de uma diferença é meramente fruto de auto-sugestão. Ou talvez de hipnose coletiva criada pela indústria de cabos 😀
Resumo: não jogue seu dinheiro fora! Use o cabo mais barato que funcionar e ponto final!
Muito bom seu artigo. Está bem imparcial. Apesar de tudo, estou procurando algo que fale sobre marcas, já que o mercado está inundado de diversos fabricantes e eu não quero pagar mais pelo mesmo, mas não quero um produto “descartável”. Alguma sugestão? Sucesso!
Grande Ryan….
Quando li o seu artigo, eu consegui uma resposta segura e definitiva p/ a minha dúvida.
Para vender, eles falam que até o “Bolinha é a Luluzinha”… e vice-versa.
Um grande abraço e continue escrevendo e publicando!!!!!
Seja bem vindo, paraibano!
Eu ainda tenho uma dúvida, tenho um receiver de TV digital com saída de áudio coaxial e saída de fibra óptica, para conectar o receiver ao Home Theater obtive a informação que o cabo óptico é o ideal pois ele suporta som Dolby digital 5.1 e o coaxial não. Será que essa informação procede?
Eu não acredito que você tenha lido o meu texto e ainda faça essa pergunta.
Eu gostaria de fazer a mesma pergunta do Luís Fernando Alves. “…cabo óptico é o ideal pois ele suporta som Dolby digital 5.1 e o coaxial não.”?
eu não vou ler todo o texto… e por isso endosso a pergunta… eu gostaria de um texto dinâmico…
Não, o que você quer é consultoria gratuita, sem nem se dignar a demonstrar algum respeito pelo tempo que eu levei redigindo o texto. Afirmar que “não vou ler todo o texto” me insulta. Eu tive todo esse trabalho de redigir o texto para ajudar a completos estranhos, mas você não que se dar ao trabalho de ler nem para ajudar a si mesmo!
A resposta a essa pergunta está no texto. Se você tem preguiça de ler (e pensar), por que eu deveria ter disposição para responder?
Entrei no google hoje procurando a mesma dúvida e tive uma resposta muito clara gastando cerca de 6 minutos lendo seu texto. Parabéns pela clareza e pelo compartilhamento do conhecimento.
Muito boa explicação Jefferson! Eu concordo plenamente com você, comprei um cabo digital óptico para ligar meu PS3 ao meu Home Theater, e paguei R$15 no cabo, meu amigo comprou um cabo de R$200 para a mesma finalidade e disse que o dele era muito melhor que o meu! Então eu levei o meu de quinzão na casa dele pra testar e pra surpresa dele a qualidade do audio foi a mesma!!! Ele ficou puto de ter pagado 200 no cabo e eu obter a mesma qualidade em um cabo mais de 20 vezes mais barato kkkkkkkk Valeu Jefferson!
Isso aí Jefferson, tolerância zero para esse povo panguão!
ARTIGO PERFEITO, VI ALGUNS INDIVÍDUOS FAZENDO PERGUNTAS SEM AO MENOS TEREM LIDO O TEXTO, ONDE FACILMENTE ENCONTRARIAM A RESPOSTA, NÃO TEM COMO AJUDAR PESSOAS QUE NEM AO MENOS SE ESFORÇAM EM PENSAR O MÍNIMO POSSÍVEL E ACEITÁVEL, QUANTO AO SEU TEXTO É O MELHOR QUE ENCONTREI ATÉ HOJE SOBRE O ASSUNTO, PARABÉNS!!!
Gostei das explicações. Sou radioamador e portanto entendo um pouco de cabos coaxias (eles conectam meu tranmissor ao sistema irradiante (antena). Aqui sim, o comprimento do cabo e suas características físicas tem grande importancia, posto que um cabo mal feito ou com ligaçoes mal executadas nos conectores proporcionam o aparecimento de ruídos indesejáveis na transmissão e na recepçãodos sinais. Agora quando o sinal for digital (tipo packets ou sinais de SSTV por exemplo) a existencia de watch-dogs nos programas, inibe sua repetição assim como de outras estações, isto é, esses sinais são rejeitados e pede uma nova repetição dos dados incorretos.
boa noite, gostaria de saber se hà diferença de cacbos ópticos digitais,pois comprei um para conectar minha TV no home mas não sai 5.1. do som dos filmes da Globo que diz ser possível assistir em 5.1 se disponível.Obrigado.
Se você consegue som stereo mas não consegue som 5.1, seu problema não é cabo.
