Jefferson, 
11 de abril de 2010, 
As cenas de fuga da zona de desastre foram um exercício para a minha paciência. Um desperdício patético de efeitos especiais. Eu continuei assistindo apenas para ver como eles retratariam o conceito das “arcas”. Dessa parte eu gostei.
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[BUZZ] Em alguns momentos “2012” é um exercício para a paciência.6 comentáriosDeixe um comentário para Jefferson Cancelar resposta |
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Uma das poucas coisas interessantes a respeito do roteiro: Só mesmo no interior China se conseguiria mão de obra e material para construir as arcas em total segredo, graças ao governo autoritário e fechado de lá. Em contrapartida, realmente estúpido colocarem nas arcas apenas quem tinha dinheiro para financiar o projeto. A idéia retratada em Impacto Profundo
http://en.wikipedia.org/wiki/Deep_Impact_%28film%29
de selecionar a dedo 200.000 pessoas fez muito mais sentido. É claro que você também coloca na arca quem tem dinheiro, mas é terrívelmente estúpido para um grupo que deseja "salvar a espécie humana", não escolher os melhores em cada campo para salvar.
Depende. Quando você tem a certeza de que o mundo vai acabar em poucos anos, sobram recursos. Você pode desviar todo o dinheiro das reservas do país, interromper todas as obras de infraestrutura, especular, etc. Porque não vai precisar "pagar" por isso.
Uma outra cena de 2012 continua me incomodando até hoje.
Por volta de 01:47:20 vemos que o Dr Adrian está levando uma bolsa cheia de livros para a arca. Nem sequer são livros para uma biblioteca, mas os livros de seu gosto pessoal.
(E mais à frente ele ainda reclama que na sua cabine caberiam umas dez pessoas)
Nesta era, isso é um absurdo. Carregar livros impressos para uma "arca do fim do mundo" é de uma bobagem sem tamanho. O filme teria sido muito mais verossímil se ele mostrasse um "tablet" com seus livros preferidos armazenados em formato digital e explicasse como o governo hackeou/subornou a Google para coletar todo acervo que ela está digitalizando, além de explicar como eles passaram uma lei no congresso para tornar obrigatória a entrega de uma cópia digitalizada "para preservação pela Biblioteca do Congresso" de todo o acervo de cada editora operando nos EUA.
Livros ocupam espaço e tem um peso inadmissível em qualquer projeto de "arca de fim de mundo" que queira ser verossímil.
Eles tiveram tempo para planejar a substituição das obras de arte. Uma tarefa muito mais complicada, pois requer enganar pessoalmente muita gente inteligente (acabaram tendo que assassinar um). Não acho admissível que uma das pessoas por trás do projeto e que teve pelo menos dois anos para pensar em detalhes, acabe levando livros de papel para a arca, mesmo sendo pessoais. E não se tratava de livros raros. Muito pelo contrário: um dos livros era "Adeus, Atlântida", que "mal vendeu 500 cópias".
Thales, isso estragou um elemento importante da estória. Ele não era um dos ricaços. Era um homem de ciência e um dos encarregados do planejamento. Eu lamento que o roteirista tenha deixado de aproveitar a oportunidade de que o personagem gosta de livros para mostrar com a digitalização que é feita pelo Google hoje é importante e tenha preferido mostrar (involuntariamente) como os encarregados de um projeto desse tipo podem ser estúpidos. Lembre-se: Dr: Adrian é um carregador de livros que reclama que na sua cabine caberiam dez pessoas.
Que outros detalhes importantes foram estupidamente levados em conta ao contrário? Teriam eles armazenado apenas medicamentos prontos em vez de armazenar as substâncias necessárias para processar medicamentos? Teriam eles se preocupado com a preservação das fórmulas desses medicamentos?
Da forma como foi mostrado, 2012 é mais uma estória de estupidez e ganância do que de ficção científica.
Os diretores não chegaram para os atores e disseram "comportem-se como acharem que deveriam". O roteiro foi planejado, assim como (supostamente) a estória que ele retrata. Se você conseguir me convencer de que a intenção dos roteiristas era essa: "não temos esperança, porque até em um fim de mundo planejado com antecedência de anos a ganância vai atropelar a ciência", então eu passo a concordar com o seu ponto de vista. No meu entender, (e é o que eu estou tentando dizer desde o início) os roteiristas tinham uma intenção e passaram uma mensagem completamente diferente por conta dos erros na trama.