Um comentário de Ygor Almeida em outro post me fez achar interessante contar isto.
Por volta dos 30 anos eu comecei a sentir dores nas pernas e nas plantas dos pés. Minha primeira consulta foi com um ortopedista, que depois de tirar uma radiografia dos meus pés e não ver nada de errado me mandou consultar um neurologista. Esse neurologista me mandou para um segundo neurologista para fazer uma eletroneuromiografia. Até então, mesmo tendo trabalhado a vida toda com eletricidade eu nunca tinha tomado tanto choque na vida. Ô exame desagradável!
Esse segundo neurologista não encontrou nada de errado comigo e me mandou consultar um angiologista. Este, assim que olhou meus pés deu o diagnóstico:
“Você tem pés chatos.”
E eu respondi:
“Eu sei, mas isso nunca foi problema, doutor.”
Ao que ele retrucou:
“Você está ficando mais velho. Não está ficando mais novo.”
Eu gostaria de ter visto a minha cara. Ele tinha razão e eu não tinha elementos para discutir. O angiologista me mandou de volta para o ortopedista. Desta vez fui atendido por um outro médico, que provavelmente era professor porque estava com dois alunos no consultório. Eu expliquei meu problema sem comentar nada sobre o diagnóstico do angiologista, mas ele me colocou de pé sobre um pedestal de vidro transparente e imediatamente deu o mesmo diagnóstico: meu problema era provocado pela falta de curvatura nos meus pés. E enquanto explicava para mim explicava também aos alunos. Mas eu só me convenci mesmo quando ele começou a contar a estória da minha vida:
“Você se cansa com facilidade ao correr. Só joga bola se for o dono. Cai com facilidade…”
Novamente, eu gostaria de ter visto a minha cara. Eu nunca tinha visto o homem e ele parecia me conhecer melhor que meus pais. Notar que o primeiro ortopedista nem com uma radiografia foi capaz de enxergar o que até o angiologista pôde ver a olho nu.
Ele explicou também que isso é operável, mas é uma operação complicada, com uma recuperação muito sofrida e me recomendou conviver com o problema, que é o que tenho feito há 16 anos.
Mas a frase do angiologista eu nunca vou esquecer. Os efeitos da idade são inescapáveis e você pode até retardar vários deles mas com um esforço pessoal progressivamente maior. Notem que um problema de nascença, que eu passei 30 anos achando que era um “não-problema”, sempre foi um problema sem que eu percebesse até repentinamente adicionar dor. Imaginem os problemas “ocultos” com os quais a gente nasce.
A propósito: o problema das minhas pernas não tinha nada a ver com os pés. Eu achei que tinha porque começou na mesma época. Eu sempre tive coxas grossas (herança genética) e na época eu tinha uma cintura manequim 38 e passava no mínimo dez horas diárias de calças jeans, várias das quais sentado. Toda calça que ficava certa na minha cintura ficava apertada nas coxas e era essa pressão que estava provocando a dor, provavelmente por atrapalhar a circulação. Hoje, como estou gordo com uma cintura 42, escolher calças não é mais problemático.
Hmmmmmm… usar um Vibram Five Fingers então pra você deve ser complicado né? E olha a coincidência, acabei de entrar a uns minutos atrás no “momento banana” no mercado livre e comprei mais um par, pois o que eu comprei a dois anos atrás já estão desgastado, com a sola quase sumindo.
Como eu conheci o Vibram? Com o fisioterapeuta que eu fiz o tratamento quando quebrei o tornozelo, ele me recomendou andar bastante descalço, pra recuperar os movimentos, mas como eu não gosto de andar descalço, nem me lembro como eu fui descobrir o vibram five fingers…
Se não sabe o que é… então vai lá… é esse diacho aqui:
Gostei tanto e me adaptei bem que já estou no terceiro par.
Eu me sinto mais confortável descalço. Supostamente eu poderia usar um calçado ou palmilha especial, mas nunca me senti à vontade com a idéia.
Una dica…
Passei dos 40 a 2 anos, heheeh, e sedentário e bla bla bla…
Descobri algo que mudou minha vida, ovo, isso mesmo, ovo, como em média 4 ao dia, o médico que me indicou come 8, mas ele já esta na casa dos 70, hehehhe.
Ganhei massa muscular sem entrar na academia, minhas dores nas costas sumiram, o sono durante o dia acabou, a disposição é outra, experimenta que vale a pena.
Eu como mais o cozido, de manhã e no almoço, mas também faço muito omelete…
Abraço!