Jeff, voce matou a pau. Concordo e comprovei ao vivo. Talvez em laboratórios super elaborados e modernos possamos sentir a diferença, mas a “ouvido nu” acho muito pouco provável.
Uma questão, tenho um DVD com saída Optica e meu HT tem uma entrada Coaxial digital livre. Estou buscando um conversor de sinal Optico para coaxial. Acha que vai funcionar e o som digital final será verdadeiro ?
Abraços.
Para o Abrão Langendorf: – Se você usa decodificador DIGITAL HD da NET, só obterá áudio 5.1 se ligar a saída de audio digital do decodificador diretamente à entrada de áudio digital (SPDIF) do HT, sem passar pela TV.
O decodificador mais recente da NET (aquele cedido em comodato) só tem saída digital COAXIAL de áudio 5.1. (não tem saída ótica)
Caso a recepção do sinal digital seja pela sua própria antena, talvez o problema seja só de CONFIGURAÇÃO de áudio da TV.
Boa noite pessoal! Li todo o artigo do Jefferson, e fiquei pasmo em saber de tanta coisa, que um leigo como eu, poderia estar sabendo, e aproveitar as considerações. No meu caso, tenho um home theater SANSUNG, com sua entrada óptica acoplada à um decodificador HDTV da SKY, também, com sua saida óptica acoplada. Quando o áudio de um filme que jura estar transmitindo em 5.1, aparece somente nas caixas frontais, e no subwoofer. Quando mudo para um outro canal, por exemplo o NATGEO WILD, o som é manifestado em DOLBY 5.1. Isto, eu percebo, no som totalmente envolvente, com efeitos fantásticos de reprodução, pois a resposta em frequencia, muda da agua, para o vinho. Quero crer, que o problema não estará no cabo, ou no sistema óptico, e sim, numa falha na própria transmissão da operadora daquele canal em questão. Também, tenho em outra sala, um outro decodificador SKYHDTV, désta vez, acoplada na saida digital via cabo rca COAXIAL, na entrada de um HOME THEATER PHILIPS com entrada rca, digital COAXIAL, e consigo perceber diferenças, no que diz respeito aos efeitos de DOLBY 5.1, acontecendo como no relato anterior, quando os efeitos, além de serem mais pobres, também, há a mesma distinção de efeitos 5.1, e 2.1. Em outras palavras: vejo diferenças de reprodução entre entradas óptica, e coaxial. Alguém aí, já passou por esta experiência?
Prezado Josue. Estou aprendendo também mas, quanto às diferenças que você percebe, como o Jefferson diz no artigo, a comparação entre dois equipamentos diferentes em ambientes diferentes não é válida por inúmeras razões. Dentre elas, a própria acústica dos diferentes locais e a diferença de equipamentos que você tem (Samsung e Philips).O último ponto a ser considerado, portanto, seria a diferença da conexão.
Delamar, com a saída HDMI do decodificador NET HD você também consegue o Dolby ou o DTS 5.1 entrando no HDMI do HT.
Olá Jeferson,
Parabéns pela matéria abordada, há pouco material claro e bem definido na internet como o seu.
A tempo vinha procurando entender ao certo este dilema e agora após ler este seu tutorial as cosas ficaram bem mais claras. E o mais importante, seu texto foi postado em 2004 e hoje em 2011 continua contribuindo.
Abraços e continue postando.
Brilhante, ta tudo muito claro, só gostaria de colocar em questão uma dica que tive em um manual de instalação de meu equipamento HT da Bose, caso seja feita a opção por cabo coaxial ou optico seria interessante mesmo assim manter as conexões analogicas, para suprir o sinal de audio nessas possiveis “interrupções no som” que possam ocorrer provocadas pelo sinal de origem, achei sensasto.
Eu creio que isso raramente irá funcionar, se é que funciona. Para que funcionasse seria necessário que o aparelho chaveasse para a conexão analógica automaticamente e muito rapidamente. Com os meus HTs certamente não funciona.
Grande materia Ryan.
Acredito que o mesmo principio seja valido caso a transmissão fosse por alguma forma de propagacao sem fio. Claro que o wireless sofreria com as variações do ambiente mas uma vez recebido os dados eles teriam a mesma qualidade do cabo.
Uma pequena duvida que tenho é a seguinte. Meu BD-Player decodifica o som em Dolby TrueHD e DTS Master Audio porém só tem saida digital coaxial.
Se eu adquirir um HT mais básico que não possui decodificador interno desses formatos acima e ligar ele ao BD através do digital coaxial o BD faria a decodificação dos formatos e enviaria ao HT ?
