Jefferson, 25 de março de 2018, opinião Eu só fiquei sabendo dessa presepada depois do comentário de Intruder_A6 em outro post. Houve novo adiamento mas isso não me deixa mais contente com a decisão que determina que toda a frota tenha as novas placas até 2023. Ou seja, em cinco anos todo mundo vai ter que mudar as placas do seu carro. E pagar pelo privilégio com tempo e dinheiro do cidadão.
Ainda se fosse barato e fácil… mas definitivamente não é. No mínimo custa R$151 em Recife e da última vez que tive que fazer isso, já vigorando as novas placas refletivas, perdi uma manhã inteira e tive que entrar em fila sete vezes só no Detran (duas para vistoria do veículo), fora a fila na empresa de emplacamento. É certo que o fato de eu ter decidido re-emplacar depois de ter sido multado por placa “ilegível” (só porque o agente queria propina, que não dei) pode ter complicado o processo, mas não creio que mude muita coisa, porque trocar a placa traseira sempre exige vistoria do veículo.
Alguém se lembra dos bons tempos quando para comprar uma placa nova bastava ir a uma empresa de emplacamento com o veículo?
E essas placas tem “chip”. É óbvio que vão custar mais caro e vai ter mais burocracia, né?
Eu me pergunto: por que raios essa obrigatoriedade não vale apenas para quem desejar cruzar uma fronteira com seu carro? Por que o Brasil inteiro? Eu não poderia estar mais longe de uma fronteira, morando aqui em Recife.
Como sempre, é preciso adotar a metodologia policial para entender uma decisão dessas e se perguntar “who benefits?” (“quem se beneficia?”). Meus palpites: as empresas de software que estão fazendo o upgrade do sistema do governo (tenho grande chance de estar certo ao suspeitar que não é o Serpro), os Detrans, cuja ânsia por taxas está ficando cada vez mais óbvia, e os fabricantes de placas.
Benefício para a população? Não consigo ver.
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Jefferson, 25 de março de 2018, opinião A regra existe no CNT desde 1997 e finalmente ia passar a vigorar agora em abril, mas alguém “são” no Contran decidiu deixar para 2019. E se tiverem juízo vão adiar de novo para 2020, 2021…
Não se engane: eu adoraria ver muitos pedestres e ciclistas punidos por seu desleixo e irresponsabilidade. Porém o Brasil não tem a cultura, a educação e a infraestrutura para que isso funcione.
O problema mais flagrante é que é a aplicação dessa multa é dificílima. O porte de documentos de identificação não é obrigatório no Brasil desde o fim da ditadura (nem sei se era naquela época, mas todo mundo achava que era) então mesmo que o guarda consiga deter o infrator (quem vai ficar parado esperando a autuação quando ouvir o guarda apitar?) em muitos casos terá que levá-lo à delegacia por causa disso.
Imagine só: ser levado a uma delegacia por ter atravessado a rua fora da faixa. No Brasil isso soa como piada.
Eu não ando com carteira no bolso há anos. Esta fica o tempo todo no carro. No mínimo o agente de trânsito teria que me acompanhar até onde eu tiver estacionado. Isso se eu tiver parado para dar atenção a ele, o que eu certamente não pretendo fazer se não for obrigado. Notar que se você estiver com os documentos, não apresentá-los é uma contravenção que gera outra multa e teoricamente cadeia. Mesmo sem documentos você é obrigado a “se identificar” para a autoridade, mas que autoridade no Brasil vai confiar em uma identificação verbal?
Mas se o problema só fosse esse seria muito bom. O fato é que como pedestre eu sei que respeitar essa lei é dificílimo no Brasil. Vamos começar com um exemplo menos comum: aqui se constrói viadutos e túneis ignorando completamente o fato de que existem ciclistas e pedestres. E muitas vezes o viaduto mesmo sem proteção alguma é a forma mais segura para o pedestre ou ciclista de chegar ao destino porque a alternativa é atravessar as duas, quatro, seis, oito faixas de trânsito rápido por baixo deste, o que também seria uma infração porque não existem faixas ou passarelas por às vezes quilômetros em qualquer direção. Aqui em Pernambuco, proibir alguém de andar em um viaduto é quase um atentado ao direito de ir e vir. O mesmo, evidentemente, se aplica a túneis.
E você notou que a lei também torna passível de multa jogar bola na rua sem permissão?
