A tecnologia de captura de placas de veículos ao alcance de qualquer empresário.

E de qualquer entusiasta amador disposto a gastar a partir de R$600 em uma câmera LPR (Licence Plate Reader).

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Por módicos 165 dólares você pode adquirir na China uma câmera 1080p, h.264 com interfaces IP e vídeo composto capaz de ler placas de veículos se movendo a até 50km/h. Quer gastar menos? Por R$135 dólares você leva um modelo mais modesto de menor resolução e sem conectividade com a rede, que se comunica por RS485. Tem até um joystick no cabo para você poder configurar sem precisar de computador.

Isso é tudo o que, por exemplo, o dono de um estacionamento precisa. Já numa aplicação mais profissional onde você não tem controle sobre o ambiente pode precisar desembolsar mais de 400 dólares por um modelo imune a ofuscamento por faróis e capaz de ver carros se movendo a mais de 100km/h como se estivessem parados. Procure por “plate capture camera” ou “plate recognition camera” no seu site chinês preferido. Mas cuidado: tem umas ofertas ainda mais baratas de camera supostamente LPR, por 90 ou até mesmo 35 dólares, mas que não faço a menor idéia de como o número das placas é obtido porque as cameras não tem qualquer tipo de interface de comunicação.

 

11 comentários
  • Intruder_A6 - 194 Comentários

    Interessante, muito interessante.

    Com um equipamento destes você poderia automatizar totalmente um posto de pedágio (ou estacionamento), e dispensar, chips, Tags, catracas e etc. (se você quiser) e reduzir muito o número de guichês (ou até acabar com eles) para cobrar o pedágio, é só vender o pedágio por pré-pago pela Internet, sem nenhuma taxa extra e economizando com infraestrutura (economizando muito) e segurança num posto de pedágio (se não tem guichê não precisa de segurança).

    Daria para vender pelo mesmo preço do com assinatura mensal (ou pelo menos no mesmo preço do avulso no guichê) e diminuir tremendamente os congestionamentos em períodos de festas. Mas como isto é Brasil nada disso vai ser usado.

    • Jefferson - 6.464 Comentários

      Bom, o maior problema do Brasil é o brasileiro mesmo.

      No primeiro grande shopping aqui de Recife, eu ficava pu*o porque na saída expressa, que deveria ser exclusiva para quem já havia pago o estacionamento, o atendimento em vez de dizer: “senhor, nesse guichê não recebemos dinheiro, apenas o ticket pago, por favor dirija-se à outra fila”, estava equipado para receber e recebia pagamento em dinheiro normalmente.

      O que os folgados faziam? Óbvio, evidente que usavam a saída expressa, pagando na hora e atrasando a saída de quem já havia pago. No final a fila da saída expressa era tão grande quanto as outras.

      Hoje, como é tudo automatizado e *ninguém* pode pagar na saída, as filas ficam apenas nos guichês de pagamento dentro do shopping.

      • Jefferson - 6.464 Comentários

        A propósito, ou o Aeroporto Internacional de Recife tem reconhecimento automático de placas ou tem um funcionário digitando todas as que vê pelas câmeras, porque uma vez eu perdi meu ticket e pensei “ihhhh… f**eu!”. Como vão saber a hora que entrei? Mas em um minuto a balconista sabia exatamente a hora que eu havia entrado, baseada apenas na minha placa.

        Ou, talvez, eu esteja superestimando o fluxo de veículos e rever fotos da última hora de veículos que entraram seja muito rápido.

    • VR5 - 397 Comentários

      Isso me lembra aquela vez que quiseram implementar no BraZil o esquema do próprio motorista usar a bomba de combustível a abastecer seu veículo no posto (como ocorre nos EUA e acho que em outros países)… mas o “corporativismo” (vai gerar desemprego! uiuiui!) falou mais alto e retrocedemos… :rtfm:

      • Jefferson - 6.464 Comentários

        A respeito disso eu estava há bem pouco tempo me perguntando porque danado o posto de gasolina do Supermercado Extra, que é bem popular aqui em Recife, não tinha uma fila só para quem paga em dinheiro, já que o processo de pagar com cartão às vezes leva tanto tempo ou mais que o tempo para abastecer. A fila de quem paga em dinheiro poderia andar mais rápido.