Algumas pessoas me disseram que ele não enviaria pois os cabos Optico e Coaxial não suportam a largura de banda que esses formatos demandam (diseeram que apenas o HDMI possui). Então entrei em duvida pois a fibra-otica possui uma alta taxa de transferencia e mesmo assim não seria suficiente para a transmissão dos dados ?
o BD faria a decodificação dos formatos e enviaria ao HT ?
Não basta decodificar. Se o seu HT não tem suporte Dolby TrueHD e DTS Master Audio é preciso decodificar e converter.
Então entrei em duvida pois a fibra-otica possui uma alta taxa de transferencia e mesmo assim não seria suficiente para a transmissão dos dados ?
Fibra óptica pode até ter. Mas o padrão SPDIF usado na conexão certamente não tem.
Isso do BD decodificar o audio HD para enviar para um HT mais “simples” (sem AudioHD) é possível sim, a decodificação por parte do BD teria que ser no fomato PCM multicanal mas esse HT teria que aceitar conexão de “entrada” por HDMI, hoje no mercado tem modelo(s) da Samsung e Sony que não possuem decodificação TrueHD mas aceitam entrada HDMI e PCM Multicanal. A trasmissão do Audio dessa forma não existe perda de qualidade em relação à gravação original, ou seja, tão boa quanto o próprio HT ter suporte aos formatos. Agora os BDs também podem fazer downsampling do AudioHD para Dolby e DTS normais para poder utilizar a saída ótica/coaxial, mas neste caso o Audio terá perdas em relação ao original.
Só para confirmar, sim, conexões óticas e coaxiais não tem largura de banda suficiente para o AudioHD.
ZéBedeu, entendi corretamente sua afirmativa de que cabos coaxial e ótico não transmitem áudio HD? Só HDMI consegue enviar tais formatos?
Grande Jefferson.
Obrigado pelos esclarecimentos. Conversar com profissional é outro nivel. n_n
Abraços.
Caro Jefferson, sua explanação é perfeita tecnicamente e correta, mas você esqueceu um único item que faz a diferença entre marcas e preços. Muitas vezes os cabos de menor custo são os famosos de marca CHING LING, muitas vezes sem padrões de qualidade de produção. No caso de cabos ópticos, podem não estar devidamente montados (alinhados como você mesmo descreveu), ocasionando problemas de conexão. O mesmo pode ocorrer com os cabos coaxiais mal conectorizados ou com condutores de má qualidade (já comprei cabos onde os fios de cobre que o compõem eram recozidos!!!, o que muda a resistência do cabo), ocasionando os “humm” ou outras interferências (até mesmo perdas não audíveis/visuais). A marca de um cabo e o preço só se justificam com relação a qualidade de produção, mas não com os valores absurdos que encontramos no mercado para cabos com a mesma qualidade. Lembro ainda que as marcas mais renomadas possuem um nome a zelar no mercado e as marcas CHING LING não estão nem aí.
Parabéns pela demonstração de capacidade técnica.
Sim, mas se você colocar um xing-ling e funcionar, sem interrupções do sinal, você pode ter a certeza de que comprar um cabo 30x mais caro não vai melhorar absolutamente nada.
Boa tarde a todos. Primeiramente gostaria de parabenizar pela iniciativa do texto, que apesar da rebeldia (explicita), foi muito bem escrito.
Aproveitando a pergunta do Sergio, gostaria de reforçar que o texto está associado a conexões exclusivamente digitais.
Cabos de interconect podem ser digitais ou analógicos. Os digitais, como o texto explica com muita clareza, não apresentam diferenças “sônicas” entre sí, por outro lado, cabos analógicos, sendo usados como interconect, podem apresentar diferenças de performance e timbragem.
Por causa da minha experiência com música, acabei percebendo as diferenças entre cabos, pois em instrumentos musicais como violões, guitarras e baixo, que interagem eletricamente com os condutores, aterramento e etc, nota-se muitas características diferentes com trocas de cabos, desde ruídos e ganhos e volume, até mesmo características do timbre do instrumento em sí.
E antes que alguém pergunte, eu sou a favor da utilização de cabos com boa construção (não necessariamente caros) porque sei que não terei problemas com eles.
Mil parabéns Jefferson, sucinto e perfeito.
otima explicação… quanto ao som em 2.1, 5.1, 7.1… temos q pensar em um pacote de dados sendo transmitidos q serão interpretados no HT…
Boa tarde concordo com o que o Jefferson explicou sobre dados digitais, mas estamos de um cabo simples porem que tem o minimo de preocupação com a qualidade, sim não deve-se sentir diferença mas pelo amor de Deus não usem cabos chineses de 1,99 pois o metal com que é feito é de péssima qualidade e ai sim voçê irá degradar o sinal e deixa-lo susceptivel a interferencias externas portanto cabo bom e barato e adequado e não apenas barato ok?