Novamente, não se engane: eu acredito que a rua é feita para os carros e não para festas, jogar bola, bater papo, etc. Mas no Brasil esse tipo de proibição não funciona. Agora em toda pelada vamos ter a figura do “olheiro” cuja função é gritar “olha o rapa!” quando avistar a fiscalização para todo mundo sair correndo. E o infeliz que for eventualmente pego vai ser levado para a delegacia com a justificativa ridícula de que estava “jogando bola na rua sem permissão”. Um patético desperdício de tempo dos agentes e do dinheiro dos meus impostos. Nós não estamos na Alemanha nem no Japão para as autoridades terem tempo para esse tipo de coisa.
Para isso funcionar de uma forma “sã” seria preciso que todo cidadão tivesse cadastro biométrico e todo fiscal pudesse fazer essa conferência no local da atuação. Por um lado eu acho que o cadastro biométrico obrigatório torna o país mais seguro, mas por outro lado eu não confio na estabilidade da nossa democracia.
Editado: errei feio na reclamação a seguir. Leia o comentário de Ricardo Menzer.
Por último, mas não menos importante, eu sou incapaz de compreender a regra de “só atravessar na faixa”. Se a regra incluísse “se houver uma faixa a 50m em qualquer direção” eu poderia aceitá-la. Eu não sei como é em outra grande cidade, mas aqui em Recife exigir do cidadão que este procure uma faixa, sem sequer saber a que distância ela está e em qual direção e vai transformar um percurso de 10 metros em uma caminhada de centenas é algo que desafia o meu senso de lógica de uma forma que me obriga a partir para o desafio e continuar atravessando onde eu bem entender. E olha que eu sou o tipo de pessoa que “por default” respeita a autoridade. Imagine aqueles que preferem o confronto.
Isso não pode dar certo.
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Jefferson, 24 de março de 2018, opinião Por um lado, é verdade que hoje é mais fácil você esquecer a carteira em casa que o celular e a possibilidade de emitir cópias autenticadas sem precisar dos detestáveis cartórios é um grande bônus.
Por outro lado começou mal, com a cobrança aqui em PE de uma taxa de R$48 para a emissão, que nada mais é que anexar um número de telefone celular e endereço de email ao seu cadastro no Detran. A justificativa é que isso precisa ser feito com segurança e por isso precisa ser presencial (se você não tiver um certificado digital), mas o “engraçado” é que aparentemente você não pode aproveitar o processo de emissão de segunda via da CNH física (R$91) ou renovação (R$93) * para inserir esse número no seu cadastro, quando nos dois você precisa ir pessoalmente ao Detran com documentos de identidade com foto, então por que pagar R$48 pela simples digitação de uns 30 caracteres no seu cadastro?
Notar que você precisa emitir uma segunda via ou fazer uma renovação se não tiver ainda uma CNH com QrCode, que é indispensável para a emissão da CNH-e.
Mesmo considerando uma emissão isolada, já que todo o trabalho de ir até o Detran com os documentos é seu, proporcionalmente essa cobrança de R$48 faz a taxa de R$12 dos Correios para fazer o desembaraço de uma encomenda internacional na RFB e entregar na sua casa parecer “de graça”.
E ainda temos o problema, que não é insignificante, de ter uma app do Estado rodando no que é considerado um instrumento de vigilância orwelliano (o smartphone). Temos a “vantagem” hoje de que em versões recentes do Android você pode negar permissão de uso da localização, acesso a arquivos e outras permissões preocupantes que supostamente a app não requer. Mas isso pode mudar a qualquer momento e a app pode em uma atualização obrigatória qualquer exigir essas permissões sob as mais estapafúrdias justificativas (se derem alguma) e a democracia no Brasil tem andado na corda bamba há uma década por isso não gosto da idéia de incentivar o Estado a se infiltrar dessa forma em minha vida. E ainda pagando pelo privilégio.
* Você consegue entender por que a emissão de uma segunda via custa tão caro quanto o processo de renovação, que inclui teste no Detran e exame médico?
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Jefferson, 20 de fevereiro de 2018, opinião Eu não estou falando de “errar”. Isso, durante uma missão, não é direito do astronauta mesmo.
Alguma coisa a que assisti recentemente fez menção a “todo mundo tem direito a uma segunda chance” e eu estava ponderando sobre essa idéia quando me lembrei do caso da astronauta especialista em robótica Lisa Nowak de 43 anos que em 2007 espantou a NASA e o resto do mundo com uma inacreditável crise de ciúmes. Resumindo, ela dirigiu 1700km supostamente usando fraldas geriátricas para não ter que parar em lugar nenhum, com a intenção de seqüestrar ainda no aeroporto sua rival no relacionamento com um oficial da força aérea. No seu carro a polícia encontrou peruca, capa, facas, uma pistola de ar e spray de pimenta entre outros itens.
