Um “efeito colateral” silencioso e possivelmente problemático da exigência de usar uma conta Microsoft ao instalar o Windows 11 é que o Bitlocker, pelo menos em notebooks, parece ser automaticamente habilitado no drive. Eu não tenho experiência alguma com o tipo de problemas que você pode ter para fazer recuperação de uma unidade criptografada com Bitlocker no caso do notebook pifar, mas pelo menos a chave Bitlocker é automaticamente salva na conta Microsoft usada para fazer a instalação. Desde que ainda se tenha acesso a essa conta depois que o notebook pifar… Mas segundo a Lei de Murphy, o cliente provavelmente não vai ter a senha decorada e o arquivo onde ele anotou vai estar no drive criptografado.
Um mês atrás eu tive um problema com um cliente onde os dois notebooks rodando o Windows 11 passaram a acusar erro pedindo a chave Bitlocker ao iniciar e esse erro persistiu por dias. Eu suspeito que foi causado por uma atualização. No caso era fácil contornar o erro bastando escolher algo como “ignorar a unidade” mas por via das dúvidas eu desativei o Bitlocker remotamente em um dos notebooks e disse para o cliente entrar em contato na semana seguinte para desativar no outro, mas na semana seguinte o problema desapareceu sozinho no outro notebook. Provavelmente recebeu uma atualização que consertou.
Se você ou seus usuários não precisam de Bitlocker eu sugiro que verifique se foi habilitado sem seu conhecimento nas máquinas que você administra e desative. Se você é um usuário avançado provavelmente o símbolo do cadeado aparecendo sobreposto ao ícone da unidade não vai passar despercebido, mas seus usuários não vão se dar conta disso.
E por falar em usuários que “não se dão conta” eu já tive três problemas recentemente com um cliente porque o drive lotou e o Windows começou a travar. Eu tenho razoável certeza de que o Windows deve ter avisado incessantemente antes de chegar a esse ponto.
E por falar em drive lotado, o Windows Live Mail 2012 tem um bug estúpido que faz o banco de dados ser corrompido caso a unidade fique sem espaço e todas as mensagens em todas as contas são movidas para pastas de difícil identificação. Você tem que manualmente identificar essas pastas para poder copiar ou importar tudo de volta. O programa poderia usar o nome da conta para identificar as pastas mas usa nomes de pasta arbitrários.
Outro problema colateral mais óbvio é que o Onedrive é automaticamente ativado. Eu já tive problemas com isso ao usar uma conta Microsoft para instalar versões mais recentes do Office. Eu tenho uma conta só para registrar e instalar as várias cópias (legítimas) de uma empresa e isso já teve o efeito adverso de dois funcionários distintos acabarem compartilhando via Onedrive documentos que não deveriam compartilhar.
Pelo menos até a versão 24H2 eu ainda posso desabilitar a exigência de uma conta Microsoft no Windows 11 facilmente usando este procedimento. Não testei na 25H2 e a MS já avisou que vai fechar essa brecha. Estou pensando se dá para instalar usando uma conta descartável, depois criar um administrador local e apagar a conta usada na instalação.
Para instalar o windows 11 25H2 sem conta microsoft, você pode usar o Rufus. Na hora de criar o pendrive bootável ele te dá a opção.
E já que eu vi que você tá usando o Ventoy, basta criar o pendrive e depois empacotar em ISO de novo.
Eu já criei duas vezes um pendrive com Windows 11 usando o Rufus e a janela com as opções não apareceu. Eu estou testando agora este gerador de arquivo autounattend.xml para automatizar as instalações. Porém as duas vias vão deixar de funcionar quando a MS fechar essas brechas.
Eu sempre faço uma imagem com uma instalação limpa do Windows e programas básicos em uma VM depois só importo esta imagem no equipamento do cliente e faço as últimas atualizações.
Até o Windows 7 era bem chato ter que “adaptar” a imagem do sistema para o novo hardware mas as verões atuais ficaram uma delícia, sem contar que o sistema já pega a chave de licença na Bios da maquina.
De tempos em tempos baixo uma nova ISO e faço uma imagem mais recente, pra evitar de ficar muitas atualizações pendentes. Bom que assim faço uma “formatação” em meia hora já com sistema atualizado e tudo devidamente instalado e ajustado.
Uso o EaseUS Todo Backup Free 12.0.
Fazer esse tipo de coisa só é viável para mim com meu cliente que é um supermercado, porque são muitas máquinas com a mesma configuração de software básica e praticamente o mesmo hardware. Os outros tem um mix específico de requerimentos e precisam muito raramente de apagar tudo para começar de novo para que usar imagens valha a pena.
O que o Daniel falou, eu fazia na época do Windows 2000 e XP, era uma versão minha, unattented que instalava somente o básico mesmo, 7zip, acrobat, office e mpc. O bom era que bastava dar boot no dvd e nem precisava fica perto.
Um pena que isso tudo foi perdido por volta de 2012 num HD que morreu. E nunca mais tive coragem de refazer tudo para o Windows 7.
Para mim só o fato de que o Windows 8.1 é capaz de chegar consistentemente até a tela de login em cinco segundos mesmo com hardware velho e HDD já é um “game changer” em muitas aplicações e vale o consumo mais alto de RAM. Você instala em um Core 2 Duo (19 anos) com apenas 2GB de RAM e pelo menos na inicialização parece uma máquina recente.
Eu nunca testei o Windows 7 em um SSD, mas com HDD eu não creio que tenha conseguido menos que 30s.
Bem, isso eu posso te dizer. Windows 7 64 bit, I5 2400 com SSD, do bip do post até a área de trabalho 16 segundos. E olha que meu Windows está “gordo”, tô precisando dar uma faxina ou até mesmo reinstalar.
Um cliente meu com Windows 11 encheu o drive, e mesmo depois de esvaziar, nenhum aplicativo “moderno” funcionava, nem mesmo o “Terminal” que botaram no lugar do cmd. Dei aquele reset preservando os dados, aí o terminal voltou e consegui reinstalar os outros aplicativos com um comando do PowerShell. Tudo para evitar uma formatação complicada devido a licenças de software.
Quando eu vejo uma máquina assim e é um cliente regular eu aproveito para fazer uma imagem com o Acronis True Image ou o Easeus TODO Backup e guardar. Eu só usaria em caso de desastre mas às vezes voltar para um backup com anos de idade e depois fazer as atualizações necessárias ainda pode ser muito mais produtivo para o cliente do que tentar reinstalar tudo do zero sem programas de instalação, instruções de configuração e chaves de licença.
Principalmente no caso de Windows 10 e 11. Até o Windows XP era ridiculamente fácil consertar qualquer problema do Windows. O sete começou a complicar e o oito me deixou coçando a cabeça porque até poder entrar no Modo de Segurança virou uma loteria, mas a dificuldade deu um salto enorme com o 10.