Boa tarde Jerffeson, muito interessante seu texto, porém vc esqueceu que nas opçoes de conexao rca, onde nos aparelhos exibe aquele plug vermelho e branco a conexão não é digital, é transmitido apenas por variações elétricas que são amplificadas no HT. Só é digital as conexoes HDMI e Optica. Pode verificar essa informação, pois ela está correta.
É preciso ser ao mesmo tempo espantosamente ignorante e arrogante para ir bater na porta de outro cara para corrigi-lo/contradizê-lo sem ter a menor idéia do que está falando. E usando esses termos.
Então você acha que me flagrou cometendo um erro que invalida metade do meu texto, incluindo metade do título, e nenhum dos outros dezenas de comentaristas percebeu? Esse deveria ser justamente o sinal vermelho que faria o ignorante, mas não arrogante, parar e reavaliar o que sabe. Mas a arrogância não tem freio.
Quando você finalmente conseguir enxergar o conector RCA laranja atrás dos DVD players e Home Theaters, esse seu mundinho vai se despedaçar. A não ser claro, que os únicos aparelhos que você conhece sejam aqueles que seu pai e sua mãe compraram e deixam você usar. Aí não vai ter jeito mesmo. Você vai continuar vivendo nesse seu mundinho por muito tempo ainda.
P.S. De agora em diante você será 100% ignorado.
Em resposta ao André.
André inicialmente fiquei com duvida parecida sobre o cabo RCA (vermelho / amarelo / branco). O que o autor quiz dizer é que podemos utilizar o cabo RCA para interlizar o audio via conector denominado “Coaxial”… logicamente só um fio, os outros dois ficariam inutilizados e também, desde que o DVD tenha saida de audio coaxial e o HT tenha entrada coaxial. Tipo assim, eu não preciso comprar um cabo novo só pra fazer essa ligação (geralmente sempre temos um rca sobrando). O mesmo é valido ao ligar “Video Composto” do DVD a TV com cabo RCA, a diferença esta apenas na cor dos plugs.
Jefferson,
Parabéns pela matéria, me sanou varias duvidas e outras que eu nem sabia que existia. graças a Deus eu sempre fui meio pão duro e nunca comprei Cabos que se dizem melhores, folheados a Ouro, etc….
Exelente Post amigo,comprei um z906 e acabei não podendo usar os cabos que vieram juntos,pois minha placa de som no caso do meu PC não possui entradas p2 normais,tem a optica,p10,coaxial e mais duas que não lembro, ai estava meio reseoso com o que usar…vou no coaxial de inicio,se eu sentir que tem muita interferencia,tento um optico,se eu conseguir estrutura para meu quarto…hehehe…grande abraço!
Jefferson.Bom dia.
Com duvida e opnião:
Acabei optando por comprar o cabo coaxial para o sistema Logitech z906 que obtive,pois os opticos,não encontrei nas lojas as quais normalmente compro.Bom minha duvida é referente ao material usado neste cabo a qual eu comprei da marca Goldship é todo emborrachado e com os plugues banhado a ouro. imagen: http://www.atera.com.br/figuras/cbdigiaidio.GIF.Bom a tempos atras li um poste que dizia que plugues com “banho” a ouro,pintados…possuem melhora em questão a interferencias de pikos de eletrecidade e tal.Bom meu conhecimento não chega perto do seu referente ao Post que você fez e estou comentando,mas é real essa afirmação? Certo concordo com você NÃO sou nenhum audiófilo profissional,mas gosto que o som fique sem ruidos,interferencia e estourinhos chatos….Bom é isso….Obrigado!
Boa tarde Darlan.
Ouro é um super condutor metálico, que transmite sinais elétricos. Cabos ópticos não conduzem sinais elétricos, mas sinais luminosos. Concluímos que cabos ópticos com banho de ouro nos terminais não conduzem as luzes melhor que um cabo convencional. Estão apenas usando metal preciso para cobrar mais caro pelo produto, sem qualquer melhora no desempenho associada.
Parabens pelo texto, ainda há luz (ou seriam bits) no fim do cabo!
Sanou todas as minhas dúvidas a respeito da conexao de audio digital optica x coaxial.