Ora, o caso não poderia ter menos a ver com sua condição de astronauta, mas você mandaria outra vez para uma missão no espaço uma pessoa capaz de fazer algo desse tipo de uma hora para outra? O pessoal da NASA certamente não e um mês depois da prisão ela não era mais astronauta. Ela pode ser perdoada pelo seu erro, claro (em um certo nível), mas não existe nenhuma quantidade de desculpas e acompanhamento psicológico/psiquiátrico que a tornem apta a dividir de novo uma cápsula espacial de milhões de dólares com outros seres humanos. Menos de um ano antes ela passara treze dias na estação espacial internacional (que tem um custo estimado de cem bilhões de dólares) como engenheira de vôo.
Astronautas, para todos os efeitos práticos, tem um tipo muito especial de loucura para se submeterem a passar semanas ou meses isolados do resto do mundo e permanentemente sob risco de vida. A loucura deles é especial por ser absolutamente previsível. Qualquer outro tipo de comportamento insano não pode ser perdoado pela agência responsável por trazer todo mundo de volta vivo.
E certamente não é o único caso onde “todo mundo tem direito a uma segunda chance” não faz sentido.
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Jefferson, 17 de janeiro de 2018, opinião Em dezembro ficamos sabendo que submarinos russos tem demonstrado uma grande atenção por regiões por onde passam cabos de comunicação submarinos intercontinentais. Cabos estes dos quais depende quase toda a comunicação civil (internet, comércio, bancos, etc) do mundo. Apesar de achar isso preocupante eu me perguntei: mas todas as outras potências não devem fazer o mesmo com os cabos russos?
Aparentemente a coisa é ainda mais preocupante para a Rússia, que por um lado parece ter poucos cabos submarinos mas por outro parece depender demais de outros países que ficam no caminho por onde precisam passar suas comunicações. O site submarinecablemap dá uma visão muito interessante da situação:
Você poderia imaginar que o jeito seria investir maciçamente em comunicação por satélite, mas isso só reduziria o número de nações capazes de destruir as comunicações mundiais às três que tem a tecnologia para isso: Rússia, EUA e China. É ingênuo achar que essas três nações não tenham já planos prontos, completamente operacionais, para destruir os satélites das outras. E não pense que por você não morar em nenhum desses países você não seria afetado.
E como se isso não fosse o bastante, um louco como o ditador da Coréia do Norte agora parece ter a tecnologia para, no mínimo, gerar um pulso eletromagnético na alta atmosfera fritando todos os circuitos eletrônicos de uma nação. Ao contrário do que muita gente imagina, mesmo aparelhos desligados seriam destruídos. É claro que isso não iria afetar apenas as comunicações.
É melhor não pensar muito nessas coisas.
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Jefferson, 14 de dezembro de 2017, opinião
- A compra da Fox pela Disney não pode ser boa para o público;
- O fim da neutralidade da rede nos EUA promete ser um desastre sem precedentes para a internet. E o mundo inteiro vai sentir os efeitos.
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Jefferson, 22 de setembro de 2017, opinião E depois tentou esconder o resultado.
Pois é, depois de ter gasto quase meio milhão de dólares para descobrir o que quase todo mundo acha óbvio, a União Européia ficou desapontada pelo estudo não ter o resultado que Hollywood e a MAFIAA (MPAA e RIAA) desejam ver.
Que fique claro: eu não faço apologia à pirataria e nem aceito que se faça. O que me deixa indignado é a “contabilidade de Hollywood” segundo a qual até Harry Potter deu prejuízo. E que se você piratear um filme de R$20 deve aos estúdios R$200,000 em danos, lucros cessantes e o escambau.
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Jefferson, 22 de setembro de 2017, opinião, WTF A idéia do serviço anti fraude para consumidores da Serasa não é nova, existindo há bastante tempo nos EUA. Você é avisado toda vez que seu CPF for consultado ou manipulado de qualquer forma. Parece o sonho do cidadão médio que deseja dormir tranqüilo, mas tem uns problemas aí:
- Custa R$8,33 mensais de manutenção;
- Até onde posso enxergar só funciona para consultas feitas na Serasa.
Nos EUA existem entre três e cinco agências que oferecem esse serviço (uma das maiores, a Equifax, está neste momento no meio de um escândalo envolvendo os dados de 123 milhões de pessoas, mas é assunto para um outro dia) e não vejo nada que impeça o mesmo de acontecer no Brasil, com outras empresas oferecendo consulta de crédito e a associada “proteção” para os consultados. Então esse custo mensal só tende a aumentar. Como os serviços se sobrepõem o fato de entrarem outras empresas nesse mercado não gera concorrência!