        Possíveis razões:

        1) O indivíduo usa para trocar dinheiro, o que atrasa o processo. Nesse caso teria que se definir que é em dinheiro e *sem troco*.

        2) O folgado simplesmente ignora esses avisos. Ele pega a fila menor e depois mostra ao frentista o cartão de crédito. O que o frentista vai fazer? Nesse caso, seria preciso exigir nessa fila, ao contrário do habitual, que o pagamento fosse adiantado. E sendo adiantado até o problema do troco poderia ser minimizado, porque o frentista poderia procurar troco enquanto abastece.

        Pensando bem, o pagamento adiantado resolveria o problema também do cartão de crádito. Um frentista passaria com a máquina pela fila de carros fazendo o pré-pagamento e redirecionando quem já pagou para uma bomba expressa.

        Eu deixo para abastecer quando meu tanque está quase vazio porque não tenho paciência para esperar, 10, 15, 20 minutos na fila do posto para colocar apenas R$20 de combustível. Eu sempre vou para colocar R$100 ou R$120 e pago em dinheiro.

      • Saulo Benigno - 279 Comentários

        Tão fazendo algo aí em Recife em ônibus, tirar o cobrador. Funcionar sem.

        A história é que é mais seguro. Pois sem dinheiro tem menos assalto.

        Sei que na primeira semana que implementaram isso em uma linha essa linha foi assaltada.

        O lance é que sem cobrador as empresas vão aumentar muito o lucro, muito mesmo.

  • Intruder_A6 - 194 Comentários

    Eu não gosto de pedágio, mas o que mais me aborrece é aquela fila enorme para pagar nos períodos de feriadões, é realmente o fim da picada. Uma tecnologia dessa a baixo custo (ela já existe há um bom tempo mas deveria ser bastante cara) realmente pode ser o fim das filas nos pedágios, pois agora está ao alcance do mais miserável dos empresários, não tem mais desculpa. E quem não pagar, simplesmente manda a multa pelos Correios e nem precisa mais de catraca. Fácil bem fácil.

  • Intruder_A6 - 194 Comentários

    Você quer ver incentivar isso, é só as empresas darem descontos em relação ao preço no guichê (nem precisaria ser de muita coisa, pode ser de centavos), a procura seria muito grande, e as empresas reduziriam muito os seus custos (tem que ser uma via de mão dupla para funcionar, pois se houver ganho para a empresa que explora os pedágios mas não houver para os consumidores que utilizam, não daria certo), se não for assim não cola nunca.

    A não ser que estas empresas soneguem muito ou façam lavagem de dinheiro, pois assim até explica isto não ser implantado (a redução de custo e dos problemas nos feriadões seria enorme), pois automatizando fica impossível sonegar.

  • Daniel - 29 Comentários

    O Google tem uma api para Android que permite facilmente o reconhecimento de rostos, código de barras e texto.

    Agora, mais dentro do assunto, aqui em Goiás começaram os Shoppings e Pedágios com o Conect Car e Sem Parar. Eu até estaria disposto a pagar por um serviço destes de maneira pré-paga, mas agora ainda ter que pagar uma mensalidade por um serviço que diminui e muito o custo das empresas é sacanagem. Pensa quantos funcionários a menos são necessários em apenas 1 praça de pedágio, no minimo 4. E para cobrança num shopping?

    A empresa abusar do cliente é foda.

    • Jefferson - 6.464 Comentários

      Eu também acho sacanagem, mas penso que existe uma razão lógica para isso.

      Os shoppings e pedágios não querem pagar pelo serviço como um percentual dos ganhos, nem querem desembolsar um fixo pelo serviço que tem um número variável de usuários. O que eles acabam achando que é “justo” para ambas as partes em detrimento do usuário, é que o usuário pague sozinho pela facilidade.

      Mas estou apenas exercitando meu achismo.

  • Raphael Alves do Amaral - 1 Comentário

    Parabéns pela matéria, muito esclarecedora e objetiva. Jefferson, concordo com você.

    sds.,
    Raphael Alves do Amaral

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