Ótimas explicações, não precisa nem ser engenheiro pra saber, sou técnico eletrônico e concordo que sinal binário é sinal binário, independente do meio de trasmissão, só um ruído absurso pra causar qualquer interferência.
Em um cabinho de 0,5 metro esquece…. O HT que recebe a informação vai transformar o binário em analógico para os A. Falantes da mesmíssima forma.
(Se houver alguma diferença será justamente o oposto, no coaxial o processo é mais rápido, porque o sinal já vem elétrico, não precisa virar luz, pra depois virar sinal elétrico de novo, são talvez micro segundos de atraso, nem o super homem perceberia, mas só pra comentar)
Parabéns pelo Post
Olá Jefferson, parabéns pelo texto, ele me seviu muito, pois estou com um problema em minha conexão óptica e fui enganado pelo discurso de que “a marca do cabo influencia”, agora sei que joguei dinheiro fora, mas tudo bem.
Estou tendo um problema de perda de sinal, liguei minha TV LED Samsung em meu HT também Samsung via cabo óptico, aparentemente tudo deu certo, mas quando estou vendo um filme ou algo que não esteja sendo transmitido pelo HT em alguns momentos ocorre perda de sinal, fico sem som por 1 ou 2 segundos aí ele volta, não acontece com um padrão de espaço de tempo, já troquei o cabo por outro 2 vezes mas não funciona direito.
Não tenho a intenção de obter uma consultoria gratuita, mas se tiver uma solução para meu problema e puder me enviar por e-mail me ajudaria muito, por favor me informe o valor do seu serviço.
Aguardo seu retorno.
Abraço,
Rodrigo
Os vídeos por acaso não tem em comum o áudio ser DTS? Eu tenho um HT Sony que tem um bug conhecido que provoca esse problema. Bastou trocar pelo meu HT Philips para nunca mais acontecer.
esse tópico foi foda!
parabéns jefão!
Jefferson seu texto é ótimo!
até que enfim encontrei e minhas duvidas sumiram!
Obrigado.
Sem palavras amigo, excelente post, dos mais duráveis que já vi. Continue acrescentando que vai ficar vivo por gerações. Virei seu fã.
Caro Jefferson,
Perfeita a sua abordagem sobre o assunto! Só não entende quem não lê…
Acho que essa dúvida deve ser a de muitas pessoas atualmente…
Tenho um HT que só possui uma entrada digital ótica (não há HDMI IN, nem Coaxial Digital IN), porém, meu decoder da Sky só possui uma saída Coaxial (Coaxial Digital OUT). Encontrei um conversor que promete fazer o trabalho de converter o sinal do “Coaxial OUT” para “Ótico IN”… Você já teve a oportunidade de testar este equipamento para saber se o som que sai na ponta é realmente Dolby Digital 5.1?
No mais só tenho a agradecer pelas informações, afinal, compartilhar conhecimento é um ato de nobreza!
Sds.,
Marcelo
Um conversor desses nada mais é do que um circuitinho simples com um LED. A mesma coisa que existe nos aparelhos que tem ambas as saídas, coaxial e óptica.
O que entrar, vai sair.
Putz, matou a pau!! Em minutos ficou tudo esclarecido.
Parabéns e obrigado.
Artigo muito bom! Deve fazer uns 5 anos que to usando a “conexão-preguiça” (DVD SEMP e HT Philips com os cabos vermelho e branco!). Agora que me instalei definitivamente numa casa própria, resolvi tirar o máximo de potencial e veio a dúvida sobre a escolha da saída (os dois aparelhos têm saída coaxial e óptica). Graças a esse post já posso começar com o coaxial e ver se vai de boa!
Os componenentes dos cabos nao influenciam nos resultados ? ex:cabo composto de ouro, rodium , cobre , prata ?
Não. Continua valendo o que eu disse no texto. Não existindo estalos ou interrupções, não faz diferença arame ou platina.
Achei interessantíssimo o texto e, da parte que tenho um pouco mais de conhecimento (procedimentos experimentais/científicos e estatística), creio ser a única forma possível de tornar essas “impressões” em prova.
Também adorei sua postura quanto aos primeiros posts que sequer leram sua matéria e ainda afirmaram que não queriam ler para apenas ter uma resposta simples. Sou forista de diferentes áreas, e em algumas delas com mais de 5mil posts e muita paciência para tentar ajudar sem ganhar nada com isso, apenas buscando maior conhecimento e algumas mudanças de postura por conhecimento popular/geral infundado.
