A OAB divulgou hoje o resultado de seu exame anual e menos de 10% dos inscritos passaram na prova. Ainda menos que os 13% dos inscritos no ano passado, mesmo tendo aumentado o tempo de realização do exame. Se mesmo com essa seleção difícil, ainda temos tantos advogados de qualificação questionável no país, imagine se esse povo não precisasse prestar o exame e o diploma fosse suficiente para exercer a profissão.

Eu tive a primeira noção da quantidade assombrosa de “bacharéis de direito” que se forma todos os anos quando compareci à formatura de uma amiga minha, um ou dois anos atrás. Eu comentei com um colega a “coincidência” do fato de que quase todos os formandos tinham nomes que começavam da letra “P” em diante e ele me explicou que aquela era apenas a formatura da segunda parte da turma, que foi dividida por ordem alfabética, e os poucos gatos-pingados cujo nome não se enquadrava no padrão haviam sido encaixados de última hora.

Duas formaturas separadas de uma única turma de uma faculdade particular. E olha que a cada seis meses uma nova turma se forma! Isso é impensável nas áreas de exatas!