Pense num negócio lucrativo. Empresas como a Serasa lucram cobrando para dar informações sobre você (sim, a tal “consulta à Serasa” é um serviço pago, não sabia?) e agora vão cobrar de você para informar você que eles estão dando informações a terceiros sobre você.
Legal, né?
Esse é o típico serviço que deveria ser fornecido por uma “instituição” como o Registro.br.
Da forma que eu enxergo, sempre que essa empresa lucrasse dando uma informação sobre mim, eu deveria receber uma parte desse ganho! Ou, no mínimo, eu deveria poder negar à Serasa o direito de fornecer e até manter informações sobre mim.
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Jefferson, 16 de setembro de 2017, opinião Você pode encarar o Mastodon como uma versão opensource, aperfeiçoada e federativa do Twitter que está se tornando popular. Eu não vou tentar explicar o que é e como funciona aqui. Apenas o motivo de eu não embarcar nesse bonde ainda.
O problema é que a tal “federação” ainda tem muitas pegadinhas.
A idéia de federação, onde vários servidores (“comunidades”) independentes de Mastodon formam uma rede global, requer um entendimento entre os administradores. Se eu for cadastrado em meuservidor.com eu só vou ser ouvido no servidor outroservidor.com se este “aprovar” meuservidor.com e isso pode depender de coisas fora do meu controle. Outroservidor.com pode ter cortado relações com meuservidor.com porque alguém do lado de lá se ofendeu com algo dito por alguém do lado de cá, cujo admin entendeu que não foi nada de mais[1].
E temos o problema de como manter sua identidade Mastodon. Você tem hoje dois modos de usar o serviço: abrir uma conta em um dos muitos servidores existentes ou criar seu próprio servidor. É um problema parecido com o do email: você pode criar uma conta no seu provedor de internet, no gmail, outlook.com, hotmail, yahoo, etc. ou criar seu próprio domínio para administrar suas próprias contas de email. Quando você opta pela primeira opção você fica refém de quem oferece o serviço e pode ter que reconstruir toda a sua rede de contatos ao ser obrigado a mudar de servidor.
O mesmo problema ocorre com o Mastodon. Se o servidor onde eu me cadastrar “desaparecer” ou me banir por qualquer razão (lembram quando a Google me suspendeu alegando que eu “violava os padrões da comunidade”?) eu perco tudo o que construí e não me sinto confortável com a idéia. O único jeito de você criar uma identidade que seja sua e somente sua e totalmente sob seu controle é ter seu próprio servidor Mastodon. O meu endereço no Mastodon seria então algo como “@me@ryan.com.br”.
Ter seu próprio servidor ainda minimiza (mas não resolve) o problema de confusão de identidade. Se eu crio uma conta @jeffersonryan@servidormastodon.com (esses endereços tendem a ficar grandes no Mastodon) e outra pessoa cria uma conta @jeffersonryan@outroservidormastodon.com fica muito fácil confundir as duas.
Infelizmente ter o seu próprio servidor Mastodon ainda não é tão simples quanto ter seu próprio servidor de email ou seu próprio blog. No dia que o Mastodon puder ser instalado como um pacote na maioria dos servidores de hospedagem como fazemos hoje com WordPress, a idéia vai realmente ganhar tração. Mas ainda depende de saber se manter um servidor por causa de uma única conta (ou um punhado delas) é viável.
[1] É preciso entender que os EUA estão passando por um período maluco onde você pode ser acusado, julgado e condenado nas redes sociais por “molestar” alguém mesmo sem conhecer esse alguém, só por ter dado uma opinião no seu perfil do Facebook ou do Twitter. Às vezes os papéis de “agressor” e “vítima” são o inverso do que parece.
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Jefferson, 06 de julho de 2017, opinião Nem GPS, nem mapa. Um verdadeiro mistério!
Eu já perdi a conta das vezes em que ouvi uma funcionária ao telefone explicando ao motorista de um caminhão de entrega como chegar até o local. Ainda se fosse um local de difícil acesso ou o cara estivesse perdido num dos famosos “logradouros com numeração irregular”. Mas não… o indivíduo está na rodovia e não sabe sequer onde está a saída que vai levá-lo à avenida que vai levá-lo à empresa. Como é que um “profissional” coloca a si mesmo numa posição que o faz se perder numa rodovia durante o dia?