Minha dúvida é a seguinte: no caso de sistemas de som automotivo, onde o sinal é processado pela HU (CD-Player), enviado por meio de RCAs para um amplificador, e chega aos falantes por cabos “speaker”… estamos falando de que tipo de cabos? Depois de processado ele se torna analógico? Neste caso, se positivo a pergunta anterior, seria perceptível alguma possível perda no processo e coerente o tipo de comentário sobre diferenciação de cabos?
Obrigado e um abraço.
Aí você já está falando de cabos que transportam sinais analógicos. Nesse caso, variações na qualidade do cabo podem gerar variações em diversas propriedades do áudio, mas só até um certo limite. Você em hipótese alguma neste universo precisaria dos cabos de 900 dólares o metro da Anjou, por exemplo. Mas assim como mesmo nesse exemplo surreal ainda existe quem diga que eles fazem diferença, você vai encontrar afirmações absurdas nas mais variadas faixas de preço.
Eu não vou discutir aqui sobre cabos analógicos, até mesmo porque é completamente fora do tópico, mas fique avisado que o que não falta nessa área é
1) gente que acha que tem um ouvido superior,
2) espertalhões querendo roubar seu dinheiro
3) e suas vítimas, os famigerados “audiotas”, que sentem um prazer masoquista ao divulgar o quanto gastaram com cabos.
Amigo, parabéns pela publicação.
Mas fica a pergunta: vc já FEZ O EXPERIMENTO de OUVIR boas gravações num sistema hifi e comparar cabos digitais de fabricantes diferentes.
Durante muito tempo pensava exatamente como você, mas um dia FIZ o EXPERIMENTO com gravações de referência e ACREDITO TER PERCEBIDO ou simplemete OUVI, que num cabo os agudos foram mais brilhantes e soltos e noutro estava mais secos.
Respeito em absoluto a física, que nada mais é que a modelização, simplificação ou tentativa de explicar o mundo que nos cerca em leis, modelos ou teorias. Mas não quer dizer que compreenda TODAS as dimensões do evento que está ocorrendo.
Abraço!
Abraços!
Já expliquei isso em
“Mas o cara jura que testou e percebeu uma diferença!”
Se você acha mesmo que é capaz de ouvir uma diferença, experimente ganhar o prêmio de um milhão oferecido por James Randi.
Boa Tarde Jefferson,
um ex-aluno meu me mandou um email questionando a veracidade da tua publicação. Primeiramente como Engenheiro, Fisico e Professor de linhas de Transmissão da Usp, com algumas publicações a respeito das variações de comprimento de onda mesmo ambientes teoricamente perfeito, posso garantir que a sua teoria é valida com ressalvas. Não quero entrar no merito da explicação teorica porque isto não é uma aula, mesmo porque não sei qual a sua formação.
Segundo como Audiofilo, concordo que pagar um absurdo por alguns cabos é realmente rasgar dinheiro, entretanto dentro de padrões racionais normais, existe grande diferença entre um cabo de fabricantes ruins para outros de fabricantes conceituados. Em algumas analises feitas ao longo dos anos, usamos muito o teste conhecido popularmente como “cego”, algumas vezes nem mesmo mudamos sequer de cabos. Usamos cerca de 10 pessoas e fazemos o resultado obtido por inferencia. A convergencia dos resultados é diferença de palco, largura de palco, profundidade, detalhamento(em menor grau), extensão(em menor grau), entre outros parametros. Se voce tiver a possibilidade faça isto em casa, tenho certeza que voce ira se surpreender.
Com relação ao Mr.James Randi, não vamos querer tomar seu dinheiro perto dos 100 anos de idade, onde o que ele preconiza é os seus USD 1M é para quem comprovar a existencia paranormal. Estou convicto que ele nem sabe o que é um cabo coaxial ou optico. Voce fica de fiador dele para esta comprovação?? Acredito que não!
Abraços e quando voce tiveres comprovado na pratica, escreva outra materia a respeito, terei o prazer em ler.
Lamento, mas James Randi escreveu com todas as letras no site da fundação JREF que estende a oferta de 1 millhão de dólares (quase dois milhões de reais) de sua fundação também para uma prova da superioridade daqueles cabos:
E, como era de se esperar, Dave Clark, assim como John Atkinson antes dele, não foi buscar o milhão de dólares.
Uau! Essa foi bem arrogante da sua parte!
Lamento, mas todo o seu texto para mim soa como “nonsense” ao alcance de qualquer um. Se você acha que pode determinar “de ouvido” a diferença entre dois cabos digitais, prove. EU terei prazer em ler o resultado do seu experimento cientificamente conduzido. Publique no seu blog e divulgue. Submeta seus experimentos ao crivo dos seus pares e da comunidade científica.
