Análise do Localizador e Testador de cabos Jillway JW-360

Eu comprei este por apenas 10 dólares na aliexpress. Saiu com frete grátis porque comprei outras coisas junto.

A idéia geral desse tipo de dispositivo é gerar um sinal de áudio que você injeta em uma das pontas do cabo e vai tentar ouvir do outro lado. É conveniente, mas não indispensável, porque em muitos casos (notadamente, telefonia, que tem apenas dois fios por circuito) você poderia colocar até um rádio a pilhas (qualquer coisa com um jack de saída de áudio) numa ponta e testar na outra com um headphone. O meu primeiro contato com esse tipo de coisa foi justamente quando eu estava aprendendo manutenção de redes telefônicas e o técnico mais antigo usava um gerador de áudio montado por ele mesmo (baseado em chip 555) alimentado por uma bateria de 9V. Qualquer aparelho telefônico servia como receptor, mas pela praticidade eu usava um telefone do tipo gôndola que tem todo o circuito no monofone como este no papel de “badisco”.

Entretanto o localizador feito em casa tem uma limitação: você precisa encostar as pontas do receptor nos fios já desencapados do outro lado. Localizadores especializados como este geram o sinal também na faixa de RF, que o receptor é capaz de detectar apenas encostando sua ponta no isolamento do cabo ou até mesmo a centímetros de distância do mesmo. Isso deixa o trabalho muito mais rápido e mais versátil, pois você pode localizar um cabo até no meio do caminho se, por exemplo, você precisar cortá-lo ali, sem precisar cortar todos os cabos até achar o certo.

Este modelo inclui como bônus um testador de cabos de rede perfeitamente usável, o que te poupa de carregar uma ferramenta extra. Ele pode ser usado também como teste de continuidade e de polaridade, mas nessas funções é tão “tosco” e de uso pouco intuitivo que eu nem vou falar delas. Um multímetro barato faz isso muito melhor e com maior versatilidade.

Como localizador de cabos

  • O cabo pode ser detectado a vários centímetros de distância, se uma das pontas estiver solta. Por exemplo, se for um cabo CAT5 e uma das pontas estiver plugada em um switch, só detecta encostando o receptor no cabo;
  • O tom gerado não muda se o cabo estiver conectado a um switch. Eu tenho um outro localizador cujo tom muda e achei isso útil porque às vezes ao conectar o cabo ao transmissor e perceber o tom diferente do que você esperava você já percebe que está plugando no cabo errado;
  • Função lanterna que ilumina o ponto onde você está apontando o receptor. Isso pode ser útil em locais pouco iluminados;
  • Saída para fone de ouvido, para as situações em que você não está sozinho e o ruído do testador vai incomodar terceiros;
  • Existem dois modos de ligar o receptor. Ao ligar a lanterna o receptor fica acionado o tempo todo, mas se você mantiver a lanterna desligada ele só opera enquanto você estiver com o botão “Push to test” pressionado.

Como testador de cabos de rede

  • Duas velocidades. Basta apertar o botão no transmissor para alternar entre elas. Mas ainda não é rápido o bastante, pois entre o LED 8 e o LED 1 ainda faz uma pausa incômoda;
  • Reconhece a presença de um switch na outra ponta como se fosse o receptor e faz o teste normalmente. Isso também ocorre com testadores comuns;
  • O receptor não precisa estar sequer com bateria para essa função, assim como um testador comum.

Análise geral

  • Requer duas baterias de 9V (uma, se você quiser usar apenas como teste de cabos);
  • Receptor encaixa no transmissor virando um objeto só, como é comum com testadores de cabo de rede;
  • Cabos inteiramente destacáveis. Você pode fazer os seu próprios se desejar. Não sou fã dos localizadores que tem os cabos fixos no transmissor;
  • Os conectores de bateria são frágeis. Eu tenho o hábito de deixar as baterias fora do aparelho, porque às vezes passo semanas sem usar e não quero que um erro de projeto ou esquecer o aparelho ligado me faça descobrir justamente na hora que preciso que as baterias não prestam mais. Isso também facilita o compartilhamento das baterias com outros aparelhos. Porém a fragilidade dos conectores sugere que para continuar fazendo isso eu vou precisar separar uma ferramenta só para a remoção dos conectores;
  • Não vem com estojo;
  • Eu preferia que a ponta do receptor não fosse tão “saliente”. Temo que em caso de queda ela possa quebrar;
  • Vem com um manual de instruções em um inglês ruim mas compreensível.

 

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