Às vezes o cara veio de outro bairro e às vezes de outro estado. Eu acho simplesmente inacreditável que alguém pegue o seu veículo e inicie uma viagem de dezenas, centenas ou milhares de quilômetros pensando em perguntar no meio do caminho como é que se chega lá. Ainda se fosse porque a bateria do celular (waze) descarregou no final da jornada daria para entender embora um profissional devesse estar preparado para isso, mas ao que parece é um misto de arrogância e negligência.
Aí fica dependendo de uma mulher (que muitas vezes nem dirige e que tem modos de explicar itinerários que só outra mulher entende, quando não confunde a esquerda com a direita) para conseguir terminar a viagem.
Inacreditável.
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Se o Brasil fosse sério o procedimento de reemplacamento seria feito exclusivamente nas empresas de placas, que teriam funcionário qualificado para conferir documentos do veículo e o proprietário registrado receberia um telefonema do Detran em telefone registrado no cadastro para confirmar a confecção das placas. Ora, na pior das hipóteses (R$ 87 por ano ainda é muito caro) assinar a compra das placas com um certificado digital pessoal deveria ser o bastante, mais seguro e com muito mais eficiência que o processo atual. Mas sempre seria bom mandar um aviso para o proprietário registrado (e anexar essa informação ao histórico do veículo visível em consultas públicas) de que placas foram confeccionadas em seu nome, para evitar fraudes.
Eu não sei qual o propósito da vistoria prévia do veículo além da óbvia conferência do número do chassis com a placa, mas isso é algo que a empresa emplacadora poderia ter o treinamento para fazer. Na vistoria eles tiram uma foto do número do chassis para anexar ao processo, que é algo que qualquer um pode fazer.
Olá Jefferson,
Eu acompanho seu blog faz vários anos (desde a época do falecido Buzz) mas acho que nunca comentei.
Sobre as placas, concordo com você que o procedimento de renovação é um saco e precisa ser melhorado. Muita burocracia e perda de tempo em fila, além da localização do detran, que na minha cidade é quase fora da cidade, e de ser caro.
Mas acho que deveria trocar sim, as nossas placas não tem identificação de qual país elas são e as pessoas ficam confusas em outros lugares da América do Sul. Além do que pra tentar fortalecer essa integração regional com o Mercosul. A Argentina já tem e estamos atrasados em vários anos nessa implantação.
Ab
Você está falando apenas de um carro brasileiro circulando em outro país, certo?
Porque aí eu acho o óbvio ululante. Sequer consigo compreender como é possível um carro emplacado no Brasil circular livremente na argentina.
EU que não me arrisco a circular na Argentina de carro (nem com essa placa nova)… no Uruguai tudo bem: tive amigos que foram para lá de carro e beleza, mas a Argentina é famosa pala corrupção dos seus agentes rodoviários, onde se tu for parado por eles SEMPRE vão achar um motivo para tentar te passar uma multa e daí pedir uma “ajudinha” para não o fazer… TALVEZ isso ajudaria a polícia dos estados do Sul a fiscalizar melhor os argentinos que vem para cá na época de verão e fazem verdadeiras barbaridades no trânsito… aqui no RS conhecemos bem os “Hermanos”…
Na verdade, se você for pesquisar em blogs de viagem e etc. Os relatos dos mais corruptos estão, na verdade, na Bolívia. Na Argentina os policiais são, em geral, mais corretos.
Para colocar a coisa em perspectiva, dependendo da fonte que você consulte a frota de veículos no Brasil é de entre 43 milhões e 65 milhões de veículos. Por alto isso dá uma receita de entre 1.3 e 2 bilhões de reais por ano até 2023 somente para essa troca absurda de placas.
É importante reiterar que minha bronca é a com a troca obrigatória de toda a frota. Eu não vejo nenhum problema (pois acho o óbvio gritante) com o brasileiro que quer circular nos países vizinhos com seu veículo ter que fazer um emplacamento internacional.
O MPF do Amazonas instaurou inquérito mas não estou contente com os motivos dados na reportagem, que sugere que basta que o Contran/Denatran prove que as bases de dados de todos os países do Mercosul estão interligadas para esse abuso ter o sinal verde da instituição.
Hoje vi uma reportagem onde um representante do Detran de Pernambuco afirmou que por a nova placa não ter selo nem película refletiva espera-se que ela custe 50% do que custa a placa atual.
Só acredito vendo.
Parece que a medida foi adiada, e só vale pros carros novos. Os antigos não vão ter que trocar…
Se os antigos não vão ter que trocar e as placas custarem mais barato, acabam minhas objeções.