Seus comentários aqui serão vetados de agora em diante. Use seus recursos para a divulgação.
Recado para todos: este é o meu blog e não tolerarei a divulgação de nenhuma idéia que eu considero ser absurda. Tem uma opinião contrária à minha? É seu direito. Mas use seus recursos para divulgá-la. Não aceito que isso seja feito no meu site. Não desperdiço meu tempo com absurdos.
Olá Jeff, gostei da tua postura, o cara te botou contra a parede e tu saiu tangenciando o ralo, hehehe
Eu por exemplo sou farmaceutico e muitas coisas na teoria tem que ir para a pratica, somente a pratica para comprovar a teoria. Não comprovando na pratica se procura ver o que faltou na modelagem.
Eu vou fazer uns testes já que um prof da USP disse eu vou pegar uns cabos aqui e testar.
Valeu
Você quis dizer que ele “tentou”, não?
Exato. Se a prática não corresponde à teoria, é porque falta algo na teoria.
Ou, o que é mais provável por ampla margem, você está fazendo algo errado!
Êpa! Qualquer um pode vir aqui e se apresentar anonimamente como o Elvis Presley, Albert Einstein ou o Papa! Você acredita em alguém que se apresenta como “Professor Ludovico” por sua conta e risco!
Olá,
Ótimo texto e uma bela argumentação nas perguntas e respostas. Não tenho conhecimentos aprofundados sobre física ou composição dos cabos, apenas um aficcionado por som e música e com poucos recursos disponíveis.
Quanto mais eu vejo discussões no campo do subjetivo mais me impressiona a imaginação humana e o quanto ela pode ser sugestionada.
Das mais diversas configurações de áudio e vídeo que já vi o que realmente pode fazer uma diferença sempre foi relacionado aos falantes e suas caixas acústicas, acompanhado de um trabalho ACÚSTICO (portanto físico) da sala. Costumo dizer que estes pequenos caprichos do áudio fazem bem apenas ao ego da carteira do “audiófilo” endinheirado e quando diferente à uma ideia esquizofrênica e sinestésica do individuo.
É como ver uma discussão cientifica na boca de um advogado. Asneira na certa!
O que me impressiona é um suposto estudioso das questões físicas, em uma instituição respeitadissima como a USP, se deixar levar por questões subjetivas.
Não é questão de subjetividade. Até mesmo as diferenças subjetivas entre duas configurações podem ser provadas ou descartadas científicamente. Basta se submeter a um teste duplo cego corretamente conduzido. Essas pessoas defendem fenômenos já cientificamente demonstrados incontáveis vezes como sendo “peças que a mente prega” como se fossem fatos concretos.
Defender a capacidade de ouvir diferenças entre cabos digitais é como dizer que viu um moto-contínuo funcionando. No meu site eu não aceito, sob nenhum argumento.
Parabéns, Jefferson, pelo texto esclarecedor, além de muito bem escrito, diga-se de passagem. Concordo plenamente com você! Não quero desviar o assunto, mas sempre tive uma dúvida sobre as diferenças entre cabos utilizados para transferir conteúdo a altas taxas de dados. Você acha que, quando o assunto é video em alta definição, por exemplo, que requer uma largura de banda muito maior que o audio digital, vai haver diferença entre um HDMI Monster Cable e um cabo HDMI de 20 reais?
Concordo com tudo o que foi dito no tópico para a transmissão de audio, mas será que o mesmo vale para cabos que exigem uma largura de banda maior?
Oi jeferson, eu etenho uma duvida. eu tenho um home theater da Lg que só roda DVD que tem entrada Optica só que quero compra um BluRay3d
Só que os BluRay’s que eu estou interessado só tem saida coaxial e HDMI
Gostaria de saber se existe cabo com uma parte coaxial e a outra optica? se sim em media qual é o nome que se da e o preço? e eu encontro em xing-ling?
E se tem cabo que converte o som do HDMI pra optico tambem?
Tudo em 5.1 ou 7.1
Obrigado desde Ja
Bom, eu comprei um conversor coaxial-optico no ebay, pois estou tendo o mesmo problema que você. No total, já incluindo o valor do frete, ficou em 54 reais. No mercado livre tem um similar, porém bidirecional e custando 160 reais. Acredito eu, após ter lido o texto do Jefferson, e a resposta que ele deu a um outro cara, que o que entrar, sai.
http://www.ebay.com/itm/ws/eBayISAPI.dll?ViewItem&item=330467164256
Foi esse o produto que pedi, mas não testei, pois ainda não estou com ele.
PArabens Jefersson, foi muito esclarecedor, tudo que escreveu e respondeu!!
Não tenho mais nenhum duvida com relação a cabos de Audio, pois tudo que sabia e nao entendia, com a sua explicação encaixou tudo como uma luva….obrigadooo por colocar tudo que aprendeu em uma simples pagina direto e facil de entender.
Abraço
Meu bom, show de bola sua materia, eu que sempre pensei no coaxial como antigo (visão de tec. informatica onde placa de rede coaxial saiu de linha) hoje aprendi mais uma com sua dica, como téc. em eletronica tb vejo que deixei escapar várias aulas de eletrônica digital onde independente de formato de trasmisão 1 é 1 e 0 é 0, Muito obrigado pelo esclarecimento esse vai pro favoritos e de lá não sai, valeu.
Parabéns Jefferson, estava pesquisando sobre cabos antes de comprar. Seu texto faz realmente todo sentido. Tenho HDTV em casa por satélite e o cabo é um coaxial comum, se a imagem é perfeita, porque o som não seria? Não tinha me ligado nisso até ler seu texto.
jefferson (com dois “efes”), parabens, otima e objetivas suas esplanações/explicações. vc me lembra um sargentão das antigas. não tem “moleza” ou tolerancia com “indiciplina”.
Obrigado pela AULA!
Parabéns!!!! Excelente explicação. Tinha o mesmo ponto de vista que o teu, mas custei a convencer alguns colegas, agora tenho a prova kkkkk. Muito bom. Nota 10. Valeu.
Jeferson,
parabéns pela disposição e clareza exposta em suas explicações, porém resisto na dúvida a seguir:
Há anos que percebo que os aparelhos de som (homes) e outros possuem conexão para cabo ótico, persistindo até os dias atuais.
Atualmente todo mundo só fala em HDMI que por sinal é tecnologia mais recente.
Afinal de contas qual é o melhor ??? Estou para montar meu home, TV LED, PS3 etc e chegou a hora de comprar os cabos mas continuo inseguro quanto a HDMI ou OPTICAL .
Agradeço sua ajuda.
Atenciosamente,
Julio
Para todos os efeitos práticos, HDMI = coaxial. Então aplica-se para HDMI x óptica tudo o que eu disse sobre coaxial x óptica, porém com um detalhe a considerar: o padrão HDMI foi projetado para transportar também sinais sem compressão alguma enquanto a conexão óptica se baseia no padrão SPDIF que requer algum tipo de compressão (AC3, DTS, AAC…) no caso de um sinal multicanal. Então, se seu equipamento de áudio for multicanal E capaz de lidar com áudio sem compressão E for de alta qualidade E a fonte enviar áudio sem compressão E você for capaz de perceber a diferença entre áudio sem compressão e DTS, então HDMI pode ser uma melhor escolha. Senão, você não vai notar diferença alguma.
Parabéns Jefferson um ótimo e esclarecedor artigo. O que me chamou atenção são os diversos comentários ignorantes do blog. Vou citar aqui uma velha frase, “Infelizmente no mundo existem 10 tipos de pessoas as que entendem códigos binários e as demais”. Acho que essa frase resume a ignorância de quem não sabe como funciona uma conexão digital.
Só para exemplificar um caso que tenho aqui em casa, estou mandando do escritório um cabo HDMI de 35 metros para sala, funciona 100%, exceto quando eu acendo/apago algumas luzes, isso porque o cabo HDMI passa junto com fios de energia, quando ocorre uma interferência no cabo o sinal da TV e cortado por 2 segundos e volta, ou seja, a TV não conseguiu decodificar o sinal digital e cortou a exibição, logo re-estabeleceu assim que conseguiu decodificar corretamente.
Parabéns pelo artigo. Muito bom.
Esclareci muitas dúvidas!!!
Ok, Jefferson! Muito obrigado pelos esclarecimentos. Me ajudou e muito. Era isto mesmo q eu precisava.
Um abraço.
Boa noite, Jefferson.
Realmente um excelente artigo. Parabéns.
Tenho as seguintes dúvidas:
A) O cabo coaxial digital utilizado para conectar o áudio do DVD player ao receiver tem que ter uma impedância específica ou pode pode ser qualquer uma disponível no mercado?
B) Posso utilizar o mesmo cabo coaxial digital de áudio acima (que possui as extremidades RCA) em uma saída RCA L/R analógica para conectar o áudio do CD player ao receiver?
Grande abraço e obrigado.